quinta-feira, 1 de abril de 2010

PALMEIRAS VENCE PAYSANDU E AVANÇA NA COPA DO BRASIL

Olha, o juizinho até que tentou ajudar o Paysandu, ignorando não apenas um, nem dois, mas três, eu disse TRÊS pênaltis a favor do Palmeiras. E se o Paysandu não fosse tão ruim, eu diria até que os jogadores do Palmeiras tentaram ajudar também, não reclamando dos pênaltis não marcados e enrolando o jogo como se a vantagem fosse de pelo menos quatro gols. Mas não vou dizer isso, primeiro porque o Paysandu não se ajudou em nada, segundo porque na fase atual, de mau futebol/má administração/má sorte, o magro 1x0 está legal. Claro que, assim como qualquer outro palmeirense, sinto o sabor de “queria pelo menos mais um”, mas é aquela coisa: “tá ruim, mas tá bom”.

O jogo começou bonito de se ver, os defensores do Palmeiras tocando a bola pra lá e pra cá, mesmo que alguém da lateral ou do meio pedisse o passe, diga-se de passagem. Quando não era isso, tínhamos belíssimos (e medonhos) erros de passe e finalizações. Tremo ao lembrar que quase fiquei com medo do Paysandu. Mas como já disse, o próprio Paysandu não se ajudou.

No primeiro tempo foram poucos os lances ofensivos. Um cruzamento bem feito de Diego, mal aproveitado por Robert, que furou, e Bruno Paulo que chutou pra fora. Um chute de Ivo, algumas tentativas do esforçado, e talvez bom, mas com dificuldades na finalização, estreante Bruno Paulo. O menino busca jogo, por ser estreante pode-se dizer que se mostrou entrosado com o time, mas chutou mal pra caramba, essa é a verdade, deve ter perdido umas cinco boas chances de gol durante todo o jogo.

Ivo oscilava entre bons e maus momentos, Armero esteve bem, mas pouco acionado no primeiro tempo, Márcio Araújo com dificuldade e Diego Souza bem melhor. Aliás, junto com Ivo ele poderia ter jogado melhor se os dois tivessem mais empenho em tentar recuperar bolas que perdiam em roubadas de jogadores do Paysandu, bem como se Danilo, mal no jogo mais uma vez, não insistisse por um incontável número de vezes numa tentativa bizarra de ligação direta com o ataque que, só para constar, não funcionou uma vez sequer. Com todo respeito ao zagueiro, que apesar de estar em uma fase ruim é jogador de qualidade e comprometido, essa bela jogada ensaiada que ele repetiu insistentemente, mesmo quando um meia ou volante se apresentava ou pedia a bola, mesmo com Armero sempre livre esperando passe (ou seja, não foi por falta de opção), mata o jogo que já não está grande coisa.

No segundo tempo, dois ou três sustos com o Paysandu. Mesmo com alguns jogadores, principalmente Edinho e Ivo, bem cansados, o Palmeiras chegou perto mais vezes. Mas a finalização estava difícil. Diego tentou três ou quatro chutes, Bruno Paulo e Robert fizeram duas boas jogadas na área, mas não conseguiram finalizar. O próprio Armero, no fim do jogo, teve sua chance em uma arrancada rápida de contra ataque, quase livre, em que poderia ficar na cara do gol, mas recebeu falta e, mesmo podendo continuar, não o fez. Uma pena, seria um belo gol, seria uma alegria o placar um pouco mais gordinho. E por mais que hoje seja 1º de abril, é verdade, o nosso lateral colombiano merecia um gol hoje. Provavelmente o melhor em campo, Armero foi fundamental no nosso único gol. Após uma tentativa frustrada de Diego, aos 15 do segundo tempo, Armero impediu a saída da bola e cruzou muito bem para Robert marcar de cabeça. Aliás, reclamamos e reclamamos, mas só o Robert para nos fazer gol, esteve em todos os jogos do ano e nem teve folga no sábado, dia do nascimento de seu quarto filho. Isso porque, bem ou mal, só ele está sempre ali. E já é abril, mas o Palmeiras ainda não contratou aquele camisa 9 bom tão prometido.

Muita coisa precisa mudar, mas o Palmeiras de hoje esteve um tanto melhor. Marcação melhorando, Pierre também melhorou em relação às últimas apresentações, mas mesmo isso e a classificação para as oitavas de final não fazem cessar nossa preocupação. Ainda sofremos demais por um ano mal terminado e outro começado pior ainda. A desclassificação vergonhosa no Campeonato Paulista, ironicamente, teve algo de bom. Digo isso porque sou adepta da teoria de que quase tudo que se começa errado, termina errado, então geralmente é melhor mesmo parar, buscar melhorar o desempenho e então tentar algo ainda bem possível. Agora esse time vai ter o tempo necessário para os muitos treinos de que precisa. E se a pretensão for, realmente, um final melhor na Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, é bom correr porque a água já bateu na bunda e há futuros adversários jogando muito melhor. Nada como o tempo para tentar consertar os erros e corrigir limitações. Que esse tempo seja bem aproveitado, e que essa diretoria acorde, pois tenho a impressão de que não é bem Diego Souza quem anda dormindo no trabalho, ao contrário do que dizem alguns que insistem sempre em culpar apenas um, sendo ele culpado ou não.

Créditos da foto: Lance Press.

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