terça-feira, 15 de junho de 2010

INGLATERRA 1 X 1 EUA – O JOGO DO FRANGO INACREDITÁVEL



Por Marcel Castro

As duas equipes fizeram um jogo razoável , que se resumiu com a Inglaterra pressionando e o grande goleiro americano, Howard, sendo o melhor em campo. Sua provável contusão pode fazer muita falta à seleção  americana.

Logo aos 3 minutos, em uma  jogada do atacante Heskey, esse  encontrou o bom volante polivalente Gerrard entrando em diagonal na área, passou a bola  e  só restou ao  astro do Liverpool colocá-la  no fundo do gol americano, na saída  de seu goleiro:  1x0 Inglaterra. Pensei que o jogo se animaria...

Ledo engano de minha parte. Não só não se animou, como ficou truncado. Embora a Inglaterra tivesse o controle da partida, os americanos não abdicaram de seu jogo defensivo e marcavam bem os principais jogadores ingleses, dificultando a criação de jogadas. E os ingleses marcaram bastante o melhor dos jogadores americanos, o meia Landon Donavan, que só aparecia batendo as faltas laterais e  fazendo cruzamentos. O jogo só foi ter algo realmente interessante aos 28 minutos quando Johnson,  em jogada  pela lateral direita, cruzou rasteiro para Heskey e exigiu intervenção de Howard. Começava ali o calvário da equipe inglesa, como o que o Brasil teve na Copa das Confederações do ano anterior,  no jogo com os EUA.

Mais adiante, em um raro vacilo do meio de marcação da seleção inglesa, Donavan deu um perigoso chute que passou  próximo ao  canto esquerdo do goleiro  Green. No lance  seguinte, o útil volante Dempsey livrou-se duas vezes da marcação de Gerrard e chutou muito fraco da intermediaria. O goleiro Green foi pra bola, mas posicionou o pé de apoio errado e ficou torto no lance. Com isso, não conseguiu amortecer a bola adequadamente para fazer a defesa. A bola  entrou mansamente no gol inglês. Um peru de 9 kg. Os EUA  empatam o jogo em uma falha inacreditável. No minuto  seguinte, Johnson faz uma boa jogada cortando da ponta direita para o meio, livrando-se de dois adversários e batendo rasteiro para boa defesa de Howard.

No segundo tempo, o quadro não mudou. Na primeira chance, em bola disputada pelo meio de campo, Heskey encontra Lennon e dispara para receber na frente. Lennon toca de volta e Heskey, com sua explosão física, aparece em boas condições para marcar, chuta forte sem muita direção e o goleiro Howard faz  boa defesa.

A seguir, Landon Donavan acha  o artilheiro americano na ponta e em rápida jogada deixa o atacante em condição favorável. O raçudo atacante americano invade a área  e chuta quando o Terry, o quarto zagueiro inglês, já chegava  em sua marcação. Green faz ótima defesa (quase falhando na sua execução) e a bola vai na trave.

O resto do jogo resumiu-se a 3 lances em que o goleiro Howard fez defesas simples, por estar bem colocado, e o lance em que Rooney recebe, gira, chuta de fora da área e a bola passa com muito perigo à direita do gol.

Tanto Inglaterra quanto EUA podem jogar mais do que jogaram nesse jogo. A Inglaterra é muito centralizada em Rooney e o nível do jogo diminui muito quando ele não aparece ou é bem marcado, já que Lampard não é decisivo (e nunca foi) e  Heskey é força física. O seu ponto forte é anular o adversário.

Crédito da foto: Terra

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