segunda-feira, 1 de março de 2010

PALMEIRAS PERDE NO POLO AQUÁTICO PARA O EX-LANTERNA

Vou lhe contar uma novidade: o Palmeiras não precisa de um camisa 9. Sabia disso? Pois é, isso é a mais pura verdade. E tem mais: se o atacante não dá conta, é obrigação do técnico arrumar uma solução que não existe. Se perdemos hoje foi culpa da chuva, do campo, e só. E também foi azar, afinal, aquela poça parou a bola, atrapalhou o Souza e saiu o gol. Temos um timaço que tem total condição de brigar por qualquer título no planeta. Podemos repor qualquer posição a qualquer hora. Se o que temos de melhor não joga, o que temos de pior resolve. Você consegue acreditar nisso? Então me avise como, porque eu quero aprender.

São Paulo está assim: invernico e chuva a qualquer hora. Para gramados ruins, a quantidade de água que está caindo é o suficiente para fazê-lo virar um açude. Como a drenagem não agüentou, foi exatamente isso o que aconteceu. Muitas poças, gramado extremamente pesado e um esporte que apenas lembra futebol. Foi com esse campo que Palmeiras e Rio Claro jogaram. Obviamente o jogo foi ruim desde o início. Com a chuva constante, inclusive durante partida, a situação só piorou. Sem Pierre, suspenso, e Marcio Araújo lesionado, Edinho e Souza formaram a dupla de volantes. Problema nem tanto por Edinho, que por mais que falte técnica é um jogador que sempre mostra vigor, um pouco mais por Souza, que começou tão bem no time principal e agora cada vez que entra parece pior, mas principalmente pela falta que o nosso guerreiro faz.

No primeiro tempo, poucas chances para os dois lados. Quando surgiam, as do Rio Claro paravam em Marcos. E as do Palmeiras paravam em Robert. Para não cometer qualquer tipo de injustiça, Lenny também enfiou o pé na jaca. Nossa melhor chance foi com Souza, que chutou forte de fora da área e a bola explodiu no travessão. No rebote Cleiton Xavier, em impedimento, cabeceou para fora. E quem não faz... A mesma bola com o mesmo jogador, dessa vez negativamente. Ela parou na poça dentro da área, conseguiu enganar o ruivo, mas não enganou o atacante do Rio Claro, que chutou forte no canto inferior de Marcos para abrir o placar.

No segundo tempo, mesmos times, mesmo campo encharcado e mesmo futebol medonho. Logo no comecinho veio um bombardeio do Rio Claro, defesa de Marcos e bola na trave quase na sequência. Léo e Danilo estavam terríveis na noite de hoje. E o Palmeiras tentou da maneira que sabe, ou melhor, que não sabe. Não tinha jogo pelas laterais, não somente hoje, já que se trata de um problema que vem desde muito tempo. Pelo meio a bola parava nas poças. Os jogares do time do interior perceberam isso logo, mas os nossos, tão bem remunerados, não. Continuavam insistindo em carregar a bola onde não era possível nem andar direito. Se a jogada passasse dessa linha imposta pela natureza, rebatia em Robert e ia para a lateral ou linha de fundo.

O velho desespero voltou. Chuveirinho. Numa situação de chuva e gramado quase impraticável, é o melhor que se pode fazer. Mas nem disso fomos capazes. As faltas, todas mal cobradas. Escanteios, idem. Até as jogadas convencionais, pelas alas, não resultavam em nada. Mal chegavam na área e quando chegavam eram isoladas pelos nossos próprios jogadores, um em especial. Cleiton Xavier e Diego Souza, indiscutivelmente nossos melhores jogadores, não jogaram absolutamente nada. E quando eles não jogam, quando não temos qualidades pelas pontas, quando não temos alguém para fazer gol ou quando nem podemos modificar bem o time com o que temos no banco, o resultado é óbvio: derrota. Mesmo que ela seja para o fraquíssimo Rio Claro.

E foi exatamente isso. Fomos derrotados pelo time que possivelmente é o pior do campeonato e voltamos à realidade. Não uma realidade fria e dura como a de hoje. Vamos ganhar jogos, podemos jogar bem uma vez ou outra, e talvez, se contarmos com sorte e raça, podemos até nos classificar, mesmo com a situação complicada na tabela. Mas o time não será sempre páreo para os mais fortes e por vezes, nem para os mais fracos, porque não temos elenco. Porque com o que temos não dá para fazer milagre. Não se pode exigir que um técnico que recém começou a carreira faça de um carro popular uma Mercedes Benz. Nem Alex Ferguson faria. Sem jogador não há time. Sem elenco não há título. O problema está aí, escancarado. Agora eu quero a solução.

Créditos da foto: Futura Press.

4 comentários:

  1. Naquele pasto alagado, foi o tipo de jogo que ganharia quem ¨achasse¨ um gol. O souza ajudou, eles acharam.

    Pergunta pertinente: por que quando o lenny chuta a bola parece pesar 83 quilos?

    Acho que vou até a doceria comprar um quitute que se chama pé de moça. Até que é bom.

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  2. Pé de moça às vezes pode ser bom, mas enjoa fácil e logo você percebe que não era lá aquela coisa...

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  3. Classificar? Será q ainda dá?
    Ano passado o quanto colocado fez 37 pontos e entrou no saldo de gols.
    Temos 16, restando oito jogos (24 ptos).
    Se os numeros se repetirem, uma derrota ou dois empates, eliminam as chances de ser o quarto colocado.
    E se os nossos jogadores souberem disso, a "pressão" por vitorias pode ser fatal... assim como foi no final ano passado.
    É desanimador.



    Paulo´- SC do Sul.

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