segunda-feira, 8 de junho de 2009

VERDÃO QUEBRA JEJUM E BATE O VITÓRIA DE VIRADA NOS ACRÉSCIMOS

Que sufoco! A vida não anda fácil para o Palmeiras e a culpa é de si próprio. Neste domingo não foi diferente. Desorganizado, mas aguerrido. A torcida colaborou, os jogadores tentaram e o Verdão venceu sem convencer. Em dias em que nada dá certo, se a vitória vier não dá para reclamar, mesmo que ela não seja tão merecida. Em 2009, ninguém tem gostado mais de uma adrenalina do que o Palmeiras, pois não basta vencer, tem que sofrer. Haja unhas para mais 6 meses de viradas e dramas!

Com ingressos pela metade do preço o Palestra Itál
ia recebeu bom público na tarde gelada de domingo em São Paulo. O time estreou o novo uniforme contra o algoz do nosso rebaixamento em 2002, o Vitória da Bahia. Parecia que o jogo seria bom para nós. Logo no início, pressão e boas jogadas, mas em pouco tempo percebemos que seria sofrido. Um time descompactado viu o Vitória atacar e parar em Pierre e São Marcos. Enquanto isso, o ataque permanecia improdutivo.

No segundo tempo foi diferente. Primeiro um susto daqueles. Mais um ataque veloz dos baianos com uma grande defesa de Marcos, mas dessa vez, no rebote, Apodi, que teve passagens apagadíssimas por Cruzeiro e Santos, abriu o placar para os visitantes no primeiro minuto da segunda etapa. Desespero na arquibancada? Não. Segundos após o gol o torcedor começou a cantar ainda mais forte, incentivando o “time da virada”. Luxemburgo, muito vaiado no interval
o, tirou Mozart e colocou Ortigoza, algum tempo depois foi a vez de Henrique sair para a entrada de Souza. Esses dois mudaram o jogo.

O paraguaio, que ainda não teve o contrato renovado, entrou com fome de bola. Então juntou a fome com a vontade comer. Ortigol recebeu lançamento rasteiro de Cleiton Xavier pela direita e empatou a partida. Keirrison mais uma vez apagado, saiu sob vaias para a entrada de Deyvid Sacconi, que deu mais velocidade ao time. Aos 46 minutos, na bacia das almas, o Verdão conseguiu sua segunda virada no Brasileirão, e assim como contra o Coritiba também no Palestra Itália, o jogo terminou em 2 x 1 para nós. Dessa vez foi graças a Maurício Ramos. Cleiton Xavier cobrou escanteio pela direita e o camisa 15 cabeceou para o chão e a bola subiu até o ângulo esquerdo do colombiano Viáfara, que nada pôde fazer.

Um sufoco desnecessário, mas uma vitória muito bem-vinda. Comemoração grande por parte dos jogadores e torcedores, que mesmo vencendo souberam reconhecer a partida ruim da equipe. Com 8 pontos agora subimos para a 6ª posição na tabela, com aproveitamento em torno de 53,3% contra os 86,67% do líder Internacional que chegou aos 13 pontos após empatar com o Cruzeiro, nosso próximo adversário às 18h30 no domingo. Até a 5ª rodada do Brasileirão de 2008, o Palmeiras tinha um acumulado de 46,67% de aproveitamento e ocupava a 10ª colocação na tabela. Agora teremos uma semana inteira para nos preparar para dois embates de tirar o fôlego. Primeiro o Cruzeiro, que não terá Kléber expulso contra o Inter, depois o Nacional, mais um “jogo do ano”, decisivo e dificílimo, mas que o Verdão tem totais condições de vencer. E o que a torcida quer ver depois de uma semana de preparação é um time melhor organizado em campo, então “vamos treinar porcô”!

Créditos das fotos: Uol Esportes e Lance Press.

3 comentários:

  1. Emocionante! Profundo! Repleto de ensinamentos aos torcedores e jogadores.Nunca tive tanta certeza da classificação. Não é presunção. É apenas constatação do que o amor à camisa pode proporcionar.

    "Construir para poder conquistar! Acreditar sempre!"

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  2. É, tá bom, mas tá ruim. Tá ruim, mas tá bom.

    Vamos andando bem no fio da navalha, até que, quem sabe, nos chegue às mãos a taça da Libertadores, que há de nos redimir por completo dessas pequenas irritações, mediocridades e percalços, gravando alguns nomes do atual time em letras de ouro: Pierre, Diego Souza, Cleiton Xavier, e mesmo os de coadjuvantes de valor como Ortigoza e Souza.

    O do Marcos omiti de propósito - Marcos é um caso à parte.

    Confiamos nas nossas chances pelo espírito de luta, desconfiamos pelo que falta à equipe de consistência, de um pingo de padrão de jogo.

    O Palmeiras que atuou mal e porcamente contra o Vitória não parece um time campeão. Mas o Palmeiras que, apesar do mal e porcamente, superou o Vitória e suas próprias limitações táticas tem a cara de um time campeão.

    Nessa gangorra é que vamos indo. Continuo acreditando muito... e já sentindo um friozinho na barriga, que não é efeito dos 10 graus em Pindamonhangaba... rs

    Beijoca em vocês. E se cuida direitinho, Mayara.

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  3. Eu não consigo comentar esse jogo. Será inesquecível pra mim... Voltei pra casa sorrindo e pensando que se não tivessemos virado eu voltaria chorando. É, tem sido um ano e tanto, nada tem falado mais alto que o coração.
    E o nosso hino não me sai da cabeça desde domingo.

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