Lembra do “8 ou 80”? Pois é, parece que teremos que nos acostumar com isso até que o time se ajeite. Pelo menos hoje foi dia do “80”. Mesmo com uma equipe completamente defensiva, somente com Kléber e Valdivia na frente, o Palmeiras fez um bom jogo. Mas só conseguiu mesmo a vitória quando teve postura de quem quer vencer. As mudanças de Felipão surtiram efeito, embora os grandes responsáveis pela virada tenham sido Kléber e Marcos Assunção, que participaram diretamente dos dois gols. A primeira vitória fora do estado de São Paulo desde o primeiro jogo contra o Paysandu, em março, pela Copa do Brasil, fez o Verdão ganhar diversas posições e respirar na tabela. Mais importante do que isso, depois do vexame de quinta-feira, a vitória recupera o ânimo dessa equipe, ainda muito instável. Além, é claro, de ajudar ainda mais a afundar Luxemburgo e Cia. E aí Luxa, tomou?
Acredite, é inverno. Calor em praticamente todo o país, além do insuportável tempo seco, que obviamente, não seria diferente em Minas. O Ipatingão teve um público correspondente ao futebol do Galo mineiro, “mirradinho”. O torcedor palmeirense também foi, ainda que com muita desconfiança. Depois da derrota vexatória para o Atlético-GO, Felipão resolveu trancar a equipe. Eram aproximadamente 6 zagueiros, 22 volantes, 1 meia e 1 atacante. Mesmo com tudo isso congestionando a meia defensiva, o Atlético-MG começou em cima. A pressão foi tanta, que Neto Berola até meteu uma bola na trave nos minutos iniciais. Demorou algum tempo para o Palmeiras entrar no jogo, mas quando o “fogo no rabo” atleticano esfriou, as melhores jogadas mudaram de lado.
Kléber e Valdivia deram muito trabalho, mesmo praticamente isolados. O Mago fez ótimos lançamentos e em um deles o Gladiador driblou Fábio “Bosta”, mas, desequilibrado, chutou fraco e Réver conseguiu afastar quase em cima da linha. O chileno também perdeu o dele. Recebeu uma bola livre na entrada da área, em condição legal, mas demorou para definir e foi desarmado. Chance claríssima mesmo teve Fabrício. Depois de cobrança de escanteio de Marcos Assunção, pela direta, a bola sobrou na pequena área, era só o zagueiro e o gol, mas o ex-flavelado desviou mal. E enquanto o Atlético-MG parava o Mago com faltas, o Palmeiras não evoluía pela falta de presença ofensiva.
Mesmo com essa deficiência, Felipão não mudou a equipe no intervalo (nem acordou Rivaldo). E de repente, uma pane. Falha na direita defensiva e gol de “Lenny” Berola, que cavou a bola na saída de Marcos. E por pouco não levamos o segundo gol, dessa vez Maurício Ramos salvou. E foi só... Pro Atlético. Depois disso o Palmeiras voltou ao jogo e mostrou que dessa vez não estava afim de levar a derrota pra casa. Valdivia, já estafado e “esfolado”, foi substituído por Tinga, e Fabrício deu lugar a Luan na equipe. O atacante teve participação fundamental no gol de empate. Primeiro Kléber lutou, ficou com a bola e rolou para o camisa 21, que na entrada da área bateu na diagonal e viu Fábio Costa rebater nos pés de Marcos Assunção. A virada veio pouco menos de 10 minutos depois, com o Gladiador. O camisa 30 recebeu de Assunção na área, cortou e bateu por entre as canetas do frangueirão.
Ainda no final do jogo, o Palmeiras perdeu chance de ampliar o placar com Luan, que cabeceou bem, no chão, e Frango Costa tirou com o pé. Com o apito final, o alívio bateu no palmeirense. Foi afastada qualquer possibilidade de crise eminente e foi importante para a recuperação na tabela. Além de Kléber e Assunção, boa partida dos “operários” Márcio Araújo e Pierre, e o Mago também jogou muito melhor hoje, tanto que tem que gente que terá até pesadelos com o chileno essa noite. E vale a pena lembrar que vencer Luxemburgo é uma delícia. Agora vamos ao Rio de Janeiro pegar o líder Fluminense, que empatou o duelo gay com seu co-irmão São Paulo, por 2 x 2, com direito a pênalti desperdiçado. Quem sabe o Verdão aproveita o embalo e encare o time de Muricy de igual pra igual. Não é segredo pra ninguém que o Palmeiras tem deficiências sérias no elenco, além da instabilidade da equipe titular, mas o pó-de-arroz carioca não é tudo isso. Se não “cochilarmos” poderemos finalmente ganhar padrão de jogo e reagir no campeonato. E por falar em “dormir”, alguém pode acordar o Rivaldo? É bem capaz do meia/lateral-esquerdo/inútil estar por lá ainda.
Créditos da foto: Terra.
Palmeiras fez uma boa partida, apesar dos excessivos erros de passe. Claro, não foi nada brilhante, mas há certos momentos que superam qualquer tipo de crítica. E esses momentos foram protagonizados por dois jogadores: Kléber e Marcos Assunção.
ResponderExcluirAntes eu achava que o Assunção só servia para bater faltas, mas o tempo mostrou que estava errada. Ele é uma das peças fundamentais dessa equipe, assim como o Kléber, que a cada dia mostra que aprendeu a jogar bola de verdade. A estadia no Cruzeiro foi boa, no final das contas. Nem se compara ao Kléber de 2008, que jogava com os cotovelos. A determinação permanece, mas a qualidade chega a me surpreender. Confesso que fico admirada com a força de vontade dele.
Ontem também fiquei feliz pelo Pierre, pois depois de tantas partidas ruins, ele finalmente voltou bem. Um tempo no banco fez muito bem a ele, e parece que a psicóloga tb ajudou nisso.
E pelo visto, Márcio Araújo na direita tem sido melhor que o Vítor, que esqueceu o futebol no Goiás. O camisa 8, apesar dos passes errados, é um jogador que compõe muito bem esse time.
Ah, não posso me esquecer do Rivaldo, que fez uma partida horrível e mais atrapalhou que ajudou. Se for pra fazer merda, volta pro Avaí, meu filho. Aqui é Palmeiras!
Palmeiras foi eficiente ontem... se não jogou um futebol esplendoroso, ao menos, venceu.
ResponderExcluirparabéns pelo texto/análise.
verdaços.