Há jogos em que é quase impossível lembrar-se de todos os lances na bola. Esse é um deles. A memória do palmeirense não se desligará tão cedo das malandragens em Minas. Sim, o Galo estava com time misto e o Palmeiras tanto poderia quanto deveria ter vencido a partida. Mas um erro não justifica o outro. Um pênalti desconsiderado, graças ao aviso de não sei quem sobre uma posição de impedimento de Lincoln, que realmente estava, mas que não foi assinalado em momento algum pelo auxiliar, além de outro pênalti, dessa vez para o Atlético, inexistente em Obina, mudaram o panorama do jogo. Arbitragem vergonhosa em Sete Lagoas. De bom mesmo, vale destacar a partida impecável, mais uma vez, de Deola. Com ou sem falcatruas dos homens do apito, a vantagem que o Verdão traz pra decidir a vaga em São Paulo é ótima. Poderia ter sido muito melhor, na bola e no apito.
Valdivia joga ou não joga? Jogou, mas por pouco tempo. El Mago não treinou, mas foi relacionado para o jogo e começou como titular. Por pouco tempo, é verdade. Mas nesses minutos que ficou em campo, o chileno deu trabalho pra marcação atleticana. Mas o meia voltou a sentir dores no local da contusão e, antes de 20 minutos de jogo, foi substituído por Lincoln. Esse que demorou bons 30 minutos (de bola rolando) pra entrar realmente na partida. Eles também tiveram uma baixa. Seu jogador mais criativo, Daniel Carvalho, também foi substituído por sentir dores de uma antiga lesão na coxa. E assim o jogo perdeu qualidade. Antes disso tudo acontecer, Deola e Renan apareceram bem. Primeiro Kléber foi lançado por Marcos Assunção na área e parou no goleiro do Galo. Depois foi a vez do arqueiro verde fechar o gol diante de Neto Berola. Ainda assim, a primeira etapa foi fraquíssima tecnicamente e até em emoção.
Já no segundo tempo, muita gente resolveu aparecer. O primeiro a chamar a atenção foi Kléber. O Gladiador bateu bonito e abriu o placar depois de tabelar com Tinga. Vale ressaltar que o dorminhoco Lincoln foi quem iniciou a ótima jogada que acabou nas redes de Renan. Enquanto isso, Deola continuava pegando absolutamente tudo. O Galo cresceu com a entrada de Obina, depois de Diego “zzzzz” Souza, mas não conseguia passar pela muralha palmeirense. E foi o Palmeiras que teve, por alguns bons segundos, a chance de mexer mais uma vez no placar. Lincoln, jogando com a 11, fez ótimo lance pela esquerda e foi parado com falta dentro da área. Pênalti. Certo? Quase certo. Quando Kléber se preparava pra bater, o auxiliar avisou Marcelo de Lima Henrique que Lincoln estava impedido na jogada que originou o pênalti, e o arbitro voltou atrás na marcação. Sim, Lincoln estava impedido. Mas o “curioso” do lance é que em momento algum o bandeira assinalou o impedimento. Estranho, não acha? Como será que ele ficou sabendo, hein?
Como se não bastasse isso, o juizão “resolveu” o problema ofensivo para o Atlético. Inventou um pênalti de Marcio Araújo em Obina, aprovado pelo péssimo Maurício Noriega do Sportv, que além de cego é burro. O mesmo bolinho de feijão, popularmente conhecido como Acarajé, bateu a penalidade e marcou o gol de empate. Espero que o arbitro não esqueça de assinalar o gol para si próprio na sumula, nada mais justo. Mesmo com a força extra do homem do apito para o Atlético-MG, o Palmeiras ainda pressionou, sem sucesso, a equipe mineira no final da partida. Com o jogo encerrado, muita reclamação, e justa, para o horroroso e mal intencionado trio de arbitragem.
Contudo, o Verdão carrega na bagagem boa, quiçá excelente, vantagem para o segundo jogo. Quem sabe até lá, Valdivia já estará em plenas condições físicas. Sem o Mago em campo o Palmeiras perde muito em disposição e técnica, como faz falta esse chileno. Ah, não esqueçamos da ridícula cobertura do jornalismo da Globo aos acontecimentos em Minas. Dêem uma lida na matéria do jogo que o GE publicou e reparem na disparidade de opiniões em relação a outros sites que fazem cobertura esportiva. Pois é, nada que é sujo deixa de ter uma ótima “cobertura” da empresa carioca. Para Marcelo de Lima Henrique, Erich Bandeira, Alessandro Álvaro Rocha Matos, Maurício Noriega e Globo, eu ofereço: vão tomar no meio do cu! Passar bem.
Créditos da foto: Pedro Vilela/AE.
Vanessa,
ResponderExcluirQuanto tempo, não? Pois é, estou de volta. Porém, percebo que a qualidade nos textos só têm melhorado. Parabéns!
Quanto ao jogo de quarta-feira, é melhor esquecermos e nos concentrarmos na próxima partida - para nós, sempre a mais importante.
O jogo da volta precisa ser realizado com um Pacaembu lotado, traduzindo todo o nosso sentimento. Um só grito, um só manifesto de amor à "Sociedade".
"Construir para poder conquistar! Acreditar sempre!"