sábado, 13 de fevereiro de 2010

PALMEIRAS FICA NO EMPATE EM RIBEIRÃO PRETO

Sábado de carnaval, primeiro dia de ressaca da festa pagã. Se não tivesse jogo hoje ninguém ia perceber. Praticamente todas as partidas foram disputadas neste dia chato, menos a do “eleito” Santos que joga amanhã, no Pacaembu. O Palmeiras, cansado pelo jogo de quarta, não pode se dar ao luxo de poupar jogadores porque não tem elenco. Time completo, com a volta de Léo na zaga e Edinho atuando como um líbero. Dois jogadores, apenas dois, fariam o time mais competitivo: um centroavante e um lateral-esquerdo. Não temos, então resta nos contentarmos com um empate conta o Botafogo-SP. É para ficar feliz com isso?

Com os ingressos caros o torcedor compareceu em pouco número, pelo menos se contarmos com a capacidade do estádio Santa Cruz, que hoje, por conta de veto da Federação, é de 30 mil espectadores. A maioria parecia ser do time da casa, ou então a rapaziada palmeirense estava com problemas vocais ou com falta de ânimo. Se for a segunda opção é até justificável. Depois de jogar e conquistar uma vitória magra contra o Flamengo-PI em Teresina, na quarta, o Verdão voltou cansado para São Paulo. Sem poder poupar, pela falta de peças no elenco e pela condição desfavorável na tabela, Muricy botou o time titular em campo com o retorno do zagueiro Léo, apenas sem Figueroa que passou mal no último jogo e foi poupado.

A partida começou com o Palmeiras melhor e assim continuou durante toda a primeira etapa. O Botafogo chegava com perigo pelas laterais, principalmente com o chatíssimo Malaquias, aquele mesmo do incidente com o Marcos no Paulistão de 2008. Agora volto a reclamar: time que quer brigar por título não pode ter Robert e Armero jogando. Um destrói as jogadas ofensivas, o outro, quando não caga na frente, caga atrás, com faltas e lances bizarros. Ainda assim, com essas duas amebas em campo, os lances de mais perigo foram nossos. Primeiro Danilo, que perdeu um gol incrível depois de rebote do goleiro. No final no primeiro tempo outra jogada perigosa, o zagueiro do Botafogo cabeceou contra o próprio travessão.

Na volta do intervalo, ambas as equipes com a mesma formação. Mas a partida mudou. O que estava mais para o Palmeiras, ficou totalmente para o Botafogo. Depois de tanto insistir, ainda no começo da etapa final, o tricolor caipira marcou com William. Lance todo errado, com falhas de Marcos, Armero (!) e Léo. Então esse time voltou a sua verdadeira vocação: abafa e chuveirinho. Logo quando tomamos o gol, Muricy mexeu, colocando Lenny no lugar de Márcio Araújo, que vem fazendo uma partida pior do que a outra. De novo o camisa 19 entrou bem na partida, por incrível que pareça.

De tanto tentar o Palmeiras achou o gol de empate. Depois de seguidos escanteios, a bola sobrou para Cleiton Xavier pela direita, o camisa 10 cruzou e Léo cabeceou para as redes. Um zagueiro precisa fazer o que o centroavante não consegue, porque nem cabecear o infeliz sabe. Com isso, o jogo mudou de cara mais uma vez. Bombardeio dos dois lados. Quando não era o Palmeiras passando sufoco, era Cleiton Xavier e Lenny perdendo ótimas chances. Mas a maior delas foi com Diego Souza. Após falta em Lenny perto da meia-lua, Diego cobrou com precisão e a bola explodiu no travessão.

Com as duas equipes entre a vitória e a derrota, o jogo terminou mesmo é no empate. Não foi uma partida ruim, apesar dos pesares. Já vimos coisa bem pior em se tratando de Palmeiras neste início nada promissor de temporada. Mas o futuro é um tanto quanto assustador. Corremos atrás de um atacante enquanto precisamos de pelo menos dois na posição, e dos bons, o mais rápido possível. Temos deficiências claras nas laterais, principalmente com Armero, que está em má fase desde que nasceu, além de falta de opção para a zaga. É repetitivo, é enjoativo, mas nem por isso deixa de ser verdade. Daqui a três meses começa o Brasileirão e lá não tem Botafogo-SP, Ituano, Mirassol, Sertãozinho, Monte Azul...

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