quinta-feira, 29 de abril de 2010

PALMEIRAS ACHA VITÓRIA NO ÚLTIMO MINUTO

Mais um jogo e mais uma vez os velhos problemas. Mau posicionamento tático é o principal deles. Treino que é bom parece não ter, ou pelo menos vou ficar como São Tomé, só acredito vendo que esse time treina. O melhor em campo acabou sendo Marcos, mais um indicador de que as coisas não estão no caminho certo, porque quando o goleiro é o mais exigido... Fuja pras montanhas! Se hoje o Palmeiras venceu, foi por mais "sorte" do que qualquer coisa, assim como já perdeu por "azar" anteriormente. Não acredito em sorte, mas se não é ela a causa da vitória, teria que ser a competência, coisa que eu não vejo. Preciso rever minhas crenças ou então me conformar com o inconformável.



Zago pediu e a torcida compareceu para empurrar a equipe. Cada vez mais perto da despedida do Palestra Itália, antes de virar uma moderna Arena multi-uso, o torcedor, mesmo muitos chegando atrasados como sempre, respondeu ao que lhe foi pedido. O time nem tanto. Hoje foi a estréia de Marcos Assunção na equipe. O volante "master" substituiu Pierre, suspenso. Em campo uma formação conservadora, com Edinho fazendo vezes de terceiro zagueiro, um tanto quanto desnecessário. As boas oportunidades surgiram porque Cleiton Xavier, há várias semanas contundido, voltou ao time.



Na primeira etapa as coisas até fluíam lá na frente, com Cleiton, Lincoln, Diego Souza e Robert, mas o gol que era bom não saía. Já atrás a coisa estava no mínimo bagunçada. Edinho era o mais perdido dos marcadores. Os dois laterais também estavam falhando muito na marcação, além de serem pouco produtivos no ataque. Resultado: deu pressão, mas tomou também. Jogando em casa, precisando fazer o resultado, era o Palmeiras que parecia jogar no contra-ataque. Mesmo com essa falhas ainda terminamos os primeiros 45 com leve vantagem técnica sobre os visitantes.


No segundo tempo o time voltou com a postura diferente. Voltou pior. Os quatro na frente se alternavam na anonimidade. Mas foi Robert o escolhido para a cagada de Antonio Carlos. Ele pode ser ruim, pode perder 200 gols por jogo, mas é o cara que define nessa equipe. Zago o tirou para colocar Ewerthon, que além do "mediano" tem outro adjetivo, não necessariamente de qualidade, que também termina com "iano". Não melhorou nada, só piorou, o cara perdeu o gol mais feito do jogo numa bola enfiada por Diego. O Atlético Goianiense só não marcou porque Marcos fez um bela defesa e alguns minutos depois operou um milagre. Para terminar o que havia começado, o careca futuro-técnico tirou Diego Souza, mais uma vez apagado, para colocar o excelente e famoso Paulo Henrique. O camisa 7 saiu muito vaiado, foi xingado e respondeu no mesmo nível. Por mim acabou por aí, mas com certeza muito chorão vai fazer beicinho pros palavrões de Diego Souza, enquanto deveriam se preocupar com o futebol fraco, não só dele, mas de toda a equipe.



O circo estava armado. Sem centroavante e com o torcedor-amendoim nas numeradas se preocupando mais em ofender o próprio atleta do que assistir o jogo, o gol parecia ficar cada vez mais longe. O tempo passava e as oportunidades, pouquíssimas, eram desperdiçadas. Até que no último minuto, último lance, último suspiro... Paulo Traffic Henrique, que ia perder um gol claro, foi puxado pelo braço na área e Leonardo Gaciba, o juiz sedentário, marcou pênalti. A chance da vitória caiu no nosso colo. E por falar em gol no Colo Colo, com desculpa do péssimo trocadilho, você provavelmente jamais irá se esquecer do que aconteceu há exatamente um ano atrás. E como há um ano, no último minuto, Cleiton Xavier nos deu o gol da vitória. Não acredito em sorte, não acredito em destino, mas a vida tem umas coincidências engraçadas...

E é isso aí. Mais uma vez teve gente que saiu antes de comemorar. Cleiton e todo o elenco foram abraçar Diego Souza, talvez porque todos eles saibam o que não sabemos: que não se põe só em um jogador a responsabilidade de uma merda coletiva. E agora, pessoal, vamos parar de polêmica e chororô pelo que não importa. O negócio é torcer, torcer muito, para que esses caras treinem bem durante a semana, e que se acertem em campo. É torcer para que o meio campo Cleiton-Lincoln-Diego faça pelo menos metade do que sabemos que poderiam fazer. É torcer valendo título para que zago acerte o posicionamento desses caras. Que jogo horrível, sofrido não é mais gostoso, mas por hoje estou aliviada. Para o título, faltam mais cinco jogos. E eu não sei se me pergunto "até quando esse time suporta?", ou se me permito sonhar...


Créditos da foto: lancenet.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

PALMEIRAS DÁ BOBEIRA, JUIZ ENFIA A MÃO, MAS A CLASSIFICAÇÃO É NOSSA

Olha, confesso que nunca gostei muito de fortes emoções. É claro que algumas grandes emoções, até pra ter história a contar, de vez em quando são bem vindas. Mas, meu Palmeiras, meu amor, mais cuidado com meu pobre coração, não precisa exagerar...

Como postei aqui hoje de manhã, a arena estava armada, mas a vantagem era nossa. Está certo, vantagem é vantagem e não vamos desprezar. Mas eu sou do tipo que gosta de futebol com gols, nada de resultado miserável correndo risco desse jeito, só porque jogou para fazer o mínimo. Uma vez um professor me disse algo que nunca vou esquecer: ninguém jamais é diferenciado quando só tenta fazer o mínimo. Mas o Zago colocou na cabeça desses caras que é assim que tem que jogar, e foi assim que eles fizeram, obedientes.

No primeiro tempo o time até que estava bem posicionado. Porém, muitas faltas, cartões desnecessários, passes errados e total falta de atenção na hora de tentar finalizar. Diego, no primeiro tempo, estava bem com Lincoln, já no segundo eu não soube se entrou em campo pra jogar ou ver o jogo mais de perto. A defesa estava boa, Danilo foi inteligente jogando de forma discreta, mas aparecendo bem quando necessário. Armero e Pierre querendo dar emoção ao jogo, mas enfim, o grande nome da primeira etapa foi Robert, batendo um pênalti no melhor estilo Adriano em fim de Campeonato Carioca. Eu, que naquele momento pensei que veria um resultado de agradar, até porque o Palmeiras estava mais ou menos e o Atlético uma merda, passei a ter uma palpitação dos infernos, meu coração parecia que iria saltar para fora, e foi assim quase até o final. Quer dizer, não foi assim. Piorou.

Segundo tempo, aquela coisa. O Atlético que não estava jogando nada no primeiro tempo, na maior vontade de perder, voltou nervoso, mas determinado a atacar. Vale lembrar que o time paranaense ficou quase o jogo todo sem um jogador, já que Bruno Costa foi expulso bem no começo do primeiro tempo. E o Palmeiras, ah, meu Palmeiras, jogava como se tivesse goleado no Palestra e o jogo em Curitiba fosse passeio. Mas não era essa a realidade. E dentre tantas chances mal aproveitadas, acabou sendo garfado pelo péssimo árbitro que, após o lance em que não marcou uma falta do Atlético, conseguiu ver um pênalti inexistente de Léo em Tartá. Ao contrário de Robert, Alan Bahia não estava a passeio e deixou o Marcos vendo passarinhos (porque borboleta é do outro lado do muro) enquanto comemorava. Com esse resultado, o jogo terminaria em pênaltis. E do jeito que os dois goleiros defenderam hoje, como diria o queridíssimo Pavão Bueno, haja coração.

Confesso que já estava a ponto de enfartar, essa é a verdade, como diria Gagá do Valle. E como hoje estou pra imitar esses caras sem noção, Neto dizia que o que o Palmeiras estava bobeando, ainda jogando como se tivesse vantagem, é brincadeira, só pode ser brincadeira comigo. Como um time pode bobear tanto mesmo na corda bamba? É o que eu dizia ao meu pai, muito abatido, quando o Márcio Araújo resolveu acordar e cruzou para Lincoln, livre, empurrar um pouquinho só a maldita para dentro do gol. Isso já aos 43 do segundo tempo. Eu gritei tanto, mas tanto, que meu vizinho bambi deve ter se arrependido de todas as vezes em que gritou nos jogos que o Palmeiras perdia, enquanto eu ficava calada.

E foi isso. Meu estado emocional não me deixa dizer mais nada. Confesso que no primeiro tempo o Palmeiras estava mais ajeitado, mas dizer que jogou melhor que em muitos jogos do Paulista é simplesmente afirmar apenas que teve algum futebol. Para passar pelo Atlético foi suficiente, mas ainda falta muito, muito mesmo. Porém, por hoje estou feliz. Queria só mandar um “chupem” bem grande para aquela torcidinha dos infernos, que ficou calada ouvindo o porco cantar. Outro “chupa” para o Manoel que, ao contrário de Danilo, entrou para o jogo na base da violência, dando cotoveladas e tudo mais. Para o juiz, além do “chupa”, quero que ele sofra muito na vida, que pague por ser imbecil de uma forma bem triste e morra passando muita dor. Se quiserem ir à delegacia, é só pedir meu nome que eu mando por e-mail. Mando também um “acorda” para Zago, para Robert, Ewherton e para o Diego do segundo tempo. Por último, e mais importante, Márcio e Lincoln, hoje eu amo tanto vocês que beijaria seus pés. E sortudo foi aquele torcedor que pegou a camisa do Lincoln, queria eu, mas pelo jeito terei que comprar a minha 99.

É isso aí. Hoje dormimos em paz, resultado assustador, porém estamos vivos. A partir de amanhã, só muito treinamento e crença de que algo esteja ao nosso favor, porque vai ser difícil, mas não aceitamos nada menos que um título. Venha como vier, desde que honestamente, para tirar esse “campeão” que ficou preso na minha garganta há alguns meses eu aceito até esses resultados medíocres. Pra terminar, o Atlético falou que era jogo treino, que não sei o que... Tudo bem que o Palmeiras deixou a desejar, mas que time ruim aquele, hein? Pensando bem, vou terminar de forma melhor: CHUPA ATLETICANO, AQUI É PALMEIRAS!

Créditos da foto: Lance Press

quarta-feira, 21 de abril de 2010

PALMEIRAS PEGA ATLÉTICO PR E BUSCA SE FIRMAR EM 2010

Pensando em minhas lembranças “antigas” sobre Palmeiras, não consigo deixar de pensar na Copa do Brasil como aquela competição em que, desde o tempo em que eu era criança, foi marcada por altas emoções ao palmeirense, mesmo se tratando de uma eliminação vergonhosa para algum time que o pessoal da TV faz questão de esquecer menos que nós.


E hoje é dia de decisão para o Palmeiras na Copa do Brasil. Para um time que tem obrigação de ganhar título nesse ano, mais do quem em muitos outros, decisão precisa tornar-se algo normal. Por outro lado, para um time que apresentou aquele futebol sem vergonha do Campeonato Paulista, ousadia chamar aquilo de futebol, uma decisão é até grande coisa. Não digo isso pelo Atlético Paranaense, que é um clube mediano com um time mediano e pode ser vencido sem grandes problemas, mas sim que devido a fase desse time do Palmeiras que, apesar dos fracos adversários, tem conseguido chegar mais longe que muitos esperavam nessa Copa do Brasil. Perder não será uma decepção, mas uma vergonha, uma grande vergonha porque o tempo da decepção já passou. Mas não vamos pensar em derrota, até porque ela não aconteceu e, em minha opinião, não irá acontecer.


Como não poderia deixar de ser, o timinho da baixada lá de Curitiba quis esconder seu péssimo futebol com polêmica, afinal a responsabilidade de jogar bem era deles, o time em “ótima fase” contra o time em péssima fase. Não vou sequer entrar no mérito de comentar o que é bom futebol no Campeonato Paranaense, que infelizmente conheço, mas garanto que é bem melhor ver o Palmeiras estilo Paulista de 2010. Não vou, também, fazer nenhuma tentativa hipócrita de inocentar o Danilo, que fez grande merda, além de cuspir em alguém - o que é algo nojento e agressivo também de forma simbólica -, praticou uma atitude preconceituosa, o que é uma das coisas mais ridículas que alguém pode fazer. Claro que é obrigação pensar que ele pediu desculpas – nunca vi nenhum jogador fazer merda e ter a atitude de ir a público pedir desculpas, o que era o mínimo que ele podia fazer, além de que a merda que fez foi uma atitude em momento de nervosismo e, principalmente que o jogador Manoel saiu do campo falando que era coisa de jogo e estava resolvido, depois foi obviamente orientado a procurar a justiça. Mas pedir desculpas não faz o tempo voltar, errou e tem que pagar por isso. O que Manoel fez é direito dele, mas considero hipocrisia a pessoa poder ofender sexualidade, aparência, dentre outras atitudes preconceituosas, mas só ofensa racial é vista com esses olhos com que o Danilo foi julgado por imprensa e torcedores. Em minha opinião, não pode um e não pode outro. Gays, feios, gordos, magros, deficientes, brancos, putas, índios, enfim, negros não merecem mais respeito que nenhum desses, isso porque todos merecem respeito no mesmo nível. Além disso, o que Danilo fez não é racismo ou intolerância, pois ambos são praticados quando a pessoa não aceita fazer algo em conjunto, ou na presença, de alguém de outra raça, religião, sexualidade, etc. É crime passível das maiores penas, mas é diferente de preconceito, o que o Danilo praticou, que em minha opinião deve ser punido e educado. Isso porque preconceito, como o próprio nome diz, é um “pré-conceito” que se faz de algo estranho e diferente a partir do momento em que a pessoa discrimina esse diferencial. É errado, mas além da punição deve haver educação para que pessoas não ajam dessa forma. O Danilo deve ser punido, pela atitude preconceituosa e por colocar o Palmeiras em problemas, mas acho exagero pedir a cabeça do cara, como muitos por aí tem feito, na maior das hipocrisias, sendo que já vi grande parte desses em práticas preconceituosas, principalmente contra homossexuais. Manoel, claro, também deve ser punido, foi ele quem começou a palhaçada toda. Aliás, que jogador grosso e violento, me lembrou até o Domingos, ainda bem que não veio para o Palmeiras.


A torcida do Atlético estará preparada para fazer do jogo um inferno. Para os inquisidores de Danilo, é bom lembrar que se trata de uma torcida famosa por cuspir nos adversários em aquecimento, o que é possível devido a proximidade que ficam do campo. Depois da atitude do Danilo, jogador que já estavam prometendo “perseguir” com mais afinco devido a coisas do passado, resolveram pintar a cara de preto para o jogo. Antes de tudo, gostaria de dizer que aprovo e concordo com qualquer manifestação pacífica e que não cause danos, como essa, mas não pelos motivos em questão. Quem já prestou atenção nessa torcida, já notou o quanto ofendem jogadores negros, aliás, o próprio Atlético foi processado por discriminação a um jogador negro da base. É evidente que isso tem sido feito, primeiro, porque é o Danilo, jogador que era deles e tem desafetos por lá, bem como que estão utilizando de uma manifestação “nobre” para outros fins. E, sinceramente, uma das atitudes cuja baixeza se equivale ao preconceito é quando alguém pratica apoio a uma causa “nobre” com objetivo de benefício próprio. Basta visitar a página deles no Orkut, de onde veio a idéia, para notar quais são os objetivos: pressionar o Palmeiras, principalmente o Danilo, ajudando assim numa possível vitória atleticana.


É dentro de tudo isso que, hoje, o Palmeiras decide seu futuro na Copa do Brasil e no ano de 2010. E naqueles 90 minutos, com todo respeito a essas causas, não nos importam os erros e preconceitos de um lado, e nem as hipocrisias e baixezas do outro. O que vai importar é a bola rolando, os jogadores em campo, e o que aqueles homens que vestem nossa camisa serão capazes de fazer. O Atlético é um time ajeitadinho, mas estará sem seu principal jogador, a vantagem é nossa, eles perderam um título quase ganho para um time de segunda divisão, ou seja, nervosismo e pressão são do lado de lá. Espero um resultado favorável e futebol aceitável, tempo para treinar nosso time teve. Já passou da hora de o Palmeiras se firmar neste ano, só assim vamos poder deixar certo passado para trás. Avanti, Palmeiras!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

PALMEIRAS FAZ O BÁSICO E LEVARÁ VANTAGEM PARA CURITIBA

Não foi de encher os olhos, nem tampouco deprimente como as cenas que vimos nos últimos jogos que, graças a Deus e à minha péssima memória, já nem me lembro direito como e quando foram. O futebol foi burocrático, o resultado foi o mais simples dos simples dentre os positivos possíveis, e é ainda impossível negar os defeitos da equipe, que continuam escancarados. Fora isso, pelo menos vencemos e não tomamos gols. Nos dias difíceis em que estamos, não dá nem pra reclamar de um resultado assim, tem é que agradecer.

O Palestra Itália viveu uma noite de Palestra Itália. O jogo começou com um público e terminou com o dobro. Gente chegando do trabalho, fugindo do trânsito infernal e outros que resolveram de última hora ir à partida, sem falar nas notícias de dificuldades para comprar os ingressos. Essa uma tradição antiga, tão importante quanto a macarronada de domingo. E foi assim que o Palmeiras tentou fazer as pazes com a vitória em casa. Antonio Carlos, que teve 10 dias para treinar, embora não pareça, fez mudanças táticas significativas na equipe. O chileno Figueroa foi deslocado para o meio-campo, fazendo hora função de armador, hora de volante. Márcio Araújo, volante de origem, ganhou a posição na ala direita e Lincoln substituiu Cleiton Xavier, novamente contundido, no meio campo. Além disso, Diego Lost (igual ao seriado: parece que ele não sabe o que está acontecendo com ele mesmo e está tão perdido/confuso quanto quem o assiste), supostamente improvisado no ataque, já deu certo assim com Muricy, mas hoje foi pouco acionado/acompanhado/eficiente. Para quem não aceitava improvisos, acho que se não der certo como treinador o Zago pode tentar um emprego no programa Quinta Categoria, da MTV.

A partida começou com o Palmeiras se impondo e marcando forte. O Atlético, acuado e sem muitas opções, apostava na bola parada de Paulo Baier. Até lateral e alta no meio do campo servia. Embora o Verdão ficasse com a bola a maior parte do tempo, os lances perigosos foram poucos. E antes que o desespero, típico desse time, começasse a bater na porta, Edinho avançou, recebeu de Robert e devolveu de calcanhar para o atacante que não vacilou e abriu o placar. Depois do gol veio a reação de sempre: recuar. Com isso o Atlético foi fazer o que melhor sabe: bola na área. Numa jogada na linha de fundo surgiu uma sucessão absurda de escanteios. Paulo Baier cobrava direto pro gol, tentando surpreender Marcos. E enquanto isso coisas além campo aconteciam dentro da área. Danilo e Manuel se estranharam, o zagueiro do Atlético deu uma cabeça de leve no camisa 23 que devolveu no lance seguinte com uma cusparada na cara. Lamentável. Punição pesada à vista - até porque, depois da partida, mesmo tendo declarado que não houve nada demais e foram lances de jogo, Manuel e a diretoria do Atlético foram à delegacia prestar queixa afirmando que nosso zagueiro o chamou de “macaco”, atitude ainda pior e que, se verídica, merece punição. No final da primeira etapa o Palmeiras voltou a melhorar e controlar o jogo, inclusive com um lance capital. Lincoln foi calçado na área, pênalti claro não assinalado pelo árbitro.

A volta para a segunda etapa não trouxe grandes novidades. O Palmeiras, como já disse, burocrático, entrou para administrar o resultado e nem fez força para tentar ampliá-lo. O mais importante era não levar gol. O Atlético bem que tentou, do mesmo jeito que no primeiro tempo, mas quando a bola não era espirrada por um dos nossos marcadores, parava em Marcos. Zago, ao invés de melhorar a equipe, mais uma vez mandou muito mal nas alterações. A solução dos nossos problemas, Paulo Henrique, o famoso "Quem?", entrou na equipe substituindo Lincoln. Depois foi a vez de Robert deixar a equipe para a entrada de Ewerthon, ao som de "burro" vindo da arquibancada para uma certa mula no banco. No finalzinho foi Figueroa quem saiu para a entrada Marquinhos, o lindíssimo craque Marquinhos. Para não dizer que ele não fez nada, fez sim, bateu o pior escanteio do Palmeiras no jogo e olha que todas as cobranças foram ridículas. Sem querer exagerar nas reclamações ao nosso técnico, mas há rumores de que, ao contrário dos demitidos Luxa e Muricy, esse agrada a pseudo parceira fantasma. Porque será?

E foi isso. Nada de mais, nada de menos. Falta muito para podermos respirar tranqüilos, e infelizmente parece que nem perto disso estamos. Mas o resultado foi importante. Agora o jogo será em Curitiba, com a Arena da Baixada lotada e sem Paulo Baier, já que a besta conseguiu uma expulsão depois de falta dura em Danilo. Tempo não falta para treinar, quem dera eles usassem da maneira correta. Quem dera.

Em tempo, é triste saber que não temos paz nem na vitória. Obrigada, Danilo. Obrigada mesmo. Em pensar que já até pensei em comprar camisa com seu nome. Só tenho uma coisa a dizer: antes macaco que burro.

Créditos da foto: Lance Press.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

NÃO É O FUNDO DO POÇO... AINDA

Às vezes não é preciso falar muita coisa. Não é nem necessário discutir a partida de hoje, mais uma vez pífia. Dizem que os números muitas vezes mentem, principalmente no futebol, que segundo eles, os cronistas esportivos, não é uma “ciência exata”. Os nossos números são ruins mesmo, mas é verdade que eles mentem. A realidade do Palmeiras não condiz com os números: é pior do que eles. Isso não é um fruto de erro de planejamento, porque simplesmente não houve um.

No geral foram 23 jogos no ano, com 10 vitórias, 7 empates e 6 derrotas; 39 gols marcados, média de 1,7 por jogo, e 33 gols sofridos, média de 1,43. O aproveitamento, lembrando que contamos com os resultamos sobre os fraquíssimos adversários da Copa do Brasil, é de 53,6%. Você acha isso ruim? Então veja somente no Paulistão. Foram 19 jogos, 6 vitórias, 7 empates e 6 derrotas, com 31 gols marcados, média de 1,63 por partida, e 32 gols sofridos, média 1,68. Aproveitamento medonho de 43,9%. Desses 19 jogos, 9 foram sob nosso mando, sendo 8 deles disputados no Palestra Itália. Na nossa casa a campanha foi ainda mais vergonhosa: 2 vitórias, 3 empates e 3 derrotas, com 14 gols marcados e 15 sofridos. Aproveitamento de 37,5%. Aproveitamento de time rebaixado.

Vamos falar a verdade agora. Esses números não condizem com a real equipe do Palmeiras, quão menos com o futebol apresentado. Temos um elenco forte, com peças de reposição, jogadores tarimbados em praticamente todas as posições e as contrações são precisamente minuciosas desde o início do ano. Se falta mais qualidade no ataque é culpa da torcida que expulsou nosso melhor atacante filho da puta daqui. Se o problema às vezes é na defesa, obviamente é causado por um acaso, já que é treinado incessantemente posicionamento e fundamentos básicos, como um passe de 2 metros, coisa que essa equipe faz primorosamente bem. O trabalho, que já começou bem feito com a troca de um técnico de ponta, que recebia muito mais do que o Palmeiras poderia pagar e pasmem, continua recebendo mesmo demitido, pela contratação de um ex-zagueiro/futuro-técnico que deve receber menos do que o IPVA do carro do presidente, Sr. Luiz Gonzaga Belluzzo. Agora está ainda melhor. Paulo Henrique vem aí e o problema, se é que havia, já está resolvido. Esse momento conturbado com os resultados não passa de má fase, acontece com qualquer grande time do futebol mundial. Portanto, não se desespere palmeirense, porque o Brasileirão vem aí e se não conseguimos ganhar de Rio Branco, Rio Claro, Mirassol, Ituano, Paulista, Ponte Preta e Cia, com toda certeza conseguiremos uma campanha com números exorbitantes em cima de Cruzeiro, Flamengo, Internacional, Grêmio... Tenha calma, porque o melhor ainda está por vir.

Créditos da foto: Uol Esportes.

sábado, 3 de abril de 2010

“FORTES EMOÇÕES” MARCAM DESPEDIDA DO PALESTRA NO PAULISTÃO

Na vida há vários motivos que causam alívio. O futebol não é exceção. O alívio do gol, da defesa, da bola tirada em cima da linha, do chute pra fora, do apito final quando você está ganhando e está sendo pressionado, etc. E hoje a única emoção que consegui ter foi o alívio... Especificamente quando o juiz apitou e encerrou essa porcaria de jogo. Pelo menos o Paulistão só terá mais uma rodada para nós, chega de tortura.

Chuva chata e intermitente, frio, feriado prolongado, time eliminado e com jogadores reservas. Arrume um bom motivo para assistir essa coisa. Impossível. Nada além do amor. Só o amor pra levar 3 mil malucos ao Palestra neste dia horrível. Esses 3 mil lunáticos viram um time composto em grande parte por garotos da categoria de base. O mais difícil foi escolher o pior deles. Na zaga a volta de Maurício Ramos iniciando uma partida, coisa que não acontecia desde 2009. O adversário, fraquíssimo como a maioria dos times no estadual, deu menos trabalho do que outra coisa, um “inimigo íntimo”: a drenagem do Palestra Itália. Mesmo com a chuva caindo desde o início do dia, raramente ela caía forte. Ainda assim o gramado ficou encharcado, cheio de poças e deixando o jogo, que Deus sabe já seria feio, em algo ainda mais tenebroso.

No primeiro tempo não aconteceu nada. O momento mais interessante foi uma saída de gol do bom goleiro Deola. E no segundo tempo? Mesma coisa, ou seja, mesma merda. A chuva aumentou, o gramado ficou pior, a torcida, que não passava de alguns gatos pingados, resolveu pegar o Souza para o Judas de Sábado de Aleluia e o Antonio Carlos demorou, demorou, demorou, mas colocou três titulares em campo. Primeiro Edinho no lugar de Gualberto. Depois Diego no lugar de Márcio Araújo e por fim Robert substituindo Joãozinho e seu nariz de 15 cm.

Diego melhorou um pouco a pocilga, mas não foi o suficiente. Um jogo tão ruim, mas tão ruim, que não merecia outro resultado senão o 0 x 0. Aliás, um -1 x -1 seria mais apropriado para coroar a campanha brilhante do Palmeiras nesse Paulistão, ainda mais incrível dentro de casa. Um time incompetente ao ponto de ser criticado nos dois extremos, ofensivo e defensivo. Assistir um jogo dessa equipe tem se tornado uma tarefa tão agradável quanto uma extração de dente do siso. Hoje ainda pode-se levar em consideração o fato de ser uma equipe reserva, por sua vez fraquíssima, já que o elenco é fraco. E de pensar que ainda tem o Paulista em Jundiaí, hein. Lá vamos nós pagar nossos pecados de novo.

Créditos da foto: Uol Esportes.

PRÉ-JOGO - PALMEIRAS X OESTE

O Palmeiras encara o Oeste de Itápolis daqui a pouco para tentar finalmente vencer no Palestra Itália. Pelo Paulistão, a última vitória na “nostra casa” foi o 2 x 0 contra o São Paulo, ainda pelo jogo que marcou a estréia de Antonio Carlos no comando. Sem a mínima chance, sequer matemática, de classificação, Zago colocará o time reserva em campo.

A equipe deve começar a partida dessa forma: Deola; Eduardo, Gualberto, Maurício Ramos e Gabriel Silva; Souza, Anselmo, Marcio Araújo e Ivo; Joãozinho e Vinícius. Que a molecada faça nosso domingo de Páscoa um pouco melhor.

O Passione Verde está realizando uma promoção para o Campeonato Paulista de 2010, valendo um livro e um conjunto de botons do Palmeiras. Para participar, você precisa fazer um comentário com seu palpite de resultado para o próximo jogo, incluindo seu nome. Os palpites serão aceitos neste post, até 5 minutos antes do início da partida. Quem acertar mais resultados do Palmeiras durante o campeonato levará o prêmio. E então, qual será o resultado de Palmeiras x Oeste, neste Sábado de Aleluia, 03/04?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

PALMEIRAS VENCE PAYSANDU E AVANÇA NA COPA DO BRASIL

Olha, o juizinho até que tentou ajudar o Paysandu, ignorando não apenas um, nem dois, mas três, eu disse TRÊS pênaltis a favor do Palmeiras. E se o Paysandu não fosse tão ruim, eu diria até que os jogadores do Palmeiras tentaram ajudar também, não reclamando dos pênaltis não marcados e enrolando o jogo como se a vantagem fosse de pelo menos quatro gols. Mas não vou dizer isso, primeiro porque o Paysandu não se ajudou em nada, segundo porque na fase atual, de mau futebol/má administração/má sorte, o magro 1x0 está legal. Claro que, assim como qualquer outro palmeirense, sinto o sabor de “queria pelo menos mais um”, mas é aquela coisa: “tá ruim, mas tá bom”.

O jogo começou bonito de se ver, os defensores do Palmeiras tocando a bola pra lá e pra cá, mesmo que alguém da lateral ou do meio pedisse o passe, diga-se de passagem. Quando não era isso, tínhamos belíssimos (e medonhos) erros de passe e finalizações. Tremo ao lembrar que quase fiquei com medo do Paysandu. Mas como já disse, o próprio Paysandu não se ajudou.

No primeiro tempo foram poucos os lances ofensivos. Um cruzamento bem feito de Diego, mal aproveitado por Robert, que furou, e Bruno Paulo que chutou pra fora. Um chute de Ivo, algumas tentativas do esforçado, e talvez bom, mas com dificuldades na finalização, estreante Bruno Paulo. O menino busca jogo, por ser estreante pode-se dizer que se mostrou entrosado com o time, mas chutou mal pra caramba, essa é a verdade, deve ter perdido umas cinco boas chances de gol durante todo o jogo.

Ivo oscilava entre bons e maus momentos, Armero esteve bem, mas pouco acionado no primeiro tempo, Márcio Araújo com dificuldade e Diego Souza bem melhor. Aliás, junto com Ivo ele poderia ter jogado melhor se os dois tivessem mais empenho em tentar recuperar bolas que perdiam em roubadas de jogadores do Paysandu, bem como se Danilo, mal no jogo mais uma vez, não insistisse por um incontável número de vezes numa tentativa bizarra de ligação direta com o ataque que, só para constar, não funcionou uma vez sequer. Com todo respeito ao zagueiro, que apesar de estar em uma fase ruim é jogador de qualidade e comprometido, essa bela jogada ensaiada que ele repetiu insistentemente, mesmo quando um meia ou volante se apresentava ou pedia a bola, mesmo com Armero sempre livre esperando passe (ou seja, não foi por falta de opção), mata o jogo que já não está grande coisa.

No segundo tempo, dois ou três sustos com o Paysandu. Mesmo com alguns jogadores, principalmente Edinho e Ivo, bem cansados, o Palmeiras chegou perto mais vezes. Mas a finalização estava difícil. Diego tentou três ou quatro chutes, Bruno Paulo e Robert fizeram duas boas jogadas na área, mas não conseguiram finalizar. O próprio Armero, no fim do jogo, teve sua chance em uma arrancada rápida de contra ataque, quase livre, em que poderia ficar na cara do gol, mas recebeu falta e, mesmo podendo continuar, não o fez. Uma pena, seria um belo gol, seria uma alegria o placar um pouco mais gordinho. E por mais que hoje seja 1º de abril, é verdade, o nosso lateral colombiano merecia um gol hoje. Provavelmente o melhor em campo, Armero foi fundamental no nosso único gol. Após uma tentativa frustrada de Diego, aos 15 do segundo tempo, Armero impediu a saída da bola e cruzou muito bem para Robert marcar de cabeça. Aliás, reclamamos e reclamamos, mas só o Robert para nos fazer gol, esteve em todos os jogos do ano e nem teve folga no sábado, dia do nascimento de seu quarto filho. Isso porque, bem ou mal, só ele está sempre ali. E já é abril, mas o Palmeiras ainda não contratou aquele camisa 9 bom tão prometido.

Muita coisa precisa mudar, mas o Palmeiras de hoje esteve um tanto melhor. Marcação melhorando, Pierre também melhorou em relação às últimas apresentações, mas mesmo isso e a classificação para as oitavas de final não fazem cessar nossa preocupação. Ainda sofremos demais por um ano mal terminado e outro começado pior ainda. A desclassificação vergonhosa no Campeonato Paulista, ironicamente, teve algo de bom. Digo isso porque sou adepta da teoria de que quase tudo que se começa errado, termina errado, então geralmente é melhor mesmo parar, buscar melhorar o desempenho e então tentar algo ainda bem possível. Agora esse time vai ter o tempo necessário para os muitos treinos de que precisa. E se a pretensão for, realmente, um final melhor na Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, é bom correr porque a água já bateu na bunda e há futuros adversários jogando muito melhor. Nada como o tempo para tentar consertar os erros e corrigir limitações. Que esse tempo seja bem aproveitado, e que essa diretoria acorde, pois tenho a impressão de que não é bem Diego Souza quem anda dormindo no trabalho, ao contrário do que dizem alguns que insistem sempre em culpar apenas um, sendo ele culpado ou não.

Créditos da foto: Lance Press.