domingo, 22 de agosto de 2010

EM REESTRÉIA DE VALDIVIA, PALMEIRAS JOGA MAL E FICA NO 0 X 0

Depois da sensacional partida de quinta-feira, o Palmeiras voltou a jogar no Brasileirão com o freio de mão puxado. Muitos erros de passe, lentidão, mau posicionamento e no, final das contas, o empate ficou de bom tamanho. Não que isso seja realmente bom para um time como o Palmeiras, mas devido à expulsão de Marcos Assunção, culpa maior de Maurício Ramos, e da partida fraca que vinha fazendo, física, tática e tecnicamente, é melhor nem reclamar. A oscilação é natural, mas nem por isso temos que gostar. Hoje, contra o fraco Guarani, em Campinas, era um jogo para vencer e se recuperar na tabela. “Ressaca” chata essa que custou dois pontos.

Campinas, a segunda cidade preferida dos são-paulinos no estado. Claro, a primeira é Bragança Paulista, a terra da lingüiça. E o Brinco de Ouro de Princesa, nome que muita menina no Jd. Leonor gostaria de ter em seu estádio, vivia a expectativa da reestréia do camisa 10, El Mago Valdivia, que por precaução da comissão técnica, já que ainda sofre com falta de ritmo, começou no banco de reservas. A diferença para jogo de quinta foi a volta de Kléber, depois de três jogos fora por suspensão. O Gladiador ocupou o espaço de Tadeu, expulso no último jogo pelo nacional. Mudança também no comportamento. Em campo, um time pesado e displicente. A partida começou com o Guarani em cima, mas logo o Palmeiras dominou as ações. Rivaldo chegou a colocar uma bola no travessão depois de cruzamento de Luan. Outro lance perigoso ficou por conta de uma finalização de Kléber, e só. Se aproveitando de cochiladas do meio e da defesa, o Bugre voltou a pressionar e desperdiçar bons lances.

Os primeiros 45 minutos foram disputados, sem grande vantagem para nenhum dos lados, mas faltava algo. Faltava Valdivia. Na volta do intervalo, como era previsto, o meia substituiu Fabrício e fez sua reestréia para felicidade da torcida. Claramente fora de ritmo, o Mago sentiu muitas dificuldades e se enrolou em alguns lances. Sem a melhora ofensiva prevista, o Palmeiras voltou a deixar a partida sob domínio do time da casa. Tinga, apagado durante toda a partida, em raro momento de lucidez, deu um perigoso chute de fora da área, que passou perto do canto direito do gol. Kléber, que também não vinha fazendo boa partida e contava com a péssima contribuição de seus companheiros, pediu para ser substituído ao sentir um desconforto na coxa. Entrou Ewerthon, que como esperado não melhorou o time em nada.

Pouco depois, foi a vez de Luan, nervosinho, deixar o campo para a entrada de Patrik. O jovem meia-atacante perdeu a melhor chance de gol do Palmeiras no segundo tempo, recebendo passe preciso de Valdivia na área. Chutou fraco, sem exigir grande esforço do goleiro. E o jogo se complicou de vez. Maurício Ramos, dormindo, falhou e praticamente obrigou Marcos Assunção a fazer uma falta perigosa na entrada área. O volante, herói na última quinta, já tinha cartão e acabou sendo expulso corretamente pelo sempre péssimo Sálvio Spínola. O resultado disso foi o Guarani em cima, pressionando, até o final da partida, enquanto o Palmeiras estava satisfeitíssimo com o empate. Por sorte e por ruindade do adversário, o confronto terminou sem gols.

É claro que não é necessário se descabelar pelo empate de hoje, mas também não podemos ficar contentes. Menos pelo resultado, mais pela atuação ruim da equipe. Até entendo o cansaço após um grande esforço como o da última quinta, mas displicência não. Foram muitos erros de passe e pouquíssimas finalizações. Jogador nenhum fez boa partida, com exceção de Marcos que pouco trabalhou e talvez de Danilo, que esteve seguro na maior parte do tempo. Valdivia, óbvio, sentiu o tempo sem jogar e também o desentrosamento, mas logo logo estará nos dando grandes alegrias, tenho certeza. Kléber fez seu pior jogo desde que voltou, até porque vinha jogando muito. Contudo, o Gladiador é outro com créditos. O Palmeiras só não pode achar que tudo se resolveu depois das últimas duas vitórias e que agora basta querer para vencer na hora que bem entender. Não, falta muito, principalmente conjunto e entrosamento. Quinta voltaremos a jogar no Pacaembu, contra o Atlético-GO. Que a torcida, que foi espetacular contra o Vitória, compareça e apóie a equipe novamente. E abre o olho Verdão, nada de perder mais pontos bobos.

Créditos da foto: Uol.

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