domingo, 10 de julho de 2011

NO EMBALO DO PATROCINADOR, VERDÃO ATROPELA SANTOS EM 45 MINUTOS E VOLTA AO G4

Créditos da foto: Junior Lago/UOL Esporte.
O torcedor não precisou dos dois tempos para comemorar a vitória hoje no Pacaembu. A equipe de Felipão esperou o momento certo para dar o bote e quando o Santos finalmente caiu em si, já estava 3 x 0 no placar ainda na primeira etapa. Se mesmo com limitação técnica as coisas fluem dentro de campo, fora dele a novela Kléber continua ganhando capítulos longos e chatos. Independente do culpado, só o Palmeiras perde com essa história. E o torcedor, também não tem o direito de ficar chateado?

Os desfalques retalharam as equipes neste clássico. Principalmente os santistas, que jogaram sem Elano, Ganso, Neymar e a boa e velha vontade. Três deles estão servindo a seleção de Ricardo Teixeira, o eterno e impune dono da bola. Do nosso lado, Valdivia continua defendendo o Chile na Copa América, Thiago Heleno foi suspenso na última partida e o camisa 30 está com uma lesão séria no extrato bancário. E pra não dizer que não falei das flores, Lincoln nem relacionado foi e pode ser negociado em breve, dando fim à sua passagem discretíssima pelo alviverde.

Dentro das quatro linhas, o time de Muricy tentou apertar no início, não conseguiu grande sucesso e logo tomou o primeiro gol dos pés de seu ex-atleta, Maikon Leite. Após ótima jogada de Gabriel Silva, o camisa 7 recebeu de Luan e tocou na saída de Rafael. Sem dar chances para o Santos reagir, Maurício Ramos ampliou de cabeça, em escanteio cobrado com precisão por Marcos Assunção. Não parou por aí. Aos 44, Márcio Araújo encontrou Patrik na área, que não perdeu tempo e deu um chutaço, estufando as redes do peixe*.

Com o excelente primeiro tempo, o Palmeiras só precisava administrar na etapa final para garantir os três pontos. E assim o fez. Muricy mexeu, colocando meninos da base, que até tentaram, mas quando conseguiam alguma jogada mais perigosa, viam Marcos na frente. Poderíamos ter ampliado o placar nos contra-ataques, porém, faltou ímpeto e precisão. Durante grande parte do segundo tempo, estivemos muito mais próximos de fazer o quarto gol do que sofrer com algum tipo de reação santista.

Com o apito final, o tabu permanece. O freguês da Vila botou mais uma derrota na conta e deve sofrer por mais um tempinho até cair a ficha que a festa da Libertadores acabou. O Palmeiras, que nada tem a ver com isso, com os três pontos voltou ao grupo de elite do Brasileirão e ocupa agora a 4ª posição na tabela. Pena que fora de campo nunca tenhamos paz. Façamos um recall de jogadores e empresários, porque, ao que parece, alguns vieram com defeito de caráter de fábrica.

*Tenho consciência que o trocadilho é ruim, mas não tenho vergonha.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

TODO DE BRANCO, PALMEIRAS SÓ EMPATA COM AMÉRICA EM MINAS

Créditos da foto: Gil Leonard (Lance Press).
Antes de qualquer coisa, que jogo ruim! No segundo tempo a ruindade deu até espaço para um pouco, bem pouco, de emoção. Não o suficiente para nos garantir a vitória e, por conseqüência, a vice-liderança da competição, mas ao menos escapamos de perder para um dos piores times da série A. E foi graças ao antigo renegado de Felipão, o zagueiro Maurício Ramos, que a transmissão insistiu em chamar de Patrik. Com reação ou não, fica claro que não ganhamos 1 ponto, e sim perdemos 2.

Enquanto Kléber continua lesionado, e espero que seja lesão mesmo, Wellington Paulista ganhou mais uma chance na equipe titular. E a desperdiçou. Outro que apareceu entre os titulares, para a surpresa de muitos, foi Chico “Cepacol”. O zagueiro/volante substituiu Rivaldo, que atuaria pelo lado esquerdo, mas é tão ruim que até Felipão já caiu em si. O problema é que seu substituto nesta noite também não foi e nem é grande coisa.

Com a bola rolando, o Palmeiras começou melhor com um chute de Lincoln. Ledo engano que o jogo seria movimentado. O América-MG conseguiu levar perigo em um ou dois lances e só voltamos a fazer algo decente no ataque com chute perigoso de Luan, que exigiu boa defesa de Flávio. O primeiro tempo, fraquíssimo, teve um festival de passes errados, principalmente com o time mineiro, e falta de movimentação e jogadas laterais do nosso ataque.

Pior não poderia ficar. E não ficou. O segundo tempo começou morno, com Wellington Paulista dando cabeçada no cotovelo do defensor mineiro [insira um sorriso sarcástico aqui] e com os mesmos erros da etapa anterior. Felipão mexeu, colocando Dinei no lugar do camisa 9 e Patrik substituindo o inerte Lincoln. O “Coelho” respondeu e se deu melhor. Kempes entrou e deu passe para Alessandro, inaugurando o placar em Sete Lagoas.

O empate veio 10 minutos depois, em cobrança de falta de Marcos Assunção. Chico desviou e a bola sobrou para Maurício Ramos marcar. Com a igualdade, o jogo ficou aberto. O Palmeiras teve oportunidades com Maikon Leite e Luan, mas sem levar grande perigo. E assim a partida seguiu para o seu fim, com resultado insatisfatório para ambos.

Com ou sem Kléber e contando com o retorno de São Marcos, poupado nesta quinta, o Verdão volta a campo no domingo para enfrentar o desfalcado Santos no Pacaembu. Thiago Heleno, que levou o terceiro cartão amarelo, não enfrenta os comandados de Muricy. Voltar ao G4 com vitória no clássico, tudo o que o palmeirense pode pedir para esse final de semana.