domingo, 29 de agosto de 2010

VERDÃO SE RECUPERA E BATE O GALO DE VIRADA EM MINAS

Lembra do “8 ou 80”? Pois é, parece que teremos que nos acostumar com isso até que o time se ajeite. Pelo menos hoje foi dia do “80”. Mesmo com uma equipe completamente defensiva, somente com Kléber e Valdivia na frente, o Palmeiras fez um bom jogo. Mas só conseguiu mesmo a vitória quando teve postura de quem quer vencer. As mudanças de Felipão surtiram efeito, embora os grandes responsáveis pela virada tenham sido Kléber e Marcos Assunção, que participaram diretamente dos dois gols. A primeira vitória fora do estado de São Paulo desde o primeiro jogo contra o Paysandu, em março, pela Copa do Brasil, fez o Verdão ganhar diversas posições e respirar na tabela. Mais importante do que isso, depois do vexame de quinta-feira, a vitória recupera o ânimo dessa equipe, ainda muito instável. Além, é claro, de ajudar ainda mais a afundar Luxemburgo e Cia. E aí Luxa, tomou?

Acredite, é inverno. Calor em praticamente todo o país, além do insuportável tempo seco, que obviamente, não seria diferente em Minas. O Ipatingão teve um público correspondente ao futebol do Galo mineiro, “mirradinho”. O torcedor palmeirense também foi, ainda que com muita desconfiança. Depois da derrota vexatória para o Atlético-GO, Felipão resolveu trancar a equipe. Eram aproximadamente 6 zagueiros, 22 volantes, 1 meia e 1 atacante. Mesmo com tudo isso congestionando a meia defensiva, o Atlético-MG começou em cima. A pressão foi tanta, que Neto Berola até meteu uma bola na trave nos minutos iniciais. Demorou algum tempo para o Palmeiras entrar no jogo, mas quando o “fogo no rabo” atleticano esfriou, as melhores jogadas mudaram de lado.

Kléber e Valdivia deram muito trabalho, mesmo praticamente isolados. O Mago fez ótimos lançamentos e em um deles o Gladiador driblou Fábio “Bosta”, mas, desequilibrado, chutou fraco e Réver conseguiu afastar quase em cima da linha. O chileno também perdeu o dele. Recebeu uma bola livre na entrada da área, em condição legal, mas demorou para definir e foi desarmado. Chance claríssima mesmo teve Fabrício. Depois de cobrança de escanteio de Marcos Assunção, pela direta, a bola sobrou na pequena área, era só o zagueiro e o gol, mas o ex-flavelado desviou mal. E enquanto o Atlético-MG parava o Mago com faltas, o Palmeiras não evoluía pela falta de presença ofensiva.

Mesmo com essa deficiência, Felipão não mudou a equipe no intervalo (nem acordou Rivaldo). E de repente, uma pane. Falha na direita defensiva e gol de “Lenny” Berola, que cavou a bola na saída de Marcos. E por pouco não levamos o segundo gol, dessa vez Maurício Ramos salvou. E foi só... Pro Atlético. Depois disso o Palmeiras voltou ao jogo e mostrou que dessa vez não estava afim de levar a derrota pra casa. Valdivia, já estafado e “esfolado”, foi substituído por Tinga, e Fabrício deu lugar a Luan na equipe. O atacante teve participação fundamental no gol de empate. Primeiro Kléber lutou, ficou com a bola e rolou para o camisa 21, que na entrada da área bateu na diagonal e viu Fábio Costa rebater nos pés de Marcos Assunção. A virada veio pouco menos de 10 minutos depois, com o Gladiador. O camisa 30 recebeu de Assunção na área, cortou e bateu por entre as canetas do frangueirão.

Ainda no final do jogo, o Palmeiras perdeu chance de ampliar o placar com Luan, que cabeceou bem, no chão, e Frango Costa tirou com o pé. Com o apito final, o alívio bateu no palmeirense. Foi afastada qualquer possibilidade de crise eminente e foi importante para a recuperação na tabela. Além de Kléber e Assunção, boa partida dos “operários” Márcio Araújo e Pierre, e o Mago também jogou muito melhor hoje, tanto que tem que gente que terá até pesadelos com o chileno essa noite. E vale a pena lembrar que vencer Luxemburgo é uma delícia. Agora vamos ao Rio de Janeiro pegar o líder Fluminense, que empatou o duelo gay com seu co-irmão São Paulo, por 2 x 2, com direito a pênalti desperdiçado. Quem sabe o Verdão aproveita o embalo e encare o time de Muricy de igual pra igual. Não é segredo pra ninguém que o Palmeiras tem deficiências sérias no elenco, além da instabilidade da equipe titular, mas o pó-de-arroz carioca não é tudo isso. Se não “cochilarmos” poderemos finalmente ganhar padrão de jogo e reagir no campeonato. E por falar em “dormir”, alguém pode acordar o Rivaldo? É bem capaz do meia/lateral-esquerdo/inútil estar por lá ainda.

Créditos da foto: Terra.

sábado, 28 de agosto de 2010

96 ANOS DE PAIXÃO E MUITAS HISTÓRIAS PRA CONTAR – PARTE 8



Emoções, histórias, fatos inesquecíveis, momentos incríveis! O Palmeiras proporciona um misto de sensações, às vezes até indescritíveis, mas que todo palmeirense conhece bem. O Palmeiras voltou a ser Palmeiras, ostentando sua fibra, calando bocas infames, transformando a lealdade em padrão. E é assim que sempre deve ser.

Não há espaço suficiente para todos contarem sobre a sensação de ser palmeirense, de respirar esse ambiente que tanto amamos. Em homenagem aos 96 anos do alviverde imponente, pedimos a colaboração de vários companheiros de paixão para que pudéssemos externar um pouco desse sentimento incompreensível para os outros, mas entendido com apenas um olhar pelos palmeirenses.

O Palmeiras está em todos os lugares e, independente do lugar físico, todos sentimos a mesma coisa. Alguns têm o privilégio de sempre verem o Verdão jogar, outros sequer foram a um estádio. Alguns só podem acompanhar os jogos pelo rádio, outros pela internet e TV. Mas isso apenas significa que a paixão não é limitada a um lugar apenas. Somos todos iguais, unidos pelo mesmo ideal, sentimos a mesma coisa. E é apenas isso que importa.

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Hoje, aos 14 anos, posso me orgulhar em dizer que eu segui à risca a tradição da família. Eu nunca me opus ao meu verdadeiro amor, e muito menos pensei em abandoná-lo. Demorou um pouco pra honrar todo esse amor, mas foi o tempo necessário pra que ele se tornasse eterno. Conheci as emoções palmeirenses, de fato, no ano de 2008, mesmo que ainda me lembre quando eu tinha por volta de 8 anos meu pai ter me levado para assistir no estádio, meu primeiro jogo do Verdão. Não me recordo ao certo das emoções ali vividas. Lembro do placar que foi 3 à 2 com uma vitoria nossa, contra o Paraná Club, e também me recordo que foi o Pedrinho quem fez um dos gols. E foi naquele momento que a sementinha do amor incondicional foi plantada. Mas só 4 anos mais tarde fui ao estádio novamente. Um jogo pra ser esquecido. Fiquei na torcida do Coritiba. Confesso que mesmo não me interessando muito pelo Palmeiras, e por futebol naquele ano, as lágrimas correram pelo meu rosto quando vi minha torcida lá, do outro lado do estádio, tão distante. Quando eu vi o meu povo lá, e eu ali, na torcida adversária. Não sendo só isso a grande decepção, vi dali meu Palmeiras perder. E pensei em trocar de time? Não, pelo contrário, quis saber mais, acompanhar meu Palmeiras. E naquele mesmo ano, fomos classificados para a Libertadores.
Chegado o ano de 2009, não perdi sequer 1 jogo do Verdão. Quando não passava na tv, tava lá, eu, meu pai e meu irmão ouvindo o jogo. E foi ouvindo o jogo que nos deparamos com a desclassificação do Palmeiras na Libertadores. Confesso que me emociono facilmente, e maior é a emoção quando se trata do Palmeiras. Como não podia deixar de ser, chorei a nossa desclassificação, e o sentimento de vazio se fez presente naquele momento. Só que ainda mais o sentimento de amor, pois o Palmeiras estaria aqui em Curitba, para jogar contra o Coritiba. O amor se fez presente ali de novo, e a esperança de vê-lo ganhar em "casa" se fez ainda maior que a decepção da eliminação. Ver o Palmeiras jogar aqui? Ah, tinha como ser mais perfeito? Sim. Não só tinha, como foi. Meu pai e eu fomos até o aeroporto ver o Palmeiras chegar, ficamos algumas horas lá, na espera. Fiquei com o sorriso na cara do começo ao fim. Não tinha como esconder a ansiedade de ver, pela primeira vez ali tão perto, os caras que jogavam pelo meu time. O que parecia ser perfeito demais, se tornou um pouco frustrante quando houve protesto da torcida no aeroporto, a favor da saída de Luxemburgo. Vi todos os jogadores passando ali, pertinho, correndo, tumulto. Não consegui chegar perto deles e muito menos pedir autógrafo, tirar fotos. Não se dando por satisfeito, meu pai levou meu irmão e eu até o hotel onde eles estavam hospedados. Foi ali que a perfeição se fez presente. Não vi Marcos, Pierre, Cleiton Xavier ou Diego Souza. Vi Mozart, Luxemburgo e também vimos o Mauricio Ramos, que a propósito, só foi lá dar autógrafo e tirar foto por insistência minha. Mas naquele momento, o que importava o status dos jogadores que estavam lá? O que importava naquele momento era a única certeza que me acompanhou por todos aqueles anos, desde minha existência. Estava eu ali, amando incondicionalmente um clube. Pedindo com a maior ansiedade para que o jogo chegasse logo. E chegou. Perdemos de 1 a 0. Mas o que importava a perda, se pela primeira vez as emoções estavam sendo vividas intensamente no meio da minha torcida? Do meu povo? O placar pouco importava pra quem estava no estádio 4 horas antes do jogo começar, tremendo de felicidade, de ansiedade. Cantei, gritei, xinguei, mas eu tava vivendo aquele momento de todo o meu coração. E parece que passou tão rápido. O jogo acabou rápido demais. Poderia ficar lá, durante horas gritando cada vez mais, sem me cansar, sem reclamar. O jogo acabou, a vitória não veio e a má fase não existia. Desclassificados da Libertadores, derrotados um jogo depois, mas o Palmeiras não se deixou levar por isso. Disparamos no campeonato, assumimos a ponta, ficamos ali muitas rodadas, e foi a demissão do Luxemburgo, a venda de Keirrison e a contratação de Muricy que levaram o Palmeiras a uma ladeira sem fim. A liderança foi ficando distante e a classificação na Libertadores não se fez concreta. Chorei muito, pois estaria o Palmeiras ganhando o segundo titulo na minha frente, aos meus olhos. Vi o Palmeiras ser campeão do paulista com Mago e o Kleber, mas não estava satisfeita. Foi decepcionante, mas foi um fortalecimento. Pois quantos torcedores de "temporada" surgiram com a liderança na tabela? Muitos. E quantos continuaram no momento que o Palmeiras mais precisava? Poucos. Se é que ficou algum. Houve aqueles ainda, que mesmo torcendo a longo prazo, desistiram naquele momento. Mas e os apaixonados? Se fizeram presentes... ou melhor, continuam presentes. Mesmo com tudo isso que aconteceu no campeonato, não é um ano pra ser esquecido. Pelo contrário, é uma lição. Uma queda em que todos nós nos levantamos mais fortes. Veio ano de 2010. Campeonato Paulista, e o Palmeiras já chega goleando, estávamos certos então, que ali tinha um time novo. Com uma nova disposição, com garra. E os que ali estavam presentes, não honraram a palavra de seus torcedores. E o único jogo no qual eu gostaria que o Palmeiras tivesse ganhado, não ganhou. O último jogo que meu avô assistira. Um jogo contra os gambás. Logo meu avô, que era palmeirense fanático, e que nos levou ao bom caminho. Ensinou ao meu pai os prazeres da vida alviverde, que ensinou a mim e ao Pedro desde pequeninos que Corinthians é um time deprimente, freguês, e sem história, que nos proibia fazer menção a esse timeco de outra maneira, a não ser de "certo time". Que nos ensinou a amar o Palmeiras e, além de tudo, que ele é o nosso time. Cada jogo é uma memória do meu avô, que era um homem maravilhoso e sempre estava com seu radinho escutando o jogo. E a ele agradeceremos sempre, pela alegria que nos deixou em vida, a alegria de bater no peito e dizer: "Eu sou Palmeirense". E na tristeza por ter perdido esse homem das nossas vidas, os jogos do Verdão se tornaram ainda piores, e a tristeza de ver o Palmeiras terminar o Paulista em 10° lugar.
Queríamos muito que ele estivesse vivo, nas oitavas de final da Copa do Brasil. E contra quem era o jogo ? Atlético-PR. Estava eu diante de uma "decisão". Passei 5 horas na fila, para comprar os ingressos e presenciar aquele momento único. E o Palmeiras ? Com novo técnico, me trouxe se não o melhor, o dia mais inesquecível da minha vida. O Palmeiras empatou, aos 43 do segundo tempo, livrando-se dos pênaltis e se classificando. E lá estava eu, gritando, sorrindo sem ter o controle total sobre aquele sorriso, que aparecerá, e se fez presente enquanto cantando calamos a Arena da Baixada. Estava ali, valendo cada segundo que passamos na fila.
E aquele sorriso que se fez presente ali permaneceu até o jogo contra o Atlético-GO, outro Atlético estava presente na nossa vida, e porque não acreditar que a história se repetiria ? E o sorriso que seria certo mais uma vez em meu rosto, desapareceu e deu lugar às lagrimas. Palmeiras sem vontade nenhuma de vencer, de ganhar, de avançar. Um jogo que era pra golear deixou ser levado para os pênaltis, menos mal até aí, porque um time grande como Palmeiras iria honrar sua história. E de todos aqueles jogadores, o nosso santo foi o único que representou as emoções dos torcedores, pois cada pênalti mal batido do nosso lado, e que fazia com que o goleiro adversário defendesse, o nosso goleiro se mostrou presente e defendia também. Mas nem o São Marcos fez com que a gente seguisse adiante. E a desclassificação bateu novamente à nossa porta. Demissão do técnico, confusão entre jogadores. Chegou a Copa do Mundo, e "enrolamos" até seu inicio. Foi torturante passar um mês sem vê-lo jogar, e os jogos da seleção não supriam essa necessidade.
E então, quando acaba a Copa, o Palmeiras como sempre, surpreendeu cada um de nós, trazendo novamente Felipão, Valdivia e Kleber, trazendo jogadores, para que o Palmeiras honre sua história de maneira incondicional e nos traga títulos. E se não for esse ano? Não tem problema, porque o nosso técnico campeão mundial não vai arrumar um time com erros de anos em apenas meses não é? Pra que pressa? Eu tenho a vida inteira par sorrir ao lado do Palmeiras. Pois tudo devo a esse time, que me mostrou que é sobre futebol que eu falo, que eu me expresso, que eu me identifico. Pois enquanto as mulheres estão em suas rodinhas falando sobre roupa, filhos, marido, eu estou nas rodinhas de homens acompanhada pelo meu pai, falando sobre futebol. E é isso que eu escolhi como meu futuro, minha vida. Jornalismo esportivo, por que não? Sair falando por aí o quão maravilhoso é o Palmeiras, e como o futebol influenciou a minha vida.
E hoje, aos quase 15 anos, tenho uma camisa autografada, fotos com os jogadores do meu clube, o sonho de ser Jornalista Esportiva, e os maiores apoios que alguém gostaria de ter. Minha mãe, meu Pai e meu irmão. E claro, a certeza que é o Palmeiras que eu vou levar pro resto da minha vida. Porque quando o Palmeiras for campeão eu que vou comemorar, e quando a derrota chegar, sou eu quem vai chorar. Afinal de contas, eu sou a torcida que canta e vibra.

Amanda Martins Spolador, 14 anos
Curitiba/PR

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Sou de Campo Grande-MS e me ‘descobri’ palmeirense em 93 (com 8 anos). Meu pai é gambá, sempre tentou influenciar meus irmãos comprando camisetas e afins pra eles, pra mim nunca nem tentou, pois nunca imaginou que a filhinha dele ia gostar de futebol. Sorte minha, porque não me imagino gambá. No final, nenhum de meus irmãos gosta de futebol, a única apaixona sou eu, hoje minha mãe é palmeirense e me acompanha quando dá.
Fui em todos os jogos e treinos quando vieram pra CG, duas vezes contra os bambis (ganhamos), uma contra o botafogo ( 0 a 0), contra o Cene-MS ( ganhamos). Fui pra SP a primeira vez em 2002, tenho parentes que moram lá. Cheguei na Barra Funda e minha tia falou: -Que que você quer conhecer em Sampa? Nem pensei duas vezes e respondi: O Palestra Italia! Ela, gambá como meu pai, me levou, mesmo à noite, estávamos pertinho, e tirei minha primeira foto naquele muro verde.
Nessa mesma viagem fui ao CT do Palmeiras, mas não consegui ver o treino, mas conversei com todos os jogadores na saída (Marcos, Arce, Luxemburgo, Pedrinho, Lopes...). E fui ao jogo contra o Flamengo, na reestréia de Luxemburgo em 2002, era um sonho! Entrei no Palestra encantada! E vencemos de 3 X 2 de virada, com gol do Itamar no final (alguém se lembra do Itamar? rs.). Nesse mesmo ano vi meu Verdão cair pra segundona, mas nunca deixei de torcer e acreditar! Assisti a todos os jogos da segundona na Record, e que felicidade aquele título! São tantas lembranças... dos times de 93-94, dos 100 gols no paulista de 96, em 97 ( no dia do meu níver 21-12) empate com o Vasco  e fomos vice. Teve a Mercosul, Copa do Brasil de 98, 99 e a tão sonhada Libertadores, que na final, quando perdemos o primeiro pênalti, quase morri do coração! Tóquio, aah, Tóquio, nunca vi um jogo tão pregada, já estava há dias sem dormir de ansiedade. Em 2000, todos só lembram que tiramos os Gambás, ok, foi maravilhoso nosso Santo, mas estão engasgados aqueles jogos contra o Boca, dois empates de novo e perdemos o bi da libertadores.
Esse ano fui pra Sampa pela segunda vez, consegui ir ao jogo contra o Flamengo de novo (só que dessa vez o do Piauí) na copa do Brasil. Estava um dia frio, o Palestra não estava cheio, mas foi maravilhoso! Ganhamos de 4 a 0,com um golaço do Edinho.
Feliz o dia em que graças ao twitter conheci  por acaso o blog ‘Passione Verde’ , amo os textos, e adorei saber que são meninas que escrevem também, e que não moram em SP. Palmeiras é isso, são homens, mulheres, crianças, apaixonadas e perdidas pelo Brasilzão a fora.  Nunca tinha comentado em nenhum texto,mas também nunca deixei de ler e agora estou aqui e espero participar dessa homenagem ao nosso Verdão!! 
Dia 26, minha cidade CG fez 111 anos e o Verdão 96 !!!  =)

Talita Andréia Fernandez, 24 anos
Campo Grande/MS

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

96 ANOS DE PAIXÃO E MUITAS HISTÓRIAS PRA CONTAR – PARTE 7


Emoções, histórias, fatos inesquecíveis, momentos incríveis! O Palmeiras proporciona um misto de sensações, às vezes até indescritíveis, mas que todo palmeirense conhece bem. O Palmeiras voltou a ser Palmeiras, ostentando sua fibra, calando bocas infames, transformando a lealdade em padrão. E é assim que sempre deve ser.

Não há espaço suficiente para todos contarem sobre a sensação de ser palmeirense, de respirar esse ambiente que tanto amamos. Em homenagem aos 96 anos do alviverde imponente, pedimos a colaboração de vários companheiros de paixão para que pudéssemos externar um pouco desse sentimento incompreensível para os outros, mas entendido com apenas um olhar pelos palmeirenses.

O Palmeiras está em todos os lugares e, independente do lugar físico, todos sentimos a mesma coisa. Alguns têm o privilégio de sempre verem o Verdão jogar, outros sequer foram a um estádio. Alguns só podem acompanhar os jogos pelo rádio, outros pela internet e TV. Mas isso apenas significa que a paixão não é limitada a um lugar apenas. Somos todos iguais, unidos pelo mesmo ideal, sentimos a mesma coisa. E é apenas isso que importa.

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Meu nome é Diógenes Sousa, tenho 27 anos e moro no bairro do Tremembé, zona norte da capital. Eu me tornei palmeirense por influência do meu pai, mas como era muito novo, nem ligava muito para futebol. Até que em 1993, o time que ganhou o paulistão realmente foi o divisor de águas e então eu fiz uma promessa de que o Palmeiras seria minha eterna paixão. No entanto, nós tivemos que nos mudar pra Goiás, e por lá eu fiquei dos doze aos dezoito anos, acompanhando o Verdão apenas pela televisão. Foi quando ganhamos a Copa do Brasil, a Mercosul e a Libertadores. Tempo de muita alegria, que só aumentava a minha vontade de ver o Palmeiras ao vivo no Palestra Itália. Isso só veio a acontecer em 2002, quando eu já estava de volta à São Paulo.
Por ocasião do destino, eu finalmente conseguiria ir ao Palestra e mais, com a certeza de que seria uma bela apresentação. O campeonato: Copa do Brasil. O adversário: ASA de Arapiraca. O resultado: vocês já sabem... e mesmo que o jogo tenha sido horrível, por ser a minha primeira vez lá vivendo essa atmosfera do estádio, eu saí feliz, ainda mais por ter visto Arce jogando, um dos meus grandes ídolos palestrinos, juntamente com Marcos e tantos outros que fizeram minha alegria durante muito tempo como, Djalminha, Rivaldo, Velloso, Cafu, Edmundo, Evair, Roberto Carlos, Alex  e, mais recentemente, Valdivia.
O gol de César Sampaio contra o São Paulo, quanta maestria! As defesas espetaculares de Velloso e Sérgio, sem contar no Marcos, lógico, belíssimas apresentações de garra e talento, tudo isso foi moldando essa paixão indissolúvel que eu sinto pelo Palmeiras que, vez por outra, fica abalada quando o time não honra a tradição que tem, jogando como time mediano, e me fazendo sofrer do coração, como vinha acontecendo. Eu torço muito para que meu Palmeiras volte a ser o time grandioso que é, meu amor não tem limites e eu tenho muito orgulho de fazer parte da torcida que canta e vibra. PALMEIRAS, MINHA VIDA É VOCÊ! Parabéns, feliz 96 anos!

Diógenes Sousa
São Paulo/SP

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Meu pai nunca foi muito ligado a futebol, ele torcia pro Corinthians, mais para provocar meu tio, que é Palmeirense. Meu avô paterno e todos os meus primos são são-paulinos. Então, quando eu era criança e alguém perguntava pra quem eu torcia, eu falava que era são-paulina também. Eu não me importava com futebol, nem entendia as regras, nada. No ensino médio, eu e algumas meninas da minha sala
começamos a jogar, pra brincar com os meninos. Foi ai que eu comecei a gostar e a entender sobre futebol. Eu 'torcia' para o São Paulo, porém não conhecia os jogadores, não acompanhava campeonato e não assistia aos jogos.
Sempre tive vontade de conhecer um estádio, saber como era o ambiente, o clima. E esse meu tio Palmeirense, o tio Dudu, disse que me levaria, mas só se fosse no Palestra. No dia 19/10/2008 fui assistir Palmeiras X São Paulo. Eu achei tudo lindo, mas era estranho estar na outra torcia [É, eu fui na torcida do Verdão]. No 1º tempo o jogo ficou 2 X 0 pro São Paulo, e eu comecei a ver a torcida, como eles não paravam de gritar e incentivar o time, mesmo com o placar desfavorável. No 2º tempo, o Palmeiras foi com tudo pra cima do São Paulo, com a maior garra. Poxa, era um clássico, nunca é fácil. Mas o Verdão empatou o jogo.
Quando eu voltei pra escola, falava muito bem do time  e da torcida, e da organização da torcida [sim, eu acho a torcida do Palmeiras uma das mais bem organizadas]. Meus amigos ficavam falando que eu já era Palmeirense e eu negava, falava que era só um jogo. Eu comecei a ver os jogos do Palmeiras, a conhecer os jogadores, e aí não teve jeito! Aliás, tem como não se apaixonar pelo Verdão? Quando meu pai percebeu, ficou bravinho. Até hoje ele fala que eu sou a ovelha negra da família, porque minha irmã não gosta muito de futebol, mas estou fazendo ela gostar [já até levei ela ao Palestra  =D ].
Quando tem jogo, meu pai torce pra qualquer time que joga contra o Palmeiras. Imagina como fica minha casa quando tem SEP X SCCP. Só minha mãe mesmo pra aguentar!
No começo desse ano comecei a fazer estágio, e quando recebi meu primeiro salário, fui direto na Adidas comprar minha camisa [que meu pai se recusava a comprar, claro!]

Eu sei que fui bandeirinha, mas antes perceber o erro tarde do que nunca, não é!?

Mayara Valadares, 19 anos
São Bernardo do Campo/SP

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Meu pai é santista! Tempo do Pelé! Minha mãe gosta e torce, ela gosta do Marcos e eu também, e muito! Minha influência foi a seguinte. Meu irmão torce pro timeco, e eu não aguentava mais, era o dia inteiro na Band, show do esporte. Daí eu me enchi...quer saber, qual é o maior rival do timeco? Aí fui ver e era o VERDÃO!!! E também com a ajuda do gaúcho, porque mulher olha quais jogadores bonitos no time...Aí eu comecei a torcer pro Palmeiras!!! Então, quando eu comecei a namorar firme, pra casar, eu resolvi que só casaria com um palmeirense. E casei! Bingo! Se Deus quiser, e ele há de querer, meus filhos irão ser palmeirenses!!!

Jeanne de Freitas
São José dos Campos/SP

COM DIREITO A SHOW DE HORRORES, PALMEIRAS PERDE FEIO PRO LANTERNA NO PACAEMBU

Uma semana muda tudo. Absolutamente tudo. Há duas semanas o time era uma porcaria, desacreditado em ambas as competições que disputava. Há uma semana o palmeirense pulava de alegria com um time valente, guerreiro e que enchia de orgulho até o mais corneta dos cornetas. Agora, exatamente uma semana depois dos 3 x 0 no Vitória, pela Sulamericana, o termo “porcaria” é até elogioso. A partida de hoje foi um completo desastre. Nem Valdivia foi capaz de salvar essa hecatombe. Quando o camisa 10 deixou o campo, se possível, ficou ainda pior. Isso porque o Palmeiras completou 96 anos de história. Honroso mesmo só o comportamento da torcida, que cantou até o minuto final em respeito à Sociedade Esportiva Palmeiras. Do time só tenho uma coisa a dizer: credo.

São 96 anos de história. Títulos, glórias, superações, momentos inesquecíveis que marcaram as nossas vidas. Festa em campo? Só se foi do Atlético-GO. Quem foi ao Pacaembu teve a infelicidade de pagar por um show de horrores. Sem Kléber, contundido, e com Valdivia ainda longe da forma ideal, o modificado Palmeiras mostrou, mais uma vez, que é capaz de coisas quase impossíveis. Na semana passada a prova foi positiva, nessa levou um belo de um zero no boletim. Nem é preciso falar muito e, sinceramente, nem quero. Não estou com estômago pra isso. O primeiro tempo foi simples. Nenhuma grande chance de gol, cagadas na frente, cagadas atrás, pênalti do estabanado Gabriel Silva, gol do Atlético, mais um gol do time goiano, de novo de Elias, e o Palmeiras metendo os pés pelas mãos. Dá pra piorar? Claro que sim.

As mudanças na segunda etapa poderiam, teoricamente, dar outro ânimo à equipe. Mas a verdade é que o Atlético-GO ficou 90% do tempo mais próximo do terceiro gol do que o Palmeiras do primeiro. E por falar em porcentagem, quando Valdivia saiu, já esgotado, as chances de qualquer tipo de reação, que naquele instante eram de 5%, caíram pra -10%. Sim, esse time contrariou a lógica. E como castigo às jogadas bestiais de Tadeu, que não é ruim, é pior do que ruim, o ex-lanterna chegou ao terceiro gol. E acredite, de novo com Elias e de novo com um posicionamento grotesco do sistema defensivo que estava há 3 jogos sem tomar gol. Inocência a nossa acreditar que isso duraria tanto tempo.

Não é necessário contar mais do que isso. Talvez apenas ressaltar a partida horrorosa de toda a equipe e participação não menos desastrosa de Felipão, que teve uma noite de Caio Junior. Mais do que a falta de Lincoln, que parece estar virando o novo Pedrinho, de Kléber, da condição física e técnica do Mago, da precisão na bola parada de Marcos Assunção, o que mais faltou hoje foi vergonha na cara. Essa apresentação bizarra, em plena noite de aniversário, custará caro. Agora vamos à Minas pegar o outro Atlético, também em má fase, mas com um time melhor do que esse que enfrentamos hoje. Se não tiver pelo menos vontade e concentração, não adianta torcida gritar os 90 minutos. O palmeirense ajuda, mas não joga. Se jogasse, faria algo melhor, pelo menos hoje. Tem dó Palmeiras, não aguento mais esse “8 ou 80”. E hoje “8” seria muito.

Créditos da foto: Eduardo Viana/Lance Press.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

96 ANOS DE PAIXÃO E MUITAS HISTÓRIAS PRA CONTAR – PARTE 6 – JOTA CHRISTIANINI


Jota Christianini, Historiador do Palmeiras, pessoa especial, grande palmeirense, sempre tem um bom causo para nos contar. Hoje conta algo especial de sua história como palmeirense. Os 96 anos de Palestra/Palmeiras significam 96 anos de histórias. Pequenas e grandes histórias de Palmeiras e de Palmeirenses, afinal, também fazemos parte de tudo isso e cada um de nós coleciona causos e lembranças especiais. Uma vitória, um título, uma derrota ou, até mesmo, um “simples” gol, momentos fundamentais e “mágicos” na vida de uma pessoa apaixonada. Momentos que fazem desta data, 26 de agosto, motivo de comemoração e emoção para cada pessoa participante desse enorme grupo de milhões, que muitos chamam “palmeirenses”, mas preferimos chamar por “nós”. E o gostoso disso é que cada um de nós aproveita do prazer daquela história especial do outro como se fosse sentimento seu. Só um apaixonado pode compreender a emoção de outro. Sem mais delongas, vamos ao que o menino Jota tem a nos contar...

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MINHA PRIMEIRA VEZ NO PALESTRA
Por Jota Christianini

O tempo passa, diria o Fiori Gigliotti.

Há 55 anos, dia 1º de outubro de 1955, entrei pela primeira vez no estádio Palestra Italia. Campo antigo, com alambrado, mais perto das piscinas, que  estavam sendo construídas. Tarde de sábado, o jogo já tinha começado, descemos do bonde, entrada dos sócios, então uma pequeno portão na Rua Turiassu. Chegamos ao campo, aquelas camisas verdes chamando atenção, o Palmeiras atacava. Meu tio nos arrastou para o alambrado, Liminha entrou na área pela meia direita e arrematou. Gol do Palmeiras! Liminha comemorou correndo em minha direção.

Sempre acreditei que só fez o gol porque me viu chegar. Conto esta historia há 55 anos, ninguém ousou desmentir, nem há de! Liminha era irascível, encrenqueiro, mulato, bom de bola nos tempos do não politicamente correto, ninguém lhe passava as mãos na cabeça. Até porque, quem tentasse, perigava levar uma cabeçada. Estreou em 51, pouco antes da Copa Rio, marcando cinco gols no Flamengo numa goleada de 7x1. Depois marcou o gol, de bola e tudo, que deu o Mundial de 51 ao Palmeiras, mas, mesmo assim, era o mais visado.

Nas confusões mais filosóficas a culpa era do Jair, nos bate-bocas mais acirrados o Liminha, invariavelmente, era protagonista.

Morreu há mais de 20 anos; ironicamente perto de onde hoje está a Academia  do Futebol, CT do Verdão, na Lapa de Baixo.

Corta a cena; Festa dos veteranos de 2007, numa sexta-feira de setembro.
Recebo o aviso: a irmã do Liminha acaba de receber a medalha.

Parto para a mesa onde ela está. Entre 4 amigas, elegantemente vestidas, nem preciso perguntar quem é a irmã do Liminha,  Eugênia. Tá na cara!

Fico sabendo que os filhos e netos do Liminha são  todos formados,  pesquisadores da Universidade, professoras, um deles médico; enfim, uma família bem constituída, de sucesso e progresso.

Não resisto e conto  para Eugênia que Liminha foi meu ídolo, comento o gênio que ele tinha, ela confirma que nunca foi de levar desaforo para casa e falava o que achava na frente de quem fosse. Conto o caso do primeiro gol que assisti, há cinco décadas, na primeira vez que fui ao Palestra Itália, e que acredito, nesse tempo todo, que Liminha só fez o gol porque me viu chegar. Ela bate de sem pulo.

--- Sabe Jota o Liminha sempre comentou que só fez o gol porque te viu chegar!

Fecha a luz, apaga a porta; não preciso de mais nada.

96 ANOS DE PAIXÃO E MUITAS HISTÓRIAS PRA CONTAR – PARTE 5 – MARIA HELENA

Maria Helena, mais conhecida como MH, Consulesa palmeirense de São Bernardo do Campo, muito querida por nós, incentivadora e colaboradora deste blog. E nesta data tão especial, em que comemoramos os 96 anos de Palmeiras, que significam 96 anos de Palestrinos e Palmeirenses apaixonados, temos o depoimento desta grande palmeirense, contando um pouco de sua história como mais uma apaixonada. Viva o Palmeiras, que nos faz conhecer pessoas tão especiais!

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Nunca fui fanática, mas como morava no Sul, tinha uma simpatia grande pelo Grêmio de Porto Alegre, afinal, meus amigos todos torciam para ele.
Mas o destino me disse: “vá morar em São Paulo e se case com um Palmeirense”. E foi o que fiz. Ele nem era fanático não, hehe...não heim? Almoçava Palestra Itália, jantava Palmeiras e ia dormir vendo Cartão Verde, na época.
Levando em consideração que na minha casa só se falava em futebol do Palmeiras, aprendi tudo sobre esse assunto, desde pênalti até impedimento, e foi assim que, um belo dia, lá estava eu gritando no meio da sala com minhas filhas e meu ex-marido, uma vitória sensacional do nosso Verdão. Era meados de 1993, qual era o adversário? Realmente não me lembro, mas sei que foi naquele momento que percebi que meu coração era realmente esverdeado. Tão esverdeado que mandei fazer uma bandeira verde e branca do tamanho do portão!
Minha melhor lembrança e mais engraçada foi quando ganhamos a Libertadores em 1999 e fui comemorar com minhas filhas e amigas numa bela passeata pela Av. Kennedi em São Bernardo do Campo e, na euforia, esqueci de por água no radiador...em resumo: saía fumaça por todos os lados do capô. Mas naquela hora só importava o Palmeiras. Estacionei, saímos do carro e adivinha onde foi parar aquela bandeira que mencionei anteriormente? Em cima do carro. E o carnaval na rua foi um dos melhores que já vi em minha vida. Éramos campeões !!!
E os Ídolos? Sim, tenho alguns: Evair,Edmundo, Marcos...amo esses três jogadores e tenho muito respeito por eles. Mas o Animal mora no meu coração!
Depois que me separei nunca mais consegui namorar um Palmeirense, só são-paulinos, infelizmente, e todos me deram um trabalhão e muitas brigas. Um me falou uma vez, você prefere o jogo do Palmeiras ou eu? Sinto saudades dele até hoje...rs.
Palmeiras é tudo hoje em minha vida, respiro Palmeiras, falo o dia todo do Palmeiras, trabalho com o Palmeiras e educo com o Palmeiras! Ser Palmeirense é realmente uma incógnita, você nunca sabe qual o sentimento que vai aflorar na hora que vê um jogo: a raiva domina, a alegria aparece, a tristeza e as lágrimas se aproximam e emocionam, isso tudo num lugar só, num momento único – O JOGO. E depois ainda fica mudo, porque grita tanto no jogo que perde a voz!!
Palmeiras já me deu de tudo também, inimigos e amigos, mas o importante são os amigos e sem eles não sou nada. Ser Palmeirense eu considero como uma missão, um destino, uma benção do céu!
Mas um ano que eu vejo meu Palmeiras fazer aniversário, graças a Deus!!
Parabéns, velhinho!!
Trilhões de beijos e felicidades ao meu bom e velho Palestra Itália!!!

96 ANOS DE PAIXÃO E MUITAS HISTÓRIAS PRA CONTAR - Parte 4

Emoções, histórias, fatos inesquecíveis, momentos incríveis! O Palmeiras proporciona um misto de sensações, às vezes até indescritíveis, mas que todo palmeirense conhece bem. O Palmeiras voltou a ser Palmeiras, ostentando sua fibra, calando bocas infames, transformando a lealdade em padrão. E é assim que sempre deve ser.

Não há espaço suficiente para todos contarem sobre a sensação de ser palmeirense, de respirar esse ambiente que tanto amamos. Em homenagem aos 96 anos do alviverde imponente, pedimos a colaboração de vários companheiros de paixão para que pudéssemos externar um pouco desse sentimento incompreensível para os outros, mas entendido com apenas um olhar pelos palmeirenses.

O Palmeiras está em todos os lugares e, independente do lugar físico, todos sentimos a mesma coisa. Alguns têm o privilégio de sempre verem o Verdão jogar, outros sequer foram a um estádio. Alguns só podem acompanhar os jogos pelo rádio, outros pela internet e TV. Mas isso apenas significa que a paixão não é limitada a um lugar apenas. Somos todos iguais, unidos pelo mesmo ideal, sentimos a mesma coisa. E é apenas isso que importa.

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Sou palmeirense desde sempre, já fui a alguns jogos, mas infelizmente meus números não são muito bons não, com 1 derrota e 4 empates, mas sei isso vai mudar em breve, pois o VERDÃO está se tornando aquele time que nós sempre sonhamos. Sempre me identifiquei com a cor verde desde 3 ou 4 anos e assim escolhi o Verdão como time do coração. Minha rotina diária é dedicada ao Palmeiras e já me compliquei algumas vezes em função disso, pois já deixei de lado o trabalho e mulher por causa do Palmeiras. É o dia inteiro antenado no site oficial, twitter, globoesporte, lancenet, os principais veículos na web, sem contar os programas esportivos da TV e jornais, tudo isso para ver as mesmas notícias em meios diferentes. Já me questionei muito se não era louco demais por isso, mas hoje já me conformei e vivo, sim, como um louco, mas louco pelo PALMEIRAS!

Rodrigo Alberto da Costa, 27 anos
Avaré/SP

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Eu não fui influenciado por ninguém para torcer para o Palmeiras, meus pais não são palmeirenses e, ainda por cima, meu irmão menor é corintiano, pra não dizer gambá hahahaha.
Minha história como palmeirense começou em 2000, eu assistia ao Palmeiras indo muito bem pela Copa Mercosul e me identifiquei muito com o time, e a partir daí resolvi torcer para o Palmeiras. O primeiro jogo que assisti foi aquela goleada de 7x3 contra o Cruzeiro. No mesmo ano tive a minha primeira tristeza como palmeirense, naquela final contra o Vasco onde vencíamos por 3 a 0 no primeiro tempo e depois tomamos uma virada histórica e perdemos o título, essa pra mim foi a pior decepção, maior até que o rebaixamento em 2002, onde muita gente dizia pra eu mudar de time, enfim, continuei sendo torcedor do Palmeiras, e vibrei muito com o time de 2003 que voltou para o lugar onde nunca deveria ter saído. Só em 2008 pude comemorar de fato meu primeiro título como palmeirense, com aquele time fantástico que encantou a todos no Paulistão. Valdivia e o chororô nos gambás, mandando o Rogerio Ceni calar a boca, nossa, foi épico! Sem dúvida minha maior alegria nesses 10 anos como torcedor do Palmeiras. Meu Deus, eu amo esse time. Se eu não fosse palmeirense, eu não seria nada, minha vida não teria sentido. É uma pena, eu ainda não ter visto o Palmeiras jogar em Santa Catarina e nunca ter ido ao Palestra Itália. Mas na inauguração da Arena estaremos lá com certeza.

César Smaniotto Júnior, 17 anos
São João Batista/SC

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Meu nome é Bruna Ribas, tenho 19 anos, moro em Curitiba, mas nasci em Londrina/PR, lá todo mundo torce para os time do eixo Rio-SP. Meus pais são apaixonados por futebol, minha mãe é flamenguista fanática e meu pai, naquela época, era palmeirense (hoje em dia ele torce mais para o Coritiba do que para o Palmeiras). Em 1991, quando eu completei um ano de idade, eles compraram uma camisa do Flamengo e uma do Palmeiras e mandaram eu escolher. Não sei o que me levou a escolher a camisa verde, mas sinto que foi a melhor decisão que eu tomei na vida. Depois daquele dia, meus pais contam que eu não queria saber de vestir outra coisa, a não ser a camisa do Verdão. E assim começou a minha história de amor com o Palmeiras.
Eu não lembro muito bem de 1993/94, mas meus pais contam que eu vibrei muito com os títulos do Palmeiras. Sinceramente, não sei o que me faz torcer pelo Palmeiras. Acho que uma mistura entre a beleza da nossa história, a tradição do nosso clube, a nossa maravilhosa torcida, sem contar no orgulho que eu tenho em dizer "EU SOU PALMEIRENSE". Meu amor por esse clube é inexplicável.
Já vi o Palmeiras jogar algumas vezes aqui em Curitiba, infelizmente nunca vi uma vitória, mas a sensação é maravilhosa. Estar no meio daquela torcida linda, cantar o jogo inteiro, incentivar o time acima de qualquer coisa, é simplesmente perfeito. Lembro que na 1ª vez que eu vi o Marcos entrando em campo, meu coração quase saiu pela boca. Pensei na hora: "cara, é o meu maior ídolo que tá ali". Nem tenho palavras pra descrever.

Bruna Ribas
Curitiba/PR

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Derick completa 7 anos dia 24 de agosto, e já nasceu em meio a Parmeristas. Somos de família Italiana e por natureza já nascemos com o sangue verde e, por coincidência, moramos em Floreal-SP, uma cidade que ficou conhecida há alguns anos como "a cidade Palmeirense" numa reportagem do Globo Esporte. Por um momento emocionante posso citar a final paulista de 2008, com Valdivia e Kleber no time, foi o primeiro título dele e por aqui a cidade inteira sai em carreata pelas ruas pra comemorar. Ainda não tive a oportunidade de levar ele ao estádio, pois o mais perto daqui é Rio Preto, mas na próxima vez que vierem jogar aqui, com certeza estaremos lá.

Marcelo Carmelo e Derick Carmelo, pai e filho
Floreal/SP

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Em 1991 eu tinha sete anos e estava começando a entender o mundo e suas peculiaridades, não sabia o que era futebol, tinha uma pequena noção apenas. Mas naquele ano meu pai fez uma coisa que marcaria de vez a minha vida: me deu de presente uma camisa do Palmeiras, era a 11, que na época nem sabia de quem era, mas eu tinha um time que poderia me orgulhar disso. A firmação veio em 1993 em diante com os títulos que o Verdão conquistou, daí pra frente, a paixão pelo alviverde era um caminho sem volta. Eu e minha irmã, Samantha, acompanhávamos tudo, guardávamos recortes de jornais e revistas, colecionávamos pôsteres, assistíamos aos jogos sem piscar. Na adolescência, minha irmã me abandonou um pouco nessa empreitada. Mas veio a melhor amiga, Thays, que também era palmeirense, para me acompanhar. Comemoramos o título da Libertadores em 1999 e choramos com a derrota do Mundial em 2000. Ela se mudou de Jaraguá do Sul (SC) para Curitiba (PR), mas continuamos amigas e palmeirenses. Os anos se passaram, veio a tristeza do rebaixamento e a paixão pelo Verdão ficou adormecida. Há sete anos conheci um corintiano e a rixa entre os dois times fez retornar o amor que tenho pelo Palmeiras e voltar a torcer com o mesmo fervor da década de 90. Em 2009, ele, eu, a Thays e o esposo dela, fomos assistir o jogo Atlético-PR e Palmeiras pelo Brasileirão, que terminou 3x3. Foi a maior prova de amor que tive, pois ele não podia torcer contra e tinha que suportar ficar entre os palmeirenses. Em setembro vamos nos casar, mas pode ter certeza que nem ele vai mudar o amor que tenho pelo Palestra.

Genielli Janaina Rodrigues
Jaraguá do Sul/SC

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

96 ANOS DE PAIXÃO E MUITAS HISTÓRIAS PRA CONTAR - Parte 3

Emoções, histórias, fatos inesquecíveis, momentos incríveis! O Palmeiras proporciona um misto de sensações, às vezes até indescritíveis, mas que todo palmeirense conhece bem. O Palmeiras voltou a ser Palmeiras, ostentando sua fibra, calando bocas infames, transformando a lealdade em padrão. E é assim que sempre deve ser.

Não há espaço suficiente para todos contarem sobre a sensação de ser palmeirense, de respirar esse ambiente que tanto amamos. Em homenagem aos 96 anos do alviverde imponente, pedimos a colaboração de vários companheiros de paixão para que pudéssemos externar um pouco desse sentimento incompreensível para os outros, mas entendido com apenas um olhar pelos palmeirenses.

O Palmeiras está em todos os lugares e, independente do lugar físico, todos sentimos a mesma coisa. Alguns têm o privilégio de sempre verem o Verdão jogar, outros sequer foram a um estádio. Alguns só podem acompanhar os jogos pelo rádio, outros pela internet e TV. Mas isso apenas significa que a paixão não é limitada a um lugar apenas. Somos todos iguais, unidos pelo mesmo ideal, sentimos a mesma coisa. E é apenas isso que importa.

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Eu não sei como me tornei palmeirense, tem umas fotos minhas de criança com a camisa do Palmeiras e eu sei que eu simplesmente sou, desde que eu me lembro haha. Acho que eu ser palmeirense tem a ver com a minha mãe sim, na verdade. Ela não liga muito, meu pai que torce bastante PRO SANTOS, pela lógica eu teria que ser santista! Ela me disse que o médico que ela ia atendia no Palestra. Isso faz tempo e tal, mas aí ela via os jogadores treinando, via o Leão... E falou que foi daí que se tornou palmeirense.
Eu já vi jogos do Palmeiras, no Palestra, sempre no Palestra. No Pacaembu eu fui uma vez, mas foi acompanhando papai no jogo do Santos --' ahuauha ele sempre me acompanhava no Palestra e torce e tal, e quando eu estava no Pacaembu nesse dia aí até me senti mal porque... Não dá! Não é a mesma coisa UHAHUA totalmente deslocada. Ir ao estádio ver o time jogar é tipo a melhor coisa! E aí fiquei imaginando como meu pai fica toda vez nos jogos do Palmeiras... É foda. Mas ele não liga que eu seja palmeirense ou coisa assim. Pra ele, eu só não podia ser corinthiana ou flamenguista! Minha mãe também tudo certo, ela só não gosta muito quando eu e meu pai ficamos discutindo sobre a rodada e ela fica perdida ou não consegue assistir o que ela quer :P

Carol Volturi, 17 anos
São Paulo/SP

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Eu tenho 25 anos e me tornei palmeirense quando tinha 8. Minha mãe sempre quis porque quis que eu fosse são-paulina, é claro, mas apesar de gostar muito de futebol desde pequena, eu nunca tive aquela identificação verdadeira com o São Paulo - nunca quis ter uma camisa do time, por exemplo, só gostava do Raí porque achava ele bonito.
No comecinho de 1993, eu comecei a ir pra escola de perua, e o tio da perua, assim como a maioria das crianças que iam comigo, eram palmeirenses. Aos poucos, eu fui criando uma simpatia pelo Palmeiras. Comecei a ver os jogos, fui me apaixonando pelo time, vi títulos importantes. Para desgosto da minha mãe, pedi de presente de Natal no final daquele ano a camisa do Palmeiras. Ela me deu, camisa 11 do Zinho, tenho guardada até hoje - inclusive eu cortei as mangas dela para usar como blusinha enquanto ela me serviu, mesmo depois de adulta. A reação dela não foi de apoio total, é claro, ela queria que eu torcesse pelo time dela. Ela até tentou me persuadir, tentou me convencer sutilmente a ser são-paulina (tipo "ah, o Zetti é melhor que o Veloso, se eu fosse você torcia pro SP porque o time vai tomar menos gols"), mas não rolou, e ela acabou aceitando numa boa. Nunca me reprimiu de forma alguma. É aquela coisa, não fui eu que escolhi o Palmeiras, ele é que me escolheu, e foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido.
Hoje em dia, a nossa relação quanto a isso é tranquila. Torcemos juntas pela Seleção, pelo vôlei masculino, pelo Alonso na F1, pelo Federer no tênis, só nos separamos quando são os clubes em campo. Mas a minha mãe, assim como eu, apesar de apaixonada pelo time, é muito racional, e a gente consegue conversar numa boa sobre as situações na tabela, sobre os nossos técnicos e jogadores etc, sem confusão. Só quando tem Choque Rei que vai cada uma pra um lado, pra evitar conflitos.
Eu vou a praticamente todos os jogos do Palmeiras em São Paulo. Comecei a ir ao estádio aos 19 anos. Antes disso, não tinha ninguém que me levasse, e como eu era menor de idade, minha mãe não deixava eu ir sozinha. Aí fiz 18, estava namorando um corintiano (tudo errado) e aí ele é que queria me impedir de ir ao jogo sem companhia. Em 2004, assisti Palmeiras 3 X 1 São Caetano no Palestra e, desde então, nunca mais parei. Ver o meu time jogar é a maior alegria deste mundo. Mesmo quando o Palmeiras perde e eu estou no estádio, a sensação é de estar completa, de estar em casa. Como diz a torcida, ganhando ou perdendo, não paro de cantar.

Renata Cavalcante
São Paulo/SP

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São 22 anos de muito amor pelo Palmeiras. Meus pais são palmeirenses, então desde quando nasci me ensinaram a torcer pelo Verdão. Desde então, Palmeiras é minha vida! Morei até meus 8 anos de idade em Araraquara, portanto não podia ir aos jogos do Verdão nessa época. Aos 9, me mudei para Osasco, ao lado de SP, então tive mais "contato" com o estádio.
Minha primeira vez no Palestra foi inesquecível. Ver aquela massa palmeirense cantando o hino me emocionou na hora e me emociona até hoje! Foi em um Palmeiras e Bahia (1x1 se não me falha a memória). Então, de vez em quando meu pai me levava aos jogos. Uma "tristeza" que eu tenho (isso mesmo, entre aspas.. rs) é não ter conseguido um ingresso pro maior jogo de nossa históra. A final da Libertadores da América. Meu pai foi para comprar o ingresso, tinha uma fila enorme, e claro, não conseguiu o ingresso. Mas assistimos em casa, todos juntos e gritamos muito quando o Deportivo errou o ultimo pênalti e o São Marcos saiu correndo pra galera... PALMEIRAS CAMPEÃO DA LIBERTADORES 99!!
Depois de alguns anos, fui morar em Macaé, no interior do RJ. Ou seja, perdi totalmente o contato com o estádio e jogos do Verdão. Foram 4 anos lá, e a única vez que vi o meu Palmeiras foi no showbol que teve na cidade. Mas valeu a pena. Peguei autográfos de Oséas, Clebão, entre outros...
Lembrei-me de 2 jogos que fui na "era carioca" da minha vida... Um foi em Ribeirão Preto (nota: tinha acabado de fazer uma operação, era pra estar em repouso! rs). Palmeiras 4 x 0 Juventus em 2008, campeonato paulista ganho pelo Verdão! (xingamos muuuito o "chupeta" hahaha). O outro foi no paulista do outro ano, no Palestra Itália. Olha a saga, chegamos de viagem na sexta-feira à noite, no sábado no almoço eu e meu pai fomos pro Palestra ver o jogo Palmeiras 1 x 0 Guarani, voltamos pra Araraquara à noite e, no outro dia de manhã, voltamos pra Macaé. Cansativo, mas pra ver o Verdão vale a pena!! Fui também ao jogo que teve aqui em Araraquara, na Arena Fonte Luminosa, Palmeiras 1 x 1 Rio Branco. A minha última partida no Palestra foi naquele jogo que o Diego Souza fez o gol do meio de campo, eu estava nas cadeiras! O Diego chutou da minha frente!! Foi o maior momento de alegria!! Golaaço!! Espero ver mais e mais vezes meu Verdão jogar!!!

Palmeiras minha Vida é Você!!

Alexandre Cremon Piva, 22 anos
Araraquara/SP

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Pais palmeirenses, família palmeirense, eu não ia deixar de ser um palmeirense também. 18 anos de paixão alviverde... Em 18 anos já sofri, já chorei...mas também comemorei , vi meu time conquistar a América, e ter a confirmação de ser o primeiro a conquistar o mundo.
Moro no Interior de São Paulo, mas isso não impede que a minha paixão pelo alviverde imponente acabe. Aos 16 anos fui ver o meu primeiro jogo no Palestra. Era a última rodada do Campeonato Brasileiro, Palmeiras x Botafogo. O Palmeiras dependia de um resultado para se classificar para a Libertadores. Perdemos o jogo, mas ganhamos a vaga. Independente do resultado do jogo, eu ganhei a experiência de conhecer o palco alviverde, aquele que eu só conhecia pela TV. Ganhei uma história pra contar para os meus filhos, que eu já estive no Palestra Italia, e pretendo contar essa história para eles, dentro da nova Arena...
O Palmeiras já me fez sofrer e comemorar ao mesmo tempo. Palmeiras x Colo Colo - Libertadores 2009 - Palmeiras precisava vencer o Colo-Colo para se classificar para as oitavas. Estava viajando a trabalho justamente para São Paulo. O meu ônibus de volta para o interior saia coincidentemente as 21:50 e chegava somente as 02:00. SOFRI...um jogo daquele eu ia perder? Mas, como um golpe de sorte, às 23h40 paramos em um posto que estava sintonizando o jogo do Palmeiras. Olhei para o placar : 0x0 e 41 segundo tempo. Virei as costas e comecei a pensar. Ouço um grito de gol, havia rivais no local. Mas esse grito era o grito da paixão alviverde que mais uma vez supera tudo e todos e se classifica. Pensei: "Sim , nós merecemos”. Contra tudo e contra todos , tenho orgulho de dizer SOU PALMEIRAS! Parabéns pelos 96 anos!

Douglas Mendes Soto
Itapuí/SP

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Me tornei palmeirense por influência de dois tios vascaínos, mas que têm uma simpatia grande pelo Palmeiras, e um amigo do meu pai, que é Palmeirense. Meu pai torce para o Fluminense e minha mãe para o Flamengo. Gosto do Palmeiras pelo time, pela história, enfim, na verdade não sei explicar, mas acho que sou palmeirense desde que nasci! Já vi o Palmeiras jogando, no Serra Dourada. Foi uma emoção muito grande. Quem mora longe (principalmente aqui em Brasília, onde jogos de futebol são inexistentes) e só vê os jogos pela TV sabe como é emocionante quando os jogadores estão entrando no campo. 

Tiago Gomes Pinheiro
Brasília/DF

terça-feira, 24 de agosto de 2010

96 ANOS DE PAIXÃO E MUITAS HISTÓRIAS PRA CONTAR - Parte 2

Emoções, histórias, fatos inesquecíveis, momentos incríveis! O Palmeiras proporciona um misto de sensações, às vezes até indescritíveis, mas que todo palmeirense conhece bem. O Palmeiras voltou a ser Palmeiras, ostentando sua fibra, calando bocas infames, transformando a lealdade em padrão. E é assim que sempre deve ser.

Não há espaço suficiente para todos contarem sobre a sensação de ser palmeirense, de respirar esse ambiente que tanto amamos. Em homenagem aos 96 anos do alviverde imponente, pedimos a colaboração de vários companheiros de paixão para que pudéssemos externar um pouco desse sentimento incompreensível para os outros, mas entendido com apenas um olhar pelos palmeirenses.

O Palmeiras está em todos os lugares e, independente do lugar físico, todos sentimos a mesma coisa. Alguns têm o privilégio de sempre verem o Verdão jogar, outros sequer foram a um estádio. Alguns só podem acompanhar os jogos pelo rádio, outros pela internet e TV. Mas isso apenas significa que a paixão não é limitada a um lugar apenas. Somos todos iguais, unidos pelo mesmo ideal, sentimos a mesma coisa. E é apenas isso que importa.

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Nasci e cresci no norte Paraná. Minha região foi colonizada por paulistas, tanto é que nosso sotaque aqui é igual do interior de São Paulo, estão falamos Norrrrrte, hahaha.
Meu avô paterno é filho de italianos, ele nasceu em São Paulo e veio pequeno aqui para o Paraná, minha família toda, sem exceção, torce pelo Palmeiras. No dia que eu nasci minhas lembranças já foram verdes e do Palmeiras, nasci Palmeirense, desde pequeno tenho fotos com os mantos e etc.
Na nossa região o que predomina são os times de São Paulo, os programas regionais esportivos têm seus espaços voltados para os times de São Paulo, aqui nem se fala em times do Paraná.
Dá até vergonha, mas eu nunca fui pra São Paulo, assisti apenas jogos do Palmeiras aqui no Paraná, e apenas quando o Palmeiras jogou em Maringá ou Londrina. Meu primeiro jogo vendo o Verdão foi em Maringá em 2005, Palmeiras 3 X 1 Paraná Clube, fiquei chorando igual um bobo durante todo o primeiro tempo. Estou combinando com meu irmão, que está fazendo faculdade em Ribeirão Preto, de ir assistir um jogo da Sulamericana em São Paulo, vamos ver, tomara que dê certo! Agora que o Palestra está fechado, o Palmeiras poderia explorar outros lugares para mandar os jogos. Me lembro bem, em 2005 estava frio e chovendo, e mesmo assim colocamos 20.000 pessoas no estádio em Maringá, sendo que da torcida da "casa" tinha apenas 300 torcedores hahaha, sem contar que o ingresso na época estava 50 reais!!!

Nivaldo Forastieri
Itambé/PR

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Primeiro vou contar que eu não nasci Palmeirense. Meu pai e meus irmãos são são-paulinos, então eu não tive outra escolha de time para torcer como referência. Eu acompanhei os 2 primeiro títulos mundiais do SP e não vibrei e muito menos fiquei feliz. Com isso, eu comecei a perceber que futebol não era só o time que seu pai torcia. Eu acompanhei o campeonato paulista de 93 e vi aquele maravilhoso time do Palmeiras jogar e ficava deslumbrado com as atuações da equipe alviverde. Fiquei totalmente vidrado com a final deste campeonato e vibrava com cada gol do Verdão, inclusive ficando muito bravo com aquele gol do Viola no primeiro jogo e imitando um porco. Mas no segundo jogo eu lavei a alma.
Percebi então que nasci palmeirense, mas não sabia. A partir daquele momento eu percebi que o Palmeiras era o time, que futebol não era somente o time que seu pai torcia. Fiquei muito emocionado com o título e no dia seguinte comprei a camisa do Evair, e fui comprando a cada ano (claro que com o tempo, a camisa vai ficando cara e não dá para acompanhar as mudanças do manto).
Agora falando do meu primeiro jogo que eu vi do Palmeiras: Foi aquele 4x1 no São Paulo pelo Campeonato Paulista de 2008, em Ribeirão Preto. Fui de excursão com a Mancha Verde Oeste Paulista. Chegando em Ribeirão Preto, paramos na sub-sede da Mancha para reunir todas as caravanas para ir ao estádio. Já na frente do estádio foi aquela festa e aquela chuva. Nem a chuva apagou o fogo da partida, o SP abriu o placar, mas o Kleber empatou com um belo gol fintando o André Dias e chutando (colocado) no cantinho do Rogério Ceni. E depois disso, foi aquela festa. Gol do Denílson, do Valdívia e do Diego Souza. Fiquei em estado de graça, voltei para Bauru totalmente emocionado e molhado. Infelizmente, não acompanhei nenhum jogo no Palestra, mas vou quando reabrir. Mais moderno e melhor, no nível do nosso Palmeiras.

Marcelo Castro, 27 anos
Bauru/SP

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Sou curitibano e meu pai é catarinense, mas Palmeirense desde criança. Dos 8 filhos homens da minha avó, acredito que 5 são palmeirenses. Todos aprenderam a gostar do time nas épocas da academia, no final da década de 60. Eu me tornei palmeirense graças a meu pai, e graças ao time supercampeão de 1993 em diante. No dia 25/09/1994 meu pai e meu tio levaram meu irmão e eu ao Couto Pereira assistir Paraná Clube x Palmeiras, onde o Verdão ganhou o jogo por 4x2, após ter tomado o empate por duas vezes. Esse jogo, com certeza, marcou a minha vida, pois tive a oportunidade de ver craques como Evair, Edmundo, Rivaldo, César Sampaio, entre outros em campo. Em 1997 nos mudamos para Teixeira de Freitas / BA, devido ao trabalho do meu pai. Eu tinha então 10 anos e foi nessa época que minha paixão pelo clube aflorou ainda mais, pois os únicos concorrentes locais eram muito fracos (Bahia e Vitória), sendo que as principais torcidas na cidade eram dos clubes cariocas (os quais eu jamais tive simpatia). Voltei para Curitiba em 2000, mas meu pai permaneceu por lá mais um ano. Somente em 2001, com a sua volta, tive a oportunidade de ver o Palmeiras jogar ao vivo novamente (7 anos), com um passeio do alviverde paranaense, 4x1 para o Coritiba. Mas, ao menos, esse jogo foi uma grande oportunidade de rever o mestre Evair jogando e acabando com o jogo, por sinal. Desde então venho acompanhando todos os jogos aqui em Curitiba, falhando em apenas 3. Em 2008 marquei minha viagem para o Rio de Janeiro em uma semana que o Palmeiras jogasse na cidade, e tive a oportunidade de assistir Fluminense x Palmeiras no Maracanã, que apesar da derrota, foi uma das maiores experiências que já vivi, vendo o meu time jogar no maior do mundo. Apesar destas experiências, faltava a maior. Levei 23 anos para realizar o grande sonho de ver o Palmeiras jogar no Palestra Italia. Só realizei meu sonho graças a um grupo de palmeirenses aqui de Curitiba. Começamos a nos reunir para ver os jogos e como um dos nossos integrantes é Cônsul do clube, conseguiu reservar ingressos para nossa turma. Com isso, formamos uma caravana para o jogo Flamengo x Palmeiras, pelo Brasileirão 2009. Um péssimo jogo para conhecer o Palestra, mas que valeu a experiência. Apesar disso, achei que devia ter uma despedida melhor do estádio. Então resolvi ir novamente no clássico Palmeiras x São Paulo deste ano. E graças a Deus, tive a oportunidade de ver o Palmeiras vencer no meu último jogo no Palestra Italia.

Eric Pecharki
Curitiba/PR

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Minha mãe é corintiana e meu pai são-paulino. Quando eu era pequeno, minha mãe vivia me dando roupas do corintians e meu pai do são paulo, e eu até "torcia" pro curintcha. Mas então o dia que eu assisti à final da Libertadores de 99, foi o dia que mudou a minha vida. Vi aquele time verde, dando show de futebol em campo, a torcida e o time dando raça e, até então, eu só estava admirando porque eu não entendia muito de futebol, pois eu só tinha 7 anos de idade, mas sabia que o Palmeiras estava se saindo muito bem e que aquele resultado levaria o jogo aos pênaltis. Foi aí que minha paixão verde nasceu. Eu vi logo depois do Zapata (nunca vou esquecer esse nome) errar o pênalti a alegria do time, da torcida, a festa que era e eu virei pra minha vó e falei "Eu vou torcer pra esse time". Desde então eu acompanho cada jogo do Palmeiras, cada contratação, cada vitória, cada derrota e sempre mostrando o meu orgulho de ser Palestrino. Eu fui no 1º jogo entre Palmeiras e Corintians, no Campeonato Paulista, não me lembro exatamente o ano, mas foi aquele jogo que no segundo tempo houve aquela briga feia porque o Edilson fez alguma graças e teve aquele quebra pau todo. E também fui no 5x2 em cima do Cruzeiro no Brasileiro de 2008, pois a empresa onde eu trabalhava na época era do outra lado da rua do Palestra. Fora isso minhas oportunidades foram poucas de ir. O Palmeiras pra mim é paixão, é raça, é time de verdade, torcida de verdade que ao contrário de outras torcidas, quando perdemos saímos com a camisa do clube na rua e não ficamos negando o time, e eu defendo e brigo pelo Palmeiras até o fim, em qualquer discussão (principalmente com corintianos porque eles perdem a linha fácil).
E como já dizia um amigo meu "Palmeireses não seguem títulos, seguem o Palmeiras!"

Meu nome é Ricardo Rui Amorim Santos, Palmeirense fanático e não largo meu time por nada.

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Meu pai é palmeirense, da minha casa é o único, além de mim. O momento que eu me lembro que passei a torcer mesmo pelo Palmeiras foi quando eu assisti ao jogo Palmeiras x Flamengo, dia 21 de Maio de 1999, que pra mim foi a melhor que já vi até hoje. Eu assisti de casa, nunca fui ao Palestra Itália, e nem a nenhum jogo do Palmeiras. Naquela época eu tinha 8 anos, nem sabia direito o que era futebol, na verdade nem ligava muito, só falava que era Palmeirense e pronto. Mas, depois daquele dia, não pude evitar de me tornar um apaixonado pelo Verdão. Hoje eu tenho 19 anos, e um dia com certeza espero ver muitos jogos do Verdão, agora na Arena Paletra Italia, e que venham muitas partidas emocionantes, que fazem meu coração ficar cada vez mais verde e branco.

Wiil, 19 anos
Vilhena/RO

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

96 ANOS DE PAIXÃO E MUITAS HISTÓRIAS PRA CONTAR - Parte 1



Emoções, histórias, fatos inesquecíveis, momentos incríveis! O Palmeiras proporciona um misto de sensações, às vezes até indescritíveis, mas que todo palmeirense conhece bem. O Palmeiras voltou a ser Palmeiras, ostentando sua fibra, calando bocas infames, transformando a lealdade em padrão. E é assim que sempre deve ser.

Não há espaço suficiente para todos contarem sobre a sensação de ser palmeirense, de respirar esse ambiente que tanto amamos. Em homenagem aos 96 anos do alviverde imponente, pedimos a colaboração de vários companheiros de paixão para que pudéssemos externar um pouco desse sentimento incompreensível para os outros, mas entendido com apenas um olhar pelos palmeirenses.

O Palmeiras está em todos os lugares e, independente do lugar físico, todos sentimos a mesma coisa. Alguns têm o privilégio de sempre verem o Verdão jogar, outros sequer foram a um estádio. Alguns só podem acompanhar os jogos pelo rádio, outros pela internet e TV. Mas isso apenas significa que a paixão não é limitada a um lugar apenas. Somos todos iguais, unidos pelo mesmo ideal, sentimos a mesma coisa. E é apenas isso que importa.

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Nasci e cresci em Belém. Me tornei palmeirense em 91 (tinha 4 anos), mas não por influência do meu pai, ou de algum parente. Me tornei palmeirense ao ver o time jogando, AMOR À PRIMEIRA VISTA! Não sei o que acontecia comigo: meu coração batia forte a cada jogada e minhas mãos suavam a todo instante. Meu pai, corinthiano doente, sempre foi contra eu ser palmeirense, hahaha. Dizia: "Filho meu não nasce pra ficar rolando na lama e imitando um porco". O mais legal era ver a reação de decepção que ele teve. É verdade que eu era muito criança e não me lembro de alguns jogos, mas nunca esqueço das minhas palavras quando comecei a torcer: "eu sou verde!" E quando chegou em 93/94? Não desgrudava da TV! Daí pra frente foi fanatismo geral. O mais engraçado é que eu nunca ganhei uma camisa do Verdão (de 91 a 99), até porque minha mãe dizia que a camisa era cara e também porque meu pai é corinthiano. Mas aí quando eu comecei a ganhar a tal "mesada", juntava tudo quanto era moeda pra poder comprar minha primeira blusa, e detalhe, não era oficial =/. Mas tá valendo.
E até hoje sou FANÁTICO pelo meu VERDÃO... graças a Deus. Só vi o VERDÃO jogar umas 3 vezes, quando vieram a Belém. Mas em São Paulo, na nossa CASA, nunca vi. CORAÇÃO, SEMPRE, ALVIVERDE!

Bruno Figueiredo Gusmão, 23 anos
Belém/PA

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Comecei a torcer pelo Palmeiras aos 10 anos.Vi o Verdão pela primeira vez no jogo contra os gambás, no jogo pelo paulista de 93. Jogo que perdemos e o Viola imitou um porco. Minha mãe é flamengo e meu pai é gambá. Graças a Deus, não fui influenciada por eles. A princípio, comecei a torcer por achar a camisa bonita. Era uma criança e mão tinha muita noção de futebol. Mas posso dizer que foi amor à primeira vista. Nunca vi o Verdão jogar em Sampa. Mas todo ano que o time vem jogar em Goiânia, estou firme e forte na arquibancada. Ver o Palmeiras me faz suar frio, me dá palpitações, eu sempre choro. É sempre uma emoção muito grande. Passo 364 dias pensando e planejando o dia do jogo. Geralmente é só um jogo por ano. Mas este ano serão 3. Já foram 2 jogos, um contra o Atlético Goianiense, pela Copa do Brasil e sofri muito com nossa eliminação, e o outro contra o Goiás, um empate de 1x1. Gostaria de lembrar os detalhes do dia em que me tornei palmeirense, de todos eles, mas estou ficando velha. No entanto, duas coisas sempre guardo bem: gosto e cheiro. Lembro-me bem de comer uma pratada de bolinhos de chuva, enquanto eu assistia ao jogo. Por isso, mesmo com alguns anos a mais, se alguém me perguntar: ‘Por que o Palmeiras?’, eu respondo da mesma forma que respondia quando eu tinha 10 anos: ‘Porque o Palmeiras tem gosto de bolinho de chuva’.

Lorena Gomes de Morais Mariano, 27 anos
Goiânia/GO

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Sou da cidade de Lagoa Santa/GO, mas atualmente moro em Rio Verde/GO. Apenas meu pai é palmeirense no meio de uma família de santistas. Fui ao Palestra apenas uma vez, quando tinha 12 anos, e assisti à final da Copa Mercosul entre Palmeiras e Vasco. Naquela ocasião, o Palmeiras vencia, mas o Vasco virou o jogo e ficou com o título. Foi uma tristeza muito grande, mas a emoção de estar na casa do Verdão era maior. A primeira camisa que meu pai me deu foi uma parmalat verde e depois uma branca. Eu usava aonde ia, na escola, na igreja, em tudo quanto é lugar. Como meus pais são separados, minha mãe implicava pelo fato de eu torcer para o Palmeiras, ela achava que era pra agradar meu pai, como até hoje acha. Uma vez quando viajei, ela doou minha  primeira camiseta e depois doou a outra também, fiquei com muita raiva e muito triste, mas eu era apenas uma criança. Mas ate hoje guardo isso dentro de mim. O tempo foi passando e eu cada vez mais interessada pelo Verdão. Quando fiz 17 anos me mudei pra Rio Verde, comecei a fazer faculdade de Direito, e sempre seguindo a tabela dos campeonatos, porque toda vez que tinha jogo eu matava aula, e não marcava nada quando tinha jogo do Palmeiras. Minhas amigas que não gostam de futebol ficavam indignadas, mas nada me abalava, todo mundo sabia que eu torcia pelo Verdão. Tinha época que sonhava todos os dias com o time e aquele amor aumentava cada dia mais.
O tempo foi passando, um dia eu tive que decidir se ia participar da formatura. Eu disse que só ia se a música fosse o hino do Verdão e eu entrasse com a bandeira. Muita gente riu, acreditava que eu não teria coragem. No dia que conheci meu namorado, só dei moral quando ele me falou que também era palmeirense, porque eu não me interessava por quem não era. Ele torce, mas não tem o amor que eu tenho pelo time. Chegou a época da formatura, a aula da saudade era à fantasia e fui de jogador do Verdão, completo, não havia ninguém lá que teve uma idéia original como a minha. Chegou o dia da formatura, minha mãe viu a bandeira e disse que se eu levasse aquela coisa feia ela iria embora da festa, porque pra ela eu estava fazendo aquilo para agradar meu pai. Resolvi pagar pra ver, afinal a formatura era minha e eu tinha planejado isso muito tempo antes. Chegou a hora da entrada, o meu vestido era verde, entrei com a bandeira e ao som do hino do Verdão, em meio a ovações e vaias. Mas naquele momento, eu senti que valeu a pena todas as implicâncias que sofri.
Hoje em dia tenho 9 camisas do Verdão. Esse ano recebi o melhor presente, meu pai me deu um jogo de cama completo do palmeiras: edredon, lençol, colcha e travesseiro. Durmo no manto sagrado, meu namorado e eu moramos juntos, e toda vez que tem jogo ele me leva pra assistir, apesar de não gostar muito de ver, mas me deixa lá Às vezes, arrumo confusão por causa do Palmeiras, mas sei que é um amor que vale a pena e cada dia aumenta mais. Independente se ganha ou não, o Palmeiras está arraigado dentro de mim e se um dia tiver filhos vou ensinar tudo o que aprendi sobre o Verdão. Eles irão herdar esse amor e todos os objetos que tenho. As pessoas que não são palmeirenses não entendem o amor que tenho, mas elas não sabem o quanto perdem com isso...

Michelle Morais, 23 anos
Rio Verde/GO

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Eu nasci e sempre morei aqui em Minas. Venho de uma família Atleticana doente. Meu pai me registrou como sar Augusto Moreira por causa das iniciais do galo. Meu primeiro contato com o Palmeiras foi em um jogo que assisti pela TV já faz alguns anos. Se me lembro bem era Campeonato Paulista e o jogo foi contra os bambis. Não me recordo o placar, mas sei que nosso Verdão perdeu. E na época ouvia muito falar da rivalidade entre Palmeiras e bambis. Fiquei muito curioso e fui tentar descobrir através da história dessa rivalidade com um primo meu palmeirense. A partir daí, comecei a acompanhar o Verdão mais de perto. Cada vez mais me impressionava o espírito de luta de nossa equipe e a paixão da torcida. Foi tudo muito rápido e quando me assustei estava comprando meu primeiro manto (tinha uns 3 do galo). A minha família não sabia de onde vinha minha loucura pelo Palmeiras, pois comecei a comprar tudo o que via do Verdão, desde camisas oficiais até chaveiros, canecas, etc. Meu pai ficou desorientado coitado. Como todo apaixonado palmeirense, acompanhei o jogo contra o Cruzeiro, nas quartas de final da Libertadores em 2001 (meu jogo inesquecível). Pênaltis e eu ajoelhado na frente da TV, meus pais emocionados torcendo comigo (afinal era contra o Cruzeiro). Desde então, cada dia que passa, meu amor pelo Palmeiras só cresce. Eu respiro Palmeiras 24 horas por dia. A primeira vez que pude ver meu Verdão jogar ao vivo em São Paulo foi no Morumbi com um amigo meu bambi que mora em SP. Tive que ficar na torcida rival junto com ele ou não iria =/. Mas fiz esse imenso sacrifício, afinal, valia tudo pra ver meu Palmeiras jogar. Não tive muitas oportunidades de ir ao Palestra Italia, mas fui algumas vezes, inclusive contra o próprio Cruzeiro no ano passado. Já estive no Mineirão também acompanhando nosso Santo defender um pênalti contra o galo.

César Augusto Moreira, 32 anos
Lavras/MG