Não foi um grande jogo nem um grande resultado, mas quando a instabilidade do time fica cada vez mais evidente, não há nada melhor do que somar pontos. E mais uma vez a vitória veio fora de casa. Enquanto no Pacaembu o time não engrena, fora da capital o Palmeiras tem arrancado pontos do anfitrião. A vítima de hoje foi o Grêmio “Cigano” Prudente, atual laterninha do Brasileirão. Jogo sonolento, com alguns sustos, mas vencemos. Quando a fase está ruim, melhor nem reclamar, mesmo que não jogue bem.
A camisa verde-limão finalmente teve uma grande utilidade. Foi ela quem iluminou a “boate” de Presidente Prudente, também conhecida como Prudentão. Com as luzes mais capengas que as duas equipes, o breu que se instalou no gramado pelo menos escondeu um pouco do futebol feio exibido. Mais uma vez sem criação, o Palmeiras não conseguia criar grandes jogadas e nem os 200 volantes davam segurança na defesa, ainda mais com Rivaldo em campo. Reclamar dessa lástima já virou rotina. Quem não reclamou do perna-de-pau foi o Prudente, que se aproveitou das cagadas do camisa 11 para se aventurar no ataque. Vítor, que vem melhorando, embora não tanto, também não fez um primeiro tempo inspirado. Assistindo o jogo, pensei: “Vítor ou Rivaldo, quem acertará um cruzamento primeiro?”. Sabe que ainda não sei?
Como já era de se imaginar, não saiu coelho desse mato na primeira etapa. E na volta do intervalo quem saiu (amém) foi Rivaldo para a entrada de Gabriel Silva. O garoto nem fez um bom jogo, mas só de não ter aquela ameba na lateral já é um grande ganho, é como jogar com 11 jogadores. Assim sendo, desde o início do segundo tempo o Palmeiras foi melhor. Nada que realmente se encha os olhos, mas passou a tomar as ações do jogo. Estava claro que uma hora ou outra acabaríamos chegando ao gol. E assim aconteceu. Vítor não acertou um cruzamento, mas lançou bela bola para Edinho entrando pela direita. O volante, no jeito Edinho de ser, cruzou meio desajeitado, mas no lugar certo. O estreante Dinei, o atacante Sem-Queixo, não chegou. Na sobra, Marcio Araújo bem que tentou, mas não conseguiu errar. Gol do camisa 8, que não é tão ruim quanto alguns dizem e pensam, e nem é tão bom quanto Felipão quer.
Sendo o Palmeiras, nada pode ser muito fácil, não é mesmo? Por isso o Grêmio Prudente apertou, enquanto perdíamos chances, não tantas, mas algumas, de matar o jogo. Susto mesmo só no final, quando o jogador adversário marcou o gol de empate, corretamente anulado. E foi assim que terminou essa partida modorrenta no calor prudentino. O “menos pior” venceu. Ruim mesmo foi a arbitragem de Heber Roberto Lopez, que inverteu faltas, marcou coisas que não existiam, ignorou uma agressão em Pierre e para a nossa sorte, em minha opinião, deixou de marcar um pênalti para o Prudente ainda no primeiro tempo quando o mesmo Pierre tirou cruzamento com a mão.
Jogando bem ou não, conseguimos os 3 pontos. Mais do que a vitória, o importante neste momento foi a sensação de alívio que veio com o resultado. Nisso que o Palmeiras se resume ultimamente: entre alívio e desespero. Felicidade mesmo é algo raro. Agora jogaremos mais uma fora, contra o Flamengo no Engenhão. Para enfrentar o Bangu III teremos a volta de Valdivia, que pode (e deve) iniciar a partida como titular. Desfalque apenas de Maurício Ramos, que levou o terceiro amarelo, além de Ewerthon que ficará bom tempo de molho pela contusão no clássico. Que esse Palmeiras eficiente continue a funcionar fora de casa, que a ineficiência logo seja contornada no Pacaembu.
Créditos da foto: Celio Messias/Lance Press.
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