Não foi de encher os olhos, nem tampouco deprimente como as cenas que vimos nos últimos jogos que, graças a Deus e à minha péssima memória, já nem me lembro direito como e quando foram. O futebol foi burocrático, o resultado foi o mais simples dos simples dentre os positivos possíveis, e é ainda impossível negar os defeitos da equipe, que continuam escancarados. Fora isso, pelo menos vencemos e não tomamos gols. Nos dias difíceis em que estamos, não dá nem pra reclamar de um resultado assim, tem é que agradecer.
O Palestra Itália viveu uma noite de Palestra Itália. O jogo começou com um público e terminou com o dobro. Gente chegando do trabalho, fugindo do trânsito infernal e outros que resolveram de última hora ir à partida, sem falar nas notícias de dificuldades para comprar os ingressos. Essa uma tradição antiga, tão importante quanto a macarronada de domingo. E foi assim que o Palmeiras tentou fazer as pazes com a vitória em casa. Antonio Carlos, que teve 10 dias para treinar, embora não pareça, fez mudanças táticas significativas na equipe. O chileno Figueroa foi deslocado para o meio-campo, fazendo hora função de armador, hora de volante. Márcio Araújo, volante de origem, ganhou a posição na ala direita e Lincoln substituiu Cleiton Xavier, novamente contundido, no meio campo. Além disso, Diego Lost (igual ao seriado: parece que ele não sabe o que está acontecendo com ele mesmo e está tão perdido/confuso quanto quem o assiste), supostamente improvisado no ataque, já deu certo assim com Muricy, mas hoje foi pouco acionado/acompanhado/eficiente. Para quem não aceitava improvisos, acho que se não der certo como treinador o Zago pode tentar um emprego no programa Quinta Categoria, da MTV.
A partida começou com o Palmeiras se impondo e marcando forte. O Atlético, acuado e sem muitas opções, apostava na bola parada de Paulo Baier. Até lateral e alta no meio do campo servia. Embora o Verdão ficasse com a bola a maior parte do tempo, os lances perigosos foram poucos. E antes que o desespero, típico desse time, começasse a bater na porta, Edinho avançou, recebeu de Robert e devolveu de calcanhar para o atacante que não vacilou e abriu o placar. Depois do gol veio a reação de sempre: recuar. Com isso o Atlético foi fazer o que melhor sabe: bola na área. Numa jogada na linha de fundo surgiu uma sucessão absurda de escanteios. Paulo Baier cobrava direto pro gol, tentando surpreender Marcos. E enquanto isso coisas além campo aconteciam dentro da área. Danilo e Manuel se estranharam, o zagueiro do Atlético deu uma cabeça de leve no camisa 23 que devolveu no lance seguinte com uma cusparada na cara. Lamentável. Punição pesada à vista - até porque, depois da partida, mesmo tendo declarado que não houve nada demais e foram lances de jogo, Manuel e a diretoria do Atlético foram à delegacia prestar queixa afirmando que nosso zagueiro o chamou de “macaco”, atitude ainda pior e que, se verídica, merece punição. No final da primeira etapa o Palmeiras voltou a melhorar e controlar o jogo, inclusive com um lance capital. Lincoln foi calçado na área, pênalti claro não assinalado pelo árbitro.
A volta para a segunda etapa não trouxe grandes novidades. O Palmeiras, como já disse, burocrático, entrou para administrar o resultado e nem fez força para tentar ampliá-lo. O mais importante era não levar gol. O Atlético bem que tentou, do mesmo jeito que no primeiro tempo, mas quando a bola não era espirrada por um dos nossos marcadores, parava em Marcos. Zago, ao invés de melhorar a equipe, mais uma vez mandou muito mal nas alterações. A solução dos nossos problemas, Paulo Henrique, o famoso "Quem?", entrou na equipe substituindo Lincoln. Depois foi a vez de Robert deixar a equipe para a entrada de Ewerthon, ao som de "burro" vindo da arquibancada para uma certa mula no banco. No finalzinho foi Figueroa quem saiu para a entrada Marquinhos, o lindíssimo craque Marquinhos. Para não dizer que ele não fez nada, fez sim, bateu o pior escanteio do Palmeiras no jogo e olha que todas as cobranças foram ridículas. Sem querer exagerar nas reclamações ao nosso técnico, mas há rumores de que, ao contrário dos demitidos Luxa e Muricy, esse agrada a pseudo parceira fantasma. Porque será?
E foi isso. Nada de mais, nada de menos. Falta muito para podermos respirar tranqüilos, e infelizmente parece que nem perto disso estamos. Mas o resultado foi importante. Agora o jogo será em Curitiba, com a Arena da Baixada lotada e sem Paulo Baier, já que a besta conseguiu uma expulsão depois de falta dura em Danilo. Tempo não falta para treinar, quem dera eles usassem da maneira correta. Quem dera.
Em tempo, é triste saber que não temos paz nem na vitória. Obrigada, Danilo. Obrigada mesmo. Em pensar que já até pensei em comprar camisa com seu nome. Só tenho uma coisa a dizer: antes macaco que burro.
Créditos da foto: Lance Press.
Oloko bicho o Robert fazendo gol e salvando o Parmera novamente, um resultado bom para um time cheio de problemas como nosso verdão, agora esperaremos anciosamente para a outra partida e que nosso querido Danilo, "que pelo geitu a mamãe dele não o ensinou que é feio cuspir na cara dos coleguinhas e muitu mais feiu chamar o coleguinha de "macaco", mas vamos esperar para o desfeicho desta historia.
ResponderExcluir