domingo, 31 de outubro de 2010

EM ESTRÉIA DE UNIFORME, PALMEIRAS VENCE, MAS QUASE SE COMPLICA

O assunto da imprensa não é o assalto em Minas ou, mais uma vez, os erros hoje na Arena Barueri, mas sim Felipão. Eles perguntaram o que queriam, ouviram o que não queriam e resolveram vestir narizes de palhaço para protestar contra o técnico. Muito bem, parabéns. Palmeirense veste camisa do Palmeiras, gay veste camisa do São Paulo, inglês fala inglês, nerd que se preze é fã de J.R.R. Tolkien e palhaço usa nariz de palhaço, nada mais justo. Na bola, que é o que importa, o Verdão, vestindo a nova e horrível terceira camisa, fez um bom primeiro tempo e quase se complicou no segundo. Tinga e Márcio Araújo fizeram belos gols, Dinei também marcou o seu primeiro. Vitória fácil? Não, estamos falando de Palmeiras. Mas com os 3 pontos conquistados a equipe se aproxima do G4. E juiz gosta de aparecer contra o Palmeiras, hein?!

Frio, chuva, má localização, véspera de eleição e feriado prolongado, resultado: mais uma vez, a Arena Barueri recebeu um público pequeno, pouco mais de 5 mil torcedores, para acompanhar o Palmeiras de Felipão, sem Valdivia, mas ainda de olho no G4. E a arquibancada esvaziada ouviu o Hino Nacional começar a ser executado sem um dos times em campo. Vaias para o Goiás. Quem estava lá ou acompanhando pela TV ou internet, também pode ver a estréia do terceiro uniforme, feito especialmente para... a bocha. É a única explicação que encontro para um tamanho mau gosto da Adidas. Com o uniforme horroroso, mas ainda ostentando o distintivo palmeirense, a equipe iniciou a partida com paciência. Enquanto Deola mal suava, meio e ataque alviverde tentavam furar o bloqueio, nem tão forte assim, da outra equipe esmeraldina. Até que aos 21, Tinga fez linda jogada, com direito a rolinho entre as pernas de Wellington Saci (sim, pasmem, pernas no plural), e bateu forte pro gol. O chute ainda contou com desvio, só para complicar de vez para Harlei. Belo gol. Na sequência da primeira etapa, o Goiás até cresceu, mas não gerou grande perigo para o nosso arqueiro.

Na volta pro segundo tempo, vimos um Palmeiras mais lento, que apenas assistiu a um esboço de reação da equipe goiana. Reação que não passou mesmo de um esboço naquela altura. O jogo seguiu feio, com poucas oportunidades e inúmeros passes errados. E ainda nos demos ao luxo de perder ótimas chances, por puro e simples preciosismo, principalmente de Lincoln. Mas quando o camisa 99 resolveu soltar a bola do pé e tocar para Márcio Araújo, a vantagem no placar se alargou. O volante/lateral, que já havia feito boa jogada minutos antes, mas concluíra mal, bateu na diagonal da entrada da área, bonito, sem chances de defesa. Parecia que o jogo estava ganho. Ledo engano. O Goiás reagiu com gol duvidoso de Jones. Ou seria de Carlos Alberto? Jones cabeceou e Deola defendeu, no rebote, impedido, Carlos Alberto concluiu. Resta saber se na defesa de Deola a bola já havia cruzado totalmente a linha do gol. Sendo assim não há nenhuma irregularidade. Mas do contrário...

Agora o Goiás reagiu. Certo? Errado. Felipão tirou Kléber após o 2 x 0 e colocou Dinei. E o atacante sem queixo aproveitou para deixar o primeiro dele com a camisa palmeirense. Luan bateu bem uma falta na lateral esquerda da área e o atacante escorou de cabeça, tirando as chances do goleiro e definindo a partida. Ou quase isso. Antes do apito final, aos 44, a equipe do centro-oeste voltou a diminuir e, de novo, em lance duvidoso. Aliás, duvidoso não, estava de fato impedido. Depois de mais um rebote de Deola, Everthon Santos, em posição irregular, empurrou a bola pras redes. Mas que fique entre nós, porque os palhaços não viram, ou senão teriam avisado o bandeira. Ou não, depende da preferência clubística do palhaço em questão. Mas apesar do susto com o 3 x 2, não passou disso.

Vitória e um pouco de tranquilidade. O Palmeiras volta a jogar agora na quinta-feira, na Arena da Baixada, contra o Atlético-PR. O rubro-negro do Paraná tem o mesmo número de pontos que o Verdão, mas permanece na frente pelo critério de desempate. Partida difícil, ainda mais sem Kléber, novamente suspenso por três cartões amarelos, além de que já não contaremos com Valdivia, se recuperando de lesão. A posição ainda é a mesma, mais o G4 já se aproxima. Como a vaga pela Sulamericana não é nada garantida, não custa um esforço extra para alcançar essa posição na tabela, mesmo que seja difícil. E pros palhaços e idiotas, diplomados ou não, já sabem onde enfiar os narizes, não é?

Créditos da foto: Fábio Braga/Folhapress

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

CONTRA MISTÃO E ARBITRAGEM SAFADA, PALMEIRAS EMPATA E TRAZ VANTAGEM PRA SÃO PAULO

Há jogos em que é quase impossível lembrar-se de todos os lances na bola. Esse é um deles. A memória do palmeirense não se desligará tão cedo das malandragens em Minas. Sim, o Galo estava com time misto e o Palmeiras tanto poderia quanto deveria ter vencido a partida. Mas um erro não justifica o outro. Um pênalti desconsiderado, graças ao aviso de não sei quem sobre uma posição de impedimento de Lincoln, que realmente estava, mas que não foi assinalado em momento algum pelo auxiliar, além de outro pênalti, dessa vez para o Atlético, inexistente em Obina, mudaram o panorama do jogo. Arbitragem vergonhosa em Sete Lagoas. De bom mesmo, vale destacar a partida impecável, mais uma vez, de Deola. Com ou sem falcatruas dos homens do apito, a vantagem que o Verdão traz pra decidir a vaga em São Paulo é ótima. Poderia ter sido muito melhor, na bola e no apito.

Valdivia joga ou não joga? Jogou, mas por pouco tempo. El Mago não treinou, mas foi relacionado para o jogo e começou como titular. Por pouco tempo, é verdade. Mas nesses minutos que ficou em campo, o chileno deu trabalho pra marcação atleticana. Mas o meia voltou a sentir dores no local da contusão e, antes de 20 minutos de jogo, foi substituído por Lincoln. Esse que demorou bons 30 minutos (de bola rolando) pra entrar realmente na partida. Eles também tiveram uma baixa. Seu jogador mais criativo, Daniel Carvalho, também foi substituído por sentir dores de uma antiga lesão na coxa. E assim o jogo perdeu qualidade. Antes disso tudo acontecer, Deola e Renan apareceram bem. Primeiro Kléber foi lançado por Marcos Assunção na área e parou no goleiro do Galo. Depois foi a vez do arqueiro verde fechar o gol diante de Neto Berola. Ainda assim, a primeira etapa foi fraquíssima tecnicamente e até em emoção.

Já no segundo tempo, muita gente resolveu aparecer. O primeiro a chamar a atenção foi Kléber. O Gladiador bateu bonito e abriu o placar depois de tabelar com Tinga. Vale ressaltar que o dorminhoco Lincoln foi quem iniciou a ótima jogada que acabou nas redes de Renan. Enquanto isso, Deola continuava pegando absolutamente tudo. O Galo cresceu com a entrada de Obina, depois de Diego “zzzzz” Souza, mas não conseguia passar pela muralha palmeirense. E foi o Palmeiras que teve, por alguns bons segundos, a chance de mexer mais uma vez no placar. Lincoln, jogando com a 11, fez ótimo lance pela esquerda e foi parado com falta dentro da área. Pênalti. Certo? Quase certo. Quando Kléber se preparava pra bater, o auxiliar avisou Marcelo de Lima Henrique que Lincoln estava impedido na jogada que originou o pênalti, e o arbitro voltou atrás na marcação. Sim, Lincoln estava impedido. Mas o “curioso” do lance é que em momento algum o bandeira assinalou o impedimento. Estranho, não acha? Como será que ele ficou sabendo, hein?

Como se não bastasse isso, o juizão “resolveu” o problema ofensivo para o Atlético. Inventou um pênalti de Marcio Araújo em Obina, aprovado pelo péssimo Maurício Noriega do Sportv, que além de cego é burro. O mesmo bolinho de feijão, popularmente conhecido como Acarajé, bateu a penalidade e marcou o gol de empate. Espero que o arbitro não esqueça de assinalar o gol para si próprio na sumula, nada mais justo. Mesmo com a força extra do homem do apito para o Atlético-MG, o Palmeiras ainda pressionou, sem sucesso, a equipe mineira no final da partida. Com o jogo encerrado, muita reclamação, e justa, para o horroroso e mal intencionado trio de arbitragem.

Contudo, o Verdão carrega na bagagem boa, quiçá excelente, vantagem para o segundo jogo. Quem sabe até lá, Valdivia já estará em plenas condições físicas. Sem o Mago em campo o Palmeiras perde muito em disposição e técnica, como faz falta esse chileno. Ah, não esqueçamos da ridícula cobertura do jornalismo da Globo aos acontecimentos em Minas. Dêem uma lida na matéria do jogo que o GE publicou e reparem na disparidade de opiniões em relação a outros sites que fazem cobertura esportiva. Pois é, nada que é sujo deixa de ter uma ótima “cobertura” da empresa carioca. Para Marcelo de Lima Henrique, Erich Bandeira, Alessandro Álvaro Rocha Matos, Maurício Noriega e Globo, eu ofereço: vão tomar no meio do cu! Passar bem.

Créditos da foto: Pedro Vilela/AE.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

NO BREU, PALMEIRAS SE CLASSIFICA SEM ESFORÇO E PEGA O GALO NA SULAMERICANA

Essa noite certamente nos reservou eventos inesperados em Barueri. Claro, não o mais “inesperado” deles, que seria uma eliminação para o time/outdoor boliviano. A primeira surpresa veio com a escalação de Valdivia. Ninguém esperava o Mago para o jogo e quase nem tinha esperanças de vê-lo domingo, no Derby. Foi um misto de apreensão com felicidade ao ver o chileno em campo. Outro fato que pegou todo mundo de “calças curtas” foi a iluminação da Arena. Primeiro faltou luz no intervalo, depois assim que começou o segundo tempo. Foram aproximadamente 30 minutos de paralisação e escuridão. Uma lástima. No escuro ou não, nada pode impedir a classificação palmeirense, antes já considerada como certa. E agora vem o Galo na próxima fase, pena que não seja o Luxa por lá ainda, adoraria eliminá-lo.

Eu falei só em duas surpresas? Não, bota aí mais uma. Rivaldo, a cópia de craque que veio da 25 de Março, cria e adoração de Felipão,um verdadeiro desperdício de pernas, ficou de fora do time. Não que o Luan seja um ótimo jogador, mas pelo menos o Palmeiras jogou com 11. E jogou contra um adversário fraquíssimo, diga-se de passagem. Até a padaria da esquina patrocina aquela beleza de camisa. A torcida teve boa vontade, mesmo com frio e horário ruim, esteve lá em número razoável, apoiando a equipe. Com torcida, vantagem, Valdivia e sem Rivaldo (!), não daria pro Sucre mesmo. Com a bola rolando, o placar começou a ser construído cedo, aos 12 minutos. E foi nos pés do Mago que a jogada se iniciou. O chileno abriu a jogada pela esquerda e Gabriel Silva cruzou na medida para o Gladiador, livre, cabecear e abrir vantagem também no marcador. Simples assim, sem muito esforço, logo foi a vez de Luan marcar seu primeiro gol pelo Palmeiras. E de novo um cruzamento perfeito de Gabriel, que honrou a 10 hoje.

Antes que a primeira etapa chegasse ao fim, quem apareceu foi o juiz e graças ao goleiro adversário. Atrapalhado, o goleirão saiu mal e ainda tentou driblar Tinga, que roubou a bola e sairia na cara do gol vazio se não fosse a intervenção do Zé Mané boliviano. Sem alternativa, o arqueiro cagão derrubou o meia palmeirense com falta. Expulsão? Sim, pra mim, pra você, pro seu amigo, pro seu pai, pra sua mãe, pro seu cachorro e mais 99,9% da população mundial, menos pro juizão, que literalmente “amarelou”.

E depois do amarelo do juiz, foi a vez do preto da noite colorir a Arena Barueri. Logo na volta do intervalo, que já foi às escuras, o breu se instalou no estádio. Com as luzes apagadas, os jogadores tentaram se exercitar e manter o corpo aquecido. Valdivia até vestiu calça de treino, para gozação dos colegas. Após uma eternidade, as luzes voltaram a se acender em sua totalidade e a partida reiniciou. A disposição já não era mais a mesma. Ainda assim o terceiro gol saiu e de novo de cabeça. A diferença é que dessa vez, o homem da bola parada, Marcos Assunção, foi quem cruzou para cabeçada de Danilo. E então a goleada poderia ter acontecido, mas não passou de uma hipótese. Sem se esforçar para alargar o placar, o Palmeiras ainda viu o outdoor ambulante diminuir também de cabeça, durante pane defensiva.

Foi um jogo relativamente fácil, e seria ainda mais fácil se não fossem as desatenções. O lance de maior “susto” foi de Kléber, que teve luxação em um dos dedos da mão, rapidamente “corrigida” pelo departamento médico ainda no gramado. Agora vem o Derby no domingo, sem Márcio nem Gabriel suspensos. Em compensação com a inesperada, porém, mais do que bem-vinda volta de Valdivia. Na Sulamericana o próximo compromisso será diante do Atlético-MG, que começa a se ajeitar nas mãos de Dorival Junior. Melhor acertado ou não, o Palmeiras é favorito, embora não deva ter muita facilidade pela frente. Hora de despachar os alvinegros, Verdão! De breu já basta a ex-exemplar Arena Barueri.

Créditos da foto: Miguel Schincariol/Lance Press.

domingo, 17 de outubro de 2010

PALMEIRAS DECEPCIONA E APENAS EMPATA COM O CEARÁ, “EM CASA”


Às vezes, é difícil encontrar palavras para falar de um jogo como o de hoje. Só pra escrever essa frase demorei uns 20 minutos. Acho melhor começar a falar da partida assim posso chegar logo à melhor parte, que é xingar alguns elementos.

O Palmeiras entrou em campo com Lincoln e Dinei nos lugares de Valdívia e Kléber, respectivamente. E isso me fez perceber – ou me convencer – de que esse protótipo de atacante deveria voltar de onde veio. Sei que não temos substitutos à altura para os dois titulares, mas hoje poderíamos ter vencido mesmo assim. Só mais uma consideração a respeito do ataque: Felipão, Lincoln é meia, assim como o Valdivia.

Logo no início da partida, parecia que chegaríamos rapidamente ao gol. Assunção cobrou falta na lateral direita e Lincoln quase abriu o placar. Depois desse lance, o Ceará permaneceu mais tempo com a bola e o Palmeiras mal conseguia criar lances de ataque. Quando conseguiu retomar o controle do jogo, insistia muito em jogadas pelo meio, que nunca eram efetivas, principalmente com Tinga. Aliás, o camisa 17 fez uma péssima partida e hoje pode ser comparado ao Rivaldo. E isso é um insulto dos grandes. Lincoln ainda teve uma grande chance no final da primeira etapa, mas bateu fraco e sem direção, dentro da pequena área. Na sequencia, Tinga se atrapalhou e o ataque se perdeu.

Para não ser completamente injusta com o Tinga, agradeço-o por ter sofrido a falta que originou o gol do Palmeiras. Mas é só isso. Aos 45 do primeiro tempo, Marcos Assunção ajeita a bola com carinho, toma a distância costumeira e acerta um chute lindo. Gol para deixar todos mais tranquilos para a segunda etapa. Foi o 8º gol de Assunção na temporada, o 7º de falta.

No retorno, mudança inesperada no Verdão: Fabrício entrou no lugar de Maurício Ramos, que sentiu uma lesão. Essa mudança não teve conseqüências negativas, mas a saída de Marcos Assunção mudou o jogo do Palmeiras, mas para pior. E antes o jogo nem estava tão bom assim. Só algumas coisas continuaram como antes: Tinga em dia péssimo e Rivaldo...bem, no seu normal, péssimo também. A justificativa para a saída de nosso volante salvador envolve preservá-lo para o clássico contra os gambás, tanto pela parte física quanto pelo número de cartões, já que o jogador está pendurado. Quem entrou em seu lugar foi Pierre.

O Ceará gostou da substituição, pois tomou conta do jogo. Acertou bola na trave e pressionou o Palmeiras o tanto que pode, até um idiota vestindo a camisa 8 fazer um pênalti mais idiota ainda, empurrando disfarçadamente o adversário com o braço, tão discretamente que o juiz viu e marcou. Só de pensar que a bola lançada para ele ia pra fora, mesmo com todo o esforço do mundo, me dá vontade de amputar aquele braço. Geraldo chutou no meio do gol e empatou a partida, aos 37 minutos. Só a partir desse momento o Palmeiras resolveu pressionar o Ceará, mas não teve qualidade técnica e tática para fazer mais um gol, mesmo com dois atacantes de ofício em campo (grande coisa – Dinei e Tadeu).

Enfim, foi um resultado frustrante, mesmo com os desfalques importantes. O Palmeiras tinha condições de vencer, mas a cada partida mostra que depende mais que o necessário da bola parada de Marcos Assunção. Valdivia e Kléber mudam a cara do jogo, criam oportunidades, são importantíssimos, mas é do camisa 28 que mais dependemos. Espero que a diretoria tenha se dado conta do elenco fraco que temos, principalmente no ataque. Luan, Tadeu, Dinei são jogadores de segunda divisão, e olhe lá. Podem fazer seus golzinhos de vez em quando (ou nunca), mas não servem para jogar no Palmeiras. Nem preciso falar do Rivaldo, não é? Ele merece ser deportado para o Paraguai, de onde nunca deveria ter saído. Maldita falsificação barata!

Para completar a noite, os bambis venceram o Santos e nos ultrapassaram na tabela. Agora, o Palmeiras ocupa o 10º lugar, com 44 pontos. Poderíamos terminar a rodada no 8 º, a apenas 4 pontos do 3º colocado. Não podemos mais perder pontos de maneira tão boba e infantil. Resta-nos acreditar na Sulamericana e esperar que o Palmeiras realmente lute com todas as suas forças para conseguir a vaga, mesmo sem Valdivia. E por falar em desfalques, não contaremos com Gabriel Silva e Márcio Araújo para o clássico contra os gambás. Isso significa que Rivaldo assumirá a lateral esquerda. A propósito, até hoje não sei em que posição ele joga. Bom, acho melhor eu terminar por aqui.

Crédito da foto: GE.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

CONTRA ALTITUDE, JUIZ, GRAMADO E CAVALOS, PALMEIRAS CONSEGUE VITÓRIA NA BOLÍVIA

Houve um intervalo tão grande na Copa Sul-Americana (o que, se não me engano, é comum) que, não fossem as emoções que vivemos no último jogo do Palmeiras, há meses, emoções que só os palmeirenses conseguem compreender, muitos teriam se esquecido dessa disputa. Isso sem falar na vaga para a Libertadores, que devido aos acontecimentos do último ano tornou-se questão de honra, o que faz da Sul-Americana muito importante.

Pela honra os antigos lutavam valendo vida ou morte. Devido ao futebol apresentado, não podemos dizer que hoje o Palmeiras lutou por vida ou morte, mas é fato que teve vários adversários. O gramado era tão ruim que senti saudades do Engenhão; teve a famigerada altitude que atrapalha muito os jogadores; o árbitro anulou um gol legal de Lincoln e deixou de marcar um pênalti, além de não conter as cavaladas bolivianas; tivemos também como adversários todos aqueles cavalos vestidos de vermelho e, como se não bastasse, uma bandinha insuportável tirando a paciência de todo mundo. Hells, o que foi aquilo?

Notou que não comentei o futebol dos Universitários de Sucre? É, porque dos males foi o menor. Ô time ruim, compensa a falta de qualidade técnica nos coices.

Não vi boa parte do primeiro tempo, portanto, me abstenho de comentar. Mesmo com meu esforço e da família, não consegui chegar a tempo. O primeiro som que ouvi do jogo foi um grito de gol, a primeira imagem foi de Deola comemorando. Comecei bem. E por falar no gol, vi muita gente reclamar na ocasião da contratação de Assunção, que chamavam de velho e lerdo, mas tem sido “o cara” para esse Palmeiras que sofre com a falta de um matador.

Não sei se já estava assim antes, mas depois do gol tivemos um jogo chato, piorado devido a banda boliviana que, nada tira da minha cabeça, foi contratada para tentar atrapalhar o Palmeiras. Se atrapalhou eu não sei, mas foi difícil assistir enquanto não optei pelo mudo.

Ainda no primeiro tempo, Valdívia saiu lesionado, sentiu a coxa. Como o jogo não estava tão preocupante, e como o Derby é o Derby, não houve quem não se preocupasse: esperamos que o Mago esteja bem para jogar contra nossos amigos gambás – que, aliás, passam por ótima fase nesse roubadão 2010/ edição centenada. No lugar de Valdívia, entrou Lincoln. E o jogo permaneceu chato, com poucas chances para os dois times e Deola anunciando que faria ótima partida.

No segundo tempo o Palmeiras estava cansado. Nosso time, em boa parte do tempo, deixou o Sucre atacar, ou teve tentativas frustradas de ampliar o placar. O meio, ineficiente, Kléber precisando de companhia. Além disso, o Palmeiras sofria com a delicadeza dos adversários pouco violentos. E apesar da falta de técnica, favorecidos pela altitude e pela postura palmeirense, os adversários fizeram Deola trabalhar. Nosso goleiro mostrou belo serviço. É claro que Assunção fez o gol que decidiu a partida, claro que o juizão quis aparecer com suas pixotadas, mas o nome do jogo foi Deola. Seguro, e com qualidade, fechou o gol com ótimas defesas, e nem ele se livrou de apanhar.

Quando parecia que ficaríamos por isso mesmo, aos 35 minutos, depois de chute de Kléber defendido pelo goleiro deles, Lincoln aproveitou o rebote e finalizou, gol do Palmeiras. Não para o senhor Victor Carrillo, que invalidou o gol legal. Está certo que o Sucre tem um time ruim, que o próximo jogo é em casa, mas esse gol pode significar muito na decisão dessas oitavas de final. Minutos depois ainda teve um lance duvidoso em Rivaldo, que a meu ver (e da grande maioria) foi pênalti claro, mas o árbitro deixou a bola rolar.

Poderia ser um resultado de 2 ou 3x0, praticamente fechando a classificação, o Palmeiras foi impedido por erros de arbitragem e isso nos frustra. Mas também poderia ser um empate ou derrota, o que foi impedido pela ótima atuação de Deola. 1x0 é vitória “magra”, mas é vitória, estamos em vantagem. Na semana que vem tem mais, em Barueri. Espero que seja um jogo melhor, espero que a arbitragem não cometa tantos absurdos e, principalmente, espero classificação. É a chance de conseguir a vaga na Libertadores e, além disso, não me importa se a Sul-Americana é pouco considerada, quero o Palmeiras campeão em qualquer coisa que disputar.

Foto: Reuters/Terra.

domingo, 10 de outubro de 2010

PALMEIRAS BUSCA EMPATE, JOGA PRA PERDER E SAI DO ENGENHÃO NO ZERO

Primeiro de tudo: que jogo chato! Isso resume muita coisa. A clara intenção palmeirense em levar um ponto do Engenhão, que ficou implícita desde o apito inicial, só aconteceu porque o adversário da vez, o Botafogo, foi de extrema incompetência. Até o excelente e brigador Loco Abreu deu sua pixotada. Além do jogo ruim que fez, o uruguaio ainda chutou um pênalti pra fora. E finalmente o Kléber, aquele, voltou ao Palmeiras. Hoje foi expulso, com grande exagero, por ser o Kléber. Se tivéssemos vencido, colocaríamos a rodada no bolso, já que muitos resultados foram favoráveis. Paciência. Aqui não se perde há muito tempo, enquanto na Fazendinha, que não é a da Monique Evans, a vitória não dá às caras há tempos. Pra quem se gabava da boa fase, vejam agora, gambás. Como diria o sábio: um dia da injeção, outro da bunda.

As discussões de bastidores, por conta da “bananada” botafoguense, que acusou o Palmeiras de sujar o vestiário do Engenhão com bananas, foram muito mais acirradas do que a disputa na bola. A torcida do clube carioca, que só não é menor do que a saia de Geisy Arruda, compareceu em bom número. Por volta de 200 torcedores, sendo que 50 deles ganharam a camisa e foram colocados lá. O Verdão, depois de golear o Avaí com show do Mago, foi em busca de um empate. Desfalcado e reforçado. Vítor, que vinha melhorando bastante, fica fora por pelo menos duas semanas por contusão. Já Tinga, que estava afastado pelo mesmo motivo, voltou à equipe. Mas quando a bola rolou, o palmeirense precisou ser forte. Por dois motivos: primeiro, pra secar o Loco Abreu que teve pênalti, bem marcado, pra cobrar logo aos 8 minutos; segundo, pra se manter acordado no restante da partida. No primeiro funcionou, mas quem dormiu não pode ser culpado.

A primeira etapa seguiu modorrenta, quase sem chances de gol, pelo menos do Palmeiras, que nem fazia menção de finalizar. Já o Botafogo assustava, mas com a mesma velocidade que o Cometa Halley pode ser visto pelos terráqueos, de cada 76 anos. Por tanto, o apito que encerrou o primeiro tempo soou como uma benção vinda dos céus. As equipes voltaram do intervalo, as alterações não. E o jogo continuou uma bela duma bosta. Nem a entrada de Lincoln no lugar de Rivaldo melhorou o jogo. O Palmeiras até que teve mais posse de bola, mas isso não significou nada. Depois do craque da perna-de-pau, foi a vez de Valdivia deixar o gramado substituído por Dinei. Sem queixo ou não, o atacante quase fez um gol. Kléber, que estava apagado como todo o time, apareceu no final do jogo. Não de uma boa forma, diga-se de passagem. O Gladiador vinha reclamando do número de faltas que estava recebendo e foi só o cotovelo esquerdo sobrar na cara do botafoguense que o juizão tratou de mandá-lo pra rua. Lance para no máximo um cartão amarelo, mas como é o Kléber já estava até demorando. Só falta o STJD também punir o atacante e chamar a atenção nessa reta final de campeonato, o que não é de se duvidar.

E como o tempo é o melhor dos remédios, a partida chegou ao fim. Um pontinho no bolso e uma expulsão na conta. É, poderia ter sido melhor, com uma vitória o Palmeiras estaria em boa posição na tabela. Mas pra quem amargava seqüências intermináveis de derrotas e empates, a fase é muito boa. Não vamos reclamar de barriga cheia. Nessa altura do campeonato, o que vier é lucro. O próximo desafio agora será pela Sulamericana, na quinta. O time vai à altitude boliviana enfrentar o Universitario Sucre. Pelo Brasileirão, o próximo adversário é o Ceará em casa. E dessa vez o Verdão não deixou bananas no vestiário, mas alimento já digerido: Rivaldo. Deve estar por lá ainda, dormindo como um anjo. Espero que não devolvam.

Créditos da foto: Marcelo de Jesus/Uol.

sábado, 2 de outubro de 2010

EM CLÁSSICO “SEM GRAÇA”, PALMEIRAS E SANTOS EMPATAM NA VILA

Poderia ter sido um jogo para determinar novos rumos para as duas equipes na tabela. Em caso de vitória palmeirense, significaria a ultrapassagem sobre o rival santista e ver o grupo que se classifica para a Libertadores se aproximando. Se a vitória fosse alvinegra, seria o suficiente para abrir vantagem contra um rival na tabela e ainda com um jogo a menos a cumprir. Mas o clássico terminou sem ambas as equipes avançando na tabela. Debaixo de pouca chuva, o empate acabou sendo uma boa para o Palmeiras, que começou vencendo, mas cedeu a pressão. Há uma evolução clara no futebol desse time, mas ainda ocorrem erros infantis, inclusive no banco de reservas. Contudo, numa rodada em que poucos venceram, empatar um clássico fora de casa não é para reclamar.

Domingo de eleição, então o sábado é de bola rolando por todo o Brasil. O clássico na Vila foi um dos jogos mais aguardados da rodada. De um lado, Valdivia e Kléber, do outro, as bichinhas da Vila, lideradas por Gaymar. No banco a equipe santista ainda sente a cagada feita pela diretoria ao demitir o bom Dorival Junior. Sem boas opções no mercado, por enquanto ainda sobra para o interino Marcelo Martelotte, “cover” de Estavam Soares, vulgo Fred Flintstone, a missão de comandar a equipe mais egocêntrica do país. No Palmeiras, sem Tinga, contundido, Felipão escolheu Rivaldo Perna de Tábua para fechar o meio campo, apostando nos contra-ataques com uma lesma caindo pela esquerda. O Santos começou a partida com mais posse de bola, mas não chegava a assustar, exceto por uma ou duas vezes. Já o lado verde, com poucas opções ofensivas, quando chegava era mais contundente. Não por acaso o primeiro gol saiu pela competência do ataque palestrino. Valdivia iniciou a jogada no meio, tocou para Márcio Araújo e foi receber na área. Lá, o chileno ajeitou para Kléber que bateu bonito, de primeira, e abriu o placar. Bonito gol.

Naturalmente a equipe santista pressionou mais depois do gol. E o Palmeiras deixou. Ainda assim, não conseguiram chegar ao empate na primeira etapa. O Santos voltou do intervalo com Zé Eduardo para reforçar a capacidade ofensiva da equipe. Já o Palmeiras voltou com 10, já que ainda tinha Rivaldo em campo. Mas, acredite, dava pra piorar. Felipão tirou um jogador ruim para colocar um... Nada. Exatamente, o Patrik é: nada. Não é atacante, não é meia e não é volante; não chuta bem, não marca bem, não corre e não dribla. Rivaldo pelo menos é ruim e a gente já sabe disso. Enquanto Patrik desfilava sua inutilidade em campo, Lincoln esquentava o banco de reservas. E sem domínio no meio campo, o empate era questão de tempo. Saiu, com Alan Patrick, em chute de fraco com desvio de Danilo, o suficiente para matar Deola no lance. Nada muito mais interessante aconteceu. Faltas a todo momento, jogo truncado, raras chances de gol e ainda Felipão, faltando poucos minutos, ouviu a torcida e chamou Lincoln. Mas o que adianta colocar o camisa 99 e tirar o 10? Substituição de quem não quer vencer. E não venceu.

O empate custou uma posição na tabela. A 8ª posição ficou com o Grêmio, que venceu bem o Vitória no Barradão e tem uma vitória a mais que o Palmeiras, além de melhor saldo. O próximo compromisso será na quinta-feira, contra o Avaí em casa. Até lá pode decidir, ou não, por uma equipe mais criativa, com a entrada de Lincoln ao lado de Valdivia. Besteira pensar que os dois não podem jogar juntos. E se o meia, que ainda volta de um bom tempo parado por “contusão”, não tem condições de jogar mais do que 10 minutos, que não leve nem para o banco. Pelo menos foi a quarta partida seguida sem derrota e está claro que o time melhorou bastante. Esse empate não é pra desanimar ninguém. Continuem com o bom trabalho e com a melhora, quinta tem mais e espero que “mais” uma vitória.

Créditos da foto: Terra.