sábado, 29 de maio de 2010
VERDÃO COMEÇA “ERA NÔMADE” COM EMPATE SEM GOLS
quinta-feira, 27 de maio de 2010
PALMEIRAS VOLTA À "ROTINA" E, ENQUANTO ISSO, NOS BASTIDORES...
sábado, 22 de maio de 2010
PALMEIRAS VENCE BEM O GRÊMIO EM POSSÍVEL DESPEDIDA DO PALESTRA
quarta-feira, 19 de maio de 2010
DESGRAÇA POUCA É BOBAGEM...
Quando eu era criança, minha mãe tinha um hábito que me revoltava demais. Creio que era uma forma simples de resolver os problemas corriqueiros de suas crianças: quem reclamava primeiro levava razão, e a outra levava o castigo. Simples, porém injusto. Eu não gostava, mesmo que por vezes aproveitasse disso (afinal, na vida a gente tem que ser esperto hehehe), sempre pensava que se pune um, tem que punir todos, se é pra resolver tem que fazer direito. Mas, como disse, era uma forma fácil de trazer aparente paz a casa, sem grandes questionamentos, brigas, sem muita punição.
A atual diretoria do Palmeiras parece ter adotado o antigo método de Mamãe, preciso reclamar com ela. É simples: se surge algum problema é só afastar o mais destacado, aquele que apareceu na imprensa, que aparentemente está tudo resolvido. Foi assim com Obina e Maurício, Muricy (?), Diego Souza (?), agora com Zago e Robert.
No mais recente caso é bem claro. Se os boatos se confirmarem, a zona geral do Palmeiras (jogadores desrespeitando horários, por duas vezes seguidas aprontando após os jogos) não era realizada só por Robert e Ewerthon, mas só eles foram punidos e eu duvido que vão continuar “investigando” o caso – acredito sim, em Zago, que afirmou o fato de que a diretoria já sabe quem são e o que fizeram os jogadores. Se Zago permitia as saídas, duvido e muito que fosse sem o conhecimento e consentimento da diretoria, e se o que ele fez foi apenas cobrar disciplina, o que teve de errado em sua atitude? Não querem um treinador “de pulso”? E quando ele “teve pulso” resolveram demitir? Pode ter acontecido algo que não sei, mas embora tenha defendido a saída desse péssimo aprendiz de treinador (o que me deixa chateada porque foi um jogador muito importante para minha pessoa) eu penso que, se as informações que temos se confirmam, essa foi a pior forma e talvez o pior motivo para sua saída.
Quero deixar claro que não sou do tipo que pensa que vida de jogador tem que ser só trabalho, não considero um absurdo que saiam pra se divertir desde que haja limites. Além de ser comprovado que faz bem para a pessoa, até mesmo para seu rendimento profissional, quem não tem o hábito de sair um pouco após o trabalho? O problema é o exagero, e se foi cobrada uma disciplina e extinção desses exageros, quem fez estava correto. Porém, o Palmeiras só manda embora um desses jogadores displicentes, multa outro, demite o técnico, mas o que faz com os tais outros jogadores e o Galeano que, segundo o próprio dirigente do Palmeiras, queria encobrir o fato da diretoria? Pois é, não sei se adotaram o método de minha querida mãe, “o culpado que aparecer primeiro leva a bronca por todo mundo”, ou se resolveram punir apenas aqueles que aparecem nos noticiários e causam vergonha à renomada diretoria alviverde, que agiu só para manter aparência de respeito.
Muita bagunça tem ocorrido, muitos problemas. Há muita fofoca dentro do Palmeiras, fofocas que sempre vazam para jornalistas (tem no meio até quem se diz palmeirense, mas adora usar a desgraça do Palmeiras para benefício próprio) que se encarregam de passar a notícia adiante. Esses problemas todos que vem acontecendo desde o ano passado são coisas que acontecem com qualquer equipe no futebol, mas com tanta freqüência só acontece no Palmeiras e não é possível que não haja um motivo. Tenho pra mim que problema não resolvido pela raiz sempre vai voltar a aparecer, e maior. Tentar ignorar/esconder uma situação difícil de resolver faz com que isso volte mais forte num futuro próximo.
Será que os problemas do ano passado foram resolvidos com demissão de Obina, Maurício, Muricy e alguma mudança na comissão técnica? Será que Love e Diego eram realmente os tais “cânceres” do Palmeiras, como diziam alguns? Será que Toninho Cecílio era responsável por um comando fraco? Será que tirar Zago e Robert vai resolver? O que tenho visto é um elenco mediano, com limitações, mas que tem atuado como um péssimo elenco. O que tenho visto são problemas resolvidos “nas coxas”. O que temos agora é a notícia de jogadores displicentes, sem limites, exagerados, descomprometidos, assim como um membro da comissão técnica tentando esconder isso da diretoria – e uma diretoria que, aparentemente, precisa que o assunto esteja na primeira folha dos jornais para perceber a bagunça instaurada/ tomar alguma atitude. O que vejo é que, novamente, essa diretoria tem tomado a decisão mais fácil, cortando o que está nas beiradas, sem tirar a raiz e jogar fora, extinguindo o problema.
As declarações de Zago dizem por si só. Ou se toma uma atitude radical, ou não se faz nada. Mas e a coragem, e o pulso firme, onde estão? Sair na imprensa chamando os outros de “sem vergonha” e soltando um monte de informação é fácil, só se explicar depois no site oficial. Não saber do que está acontecendo por preferir ler “de Sartre pra cima” é fácil, só depois dizer que “não queria mesmo ser presidente e estou aqui porque imploraram”. Deixar sempre que a culpa da incompetência caia sobre os outros, permanecendo-se inabalável, é muito fácil para quem tem “muita experiência no futebol”. Há quem prefira tapar as brechas que com o tempo vão aparecendo em um trabalho mal feito, do que assumir que é preciso recomeçar do zero. Difícil recomeçar do zero se dá pra “ir levando” com o trabalhinho mais ou menos, não? São raros os homens competentes e corajosos ao ponto de assumir um erro e correr atrás de consertá-lo. Isso não é atitude para a maioria, que se disfarça de muito capacitada e jamais pensaria em “tamanha humilhação”. A arrogância é tanta que as palavras de Gilberto Cipullo ilustram bem o pensamento dessa corja: “Os fatos de indisciplina até hoje foram punidos. Temos disciplina aqui, a diretoria está sempre em cima”. Isso mesmo, Sr. Competente, a diretoria está sempre em cima, fazendo lambanças e promovendo o caos sem fim. Quando corrigem, não o fazem corretamente e muito menos de forma completa.
Enquanto isso, vários jogadores continuam sem punição, as fofocas continuam rolando e os dirigentes falando besteiras sem fim – além de se contradizendo, o Palmeiras continua uma porcaria e toda decisão tem sido deixada pra depois a não ser que atinja uma situação limite. Até quando?
Zago e Robert são os únicos que saem pela porta dos fundos, a maior parte dos “infratores” fica aí, com a responsabilidade de tirar o Palmeiras dessa fossa em que se encontra. Galeano, vale lembrar que veio da Traffic, que teria agido de má fé, continua no comando do time; os incompetentes da diretoria que sempre ficam sabendo depois de todo mundo (ou só resolvem mexer o bumbum quando todos já sabem e não há como camuflar a desgraça), continuam no comando do futebol palmeirense; a omissa “parceira” que promete e não cumpre continua aí, agora dizendo que o Palmeiras está abandonado (sério que está abandonado?). Você e eu continuamos aqui, sofrendo, aflitos, envergonhados, preocupados, nos perguntando sobre o que é que fizeram com o nosso Palmeiras. E eu não preciso nem dizer quem deve estar saboreando uma bela picanha enquanto vê Belluzzo e sua trupe agirem como os melhores cabos eleitorais de todos os tempos.
É, a coisa está feia. Mas tudo bem, depois da Copa vão tentar resolver, até lá não se pode esperar nada do Palmeiras (incentivador, não? Fala se você não faria o seu melhor num lugar em que seu chefe diz isso de você). E enquanto isso tem gente que se ilude com maravilhas como Felipão, Valdívia... Vamos acordar, isso é conversa pra boi dormir, igual quando a gente é criança e nos falam que “quando casar, passa”, ou então que se for bonzinho o papai Noel trará os presentes que você pedir. Já quis a volta de Valdívia, Alex, Felipão. Já quis a contratação de um craque que nos ajude com experiência e capacidade. Hoje eu só quero um tanto de dignidade e um pouquinho de vergonha na cara. Hoje eu só quero vestir minha camisa sem ter vergonha, não dela, jamais teria, mas daqueles que a representam.
Para terminar com chave de ouro, outra pérola de Cipullo, para nos deixar mais tranquilos: “Aqui tem organização. O Palmeiras é um dos maiores clubes do Brasil e do mundo. Quem não quiser trabalhar no Palmeiras pode ficar onde estiver”. Que organização? Os jogadores que aqui estão já perceberam que podem fazer o que bem entenderem, e os jogadores que pretendemos estão fugindo de vir pra cá, e não é apenas pela torcida, a torcida ajuda, mas por a culpa só em nós é desculpa de um comando que não pretende assumir a responsabilidade das porcarias que faz. Carlinhos (embora tenha assumido um apreço pelo Palmeiras) preferiu o Fluminense, Edinho tem preferido o Fluminense e, se a informação de Zago for correta, Deco também... Eu não os culpo, precisa ser louco para querer trabalhar num ambiente desses se houver outra opção melhor, e até o Fluminense tem sido mais atrativo. Isso sem falar que a bagunça é tanta que, assim como no caso do Diego Souza, cada diretor tem uma versão sobre Zago e, segundo as informações que temos, ele foi demitido por um enquanto o outro pedia para que ele fosse treinar o time no dia seguinte, quanta organização! É assim que nossa diretoria trabalha, com muito orgulhoso, egoísmo, arrogância e, principalmente, mediocridade! O Palmeiras é sim um dos maiores clubes do Brasil e do mundo, mas estão fazendo com que todos se “esqueçam” disso.
Créditos da imagem: Clayton de Souza, Agência Estado.
domingo, 16 de maio de 2010
JOGOS MORTAIS XII
quarta-feira, 12 de maio de 2010
MAIS UMA DESPEDIDA RUIM QUE PODERIA SER DIFERENTE...
Desde criança eu tenho o hábito involuntário de me sentir estranha quando um jogador importante deixa o Palmeiras. Goste dele ou não, seja um final “amigável” ou não. Penso que é algo normal, sou do tipo que geralmente, com exceção de alguns momentos entre
Pensando racionalmente, faltou coerência para os dois lados, agora opostos como não deveriam ser. Palmeiras (instituição e torcida) de um lado e Diego do outro, ambos lutando para saber quem é mais orgulhoso e ninguém pensando no benefício comum que seria resolver a situação de forma coerente. Sobrou intolerância, incompetência, impaciência... O cara chegou para ser o craque que não é, embora provavelmente fosse esse craque se tivesse um temperamento diferente, foi cobrado para ser o craque prometido e em poucos momentos correspondeu. Mesmo sabendo de sua instabilidade (um dia bom, um dia ruim, um dia mediano, sempre foi assim), foi cobrado como detentor de uma responsabilidade que, todos sabemos, não tem capacidade para arcar. Colocaram na cabeça de muita gente o absurdo de que ele não poderia ser coadjuvante do Valdívia, que besteira, sempre tive pra mim que Diego nos daria grande parte do que cobramos se fosse apoiado por um grande camisa 10 – vide o que ele fez ao lado de Cleiton em boa fase, mesmo Cleiton não sendo necessariamente um camisa 10 de verdade, mas naquele momento fazia bem seu papel.
Diego sofreu no Palmeiras até alcançar seu lugar, confiança, respeito. E quando conseguiu, foi tanto, que até Marcos queria que o rapaz carregasse o time nas costas, o “termômetro do time”, “Diego Souza dependência”, “se ele está mal, o Palmeiras está mal”, quem não se lembra disso? Soma-se essa responsabilidade toda nas costas de uma pessoa só (errado em qualquer circunstância, quem deixa a responsabilidade toda em uma pessoa só corre o grande risco de se ferrar, ainda mais quando a responsabilidade em questão exige trabalho coletivo para dar certo), a frustração de um sonho de qualquer jogador que foi sua ida para a Seleção da CBF, contusão séria de metade dos jogadores que formavam a estrutura do time (sendo que Diego e Cleiton dependiam muito do outro, e um deles foi o Cleiton), a queda de um time que era líder que causou problemas psicológicos e emocionais até hoje não resolvidos, problemas internos, ter que assumir quase sozinho a responsabilidade de um fracasso coletivo, agüentar a pressão e a reprovação de boa parte daqueles que deveriam apoiá-lo, etc., etc., etc... Deu no absurdo da troca de ofensas entre jogador e a própria torcida, o que não acho tão errado da parte dele visto que foi provocado – uma coisa é suportar vaias e reprovação, outra coisa é agüentar calado humilhação e ofensas públicas, ninguém é de ferro e numa hora ou outra a pessoa estoura.
A meu ver, a situação em si nem era tão agravante, mas o problema mesmo foi o que isso resultou, os caminhos tomados após esse acontecimento ridículo. Torcida burra por jamais acreditar em má fase – o cara é sempre chinelinho, sem vergonha, vagabundo, dentre outras coisas, já vimos isso acontecer até com Valdívia e Alex, jogadores que a mesma torcida clama pela volta ao Palmeiras. Jogador burro que acabou se desvalorizando ao não pedir desculpas, emocionando o pessoal que provavelmente iria perdoá-lo como aconteceu com Armero – afinal tudo o que a torcida quer é uma demonstração dessas, mesmo sem a segurança de sinceridade. Diretoria mais burra ainda, principalmente pelo status de alguns caras, “grandes intelectuais”, que deram péssimas declarações (muitas divergentes), não tiveram pulso, parecem perdidos e sem sequer saber o que realmente está acontecendo. Até a Traffic foi burra, pois pelas atitudes e declarações tem desvalorizado o jogador com que pretende faturar. Tivessem conduzido a coisa direito e, depois da Copa, viriam seus milhões. Agora a torcida precisa ouvir que seu jogador pode ir parar no maior rival (e eu duvido que se ele estiver no time da marginal sem número alguém vai lembrar que o queria fora daqui); o jogador corre o risco de ser esquecido em algum time “das Arábias”, em que vai ganhar muito dinheiro, mas jamais o reconhecimento e status com que tanto sonha; Palmeiras perde um jogador que poderia recuperar e aproveitar por algum tempo, sem falar no dinheiro que perde junto à Traffic pela desvalorização do passe. Eita nóis, haja burrice, haja vergonha...
Ao olhar o número 7 de minha camisa, que vesti no domingo sabendo que iria ouvir, e ouvi, umas 30 vezes alguém perguntar se eu não tenho vergonha, ou por qual loucura eu ainda tenho coragem de vesti-la, penso no jogador que me fez escolher aquele número. Penso em momentos como o jogo contra o Flamengo no Maracanã pelo Roubadão 2009, o golaço contra o Atlético Mineiro no 29 de Novembro que deixei de ir ao Palestra Itália e depois me arrependi amargamente, o comando das tão comemoradas dancinhas na vitória contra o Santos no Vergonhão 2010 – nossa única alegria deste ano. Mas penso principalmente naquele jogo contra o Sport lá na Ilha, Libertadores de 2009, depois de muitos nos humilharem e subestimarem. Ele, Diego Souza, nos avisou dias antes e não falhou, chamou a responsabilidade e fez um gol (e uma comemoração) que, apesar do final trágico do Palmeiras no campeonato e do final trágico da carreira do jogador aqui no Palmeiras, eu jamais irei esquecer. Naquele momento, mesmo que apenas naquele momento, Diego Souza foi meu ídolo, porque era ele quem eu queria ser, porque era aquele camisa 7 que esperávamos, o jogador com quem sonhamos, que desejamos ver com nossa camisa, e é uma pena que durou tão pouco.
Infelizmente no Palmeiras de hoje é assim. Temos que nos contentar com a alegria de um gol, de uma vitória empolgante, de uma resposta bem dada às provocações. Temos que ver bons jogadores indo embora de forma deprimente e precipitada, enquanto ficam os perebas que todo mundo louva pela “raça” e “vontade”, temos que aceitar tanta asneira sendo feita.
Pergunto-me se Diego Souza recebeu apoio tanto quanto necessário, tolerância tanto quanto necessária (Pierre e Cleiton, para citar bons jogadores, estão em fase tão ruim e ficaram devendo tanto quanto ele, mas recebem tolerância que Diego não recebeu), se foi ouvido e orientado corretamente, se o preparo físico estava bom, se não foi esperado e cobrado de um jogador muito mais do que ele poderia oferecer. Por outro lado, me pergunto se ele se esforçou realmente em treinamentos e no preparo físico, se realmente fez o melhor que seu estado físico e psicológico permitiram - mesmo que não fosse o esperado e o que é capaz de fazer em bons momentos, se ele não exagerou na reação após o último jogo, se não seria mais coerente ter feito as pazes com o Palmeiras e sair pela porta da frente mesmo que saísse. Me pergunto até quanto vamos ser tão impacientes e incompetentes, até quando vamos maltratar bons jogadores e depois pedir para que retornem. Mas sei também que eles não são santos, nem heróis, tampouco que foram embora contra a vontade enorme de ficar (mesmo que houvesse, talvez, algum desejo de ficar mais um tempo, só vi um desses caras implorar e fazer de tudo para não ir embora), todos querem mesmo é dinheiro e bom lugar para trabalhar tendo sucesso profissional e financeiro - não considero errado, também quero isso no meu trabalho, mas será que vamos ter que nos acostumar com finais como esse?
Será mesmo que Diego já não estava mais “nem aí” para o Palmeiras? Não defendo jogador que não seja o Marcos, mas essa foto do post é provavelmente a última imagem que teremos de Diego como jogador do Palmeiras durante jogo do Palmeiras, qualquer outro jogador seria exaltado por isso já que torcedor adora ver essas demonstrações. Nesse exato momento da imagem, vendo o jogo, me parecia que enquanto ele pensava na vitória a torcida estava mais preocupada em ofender um jogador que nem tinha atuado mal naquele dia. E só me resta pensar se não era dispensável toda essa intolerância, das duas partes, todas essas verdades criadas (jogador sem vergonha x torcida que joga contra). Não deu certo, machucou, decepcionou, mas poderia apenas ir embora encontrar outro lugar para ter sua paz, e quem sabe felicidade, enquanto encontramos outro para nos trazer alegrias. Há diversos motivos para queda de rendimento no trabalho, principalmente quando a pessoa não é tudo o que se espera e se cobra dela, principalmente quando o momento e a situação não são favoráveis (Palmeiras não está bem, o time todo não está bem), nem todos esses motivos são causados por falta de respeito ou comprometimento. Por outro lado, há diversas maneiras para se agir perante um tratamento desrespeitoso, maneiras menos intolerantes que dar o troco, virar as costas e ir embora.
De tudo isso, ficou um final incomodo e constrangedor em que ninguém está certo, todos erraram, todos em algum momento ficaram chateados. Particularmente, eu gostaria que houvesse respeito recíproco, não gosto de separações movidas pela raiva. Apesar das decepções, desejo que Diego encontre seu lugar de alguma felicidade, e que o Palmeiras (isso é bem mais difícil) aprenda alguma coisa com mais essa história ruim que poderia ser bem diferente. É, poderia...
Créditos da imagem: facebook da Adidas, album da vitória de 1x0 do Palmeiras sobre o Atlético GO, no Palestra Itália, pelas quartas de finais da Copa do Brasil 2010.
sábado, 8 de maio de 2010
PALMEIRAS VENCE NA ESTRÉIA DO BRASILEIRÃO COM “SHOW” DE ROBERT
quarta-feira, 5 de maio de 2010
SEM TIME, PALMEIRAS VAI DE SÃO MARCOS. MAS HÁ DIAS EM QUE NEM MILAGRE SALVA...
Os narradores diziam que o Palmeiras foi pra conseguir um 0x0, diziam que a estratégia caso esse objetivo não desse certo era levar para os pênaltis, diziam que isso é uma vergonha para uma camisa como a do Palmeiras. Um amigo dizia que é uma piada um time que não segura Diego Souza e aposta em Ivo quando a coisa aperta.
E eu, bom, eu tenho tanto a dizer que fico na dúvida se o melhor não é apenas me calar. O que vi hoje não merece meu tempo, minha dor, minhas lágrimas que hoje nem rolam. Está tudo errado. Tudo. Desde a diretoria até as pessoas da limpeza. Há quanto tempo esse blog não dizia que é inútil culpar apenas os jogadores, sobretudo um único jogador?
Prefiro gastar meu tempo com ele. Ele que mesmo em momentos vergonhosos como este consegue me dar alguma alegria, alguma felicidade, algum orgulho, alguma fé. Ele que, tenho certeza, carrega um pedaço do coração de cada um de nós em suas mãos. Ele que é cada um de nós em suas mãos, em seu coração. Mas, às vezes, a merda é tão grande que nem mesmo Ele, em dia tão inspirado, pode nos salvar. E quando nem Marcos salva, queridos palmeirenses, não vejo em que mais acreditar. Nunca deixarei de ser grata a esse homem, mas às vezes concordo que ele deveria se aposentar e descansar, é o único que não merece, realmente não merece passar por isso.
Quando o Palmeiras chega a momentos como este, meu pai sempre me diz para não chorar, não ficar brava, não ficar nervosa porque time que joga pra perder tem que perder, não importa que seja o Palmeiras. “Quem joga assim tem que perder, Renata”, é o que ele sempre diz, palmeirense fanático já calejado pelos anos 1980. Hoje eu quase chorei ao perceber que, depois de vinte anos, entendo o que ele quer dizer.
Um time que joga pra perder, merece perder. Um time que não segura Diego Souza e aposta em principiantes mal preparados para resolver, merece perder. Um técnico que tira Marcos Assunção e Lincoln pra deixar Danilo, Figueroa, Ivo e um meia sem ritmo de jogo pra bater pênaltis e decidir algo tão importante, merece perder. Hoje eu não vou chorar, não vou me descabelar, não vou brigar com ninguém – nem mesmo se algum rival vir provocar. Hoje eu vou apenas me envergonhar desse amontoado de seres que se dizem homens, jogadores, diretores, comissão técnica, até torcedores, que do alto de sua arrogância e orgulho causaram essa vergonha sem tamanho.
E só para terminar, eu aposto que Diego, Lincoln e Marcos Assunção poderiam bater pênaltis com o pé, e não com a bunda, como alguns fizeram. Porque o que esses desgraçados fizeram só pode ter saído de orifícios anais bem largos. Desculpem-me a irreverência, mas há dias em que não dá para adotar o luxo de um linguajar polido. Chamem o Diego, já sei em que lugar ele pode enfiar aquele dedo como forma de se desculpar pela merda que fez.