Com gol irregular e com o Palmeiras jogando melhor em maior parte do tempo, como pode ser justo o empate, hein, imprensinha? É impressionante, mas enfim. Não, não foi justo. Poderíamos ter vencido se não fosse a cabeça descomunal de Ewerthon, que o empurrava insistentemente para a direção do gol, o deixando sempre impedido. E a arbitragem, mais uma vez, coisa normal se tratando dos gambás, colaborou com o empate. Um gol impedido já seria o suficiente para reclamarmos, embora tenha gente da imprensa que “esqueça” disso. Não há dúvida de que estamos melhorando, assim como não dá pra duvidar que ainda falta muito. Agora precisamos vencer logo e afastar essa zica.
Pacaembu é casa dos gambás? Ué, por acaso entraram com usucapião? Time sem estádio é assim, invade estabelecimentos públicos e jogam suas tranqueiras lá pra se apossarem do lugar. Hoje o estádio municipal recebeu o Derby com público modesto para a história do clássico, mas barulhento. De um lado, o Palmeiras de Felipão, tentando se acertar com o novo-velho comandante, do outro os favelados estreando Adilson Batista, substituto de Mano Meneses. E foram eles que começaram melhor na partida. Nos primeiros 15 minutos, domínio da marginal sem número. Quando o Palmeiras equilibrou a disputa, foi pego no contra-ataque e contou com a imperícia do bandeirinha que não “conseguiu” ver Jorge Henrique impedido. Gol dos virgens da América.
Depois de sair em desvantagem, finalmente o Palmeiras se impôs no jogo. Daí pra frente todo o primeiro tempo foi nosso. E de tanto tentar, o empate saiu. Danilo teve calma e esperou o momento certo para cruzar. Kléber, em posição legal, cabeceou para a defesa de Júlio César e no rebote Edinho fez o necessário, empatando o clássico. O Verdão ainda pode reclamar um pênalti em Ewerthon, puxado dentro da área, que foi ignorado por Paulo César de Oliveira.
Na volta do intervalo, sem alterações em ambas as equipes, retornamos ainda com superioridade. Foram chances e mais chances e um gol bem anulado. Ewerthon, o cabeça de maçaneta, marcou, mas estava impedido. Aliás, ele deve estar impedido até agora. O ex-PCC ficou em posição irregular por várias vezes. Devo admitir, olhar pro lado pra ver se a marcação está dando condição é humanamente impossível pra alguém com um cabeção daqueles. Pesa. Os maloqueiros, então, tentaram equilibrar o jogo. Parte dessa tentativa passou pelo anti-futebol. Foram diversas faltas e pouca punição. Felipão mexeu na equipe, mais uma vez tirando Lincoln. E mais uma vez, equivocadamente, em meu entender. Não pela entrada do bom menino Tinga, mas pela saída do meia que vinha fazendo ótima partida. Mais adiante, quando o jogo estava bem equilibrado, Patrik substituiu Ewerthon, que precisou sair do impedimento para seguir ao banco de reservas. E assim o jogo seguiu para a igualdade definitiva no placar.
Foi uma partida muito disputada com as duas equipes se alternando no controle das ações, que passou por mais tempo em domínio verde. Vale ressaltar a boa partida de Danilo e a confiança que Deola vem adquirindo. E não esqueçamos que Kléber foi o maior responsável pela reação da equipe quando ainda estávamos em desvantagem no placar. Aliás, o Gladiador está bem mais calmo nessa volta ao Verdão. Boa, Kléber! Ainda assim não conseguimos vencer. Nada de anormal. É um clássico, o time deles não é tudo isso que a imprensa pensa que é, mas é (ou foi) bem treinado. Talvez tenha mais elenco do que o Palmeiras e só, o que não é muito difícil na atualidade. Time por time, ninguém é melhor do que ninguém. E na história, nós temos Libertadores, estádio e passaporte, enquanto eles têm mandados judiciais, micoses e um Paulistão, de 77, roubado e que se orgulham tanto. No segundo turno tem mais e espero que dessa vez com El Mago, São Marcos e um camisa 9 decente em campo. Se cuida freguês, a gente ainda se encontra!
Créditos da foto: Ari Ferreira/Lance Press.
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