Primeiro de tudo: que jogo chato! Isso resume muita coisa. A clara intenção palmeirense em levar um ponto do Engenhão, que ficou implícita desde o apito inicial, só aconteceu porque o adversário da vez, o Botafogo, foi de extrema incompetência. Até o excelente e brigador Loco Abreu deu sua pixotada. Além do jogo ruim que fez, o uruguaio ainda chutou um pênalti pra fora. E finalmente o Kléber, aquele, voltou ao Palmeiras. Hoje foi expulso, com grande exagero, por ser o Kléber. Se tivéssemos vencido, colocaríamos a rodada no bolso, já que muitos resultados foram favoráveis. Paciência. Aqui não se perde há muito tempo, enquanto na Fazendinha, que não é a da Monique Evans, a vitória não dá às caras há tempos. Pra quem se gabava da boa fase, vejam agora, gambás. Como diria o sábio: um dia da injeção, outro da bunda.
As discussões de bastidores, por conta da “bananada” botafoguense, que acusou o Palmeiras de sujar o vestiário do Engenhão com bananas, foram muito mais acirradas do que a disputa na bola. A torcida do clube carioca, que só não é menor do que a saia de Geisy Arruda, compareceu em bom número. Por volta de 200 torcedores, sendo que 50 deles ganharam a camisa e foram colocados lá. O Verdão, depois de golear o Avaí com show do Mago, foi em busca de um empate. Desfalcado e reforçado. Vítor, que vinha melhorando bastante, fica fora por pelo menos duas semanas por contusão. Já Tinga, que estava afastado pelo mesmo motivo, voltou à equipe. Mas quando a bola rolou, o palmeirense precisou ser forte. Por dois motivos: primeiro, pra secar o Loco Abreu que teve pênalti, bem marcado, pra cobrar logo aos 8 minutos; segundo, pra se manter acordado no restante da partida. No primeiro funcionou, mas quem dormiu não pode ser culpado.
A primeira etapa seguiu modorrenta, quase sem chances de gol, pelo menos do Palmeiras, que nem fazia menção de finalizar. Já o Botafogo assustava, mas com a mesma velocidade que o Cometa Halley pode ser visto pelos terráqueos, de cada 76 anos. Por tanto, o apito que encerrou o primeiro tempo soou como uma benção vinda dos céus. As equipes voltaram do intervalo, as alterações não. E o jogo continuou uma bela duma bosta. Nem a entrada de Lincoln no lugar de Rivaldo melhorou o jogo. O Palmeiras até que teve mais posse de bola, mas isso não significou nada. Depois do craque da perna-de-pau, foi a vez de Valdivia deixar o gramado substituído por Dinei. Sem queixo ou não, o atacante quase fez um gol. Kléber, que estava apagado como todo o time, apareceu no final do jogo. Não de uma boa forma, diga-se de passagem. O Gladiador vinha reclamando do número de faltas que estava recebendo e foi só o cotovelo esquerdo sobrar na cara do botafoguense que o juizão tratou de mandá-lo pra rua. Lance para no máximo um cartão amarelo, mas como é o Kléber já estava até demorando. Só falta o STJD também punir o atacante e chamar a atenção nessa reta final de campeonato, o que não é de se duvidar.
E como o tempo é o melhor dos remédios, a partida chegou ao fim. Um pontinho no bolso e uma expulsão na conta. É, poderia ter sido melhor, com uma vitória o Palmeiras estaria em boa posição na tabela. Mas pra quem amargava seqüências intermináveis de derrotas e empates, a fase é muito boa. Não vamos reclamar de barriga cheia. Nessa altura do campeonato, o que vier é lucro. O próximo desafio agora será pela Sulamericana, na quinta. O time vai à altitude boliviana enfrentar o Universitario Sucre. Pelo Brasileirão, o próximo adversário é o Ceará em casa. E dessa vez o Verdão não deixou bananas no vestiário, mas alimento já digerido: Rivaldo. Deve estar por lá ainda, dormindo como um anjo. Espero que não devolvam.
Créditos da foto: Marcelo de Jesus/Uol.
pq vcs não falaram do jogo contra o avaí ? :D
ResponderExcluirInfelizmente ninguém pode escrever sobre o jogo do Avaí, uma não conseguiu ver o jogo, outra viu só um pedaço, outra não tinha tempo... :(
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