sexta-feira, 30 de outubro de 2009

UM MISTÉRIO CHAMADO OBINA - UM LÍDER CHAMADO PALMEIRAS


A vida é um mistério. De onde viemos, o que somos, para onde vamos e... Vamos mesmo para algum lugar que não seja apenas debaixo da terra? Mas esse não é o maior mistério de todos. Uns acreditam, outros duvidam, mas nem a ciência prova a maior questão de todas: quem é Obina? Por que ele é capaz de decidir o jogo mais importante e desaparecer no mais inexpressivo? Como ele pode dar um passe lindo de calcanhar num jogo e tropeçar na bola em outro? Por quê, Obina, por quê? Outro fato misterioso assolava as alamedas verdes do Palestra Itália: onde estaria o futebol do líder? Iríamos perder a liderança? Essas duas foram respondidas.

Expectativa de público pequeno por conta da fase, do ingresso caro, do horário do jogo e ainda de última hora a companheira mais conhecida dos paulistanos, a chuva. Choveu, o ingresso continuou caro, a fase ainda era ruim e o horário absolutamente horrível. Mas a torcida foi. Se não lotou, fez uma festa linda. Apoiou, vibrou, cantou, foi um jogador a mais em campo. Uma torcida raçuda que teve reflexo em campo. Um time visivelmente nervoso, angustiado, ansioso pelo resultado, pelo gol, pela vitória... mas com uma disposição incrível desde o primeiro minuto de jogo até o último. E o Goiás, que tem um ótimo time, rebateu e criou perigo. Jogo lá e cá durante quase toda a primeira etapa. Nossa vantagem foi uma bola na trave. Maldita bola na trave. Em cobrança de falta de Diego Souza com extrema categoria, chute colocado, no ângulo... No travessão.

Vantagem mesmo foi a saída de Edmilson, graças ao bom Deus e a Santa contusão na coxa. Abençoada seja essa coxa, merece um altar. Sem ele Sandro Silva entrou e mexeu com o jogo. O Palmeiras passou a dominar a partida, Sandro foi útil na marcação, importante no ataque e deu mais liberdade e tranquilidade ao menino Souza. Faltava pouco para o gol sair. O torcedor pensou: “só falta sair o Obina”. Essa é a prova: o Homem está certo. Ele é o técnico, nós os torcedores, cada qual com seu cada qual. Por isso ele ganha uma bolada por mês e nós pagamos uma facada em ingressos e pay-per-view. Porque nós tiraríamos o Obina, ele não.

Não houve mudanças no intervalo, Obina estava lá, de volta ao gramado do Jardim Suspenso, que mais parecia um tapete. O segundo tempo começou e o show também. Pouco mais de 4 minutos jogados, Souza brigou e conseguiu a bola no meio campo, deu um passe milimétrico para Obina que bateu forte, sem chances para Harley. A porteira abriu, mas aos poucos. O Goiás pressionou, tentou o empate, embora o tempo todo parecesse que o Palmeiras estava mais próximo do segundo gol do que o time do Centro-Oeste de empatar. Os minutos passaram, chances foram desperdiçadas, a mais clara delas com Ortigoza, e a rede não voltava a balançar. Até que Diego disputou de cabeça, a bola sobrou para o paraguaio guerreiro na área e ele sofreu pênalti de Rafael Tolói, que já tinha cartão amarelo, mas não levou, erradamente, o segundo. Sem problemas, ele acabou sendo expulso depois mesmo. Agora a cobrança. Obina na bola. Bola no gol.

O Palmeiras fez uma partida excelente, mas os últimos 20 minutos foram mais do que isso, foram impecáveis. O gol de pênalti sacramentou a vitória, mas não definiu o placar. Ortigoza, muito aplaudido, deu lugar à Deyvid Sacconi. O camisa 26 entrou para jogar pelo meio, enquanto Diego foi adiantado ao ataque. Pouco tempo depois de entrar o meia recebeu um lindo toque de calcanhar de Obina e finalizou com perfeição. E teve mais. Ganha a liderança quem adivinhar de quem foi o quarto gol. Exatamente palmeirense, Obina. Parabéns, você é o líder! E o passe foi de quem? Marcão. Como diria Roberto Avallone: parem as máquinas! O zagueiro-lateral-cabeça-de-bagre teve muita visão ao lançar Obina, que com calma e classe fuzilou o gol esmeraldino. A bola caprichosamente bateu na parte interna da trave e correu para as redes. Goleada, quem diria.

Realmente, eu repito: quem diria? Com três gols de Obina, passe de calcanhar, sem tomar gol, absoluto no jogo. Esse foi o Palmeiras que vi contra o Goiás. Esse é o Palmeiras que eu quero ver sempre. Esse é o espírito que eu quero ver contra a raça lazarenta da marginal sem número. Raça, determinação, vontade. E qualidade, pois sem ela não seriamos líderes há tanto tempo. Agora tirem as crianças da sala. Bambis líderes? Só se for na casa do caralho! Bom halloween para todos os palmeirenses, dia de doces ou travessuras. Aproveite porque voltamos a assustar os adversários. Descanse porque domingo é a nossa final. Vem gambá, vem!



Créditos das fotos: Marcelo Pereira/Terra. 

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

AGUARDEM!

Esperamos tanto tempo pra ver um jogo e uma vitória dessa, agora esperem mais um pouquinho porque esta pessoa que vos fala se recupera de um quase enfarto. Um enfarto de felicidade. Hoje o post sairá um pouco mais tarde. Vamos comemorar! E só pra constar: CHUPA!!









Créditos da foto: Terra.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

QUE AS PALAVRAS SE EXPLIQUEM POR ELES

soberba

(ê) sf (lat superbia) 1 Altura de coisa que está superior a outra; elevação, estado sobranceiro. 2 Manifestação ridícula e arrogante de um orgulho às vezes ilegítimo. 3 Altivez, arrogância, sobrançaria. 4 Orgulho, presunção. 5 Teol Um dos sete vícios capitais. Antôn (acepções 2, 3 e 4): humildade.

falta de dedicação
sf (lat dedicatione) 1 Ação de não se dedicar. 2 Qualidade de quem não se dedica.

desrespeito
sm (des+respeito) Falta de respeito; desacato, irreverência.

ânus
sm (lat anus) 1 Anat Abertura exterior do reto, que dá saída às fezes.

merda
sf (lat merda) ch 1 Excremento. 2 Porcaria, sujidade. 3 Coisa sem valor. sm ch Sujeito sem préstimo. interj ch Indica repulsão ou desprezo.

vendido
adj (part de vender) 1 Que se vendeu; que foi comprado; adquirido por venda. 2 Enganado, logrado, traído. 3 Peitado, subornado. 4 pop Corrompido; transviado. 5 Contrafeito, contrariado. 6 Espantado, esquivo. 7 Tolhido, vexado, constrangido. sm Aquele que se vendeu. Ficar vendido: ficar espantado ou desapontado por qualquer sucesso que não se esperava.

desamor
sm (des+amor) 1 Falta de amor; aborrecimento, desafeição, desapego, desprezo. 2 Crueldade. Antôn: amor, afeição.

incompetência
sf (in+competência) 1 Falta de competência. 2 Inabilidade. 3 Dir Qualidade de um juiz ou tribunal que não tem competência para conhecer de um processo.

desonra
sf (des+honra) 1 Falta de honra. 2 Perda da honra. Var: desonradez.

desgosto
(ô) sm (des+gosto) 1 Ausência de gosto ou prazer. 2 Desprazer, mágoa, pesar, sentimento. 3 Aversão, desagrado, descontentamento, repugnância. Pl: desgostos (ô). Antôn: prazer, contentamento.

desespero
(ê) sm (der regressiva de desesperar) 1 Ato ou efeito de desesperar; desesperação, desesperança. 2 Aflição, angústia, ânsia. 3 Ódio, cólera. 4 Contrariedade, desprazer, aborrecimento. 5 Coisa insuportável ou que faz desesperar.

angústia
sf (lat angustia) 1 Espaço reduzido; estreiteza. 2 Carência, falta: Angústia de tempo. 3 Aperto de coração, estado de exagerada ansiedade. 4 Med Estenose. 5 Aflição, sofrimento

saudade
sf (lat solitate) 1 Recordação nostálgica e suave de pessoas ou coisas distantes, ou de coisas passadas. 2 Nostalgia.

medo
(ê) sm (lat metu) 1 Perturbação resultante da idéia de um perigo real ou aparente ou da presença de alguma coisa estranha ou perigosa; pavor, susto, terror. 2 Apreensão. 3 Receio de ofender, de causar algum mal, de ser desagradável. sm pl Gestos ou visagens que causam susto.

protesto
sm (der regressiva de protestar) 1 Afirmação categórica, compromisso solene; declaração que se faz publicamente da própria vontade; protestação. 2 Propósito ou resolução inabalável. 3 Declaração formal pela qual se reclama contra a ilegalidade de alguma coisa. 4 Escrito que contém essa declaração. 5 Dir Ato pelo qual se declara responsável por todas as despesas e prejuízos aquele que devia pagar uma letra de câmbio, nota promissória etc., e não o fez no vencimento. 6 Declaração enfática ou vigorosa, feita acerca dos próprios sentimentos ou opiniões.

esperança
sf (de esperar) 1 Ato de esperar. 2 Expectativa na aquisição de um bem que se deseja. 3 Aquilo que se espera, desejando. 4 A segunda das três virtudes teologais, simbolizada por uma âncora ou pela cor verde.

Créditos: Michaelis. 

domingo, 18 de outubro de 2009

CRAQUE SHOWBOL DO FLAMENGO FAZ ESTRAGO EM TARDE INFELIZ

Hoje deu medo. Muito medo. Pavor de um time que cria, mas não faz. De um time que chega, mas não dispara. De volantes... Esqueça os volantes, se não teremos que censurar o post. Deu tudo errado quando dava tudo certo. Mais uma vez os resultados cooperavam para uma arrancada, a vitória daria uma vantagem tão grande que poderíamos sentir o gélido metal da taça em uma de nossas mãos. E novamente falhamos horrores, demos a consagração para um sub-50, ex-craque, porque temos também um ex-jogador em campo, chamado Edmilson. Meu Deus do céu, San Gennaro, que falta faz o Pierre, nosso guerreiro!


O Palestra Itália lindo, entupido de gente, para ver o Palmeiras finalmente disparar na tabela. Mosaicos, bexigas, cantos de guerra, e nada, nada adiantou. O time começou melhor, pressionou, a bola passava perto e não entrava. Era uma vantagem enorme no número de finalizações. E o Flamengo, que nada fizera até então, se aproveitou do corredor pelo lado esquerdo da nossa defesa. Juan e Petkovic fizeram o que queriam, tabelaram, e o sérvio fez um bonito gol. Culpa do Edmilson? Sim, mas acrescente mais uns 5 nessa lista. Com a desvantagem o Palmeiras voltou com a pressão, para pelo menos empatar na primeira etapa, mas não foi possível. Impreciso.

No segundo tempo time sem alterações, mas voltou pior. Se na etapa inicial havia dominado o jogo e estava perdendo com certa injustiça, na final foi de doer. Nem chegar direito chegamos, até levarmos o golpe de misericórdia. Tire as crianças da sala! Eles tiveram escanteio, o craque showbol bateu, Wendel como num passo de balé deixou a bola, rasteira, passar por entre suas pernas e Marcos completou o serviço, lutando com a redonda como se ela fosse um frango fugindo do abate. Um gol ridículo. Repito: r-i-d-í-c-u-l-o! Muricy finalmente mexeu, como se a alteração fosse dar algum grande resultado. Ortigoza no lugar de Robert. Enquanto isso os volantes... Não, esqueça os volantes, simplesmente esqueça.

O que no começo do jogo foi um domínio que se transformara em placar injusto, no final foi um baile... Dos Urubus. Nem precisaram fazer muita coisa não, foi só deixar a bola no pé deles, aqueles que eu pedi pra esquecer. Já os meias, os craques badalados, onde estavam? O senhor correu quantos metros nesse jogo Sr. Diego Souza? Vamos lá, uns 30 metros a partida toda? E você Cleiton Xavier, ta fazendo o quê com o 10 nas costas, sendo que é agora que você tem que chamar a responsabilidade? E Muricy, por que não mexe nesse time!? Por que esperar 80 minutos para fazer o que se tem que fazer?

Se já estava ruim, ficou ainda pior quando o juiz marcou um pênalti... Para nós. Ortigoza derrubado na área. Vagner Love poderia iniciar uma reação a base da vontade nos últimos minutos. Poderia. Poder não é uma ação, é uma possibilidade. E nosso “poder” passou 50m por cima do gol, num chute medonho do camisa 9. Naquele momento o artilheiro do amor fechou a tampa do caixão. O jogo ainda correu por mais uns 5 inúteis minutos e acabou. São Paulo, Atlético Mineiro, Internacional e Goiás, você são extremamente incompetentes! Palmeiras, você é mais ainda! Mas que merda é essa?! Se não fossem os outros perebas essa liderança já não seria mais nossa. Em 9 pontos conquistamos 1. Isso é time que quer ser campeão? Nem esse, nem os outros atrás. Ou joga bola e reage ou talvez até seja campeão, levando em conta que a vantagem continua em 4, mas se for será por incompetência alheia. Eu não quero isso, eu quero essa taça por méritos. Os mesmos méritos que tínhamos há algumas rodadas atrás por ser líder há tanto tempo, hoje virou demérito dos adversários. Raça Verdão!

Créditos da foto: Uol Esportes.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

QUANDO VI AQUELE GOL I: O GAROTO QUE COMEMOROU COM EVAIR

Há alguns anos conheci um rapaz muito especial, com uma história peculiar. Sua vida foi cheia de tristezas, porém muito feliz devido à forma como aproveitou aquilo que ela tinha de bom. Ele faleceu em fevereiro, me deixando com imensa saudade. Porém, há uma história verdadeira de sua infância que mudou sua vida. É uma história tão linda que eu não poderia guardar apenas para mim.


Ele era jovem, hoje teria 25 anos, mas como costumava dizer, possuía pouca vida. Seu coração era fraco, sofria de insuficiência, e ele preferiu aproveitar bem as poucas coisas boas da vida curta que teria a sofrer longos anos com tristes tratamentos. E assim foi.


Uma dessas poucas coisas boas de sua vida era o Parmera, como ele costumava pronunciar, evidenciando seu vocabulário de jovem envelhecido, o que se destacava também nas atitudes: não tinha vontade de comprar as camisas atuais, sempre preferia uma retro, ou alguma original dos anos 80, já aposentada pelo pai. As que marcavam grandes momentos dos anos 90 eram sagradas, não gostava nem de tocar. Eu sempre brincava dizendo que iria guardar uma camisa atual para que ele pudesse usar daqui a 30 anos. Mas, ambos sabíamos, era algo praticamente impossível. Ele jamais viveria tudo isso...Olha, ele gostava de ir aos jogos do Palmeiras. Tinha guardados todos os comprovantes. Desde que era pequeno até os 24 anos foram 199 jogos. Para alguém que morava no interior e sofria de doença grave, era um número grande. Sonhava em completar o número 200 comigo, em um jogo da Libertadores de 2009, mas o tempo não deixou.


Uma de suas grandes lembranças, da qual sempre falava, era a do gol de Evair na final do Paulista de 93. Dizia sempre que naquele momento, mesmo sem saber, Evair mudou sua vida. Em um diário que mantinha, escreveu as seguintes palavras: “Eu estava lá, pertinho do gol. Tinha apenas 9 anos, já doente do coração, minha mãe ficou louca porque meu pai resolveu me levar ao jogo. ‘Você vai matar o menino hoje’, ela dizia, mas meu pai respondia que o importante na vida era morrer feliz. E nós fomos. Eu estava eufórico, era minha primeira vez num jogo do Palmeiras, tínhamos que levar aquele título e eu não desisti, sonhei até o fim. E no fim era só Evair e o goleiro. Pênalti. Quando ele chutou, eu disse ao meu pai que ele iria acertar e iria comemorar comigo. Dito e feito, ele acertou. E então todo mundo começou a gritar e pular feito doido, éramos campeões depois de tanto tempo. Eu nunca tinha visto o Palmeiras ser campeão, então foi uma das maiores alegrias da minha vida. Mas eu não comecei a pular, nem gritar, fiquei ali parado esperando o Evair vir comemorar comigo. E então ele veio correndo, e abriu os braços ali, bem na frente de onde eu estava, ele era meu ídolo e pra mim aquilo foi como um abraço. Eu sempre fui muito quieto, não costumava pular nem gritar, mas naquele momento extrapolei. A felicidade era tanta! Eu só me lembro que dei um grito de “campeão”, e quando comecei a pular tudo ficou escuro. Acabei nem vendo o juiz apitar. Foi a primeira vez que passei mal devido ao coração. Minha mãe estava certa, foi ali que comecei a morrer. Mas graças ao Palmeiras, a Evair e ao meu pai, eu comecei a morrer feliz”.


A partir desse dia ele acatou a idéia lançada pelo pai. Sabia que sua vida era curta, mas estava determinado a morrer feliz. E foi assim que, aos 24 anos, conseguiu sorrir ao dar seu último suspiro. Viveu momentos importantes como torcedor do Palmeiras. Presenciou títulos, conheceu jogadores, viu São Marcos brilhando em 99, sonhava em ver o Palmeiras campeão brasileiro nesse ano. Nunca conheceu Evair, mas morreu tendo a certeza de que naquele dia eles comemoraram juntos, pois o ídolo correu de braços abertos na direção daquele pequeno menino sonhador de apenas 9 anos. As pessoas nem imaginam como pequenas atitudes, às vezes involuntárias, podem mudar a vida de alguém. Obrigada, Evair.


Pelada patética entre Palmeiras e Náutico nessa segunda. Um jogo para esquecer que não sai da nossa cabeça

Por Renata Niemand

Ontem um amigo bambi fez a seguinte observação sobre o jogo de segunda entre Palmeiras e Náutico: “Poxa, nem o Palmeiras merecia isso... Com Marcão em campo já significa que está jogando contra 12, e ainda fica sem Diego Souza e mais da metade do time... Bom, isso é motivo pra adiar um jogo, time nenhum merece uma coisa dessas. Esse Marcão é tão bom que deve entrar em campo e ficar na dúvida sobre time para o qual ele joga”.


“Poizé”, o post de hoje poderia ficar por aqui. Até porque, confessemos, nenhum integrante desse blog conseguiu encontrar educação suficiente para escrever algo sobre esse jogo sem correr o risco de ser processado. Mas não ficaremos por aqui. Isso porque o Marcão não foi o único integrante do show de horrores de segunda à tarde. Confesso que vi só dez minutos do jogo e vídeos de piores momentos. Mas foi o suficiente pra entender que “aflitos” éramos nós, torcedores do Verdão. Aliás, a natureza foi bondosa comigo e fez chover ao ponto de eu ter que passar a tarde “no escuro”. Sem poder ligar a TV ou o computador até os 33 minutos do segundo tempo, livrei-me de uma seqüência mortal de ataques cardíacos. Não sei o que é pior: ver para crer, ou ficar imaginando o que os jogadores do Palmeiras estavam fazendo para conseguir levar 3 gols do Náutico, e não fazer um sequer! A propósito, o Náutico merece os parabéns, pois mereceu muito essa vitória.


Sei que o time estava mutilado e não apenas desfalcado. Sei que temos um bom time titular, mas um banco que deixa muito a desejar. Sei também que tinha reserva do reserva em campo. Mas o que eu não sei é como um torcedor do líder isolado do campeonato pode suportar ver o Náutico, que com todo respeito é o Náutico, fazer 3 gols no seu time, que não esboça poder de reação.


Enfim, não vou contar aqui a “historinha do jogo”, ninguém merece ser lembrado daqueles gols. Não vou continuar reclamando que nosso pior resultado no campeonato foi contra o Náutico. Nem vou “cornetar” todo mundo que merece, porque o post ficaria grande demais. Apenas algumas considerações:


1: Quando eu era adolescente, me colocaram em um time de futebol para disputar um campeonato local. Poxa, eu mal sabia para que direção chutar a bola, mas me disseram que tudo bem, eu só iria compor o time. Então eu fiz merda, o técnico brigou. Até agora não entendo porque ele brigou comigo, a culpa daquilo não foi minha, por não saber nem chutar, mas sim de quem foi capaz de me dizer que quem não sabe jogar bola pode compor um time de futebol com pretensão de ganhar um campeonato.


2: O problema é ver gente capaz se escondendo. Os vários desfalques fizeram com que um empate contra o péssimo adversário fosse uma perspectiva ótima de resultado. Mas isso não pode esconder o fato de que lá no meio existia titulares e reservas muito capazes, que apesar de muito prejudicados, poderiam ter feito algo para amenizar o desastre. Mas falar o que, se teve gente capaz de comentar um jogo que começou às 16 horas falando que foi uma “noite ruim”? Não é, senhor Cleiton Xavier?


3: Ainda acredito muito nesse título, desde que não tenhamos mais grandes desfalques até o fim do campeonato. Mas quem quer ser campeão necessita de um elenco bom e um time titular melhor ainda. Time titular bom, com reservas que não conseguem “segurar a barra”, só ganha campeonato no grito ou na zebra.


4: Dizem que esse campeonato está muito regular. Eu, por outro lado, penso que os times estão é muito irregulares. Ainda bem, porque assim nossos adversários diretos não fizeram merda nenhuma também nessa rodada. Ou melhor, também fizeram muita merda.


5: Domingo estamos em vantagem. Não, Adriano pode jogar sim... Ah, claro, Diego Souza e Vagner Love voltam. Mas estou falando mesmo é do nosso super, ultra, mega, master 12º jogador. Sim, aquele que se encaixa em várias posições: pode ser zagueiro, pode ser lateral esquerdo e, pasmem, até consegue se adaptar muito bem no ataque adversário. Deus abençoe o inventor da suspensão pelo terceiro cartão amarelo, quando é o adversário que sofre com isso nós podemos aproveitar bem.


6: Diego e Pirre, como vocês fazem falta... Aliás, se o Dunga tiver chamado o Diego apenas para dar aquela chance malvada, numa altitude de 3.600 metros, com direito a time desorientado... Ah, eu vou torcer é para a Argentina conseguir ir à Copa e tirar o Brasil com goleada!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O ELEITO

Em poucas palavras.

Segunda foi eleito com folga o ... do Palmeiras 2009!

(ao ¨título¨ cada um dê o nome que quiser)



domingo, 4 de outubro de 2009

VERDÃO DESPACHA TIME DE LUXA E JÁ COMEÇA A CONTAGEM REGRESSIVA

Torcedor afine a garganta, prepare o fôlego, porque falta pouco para berrar pra quem quiser ouvir “É campeão!”. São 11 rodadas, 33 pontos em disputa, sendo 18 deles em casa, e quem pega o Palmeiras? O Gayson, que falou na quarta que era pro Palmeiras se cuidar? Os “cholorados”, de Tite Bandeira? Pode chegar quem quiser, porque eu já estou fazendo as contas para o penta. Hoje entrará para a história como um dos principais jogos do Verdão no campeonato, assim como contra o Cruzeiro. O Palmeiras está se aproximando do fim de 15 anos sem vencer o nacional, graças às vitórias fora de casa. Graças à raça, à determinação, à força de vontade de um time com cara de campeão, com jogadores de campeão, com técnico de campeão, com diretoria de campeão e claro, com pontuação de campeão! Você vê alguém à sua frente? Eu não! 

Hoje foi mais um “Dia D” na campanha palmeirense no Brasileirão 2009. Clássico na Vila Belmiro, como sempre com público digno de uma torcida medíocre e arcaica. Com Muricy, o trabalhador, e Luxemburgo, o mercenário, frente a frente. Se vencesse, o fim de semana seria lindo para o Palmeiras. E que lindo ele está sendo! Muricy Ramalho optou por Obina – que deve perder a posição no próximo jogo, no ataque; Figueroa, que ganhou definitivamente a titularidade, na lateral direita e Maurício Nascimento substituindo o lesionado Maurício Ramos, ao invés de Marcão que havia sido cogitado durante a semana. No Santos a vaca continua se afundando no brejo. 

Primeiro Luxemburgo perdeu Fabão por contusão, depois Jorge Lucas, que não é aquele, pelo mesmo motivo. Isso tudo na primeira etapa. Nossas ações ofensivas mais perigosas aconteciam graças a chutes de fora da área, principalmente com Diego Souza. Sustos só pelas laterais, sobretudo pelo lado esquerdo da nossa defesa, onde Figueroa teve dificuldades para marcar Madson e Neymar, que caiam por ali o tempo todo. Ainda assim o Palmeiras parecia ter o jogo sob controle, apenas não chegava com efetividade. 

No segundo tempo o Santos começou melhor, tanto que marcou com Luizinho, batendo sem chance para Marcos. E daí? Somos mesmo o time da virada, porque temos jogadores que desequilibram (viu seu Luxemburgo!?), e sim, temos banco. A reação começou com Figueroa cruzando pela direita e Diego Souza aparecendo por trás da zaga santista, cabeceando para empatar a partida. A virada veio com mais uma jogada de Figueroa, passou por Vagner, que ajeitou para Diego driblar o zagueiro, chutar cruzado e Robert, que substituíra Obina, ser oportunista e virar o jogo. E o camisa 20 se firmou como um dos grandes nomes da partida. Em linda jogada iniciada por Diego Souza e Cleiton Xavier, Robert lutou até roubar a bola de Triguinho e meter uma linda caneta no goleiro Felipe, iria fazer o segundo. Ia. Vagner Love, o artilheiro fominha do amor, que adora marcar contra as sardinhas, chegou antes e meteu a bola para dentro da rede. 

E fim de papo! Se o campeonato continuar assim - e continuará -, o Palmeiras poderá entrar na justiça e pedir a patente da palavra “líder”. Já são 14 rodadas, com certeza serão pelo menos 15, e se tudo der certo serão 25 no final do Brasileirão. E para terminar o fim de semana feliz, com vitória em cima das sardinhas e derrota com direito a frango dos gambás, o Internacional levou 2 x 0 do Coritiba no Couto Pereira e viu o Verdão abrir 9 pontos, praticamente dando adeus à luta pelo título, assim como o Goiás que foi derrotado pelo Botafogo por 3 x 1 em pleno Serra Dourada. O Porco continua nadando de braçadas em direção ao caneco, seguido por Bambis e Galo no retrovisor. Quinta-feira tem Avaí no Palestra, hora de lotar e fazer uma linda festa. E claro, comemorar mais uma vitória de um time com cada vez mais cara de campeão.

Créditos da foto: Lance Press.