Por Marcel Castro e Renata
O “grupo A” começa hoje a segunda rodada da fase de grupos. Depois de dois empates, África do Sul e México estão em vantagem pelo futebol apresentado. Enquanto os Uruguaios treinam, revoltados pelo primeiro resultado e dizendo que esperavam mais, os franceses gastam mais tempo discutindo fofocas internas e preço de hotel – a ministra do esporte francesa reclamou dos altos gastos com o luxuoso hotel em que os jogadores estão hospedados, eles não gostaram e deixaram isso claro, mas o interessante é que os franceses destacam em seus jornais que ela está hospedada em um hotel bem mais caro que o da seleção. Ê, franceses barraqueiros, futebol que é bom não vejo nada... Já do lado de México e África do Sul, a empolgação com a estréia do lado africano e o status de favorito dos mexicanos empolga.
E já que mal falamos do jogo dos agora, supostamente, “favoritos do grupo A”, segue uma análise para pensar no que esperar de África do Sul e México.
O primeiro jogo desta copa de 2010, não foi espetacular, mas foi interessante. O time da casa, talvez assustado pela estréia, jogou um primeiro tempo travado e medroso. Pior que isso foram as falhas individuais, infantis, principalmente dos jogadores que compunham o setor esquerdo defensivo do time sul africano. Tivesse o México um pouco mais de competência, e talvez um centroavante em um dia mais feliz, terminaria o primeiro tempo com no mínimo 3x0 no placar. Foram cinco chances claras, com Vella, Franco e Giovani. Jogando com dois meias rápidos, acelerando as jogadas de ataque, com Giovani dos Santos e Vella infernizando o sistema defensivo do time da casa pelas pontas e meio, o México mandava e desmandava no jogo. No entanto, no intervalo os times empatavam em zero no placar.
Parreira consertou seu time no intervalo. No início do segundo tempo a África voltou sem medo do adversário. O México, por sua vez, sofreu um estranho apagão total, totalmente desorganizado, começou a dar espaços bizarros no meio e na defesa. E o agora confiante time dos bafanas tentou atacar. Em um belíssimo contra ataque no qual a bola passou rapidamente de pé em pé, a bola encontrou pelo passe de Nicakoi o melhor e mais útil jogador sul africano, Tshabalala, correndo totalmente livre em profundidade no setor esquerdo. O bom jogador sul africano investiu, invadiu, e chutou de perna esquerda, sem medo de ser feliz, no ângulo oposto de forma absolutamente indefensável. Um verdadeiro golaço! A África do sul estava na frente para o delírio de quase 80.000 pessoas e o zumbido eterno da colméia de milhares de vuvuzelas!
O jogo ficara mais interessante. O México, mais desorganizado ainda, foi à frente. Em grande chute de Giovani do Santos, o goleiro sul africano fez defesa espetacular, evitando gol certo. A África do Sul, por sua vez, tinha contra-ataques cada vez mais perigosos. Perdera duas chances muito claras com o bom camisa 11, Modisi, magro e esquio jogador que joga pela ponta direita.
Aos 33 minutos, em um cruzamento despretensioso de Guardado, a zaga africana comete um erro infantil e deixa um zagueiro sozinho contra três mexicanos. O velho e bom zagueiro Rafa Marques dominou o cruzamento e, de dentro da pequena área, tocou para empatar.
Aos 44, o Guarda Metas Sul africano Khunne lançou a bola, o centroavante fominha, Infela, ganhou na vitalidade de dois zagueiros mexicanos, colocou a bola de cabeça na frente e quase na pequena área tocou a bola rasteira e fraca para o gol. A jabulani, caprichosamente, tocou no pé da trave esquerda e foi pra linha de fundo.
Lembrando que o jogo entre as duas outras seleções, Uruguai e França, foi marcado por forte defesa e ataques nada criativos, a aposta é que, embora então favoritos, os times de África do Sul e México não terão tanta facilidade para jogar ofensivamente, o que mostrou ser o ponto forte das duas seleções. Por outro lado, a esperança de uruguaios e franceses é a total desorganização nas defesas de seus adversários. Hoje tem África do Sul e Uruguai às 15:30, amanhã França e México no mesmo horário, é decisão de vaga, esperamos jogos e resultados mais interessantes porque, convenhamos, nesta Copa está faltando gol e bom futebol.
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