Pensando em um post para o fim de ano, resolvemos eleger as maiores alegrias e decepções do Palmeiras em 2009. Dessa forma, surgiu a idéia de destacar o que consideramos os momentos inesquecíveis do palmeiras neste ano que se finda. Há momentos ruins, péssimos, assim como os bons e até mesmo incríveis. Todos eles provavelmente não serão esquecidos tão cedo pelo torcedor palmeirense, alguns ficarão na cabeça do torcedor rival ou do fã de futebol. São momentos que ficarão marcados nas memórias desse ano cheio de emoções alviverdes. Pois bem, vamos a eles em ordem cronológica, cada um confira a importância que esses momentos tiveram para si.
26/01/2009: Um dia especial para o Palmeiras, para os palmeirenses. Um dia a ser lembrado. Hoje vemos que Belluzzo não significa a perfeição, como muitos acreditaram. O homem também erra, também faz suas besteiras, também deixa a desejar, além de não estar sozinho no barco e ter muitos “companheiros” falhos. Porém, era o tão esperado símbolo de mudanças. E mesmo apesar de decepções, grandes mudanças ocorreram, e cremos que continuarão acontecendo. A eleição de Belluzzo, no dia 26 de janeiro de 2009, pode não significar que agora tudo está certo no Palmeiras, há muito para mudar. Mas significa que a mudança está realmente acontecendo. Foi um acontecimento comemorado por muitos como um título, uma grande vitória do Palmeiras.
08/04/2009: Eles queriam guerra, pensaram que poderiam massacrar fácil o Alviverde Imponente. O Sport estava no maior momento de sua história, competindo na Libertadores da América, já o Palmeiras era tido como eliminado na competição. Seria difícil classificar-se para as oitavas de final, e isso foi prato cheio para que o pessoal da Ilha e integrantes da imprensa julgassem que poderiam dizer tudo o que bem entendiam. O Palmeiras parecia a presa mais fácil para o leão da ilha do retiro. O auê foi feito, deixando palmeirenses irados. E a resposta veio certeira, de melhor forma impossível. Dias antes, em jogo do Campeonato Paulista, Diego Souza deu o recado: ao marcar gol, o camisa 7 se dirigiu à torcida e sentenciou “é quarta, p****”. É, e foi quarta, dia 08 de abril de 2009, um dos dias que ficarão na memória de qualquer palmeirense. O time estava pronto para qualquer coisa, segundo Belluzzo eles entraram em campo cantando o hino do Palmeiras. Tiveram a raça e determinação que desejávamos que tivessem sempre, mas agora não importa quando não tiveram, vamos pensar no que eles fizeram durante esse jogo. Meu pai disse que “podiam jogar até amanhã que eles não fariam gol”. E não fariam mesmo, isso porque a defesa estava perfeita, e o ataque confiante. Um gol de Diego Souza, outro de Maurício Ramos. Foi o suficiente para mostrar ao leãozinho da Ilha que o Palmeiras merece respeito. Só para ter o gostinho de lembrar, vejam o vídeo desse lindo gol, com direito à comemoração de tirar pra fora toda a raiva que estava entalada em cada um de nós.
11/04/2009 e 18/04/2009: No mesmo período, Campeonato Paulista. Palmeiras era favorito pela campanha na primeira fase. Semifinal contra o Santos, torcida empolgada três dias após aquele jogo contra o Sport. Porém, começava a decepção. O Palmeiras deixou o Santos ganhar de virada, 2x1 na Vila. No dia 18, novamente após jogo contra o Sport que dessa vez seria no Palestra, o segundo jogo das semifinais do Paulista em casa, e o Palmeiras precisava vencer. Não venceu, não convenceu, passou vergonha. Um jogo de doer, que acabou com uma briga de doer ainda mais – mesmo que essa briga provavelmente não tenha influenciado o resultado. Diego Souza e Domingos, não precisa dizer mais nada, não precisa de vídeo. Todo mundo se lembra da palhaçada que o técnico do Santos e seu zagueiro fizeram com Diego Souza que, mal interpretado e expulso pelo arbitro sem ter feito nada, mal entendido pelos colegas, revoltado, deu uma rasteira em Domingos. Sem querer tirar o peso de uma atitude impensada que não deve ser repetida, é preciso destacar que essa rasteira, na verdade, não foi nada perto do que significou a intenção do ato dos representantes Santos, Domingos e Mancini, e da péssima atuação do arbitro, contra ele, que representava o Palmeiras. Quem saiu ferido foi o Palmeiras, o esporte, todos nós. Um dia inesquecível, que gostaríamos muito de poder esquecer. Foi triste ver o Palmeiras covardemente eliminado, foi triste ver um jogador do Palmeiras praticando tal agressividade, foi mais triste ainda ver a tolerância com que se aceitou que um técnico colocasse um jogador do Santos para provocar e simular falta de um jogador do Palmeiras, em situação difícil, que acaba expulso por nada. Parecia um anúncio do que estava por vir...
29/04/2009: E o mês de abril de 2009, cheio de suas emoções, terminou da melhor forma possível. Jogo contra o Colo-Colo, no Chile, último jogo da primeira fase da Libertadores. O Palmeiras precisava vencer para se classificar, e deixar para trás a péssima atuação no começo do campeonato, que por pouco não conferiu uma desclassificação prematura. Durante o jogo parecia que nada daria certo. A bola não queria entrar. Fim de jogo, muitos já estavam desistindo, mas ele não. Cleiton Xavier, aos 42 minutos do segundo tempo, de fora da área, um gol inacreditável, inesquecível, de fazer gritar, chorar, pular... Não adianta querer descrever, veja novamente, é de arrepiar:
12/05/2009: Novamente 12 de maio, dia de São Marcos, exatamente 10 anos após consagrar-se o Santo palmeirense. Novamente na Libertadores. O inimigo era outro: Ao invés do eterno rival, dessa vez o Sport que nos havia menosprezado. Segundo jogo das oitavas de final, o Sport precisava vencer, e venceu por 1x0, mesmo resultado que o Palmeiras conseguiu em casa no dia 5. O resultado final sairia dos Pênaltis. E ele estava lá. Lembro-me de meu pai desesperado, ao lado de seu radinho. Eu via o jogo no computador. Foi em uma terça-feira, nós não temos TV a cabo. Ele quase desligou seu radinho e foi dormir, mas eu disse “esqueceu de quem temos no gol?”. Ele confiou, eu confiei. O rádio é mais rápido, então eu ouvia a narração do Silvério e vinha correndo para o computador, ver as imagens do que tinha apenas imaginado. E ele defendeu 1, 2, 3 pênaltis. No terceiro até meu pai veio correndo ver. Das coisas que jamais esquecerei na vida, está a imagem do meu pai comemorando cada defesa, inexplicável a sensação de vê-lo tão feliz. É, novamente ele, Marcos. Eliminou o Sport, defendeu pênaltis, classificou o Palmeiras. Pela forma como aconteceu, minha maior alegria relacionada ao Palmeiras em 2009.
28/05/2009 e 17/06/2009: Depois de uma campanha emocionante, em que passou de praticamente eliminado precoce a um dos favoritos ao título, depois de tanta superação, o Palmeiras é desclassificado da Libertadores de forma vergonhosa, para o péssimo Nacional. Dez anos após a conquista da América, o palmeirense esperava e sonhava com o título que não veio. Ver a apatia do time na reta final foi algo de doer, novamente o Palmeiras perdendo para si mesmo e não seria a última vez no ano. Foi uma grande dor, uma grande decepção. A cena de Marcos, vencido, sentado no gramado enquanto sofria a dor da eliminação é algo que gostaríamos muito de esquecer, e talvez nunca esqueçamos. Demorou para sair da cabeça, demorou para a dor parar de pesar.
Feliz 2010.
ResponderExcluirQue tenhamos um ano novo cheio de alegrias e que o PALMEIRAS ganhe tudo calando a boca de todos.
Abraços.