terça-feira, 31 de março de 2009

PALMEIRAS SÓ EMPATA EM ITÁPOLIS, E A CULPA É DE QUEM?

Sim, foi terrível. Um jogo para golear e empatamos. Mais um pouco perderíamos. É o sinal que os cavaleiros do apocalipse estão a caminho, segurando foices para carregar as cabeças dos jogadores embora. Parem o mundo que eu quero descer!

 

Antes do jogo: vamos nomear os heróis da goleada histórica. Depois do jogo: caça as bruxas. Vamos procurar os culpados. É hora de analisar os suspeitos:

 

Suspeito nº1: zaga – ela, sim, de novo, provocou enfartos por todo o Brasil e promete matar metade dos torcedores até o final de 2009 do coração. A defesa falhou e o Oeste fez. O bandeirinha não, ele viu o impedimento. E outras falhas aconteceram. Há um ditado no mundo do futebol: “quando se tem zagueiros ruins, quantos menos jogarem melhor”.

 

Suspeito nº2: Pablo Armero – é, ele não voltou da Colômbia. Pobre alma que talvez não devesse ter voltado. Será massacrado, entrará para o pouco seleto hall dos pernas-de-pau, virará um vagabundo, um cabeça de bagre, tudo porque não fez um bom jogo.

 

Suspeito nº3: Meias – Diego Souza e Cleiton Xavier não funcionam. Será mesmo? O 7 foi o melhor em campo, enquanto o 10 esteve quase todo o tempo jogando na posição errada. Sou eu quem escalo? É você quem escala? É o Cleiton quem escala? Acho que não.

 

Suspeito nº4: A raça – time sem brio, time sem vontade. Não é lá uma grande novidade para nós. Faltou novamente determinação, parece que o buraco é mais fundo do que pensávamos. Há quem diga que ele acabe na China.

 

Suspeito nº5: Keirrison – o menino do Cene viu em poucos dias como é fácil ser um semi-Deus e no outro dia tornar-se o vilão que tenta matar o mocinho. O vilão Keirrison já não faz gols há absurdos 3 jogos. Já merece o banco, afinal, Max é muito melhor do que ele. Agora, K9 valioso e descartável, entenda que seu pé é pra jogar bola, não para preservá-lo.

 

Suspeito nº6: Marquinhos – virou figurinha carimbada da lista negra dos palmeirenses. Jogou mal desde que chegou ao Palmeiras. Poucas vezes foi útil. E hoje foi uma delas. Entrou em campo, bateu uma bela falta e ainda saiu do gramado provavelmente sem poder ter filhos. Mas a culpa é dele. Porque a culpa é dele, e pronto acabou. 

 

Suspeito nº7: Marcos – o Santo em pele de mortal viu sua abençoada mão não segurar um chute. Não segurou penas, embora não tenha deixado de falhar. De resto assistiu, com a ânsia dos humanos, os companheiros não conseguirem virar um jogo contra um time que joga num quintal.  

 

Suspeito nº8: o Mestre – ele fez o que podia, depois de fazer o que não devia. Escalou errado. Ficou temeroso de um time que o craque do ataque é o Sideshow Bob. Tanto medo que nem seus 200 volantes e 700 zagueiros seguraram o ex-palhaço do Krusty. De tanto observar a tragédia quase dormiu, até abrir os olhos e mexer na equipe. Entrou Lenny. Entrou Marquinhos. Saiu Sandro Silva. E a defesa continua tão bem treinada e entrosada, só levando gol por fatalidade.

 

Suspeito nº9: o gramado. O pasto de Itápolis, suficientemente razoável para se jogar futebol. Joga-se na várzea. E sem qualidade, o profissional vira amador. E quem sabe a culpa não é da bola, da grama, do alambrado, ou dos xingamentos caipiras dos plantadores de laranja. Quem sabe.

 

Suspeito nº10: eu – sim, eu! Cansei. Meu trabalho não é procurar culpados, crucificar jovens promissores, bater em experientes professores. Meu trabalho é torcer. Talvez não tenha trabalhado direito. Hoje eu vi como venho trabalhando mal. Em um dia eu bato, no outro eu acaricio. Talvez eu não tenha opinião. Talvez os melhores de hoje sejam os piores de amanhã. Mas os piores jamais serão os melhores. Sou passional como um torcedor. Que Deus cure logo minha cegueira. Que eu entenda logo que torço pro Palmeiras.

sábado, 28 de março de 2009

PALMEIRAS REPETE ERROS E PERDE PARA AS MENINAS

Ah, Palmeiras! Eu não mereço tanto desgosto! Por que Luxemburgo, por que você não acerta essa zaga? Pelo menos por que não acerta um tiro na cabeça de cada um desses péssimos zagueiros!? Metáforas a parte, cansei. Já deu o que tinha que dar, hoje foi só a enésima prova de que essa defesa é ainda pior que a do ano passado. Errou em contratar, tudo bem, acontece, mas vê se conserta o erro agora. E os badalados, onde estão? Onde estava você Keirrison? Você é aquele do vitória mesmo Marquinhos? Diego Souza, larga de ser estúpido, porque você fez falta demais. Armero, por que você tinha que ser um ótimo lateral colombiano?


Antigamente era assim que os narradores descreviam as jogadas defensivas do Palmeiras: “bola na área e tira o zagueiro!”. Hoje é assim: “bola na área e goooooooool!”. É caixa, é só jogar lá e pronto, ganha o jogo. Time que não faz isso contra essa defesa é porque tem jogadores muito burros. Nós, pelo contrário, não podemos chamar nossos defensores de burros não, e sabe por quê? Porque são acéfalos. O São Paulo que só tem UMA ÚNICA jogada fez o que devia fazer. Foram 2 minutos e Washington, livre como uma borboleta gay, cabeceou e marcou o gol.


Depois o Verdão resolveu acordar, mas ainda sonolento o suficiente para quase matar o torcedor de tédio. Foi lamentável. Nós palmeirenses e cornetas por obrigação falamos tanto mal do Diego Souza, tanto, que pagamos a língua. Sim, parece que existe justiça. Tem jogador que eu falei o nome lá em cima, só que não falo mais, enquanto não jogar bola. E o que fez hoje? Nada, porque ele talvez não exista, talvez seja uma miragem. Nosso “craque”, o Keirrison, conhece? Sim, aquele mesmo das canelinhas de cristal. Se escondeu no jogo. A bola não chega? Essa é uma desculpa pra quem joga com vontade. Eis uma verdade que já passou da hora do palmeirense enxergar: o craque do Palmeiras não é o “K9”, não é o “DS7”, nem o “CX10”, e sim o “P5”. Pierre, esse é o craque, esse é o cara! Obrigada por jogar com essa camisa, craque da camisa 5!


Segundo tempo começa e Evandro, aquele mesmo, e Ortigoza entram. Melhorou um pouquinho, mas o Coalhada machucou o ombro. Entrou Lenny. Evandro nem foi tão mal quanto costuma ser, Lenny prendeu demais, mas mostrou vontade. E Cleiton Xavier, com a língua de fora já no final do jogo, acertou uma bola na trave.


Fim de jogo, fim da invencibilidade no Paulistão e recomeço debaixo de cornetadas, algumas exageradas, outras merecidas. Há quem mereça ser cornetado sempre. Há quem mereça ser cornetado somente hoje. E por falar em merecer, não vou dizer que não merecíamos perder, simplesmente porque ganhar também não seria de nossos méritos.

Agora, com a cabeça mais fria depois de despejar minha cólera, vou dar conselhos. Primeiro, pro cara que eu não falo o nome: rapaz ou você entende que é jogador de futebol e quem paga o teu salário é o PALMEIRAS ou vira vocalista do É o Tchan. Segundo, amarrem as pernas do Jumar, assim ele não bate mais falta. Keirrison, você é excelente, mas deixa de ser fresco e corre, divide, chama a responsabilidade. Willians, você que era o bom do Vitória. Marcão, alguém já te disse que você é muito ruim? Diretoria, contratar zagueiros e lateral direito é necessidade pra ONTEM! Luxemburgo, treine nem que seja 24h por dia esses cabeças-de-bagre da defesa. E torcedor, você furioso obviamente, esfrie a cabeça. Não adianta espernear. Somos líderes, teremos uma batalha na Libertadores logo mais e temos um time com mil defeitos, e outras centenas de milhares qualidades. Mas até quando eu vou repetir isso?


Créditos da foto: Lance Press.

terça-feira, 24 de março de 2009

EM NOITE DE “COALHADA”, VERDÃO VENCE DE VIRADA E SEGUE FIRME NA LIDERANÇA


Hoje não foi um dia muito especial para o Palmeiras. Mesmo com a “sem-gracisse” da terça-feira à noite, com friozinho e tudo, era para ser melhor. Mas impossível exigir muita coisa quando Jéci desfila toda sua elegância em campo. Agora ele deu para fazer gol também... Fazer gol contra, é claro.


A torcida não precisou de muito tempo, pouco mais de 10 minutos, para gritar na arquibancada. Obviamente esse “gritar” não foi coisa boa. Bola cruzada na área, era só afastar. Estavam o gol, a bola e o Jéci, todos se entreolhando, e o nosso craque resolveu jogar a pelota para as redes. Um clássico dos filmes de terror. Luxemburgo, que pode ser até um pouco burro, mas não totalmente, sacou o zagueiro “artilheiro” para colocar o protagonista da noite em campo: Coalhada. Não, não é Zorra Total não, é o Ortigoza!

Demorou um pouco para o paraguaio chamar a atenção. E só chamou por conta de Diego Souza, que em mais uma daquelas jogadas que parece que nunca vai dar em nada, o camisa 7 prendeu a bola até quando pode, passou pela marcação e tocou para trás e lá estava ele, o “Ortigol” para fazer o seu primeiro gol com a camisa do Palmeiras.

O segundo tempo começa e parece que o Palmeiras volta melhor. E ele de novo fez a diferença, aliás, “eles”. Primeiro Diego que cruzou, depois o goleiro que rebateu e, por último, o paraguaio que só desviou para as redes. Virada importante. Tão importante que o jogo de sábado não será dramático, mesmo com o desfalque de última hora: Diego Souza. Expulso, justa ou injustamente, o que importa é que ele não estará em campo no sábado e fará falta.

Os apagados Cleiton Xavier, Marquinhos e Keirrison não fizeram diferença no gramado. A zaga do taquicardia conseguiu suportar a pressão do Bragantino e saímos com a vitória. Agora sem dúvidas, estamos matematicamente classificados e muito próximos de garantir também a primeira colocação. É claro que o Palmeiras precisa jogar mais do que vem jogando, se fosse um time mais forte hoje teríamos muito trabalho. Então abre o olho Luxemburgo! Que então venha o “Choque-Rei” e vamos dar um pau nas meninas. Porque é como diz a frase: “dai a César o que é de César”.


Créditos da foto: Ricardo Nogueira/Folha Imagem.

domingo, 22 de março de 2009

PALMEIRAS JOGA MAL, EMPATA, MAS MANTÉM LIDERANÇA COM SOBRAS

Primeiro sabadão de outono, tempo carrancudo em São Paulo e jogo à noite. Convidativo? Nem um pouco. E o jogo foi pior ainda. A começar pelo gramado, aliás, perdão, gramado não, pasto. Era o lugar perfeito para criar vacas e alguns de nossos jogadores resolveram chutar a bunda delas.

O “espetáculo” futebolístico começou quando... Bom, demorou bastante para começar algum jogo no matagal. Matadas de bola horrendas, passes apavorantes, posicionamentos completamente errados, por fim, um gol no final do primeiro tempo— mais do que merecido—para o Guará. Foi uma lambança. Não, não apertei o “repeat”. De novo eles, zaga e goleiro, hora Bruno, hora Marcos, deram o gol para o adversário. Um cruzamento fraco pela lateral e o camisa 45 foi com a mão mole, beeeeeem devagarzinho, e o zagueiro em “slow motion” não chegou para ajudar.

E o deprimente bate-canelas voltou no segundo tempo um pouquinho, mas muito pouquinho, melhor para o nosso lado. O paraguaio Ortigoza, que fez uma boa partida, recebeu um ippon na área e o juiz marcou pênalti. Diego Souza bateu forte no meio e empatou. O Palmeiras poderia ter virado o jogo? Claro que sim! Faltou querer. E o Guaratinguetá também poderia ter vencido, com tantas patacoadas defensivas. No final uma exibição de comportamento anti-desportivo do time do Vale do Paraíba. Jogadores se jogando, forjando contusões, parando a partida a todo instante, tudo seguindo ordens de seu técnico, o horrível Márcio Araújo.

Não tenho nada, nada mesmo, contra o Guará, mas depois dessa, bom, se não quer jogar que caia para a segunda divisão. E o Palmeiras, que vexame hein Marquinhos? Você é bom de bola, mas se enxerga moleque! E sem pânico, jogo horrível sim, mas o resultado não comprometerá o restinho de campanha da primeira fase do Paulista. E obviamente que até o dia 8 de abril vamos jogar com um olho no peixe outro no gato. Mas não precisa jogar tão mal, não é verdade!? E que venha o time da linguiça. Não, não falo do São Paulo, esses “linguiceiros” só no sábado.

Créditos da foto: Paulo Pinto/AE

quinta-feira, 19 de março de 2009

PARA SEMPRE DIVINO

Por Mayara e Vanessa

Como a torcida reagiria se Palmeiras e Corinthians fizessem um “combinado” para jogar contra alguma outra equipe? E mais, vestindo a camisa do outro clube em cada tempo?

Depredaria o clube? Picharia os muros? Protestaria em pública praça? Pediria a cabeça do técnico ou o afastamento do presidente? Alguma outra opção absurda?

***
Em 1992, 62 anos depois da última parceria, o Combinado ressuscitou, quando o Palestra já era Palmeiras havia meio século. Os rivais se uniram para o amistoso no Maracanã, promovido pela cervejaria Brahma e com renda revertida para quatro entidades beneficentes.O evento foi tratado como "O Jogo da Paz". O combinado usou a camisa dos dois times, uma em cada tempo.


Data: 23 de janeiro de 1992.

Local: Maracanã.
Juiz: José Aparecido de Oliveira.
Gols: Paulo Sérgio 34', do 1º tempo; Tupãzinho 14', Bebeto 40' do 2º tempo.
Palmeiras-Corinthians: Carlos (P) Ronaldo (C), Giba (C), Marcelo (C), Guinei (C) e Dida (P) Odair (P), César Sampaio (P), Wilson Mano (C) Erasmo (P), Neto (C) Tupãzino (C), Edu Marangon (P), Evair (P) e Paulo Sérgio (C). - Técnico Carlos Alberto Parreira
Vasco-Flamengo: Gilmar, Luiz Carlos Winck, Gottardo, Alexandre Torres e Eduardo (Piá), Charles Guerreiro e Júnior, Willian, Zinho Bebeto e Gaúcho.




* Trecho retirado do 3VV – Causo do Jota e do site Palestrinos.

Os dois times já fizeram essa parceria 4 vezes: 1917, 1929, 1930 e 1992.

PS: O exposto acima não é uma justificativa para o assunto em questão, mas é algo para reflexão.

***

“Considerado o maior ídolo da história do Palmeiras, Ademir da Guia tomou uma atitude polêmica: vestiu a camisa dez do São Paulo - com o nome de Hernanes - em uma confraternização.
(...)
A confraternização ocorreu no CT das categorias de base do São Paulo, em Cotia, e contou com a presença de vereadores e de assessores da capital paulista. O convite foi feito pelo superintendente de futebol do Tricolor, Marco Aurélio, que também é vereador. Todos os presentes disputaram uma partida de futebol e almoçaram no local”.
*Gazeta Press



Todos sabem que o “toquinho de amarrar jegue” não tem escrúpulo algum, isso é fato. Chamar o Divino para esse evento foi muito mais que politicagem, foi uma sacanagem, principalmente porque ele conseguiu atingir seu objetivo: chamar atenção e cutucar o Palmeiras.

O que será que o incomoda tanto? O fato de termos tantos ídolos e do maior deles se identificar realmente com o Palmeiras? Inveja de termos uma história limpa e digna, enquanto eles tiveram que mendigar para sobreviverem e, assim, tentam sujar a nossa história? Inveja de termos uma torcida apaixonada e que apóia o time seja contra o Noroeste (nada contra esse time) ou em final de campeonato? Coitados...quiseram atenção e tiveram.

Usaram o Divino, abusaram de sua inocência e boa vontade – e também de seu lado político – mas jamais conseguirão manchar a nossa história, fazendo quem for vestir esse trapo colorido. Esse desejo constante que eles têm de usurpar o patrimônio e idéias dos outros não tem fim, e agora até os ídolos eles querem. Foi uma verdadeira HONRA para eles o Ademir vestir esse lixo.

Em campo, ele foi imortal. Foram quase 17 anos defendendo o Palmeiras, 17 títulos, 901 jogos, 157 gols marcados e uma história inigualável e invejável. É o maior ídolo do alviverde imponente, do Campeão do Século XX!

Fora de campo, um mortal e passível de erros, como nós. E também ingênuo, como alguns de nós. Seguiu a vida política, se envolveu em problemas, mas nada que nos importe verdadeiramente. Como bem disse Mauro Beting, “Quem conhece o homem por trás do mito sabe que Ademir vestiria a camiseta de Bin Laden se jogasse futebol indoor numa caverna afegã. Ele é assim. É o jeito dele”.

Nesta semana ouvimos infâmias e ofensas ao nosso ídolo. Quiseram até destruir o busto ou colocar um saco preto em protesto! Mais uma vez, recorro ao Mauro Beting: “O fundamentalismo faz mal à saúde e a à inteligência”. Ele não é maior que o Palmeiras, mas ajudou a construir capítulos valiosos e vitoriosos e merece todo nosso respeito e consideração. Muitos estão fazendo exatamente o que o SPFW quer: disseminando a discórdia.

As donzelas assaltantes (crédito para Ana Maria) não são rivais, disso já sabemos. São inimigas históricas. Mas não é pelo fato ocorrido que o Divino vai se tornar inimigo do Palmeiras. Ele já mostrou incansavelmente que tem o coração alviverde.

Àqueles que ainda se revoltam, mantenham a calma e o bom senso. Leiam mais sobre a história do nosso glorioso Palmeiras. Entenda que o apelido – que já virou nome – não foi dado e mantido por tanto tempo à toa. Ele mereceu e continua merecendo. Para todo sempre: Divino!



Ademir da Guia
João Cabral de Melo Neto

Ademir impõe com seu jogo
o ritmo do chumbo (e o peso),
da lesma, da câmara lenta,
do homem dentro do pesadelo.

Ritmo líquido se infiltrando
no adversário, grosso, de dentro,
impondo-lhe o que ele deseja,
mandando nele, apodrecendo-o

Ritmo morno, de andar na areia,
de água doente de alagados,
entorpecendo e então atando
o mais irrequieto adversário.


---

Numa época de glórias, ele era o maior.
Numa época de craques, ele era diferenciado
Numa época de futebol-arte, ele era o artista principal.
Numa época em que ninguém mudava de time, ele era a estrela.
Numa época de qualidade, ele fazia a diferença.
Numa época de deuses, só ele recebeu o apelido.
Numa época de história, ele fez a história.
Ademir, o Divino.

Por Manuel Martinez Gomes

terça-feira, 17 de março de 2009

SEM DIFICULDADES, VERDÃO BATE O NORUSCA E GARANTE CLASSIFICAÇÃO ANTECIPADA

Que chuva! Mesmo assim, com muita água, ingresso caro, terça-feira e contra o Noroeste, 6 mil corajosos palmeirenses viram o time conseguir sua classificação antecipada para a fase semifinal do Paulistão. E viram também uma equipe sem grandes dificuldades para garantir o resultado.


Não demorou muito e o Palmeiras já impôs pressão no visitante com boa finalização de Cleiton Xavier que o goleirão quase aceitou. E em seguida Keirrison, cada vez mais artilheiro do campeonato com 12 gols, recebeu do camisa 10 na área e bateu colocado sem chances para o goleiro. Willians, logo depois, perdeu chance clara em contra-ataque fulminante. E não deu outra. Lançamento de Fabinho para Sandro Silva que cruzou na cabeça do K9, antecipando a zaga e marcando o segundo gol dele no jogo.


E só. Não, o jogo não acabou, mas poderia. Assim como também poderíamos ter ampliado o placar. E não, também não quisemos. Preferimos tocar a bola de lado, prendê-la a todo instante, admirar as imensas poças d’água no gramado outrora bonito do Palestra, errar inúmeros passes e ver Pierre e Armero fazerem bela partida. Bruno mal sujou o uniforme.


Esse foi o segundo tempo: modorrento. Todos nós esperávamos a vitória, só faltava o juiz apitar encerrando a partida. E apitou aos 47, libertando a torcida do calvário molhado de terça-feira à noite. Um jogo sem grandes destaques, sem brilho e até mesmo sem muita vontade. E tudo isso só faltou porque não foi necessário. Jogamos para o gasto. Temos o artilheiro. Estamos classificados. Falta mais ainda? Sim, falta muito mais. E para acabar com as chances do “nome feio” chegar na primeira posição apenas precisamos de mais duas vitórias. Sábado jogaremos contra o Guaratinguetá sem ataque titular. Chance para Ortigoza começar jogando e Lenny dar mais uma vez conta do recado. Um time enlameado, mas classificado.


Créditos da foto: Terra

domingo, 15 de março de 2009

ELES QUEREM GUERRA E NÓS OS 3 PONTOS

Mais uma vez o assunto batido da “guerrinha” que os clubes do nordeste, alguns deles os mais nojentos possíveis, tentam fazer contra os paulistas e cariocas volta à tona e, pra variar, é o nosso inimigo Sport Club do Recife. Não, não são mais rivais, são inimigos e sujos como sugerem suas atitudes. Não é preconceito cultural, é a leviandade desse timinho. Estão proferindo ofensas, ameaças, criando um clima de hostilidade desnecessário para os jogos do dia 8 e 15. E a torcida, que já não é flor que se cheire, também promete “guerra” no sentido mais estúpido da palavra.

 

Fica um recado para a comissão técnica, jogadores, diretoria e torcida: não se acovardem, não tenham medo! Por favor, Palmeiras, cuidado! Não divulguem hotel, levem comida, cozinheiro, chamem a polícia se for preciso e, se possível, nem em Recife fiquem. Se eles querem guerra, nós só queremos os 3 pontos. Para não dizer que é só isso que nos interessa, existe uma coisa chamada orgulho, e esse orgulho que o palmeirense tem por torcer para um time com uma história tão gloriosa, nos traz um desejo de vingança muito grande. Mas Palmeiras, enorme nos títulos e no caráter, fará, se abençoado for - e que Deus queira - a vingança que todos queremos, mas em campo, em 90 minutos, na base de suor, raça e técnica, nossa tradição.

 

Sport Recife, time pequeno, asqueroso, espere em campo a resposta, pois não me esqueço de vocês. Que os nossos atletas, representantes da nossa glória, não se esqueçam também. A resposta virá em campo para que vocês, apequenados pelas atitudes, entendam de uma vez por todas: aqui é PALMEIRAS! Vamos lutar sim, mas pela bola, pela vitória, pela honra, vamos brigar para provarmos, como tantas outras vezes, que nós somos superiores por nosso jogo, por nossa lealdade até no hino cantada.

 

Que fiquem vocês com seus discursos de entonação grave, provocando homens decentes, pessoas honestas, para violência física, que ofendam a moral de quem quiserem, porque vocês são ninguém perto da Sociedade Esportiva Palmeiras. A história não se resume a anos, que vocês tanto se orgulham, é muito maior, imensa, tão grande quanto nosso nome, quanto nossos títulos. Vamos lá Verdão! Prove, imponha, seja forte, vença mais essa partida. Guerra para eles, triunfo para nós!

 

Créditos da foto: Palestrinos

sábado, 14 de março de 2009

COM ÓTIMO SEGUNDO TEMPO, VERDÃO VENCE BEM E ESPANTA “CRISE”

E finalmente as coisas voltaram à normalidade. Time rápido, objetivo e o mais importante, três pontos a mais na tabela. Um jogo bom taticamente e com grandes lances individuais. E a “crise” que a imprensinha tanto ventilava foi afastada com classe.

 

Bonita tarde de sábado em São Paulo e o Palestra recebeu bom público para acompanhar o Palmeiras contra o Barueri de Pedrão. O time dirigido pelo nosso ex-técnico Estevam Soares e com ex-tralhas nossas no elenco, se postou bem em campo e dificultou as coisas para o lado alviverde. Ainda assim Keirrison teve por volta de 4 chances claras de gol na primeira etapa e não obteve sucesso na finalização.

 

Sem encontrar muito espaço, o Verdão escalado muito bem por Luxemburgo finalmente no 4-4-2, variou as jogadas tanto pelo meio como pelas laterais. Com Sandro Silva fazendo a função de marcação com Pierre, Cleiton Xavier teve mais liberdade para deixar Keirrison na cara do gol. E fez. Mas Keirrison não. Nem dá para dizer que não era a tarde dele porque fez um belo gol, mas perdeu oportunidades que geralmente não perde. Ainda assim o Verdão deu bobeira, uma apenas, mas que poderia ter custado caro, quando Pedrão cabeceou sozinho e errou de ruim depois de cobrança aberta de escanteio pela esquerda.

 

Mesmo terminando o primeiro tempo no 0, o Palmeiras voltou bem no segundo, consciente do que precisava fazer para conseguir a vitória. Já de início o time criou oportunidades e Keirrison voltou a desperdiçá-las, mas as coisas só mudaram mesmo para melhor quando Lenny e Marquinhos substituíram Willians, apagado, e Sandro Silva, numa alteração arrojada do “professor”. Lenny entrou para acabar com o jogo. Só que antes disso Diego deu o ponta-pé inicial para a vitória ao arrancar da defesa e dar a bola ao K9 que bateu cruzado, bonito, abrindo o placar. O rápido atacante ainda conseguiu a expulsão de Flávio e logo depois fez bela jogada que Diego Souza só teve o trabalho de empurrar para as redes.

 

Até que foi a vez de Pierre deixar o dele, coisa que raramente acontece embora ele mereça tanto. Fabinho Capixaba, que fez uma boa partida e até conseguiu acertar um cruzamento (!), encontrou Marquinhos livre na área, o meia-atacante, com calma, rolou para a meia-lua e o camisa 5 chegou batendo rasteiro, bem no cantinho. Um bonito gol de um belo jogador. Pierre, aliás, que jogou de maneira diferente hoje. Com a entrada de Sandro Silva o volante teve certa liberdade para subir ao ataque, fez boas jogadas como elemento surpresa e terminou com a bola na rede do goleiro Renê.

 

Ufa! Precisávamos dessa vitória para mostrar qualidade e capacidade de reação. Todos sabem que nem o empate com o Ituano e nem o gol do gordão no último minuto causou tanto transtorno assim. A lembrança da derrota para o Colo Colo é que ainda incomoda tanto. Não há como esquecer a Libertadores, mas para lembrar-se dela não precisamos deixar de lado o Paulistão. Liderança assegurada e agora na terça-feira o Verdão joga a partida ainda pela 5ª rodada, quando o time precisou viajar para Potosí e teve o duelo contra o Noroeste adiado. Mais um jogo no Palestra, que venham mais 3 pontos e junto deles a classificação antecipada. E cá pra nós, como é bom ganhar!


Créditos da foto: Lance Press. 

quinta-feira, 12 de março de 2009

PALMEIRAS EMPATA DE NOVO EM JOGO FRACO



Não é mais 1 ponto na tabela do Paulista, são menos 2. Com time misto o Palmeiras participou de um espetáculo lamentável que alguns chamaram de futebol. Um jogo fraquíssimo tecnicamente e que, mais uma vez, foi marcado pelas falhas do sistema defensivo. Não demorou muito para essas falhas custarem caro, e muito caro, porque simplesmente Alex Afonso, aquele mesmo, recebeu sozinho na área e cabeceou desajeitado para fazer o gol.

Sem criatividade, o lateral Armero se voltou para o meio campo e começou a armar as jogadas ofensivas do time. E funcionou. Marquinhos deu boa bola e o colombiano deixou passar para Lenny bater com consciência e empatar a partida. O Verdão levou bola na trave ainda no primeiro tempo e teve Jumar mal expulso.

Na segunda etapa, Luxemburgo voltou com três titulares: Pierre, Cleiton Xavier e Keirrison. Saíram Jéci, Willians e Marquinhos. O time melhorou um pouco, no entanto, não o suficiente para virar a partida. Enquanto isso, aproveitando-se da Av. Wendel, o Ituano chegou algumas vezes com perigo colocando pelo menos mais duas bolas na trave. Armero, Keirrison e Cleiton ainda criaram boas jogadas, mas que não resultaram em grande coisa. O time de Itu ainda teve um atleta expulso no início do segundo tempo.

E só. Jogo ruim, campo ruim, time ruim. Não foi certo Luxemburgo “poupar” os medalhões enquanto o que o Palmeiras mais precisa é adquirir conjunto e evoluir defensivamente o mais rápido possível (amém). Agora não adianta lamentar os pontos que poderiam e deveriam ter sido conquistados na noite chuvosa de Itu. Tem o Barueri, que é um bom time, no sábado, e é bom o Verdão acordar para a vida, porque nas últimas partidas vem devendo, e bastante, futebol. 

Créditos da foto: Lance Press 

terça-feira, 10 de março de 2009

CONSIDERAÇÕES SOBRE O DERBY

Por Mayara e Vanessa

Finalmente, depois de 1 ano de espera, tivemos o famoso e histórico Derby. Palmeiras e Corinthians travaram, mais uma vez, uma partida emocionante e tensa, principalmente por toda a espera, ansiedade e expectativa que envolveu o duelo. As duas equipes fizeram uma bela campanha de marketing, engrandecendo ainda mais o confronto, pois as duas têm tradição para isso, ao contrário de outros times por aí...


Em todo Derby haverá um troféu que pertencerá ao time que mais vencer o embate em três anos consecutivos ou em cinco anos alternados. A taça recebeu um nome especial: “Troféu Osvaldo Brandão”, homenageando o técnico que fez história em ambas as equipes. Além disso, haverá também camisas e bolas especiais. Para quem desconhece, o clássico foi eleito um dos dez maiores do mundo.

O jogo foi realizado numa tarde esturricante, em Presidente Prudente. Milhares de pessoas estiveram presentes, a torcida fez uma linda festa. O clima dentro de campo era de paz, pelo menos até o início da partida.

Como era esperado, um jogo às 16h debaixo de um sol escaldante não poderia ter muita correria. O primeiro tempo foi lento, com poucas oportunidades para as duas equipes. Os jogadores sentiram, e muito, a temperatura elevada. Apenas no segundo tempo tivemos o clássico propriamente dito. Logo no início, numa falha grotesca de Felipe, Diego Souza abre o placar com um belíssimo e humilhante gol, após receber um passe (ou seja lá o que foi) de Keirrison.

O Palmeiras poderia ter liquidado a partida, mas desperdiçou contra-ataques e oportunidades claras de gol. Mas comecemos aqui a parte de reclamações, porque ninguém é de ferro:

Reclamação nº 1 – O time

Desde a bela apresentação diante do Santos o time não rende mais o mesmo. Sim, é verdade. Muitos gols, inúmeras falhas defensivas e uma pitada de acomodação contagiaram o time. Mesmo seguindo, quase sempre, com vitórias e bons momentos, a equipe oscilou bastante, coisa que não vinha fazendo. E essa oscilação custou pontos importantes na Libertadores e muitas críticas em relação à defesa no Paulistão. Quase todos os problemas que vem acontecendo se devem à marcação que já não é tão forte como no início de temporada. O posicionamento defensivo em cobranças de bola parada é temeroso. No jogo de domingo não foi diferente. Faltou avançar a marcação e pressionar o Corinthians para tentar matar a partida. O ápice da pane geral ainda permitiu, para múltiplos orgasmos da imprensa, que o gordão fizesse um gol. Uma situação lamentável. O empate deixou os marginais mais um jogo sem nos vencer, mas por outro lado ficou com um gosto bem amargo de derrota.

Reclamação nº 2 – Arbitragem

E batemos de novo na mesma tecla. Escalar esse péssimo árbitro, que já se envolveu em inúmeras confusões e participou de falhas de arrepiar os cabelos foi uma afronta. Não Palmeiras, não adianta reclamar depois. Que fizesse antes. O jogo teve de tudo, ele permitiu que os jogadores do timinho batessem sem tomar cartões, em compensação os nossos ele tratou de pendurar. A defesa quase toda terminou o jogo “amarelada”. O “fabuloso” Chicão agrediu Sandro Silva, da mesma forma estúpida que Kleber, no ano passado, fez com André Dias, desferindo-lhe uma “bela” cotovelada. Mas o juizão fez vistas grossas, além de marcações equivocadas para o lado da marginal sem número. Luxemburgo está certo sim em reclamar, porque dessa forma ele pressiona, e claro, será muito criticado pelos “puritanos” da mídia. Mas isso serviu para desviar o foco do desânimo alviverde, principalmente causado pela derrota para o Colo Colo. Se em nós ainda lateja os 3 x 1, que os jogadores também sintam.

Reclamação nº 3 – Rede Globo de Televisão

Parece repetição, mas não é. Outra vez essa emissora transbordou os limites éticos para acariciar os órgãos genitais fenomenais de Ronaldo, por sua vez jogador do Corinthians, a maior paixão desse canalzinho manipulador. Além de preferir sugar os testículos do gorducho a ressaltar a importância histórica do Derby, desrespeitaram a instituição Sociedade Esportiva Palmeiras com sua predileção deliberada. Deu nojo. O torcedor, que não é nada mais do que consumidor desse canal, deve se sentir lesado pelo comportamento dos “profissionais” dessa empresa produtora de novelas. Até a indignação demasiadamente homossexual de Arnaldo César Coelho após o juiz proferir um cartão ao gordão porque, com sua força física invejável, derrubou o alambrado do estádio, foi o cúmulo. Olho neles Palmeiras, porque com máfia não se brinca.
Mas a Band não ficou atrás nessa ridícula manifestação pública. Luciano "Gagá" do Vale quase entrou em colapso quando saiu o gol. E ainda disse: “Deus existe!”, “Agora o juiz já pode terminar a partida!”. Palhaçada total!

Reclamação nº 4 – Observações

Depois da semana desastrosa e do início fabuloso, algumas críticas precisam ser feitas. Sandro Silva tem que jogar mais. Jumar tem que jogar menos. Fabinho Capixaba melhorou muito desde o ano passado, o que significa que ele era estupidamente ruim. Mas ainda não acerta um cruzamento sequer e a avenida Capixaba é a alegria dos adversários. Keirrison, que é o grande jogador do Palmeiras sem dúvida alguma, parece ter pezinho de vidro. Cleiton Xavier precisa de liberdade. Pierre está sobrecarregado. A zaga que não me faça sentir saudades do Gustavo. Edmílson se achou demais, precisa baixar a bola, será muito útil para o Palmeiras. Armero vem atacando muito bem, mas marcando muito mal. Willians tem que jogar. Diego Souza tem alternado bons e maus momentos, mas tem sido muito participativo. O camisa 7 quando joga mal fica em campo, quando joga bem é substituído. Felipe, o caçador de borboletas. Bruno, o observador de borboletas. Precisamos ainda de reforços. Libertadores ainda é possível. No Paulistão, daqui a uma semana, vem a classificação. E por fim, muita calma agora, não é hora de desespero e sim de reflexão. Temos um belo time que se desarrumou, vamos consertar as falhas e seguir em frente!



Os gambás comemoraram o resultado como se tivessem ganhado a Libertadores. Isso foi hilário. Sempre nos dão motivo para rirmos ainda mais. O Palmeiras continua líder isolado, com 3 pontos a mais que eles e um jogo a menos. Coitados.


E só para constar, parodiando o grande Sr. Barriga: Seu Ronaldo, pague o alambrado!


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Crédito da foto: Robson Fernandjes/AE

quinta-feira, 5 de março de 2009

UM SÁBADO INESQUECÍVEL

Todos nós temos sonhos. E quando um deles está perto de ser realizado, como nos sentimos? Ansiosos? Alegres? Extasiados? Pois bem, senti um pouco de cada coisa nas últimas semanas pela expectativa de conhecer a sede do meu clube do coração, aquele que me escolheu e acolheu. E na sexta-feira que antecedeu a viagem, eu mal conseguia esconder o contentamento e vontade de viajar logo.

Foram 15h intermináveis dentro do ônibus. O ar condicionado esfriou meu corpo, mas não acalmou minha euforia. Parecia que nunca ia chegar, mas em um certo momento reconheci a cidade de São Paulo e fiquei ainda mais ansiosa. Faltava pouco...

Encontrar os amigos com quem estava acostumada a conversar pela internet não tem preço. E é algo tão legal que parecia apenas um reencontro, devido ao costume rotineiro. Não vou nem citar nomes, pois não quero esquecer ninguém, mas conhecer pessoalmente cada um foi maravilhoso!

Ah, e como o Palmeiras é lindo! Um ambiente tão...verde! Verde limão, tradicional, desbotado, antigo...mas verde! E como era tudo bonito! Um lugar muito gostoso! Ali vivi emoções fortes, como encontrar o Dudu, César Maluco e o próprio Belluzzo! Não sei nem como consegui tirar fotos, estava abestalhada. Quando fiquei cara a cara com o Dudu não sabia nem o que dizer! Fiquei tão admirada e abismada que palavras não saíram de minha boca. Mas estava tão feliz por dentro, tão contente pelo momento! Ao encontrar o César já consegui me acalmar um pouco e consegui dizer algumas poucas palavras: "César, não te vi jogar, mas jamais vou me esquecer de você subindo nos alambrados. Isso ficou marcado em mim". E ele disse: "Pena que hoje em dia não tem mais isso, né?". E eu respondi: "Verdade, perdeu-se a essência do futebol". Simplesmente fantástico!


E o que dizer da sala de troféus? A sala do CAMPEÃO DO SÉCULO XX! Um lugar incrível! Cada troféu lindo, cada história pra contar, ouvir e lembrar! Um time que tem um passado tão glorioso e vitorioso merece isso e muito mais! Tudo ali emanava conquistas, lutas, glórias, honra, suor, sangue! Tudo maravilhoso, magnífico!!! Depois ainda fui ver os bustos dos imortais Fiume, Junqueira e Divino. Nunca vi estátuas que resplandecessem tanto respeito e imponência! Mas estão mal cuidadas e mereciam um pouco mais de polimento e limpeza, bem como os troféus.

E o que falar do estádio? Caramba...até arrepiei quando entrei e senti aquele clima de jogo. Foi uma emoção sem igual. Pena que a partida não correspondeu, pois era o time reserva contra o Guarani, mas pelo menos gritei gol! Tecnicamente foi bem fraca. Faltou criatividade e, para alguns, um pouco mais de vontade. Destaque negativo também para um certo detalhe envolvendo as torcidas: por que uma precisa atrapalhar a outra? É até difícil entender o que cada uma canta. E considerei um verdadeiro desrespeito ouvir uma delas cantando o Hino do Verdão enquanto a outra começava uma música diferente.

Só tenho que agradecer imensamente a cada um que transformou esse sábado num dia memorável! Estou muito feliz pelas lembranças! Não chorei na hora (até me surpreendi), mas no ônibus fiquei pensando e não consegui evitar que me emocionasse pelo grandes momentos vivenciados. Todos foram demais! Esses amigos queridos ficarão marcados em meu coração para sempre! E voltarei mais vezes, seja lá como for! Valeu muito a pena, apesar da longa viagem e do cansaço. Se pudesse, pegaria o ônibus hoje novamente e iria! Jamais vou me esquecer desse dia! Jamais!
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Créditos para o Fábio que tirou a belíssima foto do troféu da Libertadores!

terça-feira, 3 de março de 2009

Sobre um certo jogo na Libertadores

Achei que o time de 2008 tinha acabado, mas não, continuou, foi ele que andou em campo hoje. Foi ele que perdeu na corrida quase todas as jogadas, foi ele, o mesmo time, que afunilava o jogo e que não chutava a gol. Foi desde o zagueiro estatelado no chão pedindo pro atacante adversário “anda, faz!”, ao meio campo sem criatividade e até o atacante que se esconde da bola. Foi temeroso. Foi vergonhoso. Falta de brio. Falta de fôlego. Não, não era Potosí, não era Quito, nem La Paz era, mas mesmo assim a bola parecia correr a anos luz da zaga palmeirense.


Não, não era o Jéci que estava em campo, e também não era Evandro armando o jogo e nem Max concluindo. Eram estrelas, todas cobiçadas, invejadas, todas elas, sem exceção, elogiadas em demasia pela torcida e pelos adversários.

A estrela da zaga viu a bola correr pelo canto do olho quando morto, esticado estava no chão. E viu mais de uma vez. Viu os anos e o ego segurar suas valorosas e elogiosas pernas que não alcançaram nem a sombra adversária.


A estrela do meio apagou. Simplesmente. Não jogou. Se escondeu, se omitiu. Nem marcou, nem armou. Foi uma estrela nula.


Já a estrela maior, a do ataque, quase reluziu. Fez um gol. De resto... Uma estrela apagada como as outras, enfiada no meio de batalhões de chilenos, escondida, com medo da bola e dos pés vizinhos. Um medo de um time badalado, um time que precisava decidir, precisava de novo só dele e sim, de novo, mais uma vez, repetidamente incompetente. Poderia ter sido diferente. Que essa frase fique apenas no jogo de hoje, que fique no jogo de antes, contra a LDU, mas que não fique perdida na cabeça do torcedor no final de abril vendo o time tão badalado, tão festejado, precocemente dar adeus a um sonho.


Em 2008 não lutamos o suficiente para conseguir a vaga e em 2009 estamos tratando com o mesmo desdém a chance tão pouco comemorada.   

RESUMO DO PAULISTÃO – Ainda invicto no estadual, Verdão mantém invencibilidade e segue firme na ponta da tabela


21/02 - PORTUGUESA 2 x 2 PALMEIAS: Verdão bobeia e deixa escapar vitória contra a Lusa


Mais um jogo do Palmeiras em sábado à tarde e mais uma bela atuação de Keirrison. Mas nem os dois gols do K9 deram a vitória ao alviverde. Em jogo truncado, o Verdão abriu vantagem em pênalti sofrido por Willians e convertido pelo artilheiro. Logo depois veio o segundo, quando Cleiton Xavier lançou e Keirrison driblou zagueiro e goleiro antes de tocar pro fundo da rede. Parecia vitória fácil, isso até Danilo fazer uma besteira enorme. O zagueiro, atrasado e sem necessidade, fez pênalti convertido, com “paradona”, por Edno. Em seguida mais uma pane na zaga e outro gol em cruzamento pra área. Felipe Gabriel ainda quase virou o jogo. Um resultado frustrante que poderia e deveria ter sido melhor.


25/02 - SÃO CAETANO 3 x 4 PALMEIRAS: Com virada espetacular, Palmeiras volta a vencer e segue líder


Jogo emocionante em São Caetano do Sul. A verdade é que no começo foi desesperador. Quando Pierre atrasou mal e Cleiton Xavier escorregou, Luan aproveitou a bobeira e abriu o placar. Pouco tempo depois, falta cobrada pra dentro da área e mais uma falha do sistema defensivo. Os 2 x 0 em menos de 15 minutos apavoraram os palmeirenses, mas com calma a “molecada” reagiu de forma impressionante. Primeiro Keirrison, depois de tabela entre Diego Souza, que fez uma belíssima partida, e Cleiton Xavier, o K9 seguiu no lance e bateu pro gol. Sem perder tempo, o camisa 10 cobrou falta e Edmilson escorou para empatar a partida. Não demorou muito e Diego Souza, em gol quase idêntico ao que ele fez contra o Potosí, virou a partida em mais uma assistência de Cleiton Xavier. Antes de acabar o primeiro tempo, Keirrison mais uma vez deixou o dele, depois de lançamento de Marcão e insistência de Armero. Na segunda etapa o Verdão poderia ter ampliado o placar, mas o Azulão diminuiu em mais uma bobeira da zaga. Fim de jogo que mostrou falhas no sistema defensivo e virtudes no ataque alviverde.


28/02 - PALMEIRAS 1 x 0 GUARANI: Com belo gol de Sacconi, time B vence de novo em estréia de “Ortigol”


Mais de 11 mil pessoas viram a 9ª vitória do Palmeiras no Paulistão. Mais uma vez os reservas não decepcionaram. Em jogo fraco tecnicamente, a vontade de Lenny e Armero, a boa marcação de Jumar e a velocidade de Deyvid Sacconi prevaleceram. As baixas foram por conta de Evandro, quase sempre muito incompetente, e de Marquinhos, que fez uma péssima partida, perdeu pênalti e ainda saiu vaiado. Marcos, que sentiu contusão da coxa, foi substituído no intervalo. Com a entrada de Sacconi e Ortigoza na segunda etapa, o Palmeiras melhorou e conseguiu fazer o golzinho suficiente para abrir vantagem na ponta da tabela. O ex-jogador do Guarani recebeu do paraguaio na área e driblou o goleiro para fazer seu primeiro gol com a camisa do Palmeiras. Com a vitória o Verdão ficou ainda mais perto de garantir classificação antecipada para as semifinais.


Créditos da foto: Lance Press