Ah, Palmeiras! Como explicar a emoção sentida na histórica quarta-feira, dia 29/04/2009? Como mensurar a minha alegria ao receber essa vitória como presente de aniversário? Não tenho palavras suficientes para descrever a emoção daquele momento mágico, mas sei que 15 milhões de palmeirenses sabem exatamente do que estou falando!
Arrancada heróica de 1942 – Palmeiras 3 x 1 São Paulo
Tenho certeza de que todo palmeirense que se preze conhece essa história, e mais, sempre se emociona ao escutá-la, seja uma, duas ou dez vezes. Fomos obrigados a trocar de nome ou poderíamos até mesmo perder nosso patrimônio, obtido de forma honesta e com muito trabalho. A guerra nos colocou ainda mais em evidência, pois sempre nos depreciaram por sermos de origem italiana. Mas nada disso adiantou. Quando o alviverde imponente surgiu no gramado em que a luta o aguardava, naquele 20 de setembro de 1942, as vaias tornaram-se aplausos no Pacaembu, pois ali demonstramos que, apesar da origem, éramos brasileiros sim. Ostentamos com muito orgulho a bandeira nacional, seguindo os passos do Capitão Adalberto Mendes. Esse dia histórico jamais pode ser esquecido. Ganhamos dentro das quatro linhas, pois toda pressão sofrida durante a semana serviu de incentivo à equipe. O nome, o escudo e a camisa poderiam ser outros, mas o espírito palestrino era o mesmo. As lágrimas de tristeza derramadas devido à mudança de nome foram substituídas pelo choro de alegria por mais uma vitória, mais uma conquista. O São Paulo fugiu de campo covardemente após a marcação de um pênalti para o Palmeiras, aos 19 minutos do segundo tempo, quando já estava 3x1. A partida foi encerrada. O Palestra morreu líder e o Palmeiras nasceu campeão.
Ficha Técnica
Palmeiras 3 x 1 São Paulo
Data: 20/09/1942
Local: Pacaembu
Árbitro: Jaime Janeiro Rodrigues
Público: 45.913 pessoas
Expulsão: Virgilio pelo S.Paulo
Gols: Cláudio (29min), Valdemar de Brito (24min)
e Del Nero (42min) no 1º tempo. Echevarrieta (14min) no 2º.
Palmeiras: Oberdan; Junqueira e Begliomini; Zezé Procópio, Og e Del Nero;
Cláudio, Valdemar, Villadoniga, Lima e Etchevarrieta.
Téc.: Del Debbio
São Paulo: Doutor; Piolim e Virgilio; Lola, Noronha e Silva;
Luizinho, Valdemar de Brito, Leônidas, Remo e Pardal.
Supercampeonato de 1959 – Palmeiras 2 x 1 Santos
Fazia 9 anos que o Palmeiras não conquistava o estadual. Na última rodada do campeonato, estava empatado em pontos com o Santos de Pelé. O título seria decidido por uma melhor-de-três, o que ficou conhecido como supercampeonato. Só por essa necessidade via-se que o Palmeiras não era qualquer time. Tínhamos um verdadeiro esquadrão capaz de jogar de igual para igual contra o time que era considerado um dos melhores do futebol brasileiro na época e que terminou o campeonato com a incrível marca de 151 gols.
Os dois primeiros jogos da super decisão terminaram empatados: 1x1 e 2x2. Como esperado, o campeão seria definido apenas na última partida. E logo de início, gol de Pelé! Mas os palestrinos não esmoreceram e Julinho empatou ainda no primeiro tempo. E a virada aconteceu no início da segunda etapa com Romeiro, de falta, um verdadeiro torpedo. E ainda chutamos uma bola na trave! Seria o fim do jejum? SIM! Palmeiras Campeão! Aliás, Supercampeão!
Ficha Técnica
Palmeiras 2 x 1 Santos
Data: 11/01/1960
Local: Pacaembu
Árbitro: Anacleto Pietrobom
Público: 37.023 pagantes
Gols: Pelé (13min) e Julinho (41min) no 1º tempo. Romeiro (2min) no 2º tempo.
Palmeiras: Valdir, Djalma Santos, Waldemar Carabina e Geraldo Scotto;
Zequinha e Aldemar; Julinho, Nardo, Américo, Chinesinho e Romeiro.
Téc.: Osvaldo Brandão.
Santos: Laércio, Urubatão, Getúlio e Dalmo; Zito e Formiga; Dorval,
Jair da Rosa, Pagão, Pelé e Pepe.
Campeonato Paulista de 1974 – Corinthians 0 x 1 Palmeiras
Conhece o “zum, zum, zum, é
O Campeão sairia em uma disputa de uma melhor de três jogos entre os dois times. O primeiro deles terminou empatado: 1x1, com um gol de Edu antes mesmo do primeiro minuto de jogo, para o Palmeiras. Portanto, quem vencesse o segundo jogo seria declarado o vencedor do campeonato.
A emocionante partida ocorreu no Morumbi e mais de 120 mil pessoas presenciaram esse grande prélio, sendo 100 mil corinthianos. A torcida palmeirense, mesmo em menor número, estava tranqüila. Sabia que o time não iria decepcioná-la.
Um fato que ficou marcado na memória dos palestrinos aconteceu após uma cobrança de falta de Rivelino, o “patada atômica”. O tiro acertou em cheio o rosto de Dudu, que ficou desacordado por 2 minutos. E mesmo tonto e aturdido pela pancada, voltou a campo para formar a barreira em nova falta que seria batida pelo Riva. Dudu era o exemplo de raça e todos sabiam disso. Mas o juiz da partida não permitiu que ele ficasse na barreira e mandou outro jogador em seu lugar. Felizmente, a bola foi pra muito longe.
Pouco tempo depois, sairia o gol do título! Jair Gonçalves, substituto de Eurico, cruzou, Leivinha subiu mais que Brito e a bola sobrou para Ronaldo que, sem deixá-la cair, chutou forte. Silêncio da torcida corintiana. O grito que ecoou no estádio foi apenas um: “zum, zum, zum, é 21!”.
Ficha Técnica
Palmeiras 1 x 0 Corinthians
Data: 22/12/1974
Local: Morumbi
Árbitro: Wanderlei Boschila
Público: 120.522 pagantes
Gol: Ronaldo (24min) no segundo tempo
Palmeiras: Leão, Jair Gonçalves, Luis Pereira, Alfredo e Zeca;
Dudu e Ademir da Guia; Edu, Ronaldo, Leivinha e Nei.
Téc.: Osvaldo Brandão.
Corinthians: Buttice, Zé Maria, Brito, Ademir e Wladimir; Tião e Rivelino; Vaguinho, Zé Roberto (Ivan), Lance e Adãozinho (Pita).
Quartas-de-final da Libertadores 1995 – Palmeiras 5 x 1 Grêmio
Porto Alegre, 26/07/95, estádio Olímpico: Grêmio 5 x 0 Palmeiras.
O jogo de volta foi dia 02/08/95 no Palestra Itália. O Verdão precisava vencer por uma diferença de 5 gols para levar a decisão para os pênaltis. Mas aos 8 minutos do 1º tempo, um balde de água gelada: gol do Grêmio! Se antes a imprensa já havia retirado o Palmeiras da disputa, nesse momento não faltaram vozes conclamando a todos que o Grêmio passaria para a semifinal.
Quem imaginou o Palestra Itália em silêncio a partir desse momento, enganou-se! Somos a torcida que canta e vibra e ela fez a sua parte: gritou mais alto, clamou pela força dos céus e foi atendida! A reação começou aos 30 minutos da primeira etapa. Aos 39, viramos o jogo! E aos 13 do segundo tempo, ampliamos o marcador. O quarto gol foi de pênalti, aos 24 minutos. E o 5º gol saiu de uma jogada linda, terminando nas redes em um chute de Cafu. Nem os mais otimistas acreditavam! Era preciso, pelo menos, mais um gol! A torcida gritava uníssona: “E dá-lhe dá-lhe porco! E dá-lhe dá-lhe porco!”. Um espetáculo de emocionar o torcedor mais durão! 40 minutos, a torcida continua gritando. 45 minutos, a esperança não esmoreceu. 2 minutos de acréscimo...e fim de partida. O gol não saiu. Mas o time saiu de campo de cabeça erguida. Os jogadores aplaudidos e ovacionados. O tricolor gaúcho não comemora a classificação. Naquela noite, os jogadores do Palmeiras mostraram o que é honrar a camisa.
Ficha Técnica
Palmeiras 5 x 1 Grêmio
Data: 02/08/1995
Local: Palestra Itália
Árbitro: Antônio Pereira da Silva (Bra)
Público: 7.615
Renda: R$ 84.509,00
Cartão Amarelo: Antônio Carlos, Cléber, Wágner, Mancuso, Alex Alves, Adílson e Carlos Miguel.
Palmeiras: Sérgio; Índio, Antônio Carlos, Cléber e Wagner; Amaral (Magrão), Mancuso, Cafu e Paulo Isidoro; Alex Alves (Maurílio) e Müller.
Técnico: Carlos Alberto Silva
Grêmio: Murilo; Arce, Rivarola, Scheidt e Roger; Adílson, Goiano, Arílson (André Vieira) e Carlos Miguel; Paulo Nunes (Vágner Mancini) e Jardel (Nildo)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Final da Copa do Brasil 1998 – Palmeiras 2 x 0 Cruzeiro
O Verdão havia perdido o primeiro jogo da decisão por
Logo aos 12 minutos, Paulo Nunes marca o primeiro gol da partida, amenizando um pouco o sofrimento e a angústia palestrina. Se permanecesse esse resultado, haveria pênaltis e isso todos queriam evitar.
O jogo ficou tenso, nervoso, o gol não saía. Só mais um e seríamos campeões!
Apenas aos 44 minutos do segundo tempo pudemos comemorar! Zinho cobrou falta e o goleiro Paulo César não conseguiu segurar a bola molhada, que sobrou para Oséas, completamente sem ângulo, chutar para o gol. Festa no Morumbi! O título tão almejado finalmente foi conquistado e com um gol mágico!
Ficha Técnica
Palmeiras 2 x 0 Cruzeiro
Data: 30/05/1998
Local: Morumbi
Público: 45.237
Palmeiras: Velloso; Neném, Cléber, Roque Junior e Junior. Galeano, Rogério, Alex (Arilson) e Zinho. Oséas (Pedrinho) e Paulo Nunes (Almir)
Técnico: Luís Felipe Scolari
Cruzeiro: Paulo Cèsar; Gustavo, Marcelo Djean, Wilson Gottardo e Gilberto; Valdir, Ricardinho, Marcos Paulo e Elivélton (Geovanni); Bentinho (Caio) e Marcelo Ramos
Técnico: Levir Culpi
Quartas-de-final da Copa do Brasil 1999 – Palmeiras 4 x 2 Flamengo
Palmeiras e Flamengo protagonizaram um dos jogos mais emocionantes de todos os tempos. O primeiro jogo, no Maracanã, terminou 2x1 para os cariocas. Bendito gol fora de casa! Uma vitória simples levaria o Verdão para a semifinal. Mas quem achou que fosse ser fácil, se enganou.
O Flamengo abriu o marcador aos 50 segundos do primeiro tempo, para desespero da torcida. Era preciso mais dois gols para, pelo menos, levar a decisão para os pênaltis. Tarefa possível para o alviverde imponente que empatou com Oséias. Mas o torcedor ainda teria que sofrer um pouco mais...
Cobrança de falta para o Flamengo aos 32 do segundo tempo e a bola estufou as redes. Um duro golpe para a nação palestrina. Mas a esperança ainda não havia morrido. Enquanto houvesse tempo, o time lutaria! O Palmeiras precisava de mais 3 gols. E sabemos que nada, absolutamente nada, é impossível para o Palestra. Galvão Bueno dissera que nada mais tirava a final do Flamengo. O respeitado José Silvério foi mais fundo: “Somente um verdadeiro milagre para salvar o ferido Palmeiras”. E foi isso que aconteceu. Não ficamos desamparados. Empatamos aos 35 minutos com Junior, após chute de longa distância. Era a primeira resposta. Não estamos mortos!
Mas o tempo estava passando, precisávamos ainda de mais 2 gols. E um deles aconteceu aos 44 minutos com Euller, o filho do vento, de cabeça, após cobrança de escanteio.
Só faltava mais um. Um misto de angústia e esperança invadia os torcedores. 48 minutos, último lance da partida, novo escanteio. A torcida gritava mais forte do que nunca. Era tudo ou nada. Escanteio batido, a bola não sabia para onde ir, havia muita gente na área, mas ela encontrou a cabeça do predestinado. Era o dia dele, de fazer história. Euller, mais uma vez, deu uma cabeçada na raça e a bola encontrou as redes. Jamais duvidem da fibra palestrina!
Ficha Técnica
Palmeiras 4 x 2 Flamengo
Data: 21/05/1999
Local: Palestra Itália
Árbitro: Antônio Pereira da Silva (GO)
Gols: Rodrigo Mendes (1'), Oséas (56'), Rodrigo Mendes (59'), Júnior (60'), Euller (86') e Euller (88').
Palmeiras: Marcos, Arce (Euller), Roque Júnior, Agnaldo e Júnior; César Sampaio (Evair), Rogério, Alex e Zinho; Paulo Nunes e Oséas (Galeano).
Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Flamengo: Clemer, Pimentel, Fabão, Luiz Alberto e Athirson; Jorginho, Maurinho, Beto e Caio (Bruno Quadros); Rodrigo Mendes e Romário (Vágner).
Técnico: Carlinhos.
Semifinal da Libertadores 2000 – Palmeiras 3 x 2 Corinthians
O Derby paulista ganhou o status de jogo do século entre os rivais e com razão. Nesse confronto histórico, a raça e a superação foram os ingredientes principais que garantiram a vitória alviverde.
O primeiro jogo terminou 3x4 para o Corinthians. Todos sabiam que o jogo de volta não seria nada fácil, mas nós somos Palmeiras e Felipão sabia muito bem disso quando disse: “Se precisar chutar, chutem. Se precisar cuspir na cara, cuspam.” Libertadores é raça! E foi isso que o time demonstrou em campo.
Euller abriu o placar para o Palmeiras, mas Luizão empatou ainda no primeiro tempo. E a dureza do prélio não tardou a chegar com a virada corinthiana. Mas o time da marginal sem número enfrenta uma sina. Jamais chegou a uma final de Libertadores e não seria em cima do Palmeiras que isso aconteceria. E o Verdão buscou o resultado e arrancou o empate com Alex, que chutou sem chances para o goleiro Dida, após jogada de Euller pela linha de fundo. Gol de craque! Gol para incendiar os corações dos jogadores esmeraldinos e da torcida!
E o terceiro gol saiu dos pés do gênio Alex, que cobrou falta com perfeição encontrando Galeano na pequena área, escorando de cabeça para o fundo das redes. Muita vibração! Mas com esse resultado, a decisão iria para os pênaltis e foi isso que aconteceu. E que decisão!!! Angustiante, emocionante, inesquecível!!!
Os 5 palmeirenses não desperdiçaram suas cobranças, mas os corinthianos também não haviam errado as suas, até chegar a 5ª e decisiva, com Marcelinho Carioca, o xodó da torcida adversária. Tomou grande distância, chutou, mas debaixo das traves havia um Santo, como só ele sabe ser. São Marcos garantiu nossa ida às finais defendendo a última e derradeira penalidade. Festa verde no Morumbi! E a imagem da comemoração de Marcos ficou gravada em todos nós!
Ficha Técnica
Palmeiras 3 (5) x (4) 2 Corinthians
Data: 06/06/2000
Local: Morumbi
Árbitro: Edílson Pereira de Carvalho
Cartões Amarelos: Argel, César Sampaio e Galeano (Palmeiras); Luizão, Kléber, Edu e Adílson (Corinthians)
Gols: Euller 34’/1T, Alex 15’/2T e Galeano 27’/2T (cabeça) (Palmeiras); Luizão 38’/1T (cabeça) e Luizão 4’/2T (Corinthians)
Pênaltis: Marcelo Ramos, Roque Júnior, Alex, Asprilla e Júnior (Palmeiras); Ricardinho, Fábio Luciano, Dinei e Índio (Corinthians)
Palmeiras
Marcos; Rogério, Argel, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio (Tiago), Galeano e Alex; Pena (Luiz Cláudio), Marcelo Ramos e Euller (Asprilla).
Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Corinthians
Dida; Daniel (Índio), Fábio Luciano, Adílson e Kléber; Vampeta, Edu, Ricardinho e Marcelinho; Edílson e Luizão (Dinei).
Técnico: Oswaldo de Oliveira.
Libertadores 2009 - Colo-Colo x Palmeiras
Essa é a nossa mais recente epopéia. O Palmeiras precisava da vitória a qualquer custo. Ou vencia, ou se despediria amargamente da competição, ainda na primeira fase, feito que não acontecia há 30 anos. Estávamos em franca desvantagem numérica no estádio Monumental, mas 15 milhões de corações pulsavam esperançosos junto de cada jogador. Depositamos toda fé no time que, mesmo tão criticado, foi a campo disposto a lutar até o último minuto. Mas não seria nada fácil...
Tivemos boas chances ainda no primeiro tempo, mas restou-nos amaldiçoar as traves. Nosso artilheiro carimbou os postes duas vezes. Que fase, K9! Será que nenhuma bola estufaria as redes do adversário? Cada vez mais a angústia invadia os torcedores. Porém, a esperança ainda estava viva!
Mudanças para o segundo tempo. Mais velocidade e poder ofensivo. Pelo menos era o que se esperava com a entrada de Willians. Mas o jogador, ainda fora de ritmo, não entrou bem. E perto dos 8 minutos o primeiro choque: Pierre é atingido e reclama muito de dor. É retirado de maca, causando preocupação a todos. Evandro se prepara para entrar, mas Pierre sinaliza que pode continuar. Nosso guerreiro ainda tinha uma missão a cumprir. Após cobrança de escanteio para o Colo-Colo, um chute a queima-roupa explode no peito do Pierre, salvando o que seria o primeiro gol da partida. Depois disso, faz sinal de que precisa ser substituído. Mas seu dever foi cumprido.
Para aumentar o desespero da torcida, Marcão é expulso pouco depois de tomar o primeiro cartão amarelo. Se com o time completo já estava difícil, sem Pierre e com um a menos a tarefa tornou-se quase impossível. Eu disse quase. Para nós não existe barreiras intransponíveis! Mas para quem achou que os problemas terminaram, mais uma baixa: Diego Souza, após tentar uma bicicleta, caiu de mau jeito e não teve condições de continuar a partida. Ortigoza entrou em seu lugar. Mais um guerreiro fora de combate.
Ainda faltavam 20 minutos para o final da partida. Mas com o time tão desconfigurado seria possível vencer? A imprensinha não acreditava, nossos rivais desdenhavam, mas nós estávamos firmes, torcendo como nunca! Ainda havia esperança. Estávamos todos apreensivos, mas acreditávamos em um “milagre”. Maurício Ramos quase conseguiu o intento após cabeçada. Faltou pouco! Mas quis o destino que o gol saísse dos pés de quem vestia uma camisa consagrada, Divina. Cleiton Xavier recebeu as vibrações de todos os craques que já vestiram a camisa 10 e, aos 42 minutos, fez ecoar por todos os lugares o grito abafado e contido de GOL! Aliás, GOLAÇO! Soou como música. O ritmo fica a cargo de cada um. Vibração, emoção, classificação!!! Obrigada pelo presente de aniversário! Jamais subestimem o Palmeiras!
Ficha técnica
Colo Colo 0 x 1 Palmeiras
Data: 29/04/2009
Local: Estádio Monumental, em Santiago, no Chile
Horário: 22 horas (Brasília)
Árbitro: Carlos Torres (Paraguai)
Auxiliares: Nicolás Yegros e Milcíades Saldívar (ambos paraguaios)
Cartões amarelos: Millar, Caroca e Figueroa (Colo Colo); Willians e Maurício Ramos (Palmeiras);
Cartões vermelhos: Marcão (Palmeiras)
Gol: Cleiton Xavier, aos 42 minutos do segundo tempo.
Colo Colo: Muñoz; Figueroa, Mena, Riffo e Salcedo; Meléndez (Jara), Millar, Sanhueza e Torres (Caroca); Barrios e Carranza (González)
Técnico: Gualberto Jara
Palmeiras: Marcos; Maurício Ramos, Danilo e Marcão; Wendel (Willians), Pierre (Evandro), Souza, Cleiton Xavier, Diego Souza (Ortigoza) e Armero; Keirrison.
Técnico: Wanderley Luxemburgo.
Parabéns pela materia !
ResponderExcluirMeu jogo com mais emoção foi esse gol do Cleiton no ultimo minuto, foi muito emocionante !
Mais aquele contra os gambá na libertadores de 2000, deve ter cido muito emocionante, pena que não lembro :(.
Eliminar eles na Libertadores, com uma defesa do São Marcos ainda.
“Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense...é totalmente impossível”. Joelmir Betting
Um comentário que eu fiz para o meu pai, logo que acabou o jogo contra o Colo-Colo, me ficou na cabeça: “se o Keirrison tivesse feito aqueles dois gols no primeiro tempo seria muito legal... mas não seria tão gostoso!”
ResponderExcluirÉ verdade. A emoção da adversidade é maior do que o prazer da facilidade. Não quero sofrer sempre, mas o futebol trás isso de bom. O sofrimento do torcedor pode explodir em alegria, como foi com o Cleiton. Que aflição! O tempo passava, o gol não saía, e na minha cabeça passava um filme do jogo contra o Sport em Recife, contra a LDU, lembrei na torcida, lembrei das bolas na trave no primeiro tempo, no Pierre, no Marcão, e pensei “a gente não merece isso!”. Merecemos. Merecemos sim o que veio depois. Cobriu qualquer rastro de dor e angústia. Virou alegria, daquelas que dá vontade de sair gritando para todo mundo ouvir o quão feliz estamos. Este jogo não foi o único, foi só mais um.
Daqui a alguns anos lembraremos dele com emoção como lembramos desse, por exemplo, incrível Palmeiras x Flamengo. Nunca, nunca na vida, vibrei tanto com um jogo que não valia título. E o gol do Oseas, sem ângulo, com aquela paulada do Zinho, foi sensacional. Mas o que o palmeirense tem “tatuado” na memória é aquele fatídico pênalti do Marcelinho Carioca. Em campo ninguém que o torcedor mais amasse do que o Marcos. E ninguém que mais odiasse que Marcelinho. O protagonista e o antagonista, frente a frente. Não ganhamos a Libertadores, mas os mais desligados provavelmente vão colocar a Libertadores da América de 2000 na nossa conta, na conta do Marcos, no débito do Marcelinho.
Incrível. Inesquecível. Não é um jogo. Mas sim um jogo do PALMEIRAS.
Mayara, ficou muito bom mesmo o trabalho, e bonito também! Gostei muito das escolhas que fez, se me perguntassem de jogos memoráveis eu destacaria a maior parte dos que você falou... O de 59, contra o Santos, é um jogo pelo qual tenho muito apreço, toda vez que vejo esse vídeo tenho vontade de estar lá. O de 74 também é muito memorável, pena que... Mas o de 2000 foi o que eu vi, e ainda me lembro o que senti quando São Marcos defendeu esse penalti, indescritível. Há momentos que valem pela taça não conquistada...
ResponderExcluirJá esse último, ah, nunca vou esquecer...
Eu tenho + 5 jogos de Libertadores inesquecíveis, pelo menos pra mim. O jogo contra o vasco (atual campeão) nas oitavas de final de 1999, quando o Palmeiras tinha empatado no Palestra por 1 x 1 e quando todos davam como certa a desclassificação do Palmeiras em são januário, uma atuação histórica de Alex & Cia, fez o Palmeiras vencer por 4 x 2. A final da libertadores de 99 contra o deportivo cali no Palestra, nossa primeira Libertadores é outra. Outras 3 partidas em 2001. A partida de quartas de final contra o cruzeiro de Felipão, empatamos no Palestra em 3 x 3 e empatamos em 2 x 2 no mineirão quase no finalzinho. Na decisão de pênaltis, jackson (ex-Palmeiras) disperdiçou o pênalti decisivo para eles e São Marcos pegou outros 3, garantindo nossa classificação para as semi finais. Exatamente os outros 2 jogos jogos epícos do Palmeiras. O primeiro na la bombonera o Palmeiras foi assaltado na frente do mundo inteiro, sem pudor nenhum. Teve um pênalti claro do córdoba em cima do Fernando( esse mesmo do santo andré) e o juíz inventou outro, agora para o boca, numa disputa de bola no alto do Alexandre com o barijho e, mesmo assim conseguimos empatar em 2 x 2 lá dentro. Na partida de volta no Palestra, o Palmeiras saiu perdendo por 2 x 0 e, quando a partida estava 2 x 1 ainda no primeiro tempo, Fabio jr. recebeu em posição legalissíma pra empatar ainda no primeiro tempo e o bandeira marcou impedimento. A revolta foi tanta q 2 torcedores invadiram o gramado pra agredir o bandeirinha. Na sequência do primeiro tempo, Alexandre entrou feio em um atacante do boca e foi expulso. Mesmo assim, o Palmeiras foi pra cima e empatou o jogo com 1 a menos no segundo tempo. Na disputa de pênaltis o boca venceu, mas apesar de termos perdidos as semifinais, eu acho q fomos heróicos por ter sido assaltados em 3 lances cruciais e mesmo assim ter chegado na disputa de pênaltis.
ResponderExcluir