Não foi uma grande exibição, nem o melhor resultado. Mas a partida de hoje selou a terceira vitória consecutiva do time, a única sequência no ano, o que demonstra, espero eu, uma evolução técnica e emocional na equipe. Com jogadores poupados, pelo menos na maior parte do tempo, e com Marcos fazendo recuperação em São Paulo, o Palmeiras foi ao Pará enfrentar o Paysandu, outrora figurante das principais divisões nacionais, no Mangueirão lotado. Fez o suficiente para garantir uma vitória, embora tenha andado nos extremos entre o empate e classificação direta durante quase todo o segundo tempo. O resultado não elimina o jogo de volta, mas dá uma paz que há muito tempo o palmeirense não conseguia ter.
A capital paraense já não é mais a mesma no cenário do futebol. Não muito tempo atrás, Remo e Paysandu passeavam entre as duas primeiras divisões nacionais, principalmente nosso adversário de hoje, mas a coisa mudou. O que sobrou do futebol local foi o belíssimo Mangueirão. Usando a força da torcida para empurrar a equipe, o Papão da Curusu, como é chamado, tinha como plano de jogo pressionar o Verdão no primeiro terço do primeiro tempo. Já o Palmeiras, tinha como objetivo cadenciar a partida e se aproveitar da velocidade do ataque para levar perigo. Antonio Carlos preferiu poupar Cleiton Xavier, Robert e Pierre, dando chances a Lincoln, Márcio Araújo e Lenny no time titular. Além de Deola, substituto de Marcos.
Ao contrário do plano do Paysandu, foi o Palmeiras que começou melhor a partida. O alviverde manteve o domínio do jogo durante bom tempo até que, num contra-ataque fulminante, Ewerthon deu belo passe para Lincoln que, sozinho, apareceu em velocidade e driblou o goleiro, marcando seu primeiro gol com a camisa do Palmeiras. Mas, novamente, o Verdão caiu num erro antigo: recuar após abrir a contagem no marcador. Recuou tanto que levou sufoco. E o sufoco foi tanto que acabou levando o empate. Erro na saída de bola (de novo), a jogada prosseguiu nas costas de Eduardo, mais uma vez muito mal, e acabou com bela finalização de Bruno Rangel. A partir daí a primeira etapa seguiu disputada, com ambas as equipes chegando com perigo ao ataque.
O segundo tempo voltou sem alterações. E mais uma vez o Palmeiras começou melhor. Não deu nem tempo do Paysandu se arrumar em campo que veio um bombardeio alviverde para cima de Alexandre Fávaro. Foi então que Eduardo cruzou pela direita, Lenny desviou e a bola sobrou para Ewerthon marcar, também, seu primeiro gol com a camisa do Verdão. Na comemoração, mais “Armeration”. Como na primeira etapa, a equipe recuou e permitiu a reação do time paraense. Eduardo foi substituído por Pierre e, mais uma vez, Márcio Araújo ficou como lateral direito. Ao contrário do esperado, o camisa 5 não entrou muito bem na partida. Novamente o nosso guerreiro, de quem não se discute a qualidade, esteve extremamente displicente na saída de bola e quase complicou a equipe com isso.
Então começou um jogo de extremos. Enquanto Deola, justificando a fama dos goleiros palestrinos, fechava o gol, na frente o Palmeiras perdia chances claras de aumentar o placar. Cleiton Xavier e Robert entraram na partida, para saídas de Lenny e Ewerthon. O camisa 20, iluminado no domingo, perdeu a chance mais clara de gol na segunda etapa, o que poderia ter evitado o jogo de volta. Mas depois do que fez contra as meninas da Vila, Robert têm créditos. As equipes ainda se estranharam no final da partida, mas nada de mais sério aconteceu.
Agora o Palmeiras joga no sábado contra a Ponte Preta no Palestra. Antonio Carlos deve contar com força máxima para o duelo. Com as chances de classificação ainda baixas, só a vitória interessa. A adição de Ewerthon e Lincoln no elenco ajudaram a equipe a ficar mais forte, e os dois já se mostram entrosados com o time. Os principais defeitos hoje são: a saída de bola e a lateral direita. Incrível, quando um melhora, o outro estraga. Mas faz parte de um time em formação, embora esse “em formação” seja constate no Palmeiras. Que os jogadores descansem para sábado e que possamos manter essa sequência de vitórias, porque, cá entre nós, merecemos um pouquinho de tranquilidade.
Créditos da foto: Lance Press.
Nenhum comentário:
Postar um comentário