Olha, confesso que nunca gostei muito de fortes emoções. É claro que algumas grandes emoções, até pra ter história a contar, de vez em quando são bem vindas. Mas, meu Palmeiras, meu amor, mais cuidado com meu pobre coração, não precisa exagerar...
Como postei aqui hoje de manhã, a arena estava armada, mas a vantagem era nossa. Está certo, vantagem é vantagem e não vamos desprezar. Mas eu sou do tipo que gosta de futebol com gols, nada de resultado miserável correndo risco desse jeito, só porque jogou para fazer o mínimo. Uma vez um professor me disse algo que nunca vou esquecer: ninguém jamais é diferenciado quando só tenta fazer o mínimo. Mas o Zago colocou na cabeça desses caras que é assim que tem que jogar, e foi assim que eles fizeram, obedientes.
No primeiro tempo o time até que estava bem posicionado. Porém, muitas faltas, cartões desnecessários, passes errados e total falta de atenção na hora de tentar finalizar. Diego, no primeiro tempo, estava bem com Lincoln, já no segundo eu não soube se entrou em campo pra jogar ou ver o jogo mais de perto. A defesa estava boa, Danilo foi inteligente jogando de forma discreta, mas aparecendo bem quando necessário. Armero e Pierre querendo dar emoção ao jogo, mas enfim, o grande nome da primeira etapa foi Robert, batendo um pênalti no melhor estilo Adriano em fim de Campeonato Carioca. Eu, que naquele momento pensei que veria um resultado de agradar, até porque o Palmeiras estava mais ou menos e o Atlético uma merda, passei a ter uma palpitação dos infernos, meu coração parecia que iria saltar para fora, e foi assim quase até o final. Quer dizer, não foi assim. Piorou.
Segundo tempo, aquela coisa. O Atlético que não estava jogando nada no primeiro tempo, na maior vontade de perder, voltou nervoso, mas determinado a atacar. Vale lembrar que o time paranaense ficou quase o jogo todo sem um jogador, já que Bruno Costa foi expulso bem no começo do primeiro tempo. E o Palmeiras, ah, meu Palmeiras, jogava como se tivesse goleado no Palestra e o jogo em Curitiba fosse passeio. Mas não era essa a realidade. E dentre tantas chances mal aproveitadas, acabou sendo garfado pelo péssimo árbitro que, após o lance em que não marcou uma falta do Atlético, conseguiu ver um pênalti inexistente de Léo em Tartá. Ao contrário de Robert, Alan Bahia não estava a passeio e deixou o Marcos vendo passarinhos (porque borboleta é do outro lado do muro) enquanto comemorava. Com esse resultado, o jogo terminaria em pênaltis. E do jeito que os dois goleiros defenderam hoje, como diria o queridíssimo Pavão Bueno, haja coração.
Confesso que já estava a ponto de enfartar, essa é a verdade, como diria Gagá do Valle. E como hoje estou pra imitar esses caras sem noção, Neto dizia que o que o Palmeiras estava bobeando, ainda jogando como se tivesse vantagem, é brincadeira, só pode ser brincadeira comigo. Como um time pode bobear tanto mesmo na corda bamba? É o que eu dizia ao meu pai, muito abatido, quando o Márcio Araújo resolveu acordar e cruzou para Lincoln, livre, empurrar um pouquinho só a maldita para dentro do gol. Isso já aos 43 do segundo tempo. Eu gritei tanto, mas tanto, que meu vizinho bambi deve ter se arrependido de todas as vezes em que gritou nos jogos que o Palmeiras perdia, enquanto eu ficava calada.
E foi isso. Meu estado emocional não me deixa dizer mais nada. Confesso que no primeiro tempo o Palmeiras estava mais ajeitado, mas dizer que jogou melhor que em muitos jogos do Paulista é simplesmente afirmar apenas que teve algum futebol. Para passar pelo Atlético foi suficiente, mas ainda falta muito, muito mesmo. Porém, por hoje estou feliz. Queria só mandar um “chupem” bem grande para aquela torcidinha dos infernos, que ficou calada ouvindo o porco cantar. Outro “chupa” para o Manoel que, ao contrário de Danilo, entrou para o jogo na base da violência, dando cotoveladas e tudo mais. Para o juiz, além do “chupa”, quero que ele sofra muito na vida, que pague por ser imbecil de uma forma bem triste e morra passando muita dor. Se quiserem ir à delegacia, é só pedir meu nome que eu mando por e-mail. Mando também um “acorda” para Zago, para Robert, Ewherton e para o Diego do segundo tempo. Por último, e mais importante, Márcio e Lincoln, hoje eu amo tanto vocês que beijaria seus pés. E sortudo foi aquele torcedor que pegou a camisa do Lincoln, queria eu, mas pelo jeito terei que comprar a minha 99.
É isso aí. Hoje dormimos em paz, resultado assustador, porém estamos vivos. A partir de amanhã, só muito treinamento e crença de que algo esteja ao nosso favor, porque vai ser difícil, mas não aceitamos nada menos que um título. Venha como vier, desde que honestamente, para tirar esse “campeão” que ficou preso na minha garganta há alguns meses eu aceito até esses resultados medíocres. Pra terminar, o Atlético falou que era jogo treino, que não sei o que... Tudo bem que o Palmeiras deixou a desejar, mas que time ruim aquele, hein? Pensando bem, vou terminar de forma melhor: CHUPA ATLETICANO, AQUI É PALMEIRAS!
Créditos da foto: Lance Press
Veja a entrevista exclusiva com Telma Emerick, a narradora oficial do Palmeiras num bate papo descontraído: Leia em http://migre.me/yExR
ResponderExcluiro dono desse blog naum sei quem eh mas me add no MSN preciso falar com vc
ResponderExcluirRafael.CMCG.Dikman@hotmail.com