Por Marcel Castro
As duas equipes fizeram um jogo razoável , que se resumiu com a Inglaterra pressionando e o grande goleiro americano, Howard, sendo o melhor em campo. Sua provável contusão pode fazer muita falta à seleção americana.
Logo aos 3 minutos, em uma jogada do atacante Heskey, esse encontrou o bom volante polivalente Gerrard entrando em diagonal na área, passou a bola e só restou ao astro do Liverpool colocá-la no fundo do gol americano, na saída de seu goleiro: 1x0 Inglaterra. Pensei que o jogo se animaria...
Ledo engano de minha parte. Não só não se animou, como ficou truncado. Embora a Inglaterra tivesse o controle da partida, os americanos não abdicaram de seu jogo defensivo e marcavam bem os principais jogadores ingleses, dificultando a criação de jogadas. E os ingleses marcaram bastante o melhor dos jogadores americanos, o meia Landon Donavan, que só aparecia batendo as faltas laterais e fazendo cruzamentos. O jogo só foi ter algo realmente interessante aos 28 minutos quando Johnson, em jogada pela lateral direita, cruzou rasteiro para Heskey e exigiu intervenção de Howard. Começava ali o calvário da equipe inglesa, como o que o Brasil teve na Copa das Confederações do ano anterior, no jogo com os EUA.
Mais adiante, em um raro vacilo do meio de marcação da seleção inglesa, Donavan deu um perigoso chute que passou próximo ao canto esquerdo do goleiro Green. No lance seguinte, o útil volante Dempsey livrou-se duas vezes da marcação de Gerrard e chutou muito fraco da intermediaria. O goleiro Green foi pra bola, mas posicionou o pé de apoio errado e ficou torto no lance. Com isso, não conseguiu amortecer a bola adequadamente para fazer a defesa. A bola entrou mansamente no gol inglês. Um peru de 9 kg. Os EUA empatam o jogo em uma falha inacreditável. No minuto seguinte, Johnson faz uma boa jogada cortando da ponta direita para o meio, livrando-se de dois adversários e batendo rasteiro para boa defesa de Howard.
No segundo tempo, o quadro não mudou. Na primeira chance, em bola disputada pelo meio de campo, Heskey encontra Lennon e dispara para receber na frente. Lennon toca de volta e Heskey, com sua explosão física, aparece em boas condições para marcar, chuta forte sem muita direção e o goleiro Howard faz boa defesa.
A seguir, Landon Donavan acha o artilheiro americano na ponta e em rápida jogada deixa o atacante em condição favorável. O raçudo atacante americano invade a área e chuta quando o Terry, o quarto zagueiro inglês, já chegava em sua marcação. Green faz ótima defesa (quase falhando na sua execução) e a bola vai na trave.
O resto do jogo resumiu-se a 3 lances em que o goleiro Howard fez defesas simples, por estar bem colocado, e o lance em que Rooney recebe, gira, chuta de fora da área e a bola passa com muito perigo à direita do gol.
Tanto Inglaterra quanto EUA podem jogar mais do que jogaram nesse jogo. A Inglaterra é muito centralizada em Rooney e o nível do jogo diminui muito quando ele não aparece ou é bem marcado, já que Lampard não é decisivo (e nunca foi) e Heskey é força física. O seu ponto forte é anular o adversário.
Crédito da foto: Terra
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