Por Ricardo Chagas
A chuva que caiu em Cidade do Cabo antes e durante a partida foi o prenúncio de que algo não iria dar certo.
Apesar de a Itália dominar os primeiros minutos do jogo, o time teimava em não chutar a gol. Com Pirlo no banco, Marcello Lippi mandou a campo seu exército de volantes. Com uma eficiente marcação, a Azzurra não deixou o time paraguaio jogar. Onde tinha um paraguaio, lá estavam dois italianos para roubar a bola.
E de posse da bola, o que fazer? Simples, lançar Zambrotta na direita, esperar que ele dominasse a bola, levantasse a cabeça e fizesse o cruzamento em direção a área. Essa foi a tônica italiana e não produziu nenhum resultado prático.
Iaquinta buscava o jogo pelo lado esquerdo do ataque e insistia na mesma jogada. Dominar e fazer o cruzamento para Gilardino brigar com os zagueiros.
Diante de tanta inoperância, o Paraguai acreditou que era possível equilibrar o jogo. Após os 30 minutos começou a trocar passes de forma ordenada e diminuiu o ímpeto ofensivo da Itália.
Aos 38 min, o gol paraguaio veio da jogada que a Itália tanto insistiu. Após cruzamento, Cannavaro não subiu e Alcaraz cabeceia para marcar.
Inicio do segundo tempo e o martírio italiano continuou, Buffon com dores no nervo ciático cedeu seu lugar a Marchetti.
Como o cenário permaneceu o mesmo, ou seja, jogadas infrutíferas de ambos os lados, Marcello Lippi colocou Camoranesi para tornar a Itália mais ofensiva. Com Di Natale no banco, era de se esperar que o técnico fosse mais ousado e tentasse maior criatividade no meio campo.
De tanto insistir nos cruzamentos na área, o empate italiano saiu de uma jogada aérea. Após uma furada espetacular de Villar, goleiro paraguaio, De Rossi completou para o gol vazio.
Ao final do jogo restou aos italianos um sabor de derrota e uma tímida comemoração dos sulamericanos.
Ficou claro que sem a presença de Andrea Pirlo a Itália será uma seleção previsível. O meio campista do Milan é o responsável pelas perigosas cobranças de faltas e por cruzamentos cirúrgicos.
No outro jogo do grupo, Nova Zelândia e Eslováquia protagonizaram uma mini zebra. Dificilmente apostaria em um empate entre as duas seleções.
Mantenho meu palpite original. Passarão neste grupo Itália e Paraguai.
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