segunda-feira, 6 de setembro de 2010

VIRADA VEXATÓRIA CONTRA O CRUZEIRO DEIXA O PALMEIRAS EM 12º LUGAR

Durante horas fiquei pensando em como poderia escrever sobre esse jogo frustrante e, até o momento, não sei como fazê-lo. A princípio, só tenho uma coisa a dizer: futebol é decidido em 2 tempos, Palmeiras.

Nem o palmeirense mais pessimista imaginaria o resultado da partida, após assistir ao primeiro tempo. O Cruzeiro não achou muito espaço, seus principais jogadores foram bem marcados e o Santo estava lá para guardar as redes. Mesmo jogando no 3-6-1, o Palmeiras conseguiu fazer 2 gols na primeira etapa, deixando-nos com a sensação de goleada iminente.

O primeiro deles saiu após cobrança de falta batida por Marcos Assunção, aos 35 minutos. Após confusão na área, o juiz deu pênalti de Wellington Paulista em Fabrício, e Kléber não perdeu a chance. Logo depois, aos 38, o Palmeiras ampliou o marcador com uma cabeçada certeira de Maurício Ramos, após escanteio batido por Assunção. Aliás, o camisa 28 teve ótimas chances em cobranças de falta, mas dessa vez a bola não estufou a rede. Na maioria delas, Fábio fez a defesa sem dificuldade.

Mas, se alguém viu só o primeiro, ou só o segundo tempo, pode ter certeza de que se assustaria caso visse a outra metade, parecia outro jogo. Foi outro jogo. O Palmeiras eficiente do primeiro tempo foi relaxando na marcação, perdeu Marcos com dores no joelho e, não por culpa de Deola, que isso fique claro, tornou-se um time covarde e sem poder de reação. Não havia necessidade de aumentar o placar, era só manter o resultado, o que não parece ser difícil para um time com 3 zagueiros e 50 volantes. É verdade que Cuca mudou seu time, colocando Farias no lugar de Gil e Roger Chinelinho, para nos atrapalhar a vida, substituindo Wellington Paulista. Mas também é verdade que o Palmeiras conseguiu se perder, e perder, sem a necessidade do Cruzeiro mostrar um futebol brilhante.

Como resultado, o coitado do Deola, ainda sem ter a oportunidade de mostrar serviço, levou um gol ridículo já aos 17 minutos. Maurício Ramos fez uma beleza de passe ao tentar afastar a bola, que foi parar nos pés de Roger. Ele chutou e confesso que nem sei em quem a bola desviou para entrar no lado contrário ao que Deola caiu para defender. Que beleza! Não bastando, três minutos depois, em outra bobeira da nossa defesa, Roger deu um passe que deixou Montillo na área pra marcar o segundo do Cruzeiro. E se o Palmeiras conseguiu se perder quando estava levando vantagem, imagine o que aconteceu depois... A única coisa que posso dizer é que foi vergonhoso.

Sem marcar, não conseguindo segurar a bola, muito menos criar ou reverter o resultado, o Palmeiras deixou o Cruzeiro jogar, por vezes ouvindo a torcida celeste gritar “olé”. Felipão mudou o time, o que não significou grande coisa. Tinga entrou no lugar de Valdívia, visivelmente revoltado, e Ewerthon deu lugar a Rivaldo (tarde demais). E para não dizer que o Palmeiras não conseguia fazer nada, fez sim, deixou Thiago Ribeiro livre para rolar a bola para Farías, impedido, marcar o terceiro gol aos 40 minutos. Se antes já estava vergonhoso, depois disso foi vexatório. Até tivemos algumas chances, inclusive de faltas já no fim do jogo, mas nada deu certo e a tarde, que parecia ser de alegria, terminou com um gosto amargo na boca.

E agora, o que dizer? O que esperar? Já se tornou chavão, mas esse time parece mesmo bipolar. Ou será que não? Ou será “apenas” resultado de contratações atrasadas? Além de ainda necessitarmos de alguns jogadores, o que evidencia um elenco incompleto, contamos com os contratempos de um time “montado” em agosto. E se Kléber não vai resolver sozinho, além dos problemas com arbitragem o tratando de forma diferente, se Valdívia não está em sua melhor forma, se Felipão ainda não acertou o time, se Fabrício não tira tudo, eu não quero nem imaginar pelo que estaríamos passando sem eles. Força ao nosso elenco e comissão técnica, que coloquem logo as cabeças e os pés no lugar, precisamos de reação que dure mais de um ou dois jogos. Derrotas acontecem, mas o que aconteceu hoje é inaceitável.

Créditos da imagem: lancenet

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