segunda-feira, 23 de agosto de 2010

96 ANOS DE PAIXÃO E MUITAS HISTÓRIAS PRA CONTAR - Parte 1



Emoções, histórias, fatos inesquecíveis, momentos incríveis! O Palmeiras proporciona um misto de sensações, às vezes até indescritíveis, mas que todo palmeirense conhece bem. O Palmeiras voltou a ser Palmeiras, ostentando sua fibra, calando bocas infames, transformando a lealdade em padrão. E é assim que sempre deve ser.

Não há espaço suficiente para todos contarem sobre a sensação de ser palmeirense, de respirar esse ambiente que tanto amamos. Em homenagem aos 96 anos do alviverde imponente, pedimos a colaboração de vários companheiros de paixão para que pudéssemos externar um pouco desse sentimento incompreensível para os outros, mas entendido com apenas um olhar pelos palmeirenses.

O Palmeiras está em todos os lugares e, independente do lugar físico, todos sentimos a mesma coisa. Alguns têm o privilégio de sempre verem o Verdão jogar, outros sequer foram a um estádio. Alguns só podem acompanhar os jogos pelo rádio, outros pela internet e TV. Mas isso apenas significa que a paixão não é limitada a um lugar apenas. Somos todos iguais, unidos pelo mesmo ideal, sentimos a mesma coisa. E é apenas isso que importa.

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Nasci e cresci em Belém. Me tornei palmeirense em 91 (tinha 4 anos), mas não por influência do meu pai, ou de algum parente. Me tornei palmeirense ao ver o time jogando, AMOR À PRIMEIRA VISTA! Não sei o que acontecia comigo: meu coração batia forte a cada jogada e minhas mãos suavam a todo instante. Meu pai, corinthiano doente, sempre foi contra eu ser palmeirense, hahaha. Dizia: "Filho meu não nasce pra ficar rolando na lama e imitando um porco". O mais legal era ver a reação de decepção que ele teve. É verdade que eu era muito criança e não me lembro de alguns jogos, mas nunca esqueço das minhas palavras quando comecei a torcer: "eu sou verde!" E quando chegou em 93/94? Não desgrudava da TV! Daí pra frente foi fanatismo geral. O mais engraçado é que eu nunca ganhei uma camisa do Verdão (de 91 a 99), até porque minha mãe dizia que a camisa era cara e também porque meu pai é corinthiano. Mas aí quando eu comecei a ganhar a tal "mesada", juntava tudo quanto era moeda pra poder comprar minha primeira blusa, e detalhe, não era oficial =/. Mas tá valendo.
E até hoje sou FANÁTICO pelo meu VERDÃO... graças a Deus. Só vi o VERDÃO jogar umas 3 vezes, quando vieram a Belém. Mas em São Paulo, na nossa CASA, nunca vi. CORAÇÃO, SEMPRE, ALVIVERDE!

Bruno Figueiredo Gusmão, 23 anos
Belém/PA

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Comecei a torcer pelo Palmeiras aos 10 anos.Vi o Verdão pela primeira vez no jogo contra os gambás, no jogo pelo paulista de 93. Jogo que perdemos e o Viola imitou um porco. Minha mãe é flamengo e meu pai é gambá. Graças a Deus, não fui influenciada por eles. A princípio, comecei a torcer por achar a camisa bonita. Era uma criança e mão tinha muita noção de futebol. Mas posso dizer que foi amor à primeira vista. Nunca vi o Verdão jogar em Sampa. Mas todo ano que o time vem jogar em Goiânia, estou firme e forte na arquibancada. Ver o Palmeiras me faz suar frio, me dá palpitações, eu sempre choro. É sempre uma emoção muito grande. Passo 364 dias pensando e planejando o dia do jogo. Geralmente é só um jogo por ano. Mas este ano serão 3. Já foram 2 jogos, um contra o Atlético Goianiense, pela Copa do Brasil e sofri muito com nossa eliminação, e o outro contra o Goiás, um empate de 1x1. Gostaria de lembrar os detalhes do dia em que me tornei palmeirense, de todos eles, mas estou ficando velha. No entanto, duas coisas sempre guardo bem: gosto e cheiro. Lembro-me bem de comer uma pratada de bolinhos de chuva, enquanto eu assistia ao jogo. Por isso, mesmo com alguns anos a mais, se alguém me perguntar: ‘Por que o Palmeiras?’, eu respondo da mesma forma que respondia quando eu tinha 10 anos: ‘Porque o Palmeiras tem gosto de bolinho de chuva’.

Lorena Gomes de Morais Mariano, 27 anos
Goiânia/GO

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Sou da cidade de Lagoa Santa/GO, mas atualmente moro em Rio Verde/GO. Apenas meu pai é palmeirense no meio de uma família de santistas. Fui ao Palestra apenas uma vez, quando tinha 12 anos, e assisti à final da Copa Mercosul entre Palmeiras e Vasco. Naquela ocasião, o Palmeiras vencia, mas o Vasco virou o jogo e ficou com o título. Foi uma tristeza muito grande, mas a emoção de estar na casa do Verdão era maior. A primeira camisa que meu pai me deu foi uma parmalat verde e depois uma branca. Eu usava aonde ia, na escola, na igreja, em tudo quanto é lugar. Como meus pais são separados, minha mãe implicava pelo fato de eu torcer para o Palmeiras, ela achava que era pra agradar meu pai, como até hoje acha. Uma vez quando viajei, ela doou minha  primeira camiseta e depois doou a outra também, fiquei com muita raiva e muito triste, mas eu era apenas uma criança. Mas ate hoje guardo isso dentro de mim. O tempo foi passando e eu cada vez mais interessada pelo Verdão. Quando fiz 17 anos me mudei pra Rio Verde, comecei a fazer faculdade de Direito, e sempre seguindo a tabela dos campeonatos, porque toda vez que tinha jogo eu matava aula, e não marcava nada quando tinha jogo do Palmeiras. Minhas amigas que não gostam de futebol ficavam indignadas, mas nada me abalava, todo mundo sabia que eu torcia pelo Verdão. Tinha época que sonhava todos os dias com o time e aquele amor aumentava cada dia mais.
O tempo foi passando, um dia eu tive que decidir se ia participar da formatura. Eu disse que só ia se a música fosse o hino do Verdão e eu entrasse com a bandeira. Muita gente riu, acreditava que eu não teria coragem. No dia que conheci meu namorado, só dei moral quando ele me falou que também era palmeirense, porque eu não me interessava por quem não era. Ele torce, mas não tem o amor que eu tenho pelo time. Chegou a época da formatura, a aula da saudade era à fantasia e fui de jogador do Verdão, completo, não havia ninguém lá que teve uma idéia original como a minha. Chegou o dia da formatura, minha mãe viu a bandeira e disse que se eu levasse aquela coisa feia ela iria embora da festa, porque pra ela eu estava fazendo aquilo para agradar meu pai. Resolvi pagar pra ver, afinal a formatura era minha e eu tinha planejado isso muito tempo antes. Chegou a hora da entrada, o meu vestido era verde, entrei com a bandeira e ao som do hino do Verdão, em meio a ovações e vaias. Mas naquele momento, eu senti que valeu a pena todas as implicâncias que sofri.
Hoje em dia tenho 9 camisas do Verdão. Esse ano recebi o melhor presente, meu pai me deu um jogo de cama completo do palmeiras: edredon, lençol, colcha e travesseiro. Durmo no manto sagrado, meu namorado e eu moramos juntos, e toda vez que tem jogo ele me leva pra assistir, apesar de não gostar muito de ver, mas me deixa lá Às vezes, arrumo confusão por causa do Palmeiras, mas sei que é um amor que vale a pena e cada dia aumenta mais. Independente se ganha ou não, o Palmeiras está arraigado dentro de mim e se um dia tiver filhos vou ensinar tudo o que aprendi sobre o Verdão. Eles irão herdar esse amor e todos os objetos que tenho. As pessoas que não são palmeirenses não entendem o amor que tenho, mas elas não sabem o quanto perdem com isso...

Michelle Morais, 23 anos
Rio Verde/GO

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Eu nasci e sempre morei aqui em Minas. Venho de uma família Atleticana doente. Meu pai me registrou como sar Augusto Moreira por causa das iniciais do galo. Meu primeiro contato com o Palmeiras foi em um jogo que assisti pela TV já faz alguns anos. Se me lembro bem era Campeonato Paulista e o jogo foi contra os bambis. Não me recordo o placar, mas sei que nosso Verdão perdeu. E na época ouvia muito falar da rivalidade entre Palmeiras e bambis. Fiquei muito curioso e fui tentar descobrir através da história dessa rivalidade com um primo meu palmeirense. A partir daí, comecei a acompanhar o Verdão mais de perto. Cada vez mais me impressionava o espírito de luta de nossa equipe e a paixão da torcida. Foi tudo muito rápido e quando me assustei estava comprando meu primeiro manto (tinha uns 3 do galo). A minha família não sabia de onde vinha minha loucura pelo Palmeiras, pois comecei a comprar tudo o que via do Verdão, desde camisas oficiais até chaveiros, canecas, etc. Meu pai ficou desorientado coitado. Como todo apaixonado palmeirense, acompanhei o jogo contra o Cruzeiro, nas quartas de final da Libertadores em 2001 (meu jogo inesquecível). Pênaltis e eu ajoelhado na frente da TV, meus pais emocionados torcendo comigo (afinal era contra o Cruzeiro). Desde então, cada dia que passa, meu amor pelo Palmeiras só cresce. Eu respiro Palmeiras 24 horas por dia. A primeira vez que pude ver meu Verdão jogar ao vivo em São Paulo foi no Morumbi com um amigo meu bambi que mora em SP. Tive que ficar na torcida rival junto com ele ou não iria =/. Mas fiz esse imenso sacrifício, afinal, valia tudo pra ver meu Palmeiras jogar. Não tive muitas oportunidades de ir ao Palestra Italia, mas fui algumas vezes, inclusive contra o próprio Cruzeiro no ano passado. Já estive no Mineirão também acompanhando nosso Santo defender um pênalti contra o galo.

César Augusto Moreira, 32 anos
Lavras/MG

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