domingo, 7 de fevereiro de 2010

PALMEIRAS PASSA SUFOCO, MAS VENCE BRAGANTINO

O quanto a presença de um jogador muda a equipe? Se esse jogador for o Diego Souza, muda muito. Mas sem Cleiton, muda pouco. Os dois juntos fazem o Palmeiras, defeituoso dos pés à cabeça, um time competitivo, capaz de vencer partidas e brigar por campeonatos. O problema é que só isso não basta. Quando perdemos um deles, ou então os dois de uma só vez, a coisa fica feia. Não dependemos de um só jogador, dependemos de uma dupla. O que é ainda mais complicado.

A terra da linguiça recebeu o Palmeiras num calor infernal. O gramado um pasto, com torcedor “dentro” do banco de reservas e o Verdão desgastado depois do empate com a Portuguesa, na última quinta-feira chuvosa. Ingredientes para o que foi o jogo, no final das contas: feio. Emocionante? Talvez. Mas de uma falta de nível técnico absurda. É claro que essa regra não se aplica à Cleiton Xavier e Diego Souza. Acostumado a servir, foi a vez do camisa 10 receber lindo passe do 7 e tocar por cobertura para o gol. Um golaço. Sendo logo no início da partida, o torcedor até se empolgou. Erroneamente. Só deu Bragantino no resto do primeiro tempo.

E tivemos também erros de arbitragem. Abadi, como sempre horroroso, parou a jogada que resultaria no gol de empate do Bragantino, inventando uma falta em Figueroa. Logo depois, começou a inverter as jogadas, como parte de sua culpa. Aplicou um cartão amarelo absurdo em Edinho, como se não bastasse ter invertido a falta. O camisa 3 recebeu uma solada do jogador adversário e teve a falta, na entrada área, assinalada contra o Palmeiras. Ainda houve um lance de impedimento, muito bem assinalado pelo bandeira, que também resultaria em gol.

No segundo tempo, as duas equipes voltaram sem alterações. Foi o placar que logo se alterou, e ao nosso favor. Wendel, destro, cruzou (mal) de esquerda, o goleirão fez lambança e a bola sobrou para Robert, que dizem as más línguas, ainda tentou errar, mas a bola acabou entrando. Com os 2 x 0 o jogo tava no papo, certo? Errado. Falta na entrada da área, bem cobrada, é verdade, mas Marcos fez a proeza de escolher o canto e nem pulou na bola, que por mais bem cobrada que fosse, era totalmente defensável. Resultado: Bragantino vivo no jogo.

Existia uma maneira do Bragantino chegar mais facilmente ao empate: a nossa lateral direita. Desde o início, no setor ofensivo, com Deyvid Sacconi “inspirado”, passando por Figueroa ex-Ranger Verde, em uma fase de arrepiar os cabelos, e terminando na cobertura da lateral, com Márcio Araújo em uma partida ridícula. E foi ali que o time linguiceiro (que não é o São Paulo) arrancou o segundo gol. Marcos ainda fez uma linda defesa, mas no rebote não havia mais o que fazer. No entanto, somos um time de sorte. Tivemos uma sorte tremenda quando a plaquinha subiu e Robert saiu de campo para a entrada de Lenny. Eu diria que mais pela saída de Robert do que pela entrada de Lenny, como disse no último jogo, mas hoje não. Ele, Lenny, foi o responsável pela nossa vitória, acredite!

Tudo passou, é claro, por Cleiton Xavier. O camisa 10 caiu pela direita e cruzou uma bola precisa para Lenny finalizar. O menino, que voltou a jogar na quinta depois de quase 8 meses parado, tendo 1,30 m de altura e 25kg, fez o gol. ‘Tá’ vendo Robert, até o Lenny! Foi no finalzinho e foi salvador. Depois de perder para os sem passaporte e de empatar com a Lusinha no Palestra, mesmo sem convencer, o Palmeiras voltou a conquistar uma vitória. Graças, principalmente, a Cleiton Xavier e a Diego Souza. Juntos. Um precisa do outro e nós precisamos dos dois.

Créditos da foto: Terra.

Um comentário:

  1. Ou seja, querendo ou não, parceria escondida ou não, dependemos da Traffic porque ela tirou boa parte da porcaria que tinha deixado no Palmeiras, mas deixou o melhor... Aí é o problema, se eles fossem do Palmeiras já seria complicado, imagine sendo de outros, é uma dependencia cruel... E ao mesmo tempo que fico feliz por ter os dois no meu time, o medo de irem embora me assola. Eita vida...


    E o Palmeiras precisa melhorar, principalmente na marcação, pelo amor de qualquer coisa...

    ResponderExcluir