quinta-feira, 9 de setembro de 2010

PALMEIRAS E VITÓRIA “PERDEM” NA BAHIA

Na verdade fomos nós que perdemos... Tempo. Mais um jogo ruim do Palmeiras, que quando parece que vai, é porque não vai. E mais um jogo ruim no Brasileirão. Um time sem criatividade e padrão tático, contra um adversário que sobrevive de restos das outras equipes. Por isso o 1 x 1 foi justo. De um lado um técnico covarde e turrão na escalação, do outro uma mula retranqueira nas substituições. Isso não deveria ser considerado empate, e sim derrota para ambas as equipes.

Por falar em perder tempo, melhor economizar o meu ao falar do gramado do Barradão. Um lixo, não por acaso em um estádio que foi construído sobre um aterro sanitário, ou seja, nada mais justo. E por falar em lixo... Um time com dificuldades, que vence um jogo por 2 x 0 e consegue tomar a virada em casa, não pode se dar ao luxo de jogar com um a menos. Mas o Palmeiras, leia-se Felipão, repetiu o erro. Rivaldo começou jogando, enquanto Fabrício foi sacado. Entenda a matemática: 1 goleiro + 2 zagueiros + 5 volantes + 2 atacantes + Rivaldo = 10 jogadores. Pra piorar, Valdivia foi sacado da equipe por “deficiência técnica”. U-hum.

Um time que entra em campo dessa forma, só pode querer perder, ou no mínimo não vencer. Foi aproveitando disso, e da cagada de Maurício Ramos na marcação, que o Vitória abriu o placar com Elkeson. Então o Palmeiras quis jogar bola. Mas, como diria a sabedoria popular, querer não é poder. Não adianta querer fazer algo com alguns jogadores que não sabem nem andar direito. Kléber sozinho não pode levar esse time nas costas. E ainda um jogador como Marcos Assunção, que apesar da idade ainda tem alguma qualidade técnica, esbanjou displicência e errou de tudo um pouco, até na bola parada. E claro que não foi possível empatar.

Então Felipão tentou corrigir a péssima escalação, voltando do intervalo com Valdivia e Tadeu. Não por Tadeu, que pode fazer 5 gols e continuará sendo perna-de-pau, mas pelo único jogador, além de Kléber, que pode fazer algo diferente nesse elenco tão pobre. O Mago pode não estar na melhor forma física e técnica, que mesmo sem uma perna é melhor do que qualquer meia que estava jogando. Logo que começou o segundo tempo, o chileno já fez ótimas jogadas que esbarraram, quase sempre, na falta de qualidade e inteligência de alguns companheiros. Mas a mudança surtiu efeito. Valdvia rolou para Edinho chutar de fora da área. O chute foi esquisito, bem defensável, mas lá eles têm o tal de Viáfara. O goleirão amigo rebateu a bola nos pés de Tadeu, que mesmo que quisesse não conseguiria errar o alvo. Empate merecido porque o outro não merecia estar vencendo.

Rivaldo, que estava morto em campo, aliás, desde que resolveu jogar futebol, saiu para a entrada de Vítor. Enquanto isso Deola e Maurício Ramos tentavam entregar o ouro na defesa. Vítor, improvisado, não entrou bem, algo que se tornou costumeiro. E o Palmeiras, visivelmente mal fisicamente, não conseguiu e nem tentou a virada. E nada mais vale a pena dizer sobre essa partida.

Felipão é, e sempre será, o Felipão. Mas não adianta fingir que está tudo bem. Errou novamente na escalação e não consegue dar padrão tático a essa equipe. A desculpa de que falta um elenco mais qualificado é válida até certo ponto. Times como o Vasco, nosso adversário de domingo, são acertados taticamente mesmo com elencos até inferiores ao nosso. Barrar o craque do time, o cara que pode fazer algo diferente mesmo quando joga mal, não é a maneira mais inteligente de tentar consertar as coisas. E insistir em jogadores fracos e num esquema sem mobilidade, não é equívoco, é burrice. Acorda, Sr. Scolari, a zona de rebaixamento está logo ali. E empatar com o Vitória, independente das condições e do local do jogo, não é ganhar 1 ponto e sim perder 2. Se não ajuda, pelo menos não atrapalha.

P.s.: essa foto foi escolhida por ser a única coisa válida de se ver nesse jogo, para as mulheres, já que os homens não devem ter visto nada de interessante.

Créditos da foto: Terra.

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