sábado, 2 de outubro de 2010

EM CLÁSSICO “SEM GRAÇA”, PALMEIRAS E SANTOS EMPATAM NA VILA

Poderia ter sido um jogo para determinar novos rumos para as duas equipes na tabela. Em caso de vitória palmeirense, significaria a ultrapassagem sobre o rival santista e ver o grupo que se classifica para a Libertadores se aproximando. Se a vitória fosse alvinegra, seria o suficiente para abrir vantagem contra um rival na tabela e ainda com um jogo a menos a cumprir. Mas o clássico terminou sem ambas as equipes avançando na tabela. Debaixo de pouca chuva, o empate acabou sendo uma boa para o Palmeiras, que começou vencendo, mas cedeu a pressão. Há uma evolução clara no futebol desse time, mas ainda ocorrem erros infantis, inclusive no banco de reservas. Contudo, numa rodada em que poucos venceram, empatar um clássico fora de casa não é para reclamar.

Domingo de eleição, então o sábado é de bola rolando por todo o Brasil. O clássico na Vila foi um dos jogos mais aguardados da rodada. De um lado, Valdivia e Kléber, do outro, as bichinhas da Vila, lideradas por Gaymar. No banco a equipe santista ainda sente a cagada feita pela diretoria ao demitir o bom Dorival Junior. Sem boas opções no mercado, por enquanto ainda sobra para o interino Marcelo Martelotte, “cover” de Estavam Soares, vulgo Fred Flintstone, a missão de comandar a equipe mais egocêntrica do país. No Palmeiras, sem Tinga, contundido, Felipão escolheu Rivaldo Perna de Tábua para fechar o meio campo, apostando nos contra-ataques com uma lesma caindo pela esquerda. O Santos começou a partida com mais posse de bola, mas não chegava a assustar, exceto por uma ou duas vezes. Já o lado verde, com poucas opções ofensivas, quando chegava era mais contundente. Não por acaso o primeiro gol saiu pela competência do ataque palestrino. Valdivia iniciou a jogada no meio, tocou para Márcio Araújo e foi receber na área. Lá, o chileno ajeitou para Kléber que bateu bonito, de primeira, e abriu o placar. Bonito gol.

Naturalmente a equipe santista pressionou mais depois do gol. E o Palmeiras deixou. Ainda assim, não conseguiram chegar ao empate na primeira etapa. O Santos voltou do intervalo com Zé Eduardo para reforçar a capacidade ofensiva da equipe. Já o Palmeiras voltou com 10, já que ainda tinha Rivaldo em campo. Mas, acredite, dava pra piorar. Felipão tirou um jogador ruim para colocar um... Nada. Exatamente, o Patrik é: nada. Não é atacante, não é meia e não é volante; não chuta bem, não marca bem, não corre e não dribla. Rivaldo pelo menos é ruim e a gente já sabe disso. Enquanto Patrik desfilava sua inutilidade em campo, Lincoln esquentava o banco de reservas. E sem domínio no meio campo, o empate era questão de tempo. Saiu, com Alan Patrick, em chute de fraco com desvio de Danilo, o suficiente para matar Deola no lance. Nada muito mais interessante aconteceu. Faltas a todo momento, jogo truncado, raras chances de gol e ainda Felipão, faltando poucos minutos, ouviu a torcida e chamou Lincoln. Mas o que adianta colocar o camisa 99 e tirar o 10? Substituição de quem não quer vencer. E não venceu.

O empate custou uma posição na tabela. A 8ª posição ficou com o Grêmio, que venceu bem o Vitória no Barradão e tem uma vitória a mais que o Palmeiras, além de melhor saldo. O próximo compromisso será na quinta-feira, contra o Avaí em casa. Até lá pode decidir, ou não, por uma equipe mais criativa, com a entrada de Lincoln ao lado de Valdivia. Besteira pensar que os dois não podem jogar juntos. E se o meia, que ainda volta de um bom tempo parado por “contusão”, não tem condições de jogar mais do que 10 minutos, que não leve nem para o banco. Pelo menos foi a quarta partida seguida sem derrota e está claro que o time melhorou bastante. Esse empate não é pra desanimar ninguém. Continuem com o bom trabalho e com a melhora, quinta tem mais e espero que “mais” uma vitória.

Créditos da foto: Terra.

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