quinta-feira, 18 de novembro de 2010

KID BENGALA DECIDE DE NOVO E VERDÃO SE APROXIMA DA FINAL NA SULAMERICANA

Foi difícil e chato, mas a vantagem conquistada valeu qualquer esforço. Aliás, esforço que não foi somente dos jogadores, mas principalmente da torcida palmeirense que cantou e vibrou durante os 90 minutos no Serra Dourada. Parecia que estávamos em casa. Com a vitória, o Palmeiras joga pelo empate na próxima quarta. Mas, obviamente, com Pacaembu lotado, ninguém vai quer saber de jogar pela igualdade no placar. A final da Sulamericana está cada vez mais palpável. Marque na agenda, parmerista: 24 de novembro, dia de despachar o Goiás. Que os jogadores saibam fazer valer o favoritismo e a vantagem dentro de campo.

Reza a lenda que no último domingo, neste mesmo Serra Dourada, o Palmeiras jogou e perdeu. Mas não, não é lenda, realmente aconteceu. O time reserva foi derrotado pelo Atlético-GO, enquanto a equipe principal aguardava em São Paulo, se preparando para o duelo da Sulamericana. Já virou passado. Quem viu, viu. E quem não viu... É um baita de um sortudo desgraçado. Sem o peso nas pernas, o Verdão titular entrou em campo com um objetivo claro: marcar um gol e conseguir vantagem pro segundo jogo. E o Goiás, com chances remotas de escapar do rebaixamento, apostando todas as suas fixas na competição continental. E quando a bola rolou, sobrou canelada pra todo lado. Foram tantas faltas, que o cara da estatística pediu demissão.

No início da partida parecia que o Palmeiras não ia se intimidar e buscar o resultado já fora de casa. Manteve-se mais tempo com a posse de bola e até arriscou poucos chutes ao gol, claro, com Marcos Assunção. Hoje o volante deixou todo mundo atento ao chutar uma bola pra lua nos primeiros minutos. Mas o recado estava dado: “vou chutar com a bola rolando”. E foi com a redonda rolando que o especialista em cobranças de falta mandou um chute perigoso, que passou raspando a trave. No entanto, o domínio palmeirense não durou muito tempo. O Goiás cresceu na partida e apostou em bolas alçadas à área para tentar fazer o resultado. E quando tínhamos a chance de contra-atacar, lá vinha falta. No nosso lance mais perigoso, Assunção cobrou falta, Harlei rebateu pra área e Lincoln (zzzzzzzzzzz) foi travado pela zaga na hora da finalização.

Na segunda etapa, não tivemos nem tempo de acomodar a bunda no sofá direito. Aos 3 minutos, ele, o homem da bola parada, mandou um chute lindo, com ela rolando mesmo, e acertou na gaveta do goleiro esmeraldino. Um golaço! Mais um do principal jogador palmeirense no segundo semestre. Com desvantagem no placar, o Goiás teve que partir de vez para a pressão. Mais chuveirinho. Kléber ainda teve boa chance em contra-ataque, mas Harlei defendeu. E foi praticamente a última coisa boa que o Palmeiras fez na partida. Felipão mexeu. Tirou Lincoln (zzzzzzzzzzzzz) para colocar Pierre. E se isso já era sinal de ferrolho defensivo, foi ainda mais evidenciado com a entrada de Leandro Amaro no lugar de Tinga, alguns minutos depois. E lá veio mais pressão. Até que aos 47, de tanto tentar e não conseguir, o Goiás chegou ao gol de empate. Ou quase isso. Otacílio Neto desviou de cabeça em cobrança de falta e marcou. Mas Everton Santos, impedido, foi pra bola e dividiu com o arqueiro alviverde. E então mudou a história do “empate” da equipe goiana, que teve o gol corretamente anulado. Ufa!

Muita reclamação do Goiás, sem procedência , ao final da partida. E a torcida deles, que já estava com Tensão Pré-Série B, resolveu fazer das suas. Alguns trogloditas jogaram objetos no gramado, entre eles rádios, um recolhido pelo bandeirinha e outro que atingiu Felipão na saída do gramado. E aí Conmebol, vai ficar por isso mesmo? Com o gol do Kid Bengala, vulgo Marcos Assunção, o Verdão jogará na próxima quarta-feira, em casa, por qualquer resultado de empate. Que a torcida mais uma vez lote o Pacaembu e faça uma bela festa de apoio ao time. Tenho certeza que fará. Com a final cada vez mais próxima, não custa observar os prováveis adversários que entram em campo nesta quinta. LDU x Independiente, quem passa? E enquanto isso, o BRoubadão 2010 segue no ritmo de Lincoln: zzzzzzzzzzzzzzzzz...

Créditos da foto: Uol.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

VITÓRIA “FELIPÔNICA”, SHOW DA TORCIDA E CLASSIFICAÇÃO PARA AS SEMIFINAIS DA SUL AMERICANA

Podem menosprezar a Sul Americana (apesar de agora ser diferente, devido a vaga na Libertadores), mas mata-mata que é futebol – e não essa porcaria de pontos morridos. A ansiedade, a expectativa, saber que raramente as vantagens tornam impossível uma virada. No mata-mata não existe essa dependência chata de outros resultados, as coisas precisam ser resolvidas de imediato, os perigos são maiores. Nosso encantamento pelo futebol é resultado, em grande medida, das emoções causadas pelo perigo iminente – que são levadas ao ápice em decisões assim. E como disse algum comentarista na TV – cujo nome não me lembro - em um jogo da Sul Americana: mata-mata é a cara do Palmeiras, é também a cara do Felipão. Eu penso que é mesmo a nossa cara, temos gosto pelo jogo em que é preciso lutar para conseguir a vitória de qualquer forma: seja pela técnica, seja pela garra, ou pela junção dos dois. Nosso técnico é o homem para isso.

Empolgado pela decisão, o Palmeiras lotou o Pacaembu: comprando todos os ingressos disponibilizados, a torcida atendeu aos pedidos do aniversariante Felipão (que ele tenha ótimos anos de vida pela frente). Pela festa, e pelo apoio, os torcedores participantes merecem parabéns, foi lindo.

Assim como o Palmeiras poupa jogadores no BRoubadão 2010, pelo objetivo claro de vencer a Sul Americana, o Atlético Mineiro privilegia a fuga da série B. Portanto, o time misto do galo já era esperado. E isso não significa facilidade, já vimos muitos times mistos surpreendendo adversários favoritos. Dorival Jr. quis apostar no erro do adversário, com dois atacantes abertos, jogando no contra-ataque. Estava claro que não iriam entregar jogo nenhum, e de fato lutaram até o fim. Se não foi o suficiente, Deola também precisou fazer suas defesas.

O Galo teve suas chances, mas o Palmeiras tratou de abafar marcando a saída de bola do time mineiro - quando não foi possível, contou com a precisão de Deola e os belos chutes ao alto dos adversários. Do lado verde e branco, no início do jogo, os jogadores buscavam aproveitar-se da chuva (e belos escorregões) com chutes na entrada da área – o que fizeram sem eficiência. E perdemos Valdívia já aos 15 minutos. O Mago sentiu a coxa após criar boa jogada, que Tinga não conseguiu concluir com gol. Saiu visivelmente abalado, deixando preocupação. Lincoln, que o substituiu, fez boa partida, esteve participativo e com bom passe - apesar de ter chutado muito mal a gol, assim como o Gladiador.

Está certo que ainda vemos várias necessidades nesse time. A lentidão por vezes é revoltante, as bolas perdidas que dão chances ao adversário (não é, Tinga?), a falta de precisão na última bola e no chute a gol. Muitas vezes falta encurtar os espaços, para impedir certos chutões e bolas espirradas que raramente dão certo. Mas vale a disciplina e disposição de jogadores que até no último minuto, assim como o jogo atento de Edinho e dos zagueiros, Danilo e Maurício Ramos, além do auxílio do zagueiro nas horas vagas: Luan. Aliás, se geralmente falta técnica, sobra vontade e determinação a Luan. As jogadas pela ponta esquerda raramente empolgam, mas é inegável que o atacante tem sido ótimo apoio na marcação. E ajudou bastante no ataque também.

Sobre os dois gols, o time decidiu exatamente nos nossos momentos de maior preocupação. O belo gol, olímpico!, de Assunção, aconteceu no quando já nos desesperávamos pelo perigo de uma vantagem pequena (afinal, como esquecer do que aconteceu no primeiro jogo?); já Luan marcou o seu quando o Atlético parecia acreditar em alguma possibilidade de levar o jogo aos pênaltis, o que ocorreria no caso de 1x1. E aqui volto ao que falei no início do texto: a tensão de um jogo de mata-mata, o grito de alívio no segundo gol, a empolgação na vitória. É tudo como gostamos de ver e sentir. Ao contrário daqueles que reclamam ao ponto de esquecer a comemoração, eu vejo possibilidades, eu tenho confiança nesse título. Essa Sul Americana pode não ser o maior campeonato do mundo, mas tem resgatado sensações e sentimentos que há algum tempo estavam tão apagados entre nós... É muito bom assistir um jogo, ver a vibração dos jogadores, ouvir o canto da torcida em êxtase, e pensar: Isso é Palmeiras.

Créditos da imagem: UOL


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

PALMEIRAS DESFALCADO NÃO SEGURA VENTANIA FRACA E PERDE NA ARENA DA BAIXADA


Logo no início da partida, acreditei que seria um jogo e tanto. O Palmeiras marcava bem, não dava muitos espaços para o Atlético-PR e chegou com perigo em algumas ocasiões. O problema foi perceber que o ataque não era nada efetivo e nas poucas chances que criou, desperdiçou a oportunidade. E quando conseguiu marcar, pra variar, o bandeirinha anulou, de forma equivocada.

É incrível como o nível da arbitragem brasileira está muito abaixo do padrão aceitável. Todo jogo tem alguma polêmica, erro crasso, safadeza, covardia e, sempre, aquela vontade de ferrar o Palmeiras. Não é mania de perseguição, até porque eu sei que também ocorrem erros em outras partidas, mas paciência tem limite. De palhaços, já bastam os que trabalham na imprensa esportiva.

Não vou dizer que a culpa da derrota foi da arbitragem, mas aquele gol do Tadeu, mal anulado, poderia ter dado outra cara para o jogo, já que isso ocorreu aos 22 minutos do 1º tempo. Futuro do pretérito, infelizmente. Ah, o bandeirinha também anulou o gol legítimo do Atlético, alguns vão dizer. Não. O juiz apitou antes da conclusão, então não se pode afirmar que aquele chute iria entrar, até porque Deola viu o bandeira levantar o braço antes do apito e nem tentou defender da maneira usual.

Hoje prefiro nem comentar os principais lances da partida, mas não posso deixar de escrever sobre aquele que tem honrado nossas redes. Deola foi o melhor jogador do Palmeiras, fez defesas sensacionais, principalmente no 2º tempo, quando o time deixou a vontade no vestiário. A cada dia que passa mostra a todos que não apenas está em uma fase maravilhosa, como também é um goleiro fantástico. Mas quando o goleiro é o melhor jogador da partida, é porque algo está errado...

Lincoln dormiu a partida inteira. E quando aparecia, era por fazer faltas. Se realmente veio pra ser ídolo, devia deixar pra comer feijoada só nas segundas-feiras. Jogador não pode ser tão displicente em campo. O problema é que sobra vontade para aqueles que não têm muito talento, como é o caso do Luan. Ele é esforçado, corre o tempo todo, ajuda na defesa (até bem, por incrível que pareça), mas quando precisamos dele no ataque, é uma tristeza. Tadeu também é bem esforçado, mas consegue ser ainda pior. Acho que poderiam formar uma dupla sertaneja e sair em turnê. Pro Japão, de preferência.

Tinga consegue fazer uma partida boa e outras 5 abaixo do desejável. Eu sei que ele tem potencial, que é bom jogador, mas precisa ter mais regularidade. Pode até ser a questão do posicionamento em campo, então o Felipão precisa dar um jeito nisso, e rápido. Tenho a impressão de que após a saída do Lincoln, Tinga ficou mais solto e procurou se apresentar mais. Mas se nosso técnico acha que pode deixar apenas um jogador na criação, então, realmente, precisa rever algumas coisas.

Outro ponto falho do Palmeiras ocorreu nas laterais. Márcio Araújo e Gabriel Silva não conseguiram dar um ritmo de jogo adequado pelas alas, então foram raríssimas as vezes que uma bola foi cruzada na área (na verdade, eu nem me lembro de nenhuma, mas posso ter esquecido, claro). Os dois também não conseguiram defender de forma eficaz e o gol do Atlético acabou saindo pelo lado esquerdo, após o jogador Marcelo passar pelo Gabriel e cruzar para Nieto marcar, se antecipando ao Danilo, que também dormiu no lance. Esse gol saiu no final da partida, aos 39 minutos. Castigo? Pode ser, já que o Palmeiras não fez absolutamente nada para tentar vencer.

Ainda vimos Felipão fazer 3 alterações: Pierre entrou no lugar de Lincoln (ZZZzzzZZZ), Vinícius no lugar do Tinga e Ewerthon, no lugar do Tadeu. Agora me diga. Se com meias já estava complicado, imagina sem nenhum? Pois é, assim fica bastante difícil mesmo.

Enfim, uma derrota frustrante, pois pelo bom 1º tempo, poderíamos ter saído com um resultado melhor. Felipão já avisou, na coletiva, que vai focar na Sulamericana. Isso significa um mistão contra o Guarani, no domingo. Espero que, pelo menos, os jogadores saibam da importância disso para o time e para a torcida.

Só pra constar, foi nítida a satisfação do Milton Leite e do Noriega diante da má atuação do Palmeiras. Se a câmera estivesse virada para eles, veríamos o sorrisinho no canto da boca desses palhaços. Mas não nos exaltemos. Vamos virar esse “jogo” e essa imprensinha meia-boca vai ter o que merece.

Crédito da foto: Terra.