domingo, 19 de abril de 2009

UM CAMISA 11 NOTA 10

Conhece o Vitor Borba Ferreira? Não? E se eu disser que o primeiro nome dele é Rivaldo? Esse você conhece.

Nascido em 19 de abril do longínquo ano de 72, em Paulista, interior de Pernambuco, Rivaldo jamais poderia ter sonhado em ser ídolo do Palmeiras. Deus realmente escreve certo por linhas tortas. E os Deuses da bola imitam constantemente o feito. Franzino, magrelo, desengonçado, mas muito talentoso, o jovem meia chamou a atenção de empresários quando jogou a Copa São Paulo pelo Santa Cruz em 91 e logo foi contratado pelo Mogi Mirim onde disputou a vaga de acesso no ano seguinte. No time do interior paulista, Rivaldo foi destaque ao lado de Válber na campanha da série A2 daquele que seria conhecido como o “Carrossel Caipira”.

E cada vez mais o caminho dele ia contra o do Palmeiras. Junto de Leto e Capone, Rivaldo foi emprestado ao Corinthians em 93. Mesmo fazendo bom Brasileirão, no ano seguinte, o meia não se deu tão bem no estadual, quando o time da marginal sem número voltou a perder o título para o Palmeiras. Com isso, muito espertamente, o alvinegro não comprou o jogador em definitivo.

E eis que surge o Alviverde imponente na vida do pernambucano. Com o dinheiro da Parmalat, Luxemburgo bancou a contração do meia, que custou aos cofres da empresa italiana cerca de 2,4 milhões de reais. Rivaldo então se tornou fundamental. Vingou-se na bola do desdém corintiano, quando com o manto verde levantou o tetra brasileiro em cima do ex-time, jogando muito, diga-se de passagem. Com direito a gols nas duas partidas, Rivaldo conquistou de vez o palmeirense.

Em 95, com a saída do técnico e de várias estrelas, entre elas Evair e Edmundo, o camisa 11 se tornou peça principal do elenco. Mas foi um ano difícil, de remontagem. Rivaldo suportou. Esperou como quem imaginasse o que lhe reservava o ano de 96. Luxemburgo voltou, vieram Djalminha, Luizão, Cafu e Junior, formaram um timaço, o ataque dos 102 gols. Rivaldo foi um dos protagonistas daquele time que parecia jogar por música. Mas chegou a hora do habilidoso e talentosíssimo meia-atacante dizer adeus, seu futebol era tão grande quanto a vontade da Europa em tê-lo por lá.

No Velho Continente ele conquistou títulos e fama. Além disso, tornou-se o melhor do mundo em 99, nos orgulhando de longe. Voltamos a sentir grande saudade em 2002, quando ao lado de Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, São Marcos e Felipão, Rivaldo ergueu o caneco da Copa do Mundo. Ainda passou pelo Cruzeiro, tentou a sorte no Milan, mas seu futebol, que nunca mais foi o mesmo, foi parar na Grécia até chegar no Uzbequistão.

Aos 37 anos o pernambucano magrelo, de pernas finas, sonha e exibe com orgulho seu sonho, em voltar e encerrar a carreira no time mais especial de sua vitoriosa carreira: a Sociedade Esportiva Palmeiras. Talvez, quem sabe. Mas nem disso ele necessita, porque Rivaldo Vitor Borba Ferreira já está entre os grandes craques de nossa rica história e habita até hoje a lembrança do torcedor como um ídolo. No dia de seu aniversário uma homenagem ao eterno camisa 11 palestrino. Não cabe aqui um parabéns a você, mas sim um muito obrigada por tudo!

2 comentários:

  1. Que lindo... E nossa, que foto incrível aquela, sem falar essa camisa que pra mim é a mais bonita de todas...

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  2. esse sim...me lembra os tempos aureos nas arquibancadas nos estadios paulistas....

    era demais....

    que época...

    hoje infelizmente vendo esse cardume de bagres que vestem a nossa camisa, só nos resta essa lembrança...

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