domingo, 12 de abril de 2009

ISSO É PALMEIRAS!

Não sou palestrina de berço. Aliás, nunca tive motivos para ser. Sou de Minas, meu pai é flamenguista (apesar de não ligar pra futebol) e o resto da família é galo, maria e flamengo. Eu sei, fugi à lógica, ao andamento normal dos fatos. Também não sei explicar porque me tornei Palmeiras. Aliás, precisa mesmo de alguma explicação? Acho que não! Mas a única coisa que posso dizer é que o Palmeiras “me escolheu e me acolheu” (plagiando Mauro Beting). E não sou menos palmeirense que ninguém por morar longe, isso eu garanto!

Domingo, dia 05/04, foi mais um dia especial. Muito especial, por sinal. Grandes emoções me aguardavam e devo admitir que não estava preparada para as situações que se apresentaram. Mas acho até que não existe preparação para isso. Foi melhor assim!






Dessa vez não fui pra SP de ônibus. Seriam 15h de viagem e eu não tinha tanto tempo assim disponível. Resolvi ir de avião e, óbvio, foi muito melhor. O amigo Paulo Estevão me buscou no aeroporto de Guarulhos logo cedo, junto com a esposa Fernanda e os sobrinhos. Fizemos um agradável passeio até o clube e lá encontramos os outros amigos da Pró-Palmeiras que iriam conosco até Cajamar distribuir ovos de páscoa numa instituição carente. É sempre bom encontrar pessoas tão queridas! Custódio e seu filho, Sérgio e família, Paulo D’Angelo da Rádio Palmeiras, Bruno Novais, Wilson e família, Fernando, sua mãe e o Lucas. Fomos em comboio promover esse ato tão gratificante!





Como não poderia ser diferente, nossa chegada à instituição causou muita comoção. As crianças ficaram curiosas, atentas a todos os movimentos. Estavam todos quietinhos, respeitando a diretora do local. Pessoas muito lutadoras e voluntárias! Um trabalho de doação tão bonito que causa muita emoção! E ao ver aqueles rostinhos tão carentes e marcados, senti um aperto grande no peito. Quando começamos a distribuir os ovos, percebíamos a alegria irradiando daqueles pequenos. Como não ficar feliz com isso? E ao mesmo tempo que ajudávamos, também difundíamos a imagem do nosso Palmeiras. Tenho certeza de que jamais se esquecerão que muitas pessoas de verde, palestrinos de coração e alma, adoçaram um pouco mais o seu dia! A lembrança das bandeiras, das camisas, dessa cor tão linda não será esquecida!

Terminada a tarefa, fomos de novo para o Palmeiras, dessa vez pra almoçar e esperar o jogo. Infelizmente o grupo se dividiu, pois nem todos iriam para lá. Encontrei minha amiga Josi na lanchonete, mas antes disso, já tive a primeira surpresa. Passava por uma mesa quando, de repente, vi uma pessoa. Fiquei na dúvida, pensei um pouco e perguntei pro Bruno: “-- É o Jota?”. E ele disse que sim! Abri um sorriso de orelha a orelha, coloquei a mão no ombro dele: “-- Olá, Jota! É a Mayara!”. Ele deu um pulo da cadeira, me abraçou, agradeceu – embora exageradamente – pela divulgação dos causos que faço na comunidade do Palmeiras. Mas como não divulgar textos tão lindos? Só sei que fiquei muito feliz por tê-lo encontrado! Há tempos esperava por isso! Sou fã desse grande palmeirense! Consegue contar com muita desenvoltura e emoção sobre nossa história tão gloriosa e fatos engraçados – todos verdadeiros, como todo “causo” deve ser!



Depois do agradável almoço, sentei para conversar com a Josi e seus amigos de Jundiaí, Ronaldo, Dani e Paulo D’Angelo. De repente, ouço alguém gritando meu nome euforicamente: “-- Mayaraaaa, o Jota tá te chamando pra ver o Divino!”. Grande, Lucas! Suas palavras não saem de meus pensamentos! Só sei que dei um pulo da cadeira e saí correndo. Vi o Jota gesticulando, apontando onde estava o grande craque. E quando o vi, ainda de longe, meus olhos se encheram de lágrimas. À medida que me aproximava, sentia que minhas pernas falhavam e meu coração parecia que ia parar. Não conseguia controlar meu corpo, tremia muito. Mas quando fiquei frente à frente com aquele poço de candura, até me acalmei, mas não conseguia falar nada! Ele me abraçou de uma forma que só ele poderia fazer, mansa e calmamente. Fiquei olhando para aquele rosto terno e balbuciava palavras sem sentido. Quando me acalmei, olhei pra ele de novo – e que olhos meigos ele tem – e disse: “-- Divino, é uma honra conhecê-lo! A única coisa que queria dizer é que te amo do fundo do meu coração!”. Então ele me abraçou, mas foi de um jeito tão especial que fiquei ainda mais emocionada! A foto não me deixa mentir. Foi uma verdadeira avalanche de sensações, mas todas muito boas! Nunca vi uma pessoa tão gentil, delicada, mansa! Ele passa uma luz verdadeiramente boa. Ele foi e continua a ser Divino!

Depois ainda conheci o Fábio Finelli, o assessor de imprensa do Palmeiras e o Pierre. Grande, camisa 5! Foi muito educado e atencioso com todos que lá estavam! Autografou muitas camisas e tirou várias fotos. Um cara muito bacana! Ainda falei com ele: “-- Coração na chuteira, quarta, hein Pierre! Você e o Marcos são a raça desse time!”. Obviamente eu não precisava ter dito isso pra ele! Mas ele respondeu: “-- Claro, claro, o time está concentrado pra esse jogo, vamos vencer!”. Obrigada por toda sua dedicação ao Verdão, guerreiro!



Por fim, a hora do jogo se aproximava. Esperamos os amigos Pedro e Wilson chegarem e fomos para o estádio. Era a minha primeira vez nas arquibancadas do Palestra. Ficamos na “curvinha”, perto da TUP. Devo admitir que todas as minhas expectativas foram superadas. Gostei muito de ver o jogo ali! Pulei, cantei, vibrei! E não poderia imaginar que um jogo contra o Botafogo iria ser tão bom de assistir! Nem a chuva foi capaz de atrapalhar ou esfriar os ânimos! De virada é sempre mais gostoso, mas o melhor de tudo foi ver a comemoração do Diego bem perto de onde estávamos! “-- É quarta! É quarta, p****!”. Esse é o jogador que mais tem me surpreendido. Obrigada pela garra, Diego! E nesse dia eu fiquei rouca de tanto gritar!

Depois que o jogo terminou ficamos na dúvida se íamos ou não pra entrada do vestiário, mas pela hora e pela chuva, achamos melhor deixar para a próxima. Quem eu queria ver não estava lá, São Marcos. E não íamos lá de penetras. Tínhamos autorização, mas ficará para a próxima! Só de pensar em conhecer o Marcos já fico emocionada!

Fomos para o shopping comer antes de partir. Ainda encontramos o Jota novamente. Mais uma vez, foi um prazer imenso conhecê-lo! E eu mal sabia o que ele pretendia fazer mais tarde e não há palavras suficientes para agradecê-lo! Cheguei ao aeroporto com uma certa antecedência e finalmente pude sentar e pensar em tudo o que aconteceu. Minha cabeça estava repleta de lembranças maravilhosas, momentos inesquecíveis. Ainda hoje, uma semana depois, sinto a vibração de cada sensação. E sei que continuarei a sentir por muito tempo.

A volta para casa foi rápida, exceto pelo atraso do voo. Agora sentia minha cabeça pesada, mas era de sono. Cochilei feliz, como há tempos não fazia. Não sei como ainda tive forças para entrar na internet e conversar sobre o que aconteceu com minhas queridas amigas Vanessa e Renata, que infelizmente não puderam ir! Mas valeu a pena, pois ainda pude ver um e-mail do Jota, dizendo que estava preparando uma surpresa e precisava de informações e fotos. Então, na terça, dia oficial de seus “causos” no 3VV, vi o meu nome e minha foto estampando o site. Estava em um texto do Jota! Mal conseguia crer! E que texto!!! Toda vez que o leio, não consigo segurar as lágrimas! Muito obrigada novamente, meu amigo! Você foi incrível!

Esse foi o meu domingo especial! Feliz Páscoa a todos! Independente da religião professada, espero que este dia possa significar alguma mudança positiva na vida de cada um! Muita luz e paz!

E fica aqui uma mensagem: ISSO É PALMEIRAS! PAIXÃO, EMOÇÃO, VIBRAÇÃO!

5 comentários:

  1. Vossa senhoria merece isso tudo!! Tenho certeza do quanto vc ficou feliz, que por ir aquele dia não me contive de alegria, tive contar pra 8 gerações inteiras da família como eu tinha ficado extremamente feliz. É uma emoção inexplicável. Tirando a parte da entrega dos ovos, até mesmo de conhecer o Divino e o Pierre, dificilmente você encontrará coisa melhor do que comemorar um gol no estádio. O Palmeiras que consegue isso. Consegue unir todas essas coisas boas, desde encontrar os amigos de longe até roer as unhas até a cutícula de aflição na arquibancada. Se momentos como esse pudessem ser retratados em apenas uma foto, daria um lindo quadro.

    Parabéns dona Mayarita, me orgulho de ter uma amiga assim, palmeirense até o último fio de cabelo e generosa a cima de tudo! Posso não ter sentido a mesma emoção estando de longe, mas com toda a certeza fiquei feliz demais por você!

    ResponderExcluir
  2. Não sou religiosa nem nada do tipo, mas legal postar isso hoje... Lindo, lindo, lindo o relato. Belíssimas histórias, emocionantes... Desde a entrega dos ovos até a vitória do Palmeiras. Porém, destaque para o encontro com o Divino,que deve ter sido incrível de ver, fiquei muito feliz por você também!

    ResponderExcluir
  3. Parabens pela sua dedicação ao Palmeiras e o belo texto que escreveu.

    Abraços, Felipe Giocondo

    ResponderExcluir
  4. Além de nossa amizade e do carinho que sinto por vc, sinto uma emoção extra, quando penso que vc é a representante de milhares de palmeirenses que moram longe e que tiveram a Graça de torcer para o Verdão quando tudo conspirava contra.
    Novamente...vc merece!

    Custódio Dias

    ResponderExcluir
  5. Mayara,
    Acabei de ler esse seu "maravilhoso" texto. Estou no serviço, e te garanto, foi difícil segurar as lágrimas (graças à Deus consegui-já imaginou chorar no serviço, o pessoal não iria entender). Agora vou à uma reunião, mas não vejo a hora de ler a homenagem do Jota. Parábens por ser Palmeirense.

    ResponderExcluir