sexta-feira, 27 de agosto de 2010

96 ANOS DE PAIXÃO E MUITAS HISTÓRIAS PRA CONTAR – PARTE 7


Emoções, histórias, fatos inesquecíveis, momentos incríveis! O Palmeiras proporciona um misto de sensações, às vezes até indescritíveis, mas que todo palmeirense conhece bem. O Palmeiras voltou a ser Palmeiras, ostentando sua fibra, calando bocas infames, transformando a lealdade em padrão. E é assim que sempre deve ser.

Não há espaço suficiente para todos contarem sobre a sensação de ser palmeirense, de respirar esse ambiente que tanto amamos. Em homenagem aos 96 anos do alviverde imponente, pedimos a colaboração de vários companheiros de paixão para que pudéssemos externar um pouco desse sentimento incompreensível para os outros, mas entendido com apenas um olhar pelos palmeirenses.

O Palmeiras está em todos os lugares e, independente do lugar físico, todos sentimos a mesma coisa. Alguns têm o privilégio de sempre verem o Verdão jogar, outros sequer foram a um estádio. Alguns só podem acompanhar os jogos pelo rádio, outros pela internet e TV. Mas isso apenas significa que a paixão não é limitada a um lugar apenas. Somos todos iguais, unidos pelo mesmo ideal, sentimos a mesma coisa. E é apenas isso que importa.

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Meu nome é Diógenes Sousa, tenho 27 anos e moro no bairro do Tremembé, zona norte da capital. Eu me tornei palmeirense por influência do meu pai, mas como era muito novo, nem ligava muito para futebol. Até que em 1993, o time que ganhou o paulistão realmente foi o divisor de águas e então eu fiz uma promessa de que o Palmeiras seria minha eterna paixão. No entanto, nós tivemos que nos mudar pra Goiás, e por lá eu fiquei dos doze aos dezoito anos, acompanhando o Verdão apenas pela televisão. Foi quando ganhamos a Copa do Brasil, a Mercosul e a Libertadores. Tempo de muita alegria, que só aumentava a minha vontade de ver o Palmeiras ao vivo no Palestra Itália. Isso só veio a acontecer em 2002, quando eu já estava de volta à São Paulo.
Por ocasião do destino, eu finalmente conseguiria ir ao Palestra e mais, com a certeza de que seria uma bela apresentação. O campeonato: Copa do Brasil. O adversário: ASA de Arapiraca. O resultado: vocês já sabem... e mesmo que o jogo tenha sido horrível, por ser a minha primeira vez lá vivendo essa atmosfera do estádio, eu saí feliz, ainda mais por ter visto Arce jogando, um dos meus grandes ídolos palestrinos, juntamente com Marcos e tantos outros que fizeram minha alegria durante muito tempo como, Djalminha, Rivaldo, Velloso, Cafu, Edmundo, Evair, Roberto Carlos, Alex  e, mais recentemente, Valdivia.
O gol de César Sampaio contra o São Paulo, quanta maestria! As defesas espetaculares de Velloso e Sérgio, sem contar no Marcos, lógico, belíssimas apresentações de garra e talento, tudo isso foi moldando essa paixão indissolúvel que eu sinto pelo Palmeiras que, vez por outra, fica abalada quando o time não honra a tradição que tem, jogando como time mediano, e me fazendo sofrer do coração, como vinha acontecendo. Eu torço muito para que meu Palmeiras volte a ser o time grandioso que é, meu amor não tem limites e eu tenho muito orgulho de fazer parte da torcida que canta e vibra. PALMEIRAS, MINHA VIDA É VOCÊ! Parabéns, feliz 96 anos!

Diógenes Sousa
São Paulo/SP

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Meu pai nunca foi muito ligado a futebol, ele torcia pro Corinthians, mais para provocar meu tio, que é Palmeirense. Meu avô paterno e todos os meus primos são são-paulinos. Então, quando eu era criança e alguém perguntava pra quem eu torcia, eu falava que era são-paulina também. Eu não me importava com futebol, nem entendia as regras, nada. No ensino médio, eu e algumas meninas da minha sala
começamos a jogar, pra brincar com os meninos. Foi ai que eu comecei a gostar e a entender sobre futebol. Eu 'torcia' para o São Paulo, porém não conhecia os jogadores, não acompanhava campeonato e não assistia aos jogos.
Sempre tive vontade de conhecer um estádio, saber como era o ambiente, o clima. E esse meu tio Palmeirense, o tio Dudu, disse que me levaria, mas só se fosse no Palestra. No dia 19/10/2008 fui assistir Palmeiras X São Paulo. Eu achei tudo lindo, mas era estranho estar na outra torcia [É, eu fui na torcida do Verdão]. No 1º tempo o jogo ficou 2 X 0 pro São Paulo, e eu comecei a ver a torcida, como eles não paravam de gritar e incentivar o time, mesmo com o placar desfavorável. No 2º tempo, o Palmeiras foi com tudo pra cima do São Paulo, com a maior garra. Poxa, era um clássico, nunca é fácil. Mas o Verdão empatou o jogo.
Quando eu voltei pra escola, falava muito bem do time  e da torcida, e da organização da torcida [sim, eu acho a torcida do Palmeiras uma das mais bem organizadas]. Meus amigos ficavam falando que eu já era Palmeirense e eu negava, falava que era só um jogo. Eu comecei a ver os jogos do Palmeiras, a conhecer os jogadores, e aí não teve jeito! Aliás, tem como não se apaixonar pelo Verdão? Quando meu pai percebeu, ficou bravinho. Até hoje ele fala que eu sou a ovelha negra da família, porque minha irmã não gosta muito de futebol, mas estou fazendo ela gostar [já até levei ela ao Palestra  =D ].
Quando tem jogo, meu pai torce pra qualquer time que joga contra o Palmeiras. Imagina como fica minha casa quando tem SEP X SCCP. Só minha mãe mesmo pra aguentar!
No começo desse ano comecei a fazer estágio, e quando recebi meu primeiro salário, fui direto na Adidas comprar minha camisa [que meu pai se recusava a comprar, claro!]

Eu sei que fui bandeirinha, mas antes perceber o erro tarde do que nunca, não é!?

Mayara Valadares, 19 anos
São Bernardo do Campo/SP

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Meu pai é santista! Tempo do Pelé! Minha mãe gosta e torce, ela gosta do Marcos e eu também, e muito! Minha influência foi a seguinte. Meu irmão torce pro timeco, e eu não aguentava mais, era o dia inteiro na Band, show do esporte. Daí eu me enchi...quer saber, qual é o maior rival do timeco? Aí fui ver e era o VERDÃO!!! E também com a ajuda do gaúcho, porque mulher olha quais jogadores bonitos no time...Aí eu comecei a torcer pro Palmeiras!!! Então, quando eu comecei a namorar firme, pra casar, eu resolvi que só casaria com um palmeirense. E casei! Bingo! Se Deus quiser, e ele há de querer, meus filhos irão ser palmeirenses!!!

Jeanne de Freitas
São José dos Campos/SP

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